Evangelho segundo São Mateus 7,15-20.
Naquele tempo, disse Jesus aos seus discípulos: «Acautelai-vos dos falsos profetas, que andam vestidos de ovelhas, mas por dentro são lobos ferozes.
Pelos frutos os conhecereis. Poderão colher-se uvas dos espinheiros ou figos dos cardos?
Assim, toda a árvore boa dá bons frutos e toda a árvore má dá maus frutos.
Uma árvore boa não pode dar maus frutos, nem uma árvore má dar bons frutos.
Toda a árvore que não dá bom fruto é cortada e lançada ao fogo.
Portanto, pelos frutos os conhecereis».
Tradução litúrgica da Bíblia
Abade(1858-1923)
«Instrumentos de boas obras»
«Pelos frutos os conhecereis»
As nossas obras não são nossas? Certamente que são, pois somos nós que agimos; mas essas obras só são boas se as fizermos, movidos pela graça, na fé e no amor de Cristo.
Nós somos os ramos, Cristo é a raiz. Será a raiz que dá fruto? Não, é o ramo, somos nós; mas é o ramo enquanto está unido pelo tronco à raiz e extrai dela a seiva: somos nós enquanto estamos unidos a Cristo Jesus e extraindo dele a graça. Se, vendo um ramo coberto de belos frutos, pensarmos que eles são produzidos pelo ramo, sem levar em conta a união do ramo com a raiz, enganamo-nos; o ramo só os produz indo à raiz buscar o suco necessário à sua formação. E assim é connosco; nunca esqueçamos que a graça de Cristo Jesus é a raiz, e que o ramo separado do tronco, da raiz,é um ramo morto: tal é o nosso destino se não permanecermos unidos a Cristo pela graça.
Esta união comporta aliás um número infinito de graus; quanto mais viva e mais forte for, isto é, quanto menos obstáculos houver à graça em nós, e quanto mais profunda for a nossa fé e o nosso amor, mais numerosos serão os frutos que produziremos.
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