Nascido em Ístria, na cidade de Pola (atual Pula, na Croácia), foi consagrado bispo de Ravena em 546 pelo papa Vigílio em Patras, na Grécia. Maximiano era um diácono de Pola, e quando tinha 48 anos, se tornou o 26º bispo de Ravena. Segundo o padre André Agnelo (século IX), a congregação de Maximiano recusou, inicialmente, sua liderança porque tinha sido escolhido pelo imperador Justiniano I (r. 527–565) e não era seu candidato inicial. Para Meyer Shapiro, historiador de arte moderna, Maximiano era “um pobre e diácono de Pola que alcançou alta posição através de sua destreza política” como protegido de Justiniano. O povo de Ravena não o queria como arcebispo, mas “com manobra astuta, venceu sua oposição e ganhou respeito por sua discrição, generosidade e grandes ações de construção e decoração à igreja”.[1]
Ele completou a Basílica de São Vital em Ravena e também construiu a Basílica de Santo Apolinário em Classe e várias outras igrejas. Dedicou-se à revisão dos livros litúrgicos e correção do texto em latim da Bíblia, além de encomendar vários manuscritos iluminados. Para o altar-mor em Ravena, ordenou a confecção de uma cortina feita com o pano mais caro e que foi bordada com imagens da vida de Jesus. Em outra cortina, ordenou os retratos de todos os seus antecessores bordada a ouro. Dentre suas mobílias episcopais mais notáveis está Trono de Maximiano, uma cátedra feita inteiramente com gravuras em marfim de provável produção em Constantinopla, capital do Império Bizantino.
Num mosaico do século VI na Basílica de São Vital, aparece com Justiniano e sua comitiva; segura uma cruz gemada e se veste com as primeiras versões de uma alva, casula e pálio. É tido como santo pelas Igrejas Católica e Ortodoxa; há uma igreja dedicada a ele em Ravena.
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