São João Batista, o Precursor foi um glorioso profeta e batista, que antecedeu nosso Senhor Jesus Cristo. A Igreja o comemora em três datas: 24 de junho por sua natividade, 29 de agosto por sua decapitação e 24 de fevereiro pelas duas invenções (descobertas) de sua cabeça.
Invenções(DESCOBERTAS)
Primeira invenção(DESCOBERTA)
Após a decapitação do Santo Profeta, Precursor e Batista João, seu corpo foi enterrado por seus discípulos na cidade de Sebaste, em Samaria, e sua venerável cabeça havia sido escondida por Herodíade. Santa Joana, esposa do procurador de Herodes, Cuza, secretamente tomou a santa cabeça e a levou num vaso até o Monte das Oliveiras, numa das propriedades de Herodes, onde a enterrou.
Depois de muitos anos, em meados do século IV, essa propriedade foi passada para um oficial do governo, que tornou-se monge sob o nome de Inocêncio. Ele planejou construir uma igreja e uma célula lá, mas quando começaram as escavações para a fundação, o vaso com a venerável cabeça de São João Batista foi encontrado. Inocêncio reconheceu sua grande santidade a partir dos sinais de graça que emanavam dela. Assim ocorreu o primeiro descobrimento da cabeça. Inocêncio a preservou com grande piedade, mas, temendo que algo acontecesse com a santa relíquia, ele a escondeu no mesmo lugar onde ela havia sido encontrada. Depois de sua morte, a igreja desmoronou.
Segunda invenção(DESCOBERTA)
Durante os dias de São Constantino, o Grande, quando os cristãos começaram a florescer, o santo Precursor apareceu duas vezes perante dois monges que peregrinavam para Jerusalém aos locais santos, e os revelou a localização de sua venerável cabeça. Os monges descobriram a santa relíquia, e, colocando-a num saco de pelo de camelo, prosseguiram sua peregrinação.
No caminho, eles se encontraram com um ceramista e deram a ele o precioso fardo, para que ele, sem saber o que era, o carregasse. Então, São João apareceu ao ceramista, e mandou-o fugir dos preguiçosos e descuidados monges com o que estava carregando. Escondendo-se dos monges, o ceramista preservou em sua casa com reverência a venerável cabeça. Antes de sua morte, ele a colocou num jarro e a deu a sua irmã.
Desse tempo em diante, a venerável cabeça foi sucessivamente preservada por devotos cristãos, até que o padre Eustácio – corrompido pela heresia ariana – tomou posse dela. Ele enganou uma multidão de enfermos que haviam sido curados pela sagrada cabeça, atribuindo suas curas ao fato de que estava em posse de um ariano. Quando sua blasfêmia foi descoberta, ele foi obrigado a fugir, e, após enterrar a santa relíquia numa caverna próxima a Emesa, o herege pretendeu voltar mais tarde e usá-la para disseminar a falsa doutrina.
Deus, entretanto, não permitiu isso. Piedosos monges se estabeleceram na caverna, e então um monastério surgiu no local. No ano 452 (ou 430), São João Batista apareceu ao Arquimandrita Marcelo, e indicou onde sua cabeça havia sido enterrada. Foi assim que se sucedeu a segunda descoberta. A sagrada relíquia foi levada a Emesa, e mais tarde a Constantinopla.
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