sábado, 30 de junho de 2018

NÃO SABIA O SEU NOME

PADRE CLÓVIS DE JESUS BOVO
REDENTORISTA
VICE-POSTULADOR DA CAUSA
VENERÁVEL PADRE PELÁGIO SAUTER
REDENTORISTA
Um aluno confessou envergonhado: Numa prova escolar, a última pergunta era esta: 
-Como se chama a mulher que limpa a nossa escola? 
- Respondi a todas, menos a última. Eu tinha visto essa faxineira algumas centenas de vezes, mas nunca procurei saber o seu nome. Entreguei a folha e perguntei: 
- A última pergunta também entra na contagem da nota? 
-Exatamente, respondeu a professora,lembrem-se que todas as pessoas, com quem se encontrarem no decorrer da vida, são importantes.
- Nunca mais esqueci a lição. Também aprendi que seu nome era Doroti.
Palavra de vida: Ele chama as ovelhas pelo nome e as conduz (Jo 10,3)
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REFLETINDO A PALAVRA - “A Eucaristia cura”

PADRE LUIZ CARLOS DE OLIVEIRA
REDENTORISTA-50 ANOS CONSAGRADO
1435.Dinamismo da Graça
            A Eucaristia é o grande dom que Jesus preparou para nós no momento precioso de sua vida entre nós que foi a Santa Ceia. No auge de seu amor, deu-Se na Cruz e, querendo que esse dom permanecesse, deu este sacramento que é o memorial da redenção. O Pão e o Vinho consagrados são o Corpo e o Sangue do Senhor. Ele está presente. É uma questão de fé. Há quem não creia, mas saiba que vale a pena crer, pois na Eucaristia temos todos os dons da salvação e por ela entramos em comunhão com Deus no Corpo e Sangue de Cristo. Ela possui os dinamismos da Graça. Por que usamos pão e vinho? Os antigos autores, homens que aprofundaram nossa Fé, ensinavam que o que era visível na humanidade de Cristo é agora visível nos sinais sacramentais. São símbolos, isto é, realizam o que significam. Dinamismos da Graça são os dons que nos trouxe em sua obra de redenção. A Eucaristia cura. Isso nos leva a sair da concepção da Eucaristia como prêmio para os bonzinhos e puros, mas remédio para os pecadores. Jesus mesmo dizia: “Não são os que têm saúde que precisam de médico, mas sim os doentes. Ide, pois aprender o que significa: misericórdia é que eu quero, e não sacrifício. Com efeito, eu não vim chamar os justos, mas os pecadores” (Mt 9,12-13). A participação do sacramento é também para o crescimento. Quanto mais acolhemos a graça da Eucaristia, mais entramos em comunhão com Cristo e Nele, com a Trindade. Ela fortalece por ser alimento, carne do Senhor. A dimensão alimento é fundamental, pois usa as palavras: tomai e comei, tomai e bebei! Não podemos tomar a Eucaristia somente num sentido de piedade e devoção, mas como busca de alimento para a Vida. A Eucaristia age em nós, é bom agirmos com ela.
1436.Dinamismo de vida
As missas de cura são muito procuradas. É verdade que a Eucaristia pode curar nossos males. Como é todo o mistério de Cristo que se celebra, sua ação curativa está sempre a nosso dispor. Lemos que por suas chagas somos curados (1Pd 2,24; Is 53,5). O gesto de Jesus na Última Ceia não foi somente um gesto prático para partir o pão e distribuir. Ali está colocado o dinamismo da cura do mundo. Seu corpo na cruz foi partido para o perdão e comunhão com Deus. Vivendo o ensinamento da Eucaristia podemos aprender que além de adorar e alimentar-nos dela, temos a missão de continuar o gesto de Jesus: providenciar o pão pelo milagre do amor e reparti-lo para que todos tenham vida. É uma escola social. É mais fácil adorar, amar e louvar que colocar a mão no sofrimento dos irmãos que passam fome pelo mundo afora e fazer da Eucaristia um gesto concreto de salvação e cura dos males do mundo. Às vezes as missas e os cultos vazios. O profeta Isaias diz que o culto sem justiça social é desagradável a Deus. É uma ofensa a Deus em lugar de um louvor.
1437.Recolhendo os fragmentos.
            Depois do milagre da multiplicação dos pães Jesus mandou que recolhessem os pedaços que sobraram para que nada se perdesse. Por mais estranho que pareça, o Deus que fez tudo em abundância, deseja que tudo seja bem aproveitado tanto na natureza física, como nas pessoas. Somos tão frágeis, mas para Deus o pouco em valor de muito. O lixo do mundo é muito rico. Ninguém é lixo, ninguém está sobrando. Todos têm riquezas imensas, mesmo cobertas de fragilidade e pobreza. Deus quer que todos possam ser valorizados e todos os bens preservados. A Eucaristia que cura ensina a não perder os valores das pessoas, da natureza, das culturas e da graça. Cada comunhão tem em si a esperança de renovação do mundo. Este mundo é o que está ao nosso lado, em nossas casas.

EVANGELHO DO DIA 30 DE JUNHO

Evangelho segundo S. Mateus 8,5-17. 
Naquele tempo, ao entrar Jesus em Cafarnaum, aproximou-se d’Ele um centurião, que Lhe suplicou, dizendo: «Senhor, o meu servo jaz em casa paralítico e sofre horrivelmente». Disse-lhe Jesus: «Eu irei curá-lo». Mas o centurião respondeu-Lhe: «Senhor, eu não sou digno de que entres em minha casa; mas diz uma só palavra e o meu servo ficará curado. Porque eu, que não passo dum subalterno, tenho soldados sob as minhas ordens: digo a um "Vai!" e ele vai; a outro "Vem!" e ele vem; e ao meu servo "Faz isto!" e ele faz». Ao ouvi-lo, Jesus ficou admirado e disse àqueles que O seguiam: «Em verdade vos digo: Não encontrei ninguém em Israel com tão grande fé. Por isso vos digo: Do Oriente e do Ocidente virão muitos sentar-se à mesa, com Abraão, Isaac e Jacob, no reino dos Céus, ao passo que os filhos do reino serão lançados nas trevas exteriores, onde haverá choro e ranger de dentes». Depois Jesus disse ao centurião: «Vai para casa. Seja feito conforme acreditaste». E naquela hora, o servo ficou curado. Quando Jesus entrou na casa de Pedro, viu que a sogra dele estava de cama com febre. Tocou-lhe na mão e a febre deixou-a; ela então levantou-se e começou a servi-los. Ao cair da tarde, trouxeram-Lhe muitos possessos. Jesus expulsou os espíritos com uma palavra e curou todos os doentes. Assim se cumpria o que o profeta Isaías anunciara, dizendo: «Tomou sobre si as nossas enfermidades e suportou as nossas doenças». 
Tradução litúrgica da Bíblia 
Orígenes (c. 185-253) presbítero, teólogo 
Homilias sobre o Levítico, n.º 7 
«Do Oriente e do Ocidente virão muitos sentar-se à mesa, com Abraão, Isaac e Jacob, no reino dos Céus» 
«Não beberei mais deste produto da videira até ao dia em que o hei de beber de novo convosco no Reino de meu Pai» (Mt 26,29). 
O que escutar com os ouvidos purificados será capaz de entrever este mistério inefável […]: o Salvador espera por nós, para conosco beber o vinho; espera por nós para Se alegrar. Até quando esperará? Até ter consumado a sua obra, até estarmos todos submetidos a Cristo, e Cristo a seu Pai (1Cor 15,28). Dado que somos todos membros do seu Corpo, podemos dizer que, de certa maneira, Ele não estará submetido enquanto nós não estivermos submetidos com uma submissão perfeita, enquanto eu, o último dos pecadores, não estiver submetido. Mas quando Ele tiver consumado a sua obra e conduzido toda a criatura à sua realização perfeita, poderemos então dizer que «Ele foi submetido» naqueles que submeteu a seu Pai, naqueles em quem consumou a obra que o Pai lhe tinha confiado, a fim de que Deus seja tudo em todas as coisas (1Cor 15,28) […]. Também os santos que nos precederam esperam por nós, que somos lentos e preguiçosos; a sua alegria não será perfeita enquanto houver razão para chorar pelos nossos pecados. Minha testemunha é o apóstolo, que afirma: Deus dispôs «que não chegassem sem nós à perfeição» (Heb 11,40). Repara, pois: Abraão espera! Isaac, Jacob e todos os profetas esperam por nós, a fim de possuírem connosco a beatitude perfeita […]. Se fores santo, encontrarás a alegria ao saíres desta vida, mas essa alegria só se tornará plena quando não faltar nenhum membro ao Corpo que devemos formar todos juntos. Também tu ficarás à espera dos outros, tal como foste esperado. Ora, se tu, que és um membro, não podes ter uma alegria perfeita quando outro membro está ausente, como poderá tê-la Nosso Senhor e Salvador, que é autor e cabeça de todo o Corpo? […] Então teremos atingido essa maturidade acerca da qual afirma o apóstolo Paulo: «Já não sou eu que vivo, é Cristo que vive em mim» (Gal 2,20). Nessa altura, o nosso Sumo-Sacerdote beberá o vinho novo no novo Céu, na nova Terra, no homem novo, com os homens novos, com aqueles que cantam o cântico novo.

Há 94 anos consagração da China à Nossa Senhora, Imperatriz da China

Um fato miraculoso ocorreu em 1900 e foi aprovado pelas autoridades eclesiásticas em 1924. O bispo jesuíta Henri Lecroart propôs que fossem consagrados à Nossa Senhora a China, a Mongólia, a Manchúria e o Tibete, sob a invocação de Nossa Senhora Imperatriz da China.
Nossa Senhora, Imperatriz da China, também conhecida como Nossa Senhora de Sheshan
24 de maio de Nossa Senhora de Sheshan - Dia mundial da oração na China

     "O Dragão, vendo que fora precipitado na terra, perseguiu a Mulher que dera à luz o Menino" (Ap 12,13).

     Ninguém ignora a férrea repressão na China vermelha a tudo que possa se referir a religião. Repressão, sobretudo, anticristã. Há dois santuários marianos nacionalmente famosos na China, Dong-Lu em Boading e Sheshan em Shangai.
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Santos Júnia e Andrônico de Roma

ANDRÔNICO, á esquerda
 e JÚNIA, á direita
“Saudai a Andrônico e a Júnia, meus compatriotas e companheiros de prisão, os quais se assinalam entre os apóstolos, e que também estavam em Cristo antes de mim”. (Romanos 16:7). De acordo com este versículo, Andrônico era um compatriota de Paulo e um companheiro do apóstolo na prisão, além de particularmente bem conhecido entre os apóstolos e tinha se tornado um seguidor de Jesus antes da conversão de Paulo na estrada para Damasco. Andrônico e Júnia viviam em Roma no ano 58 d.C., quando o Apostolo Paulo os saudou calorosamente na Carta aos Romanos.
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SANTA ERENTRUDES

Erentrudes (ou Erentraud, também conhecida como Erendruda) era originária da região de Worms (Palatinado). Foi chamada pelo Bispo de Juvanum (atual Salzburgo, Áustria), São Roberto de Salzburgo, seu tio e diretor espiritual, para fundar em Nonnberg um mosteiro de religiosas, do qual veio a ser a primeira abadessa. Colaborou com os trabalhos apostólicos do bispo com a oração e cuidando da educação da juventude feminina. Como abadessa introduziu a regularidade monástica, privilegiando a vida de oração, da qual era um exemplo.
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ADVOGADO A SERVIÇO DO REINO

Este foi o Beato Januário Sarnelli 1702-1744). Podemos dividir sua vida em três etapas. Pressentindo que morreria muito cedo, viveu-as intensamente.
1. O advogado (1722-1732); Filho de pais bem posicionados na sociedade, teve recursos e força de vontade para aprimorar seus estudos, formando-se em advocacia com apenas 20 anos.  Pertenceu a várias associações: “Congregação dos Cavalheiros togados e doutores”, Congregação das Missões Apostólicas etc.Além das visitas aos enfermos, dedicou-se à catequese das crianças, combateu o trabalho infantil, acompanhou os velhos do Abrigo e os condenados às galeras.Nesse mesmo período ficou conhecendo Santo Afonso. Juntos trabalharam em vários segmentos da Pastoral, inclusive nas famosas “capelas  da noite”, precursoras das atuais reuniões de grupo.
2. O missionário (1732-1736): Ávido de mais apostolado, passou para a Congregação dos Missionários Redentoristas.Ele não se poupava. Entre uma pausa e outra, escrevia e divulgava livretos e folhetos em defesa das “jovens em perigo de se perder”, bem como sobre a “vida devota”. Fez forte campanha contra a blasfêmia, péssimo costume espalhado especialmente entre os homens.O coração de Januário era um vulcão sempre em atividade.
3. O defensor das mulheres (1736-1742): Sua preocupação pelas jovens e mulheres, vítimas da prostituição era constante. Com o consentimento de Santo Afonso, deixou o conventinho tranqüilo de Scala,e  foi para a tumultuosa Nápoles onde grassava de modo espantoso essa mazela social. Sua intensa atividade social em favor da mulher o coloca entre os seus defensores mais completos daquela época.
Escreveu mais de 30 obras sobre meditação, teologia mística, direção espiritual, direito, pedagogia, moral e pastoral. Foi beatificado em 1996 pelo Papa São João Paulo II.
PADRE CLÓVIS DE JESUS BOVO CSsR
Vice-Postulador da causa
Venerável Padre Pelágio CSsR 
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MARÇAL DE LIMOGES Bispo, Santo Século III

São Marçal era bispo de Limoges no século III. Não temos informações precisas sobre suas origens, data de nascimento e morte nem dos actos de seu bispado. Tudo o que sabemos dele é de Gregório de Tours. Durante o consulado de Décio e de Grato, sete bispos foram enviados de Roma para a Gália para pregar o Evangelho. Gatien foi mandado para Tours, Trofimo para Arles, Paulo para Narbonne, Saturnino para Toulouse, Denis para Paris, Austromoine para Cler-mont e Marçal para Limoges. Marçal estava sempre acompanhado de dois padres trazidos por ele do Oriente, então pensa-se que ele também tenha vindo de lá. Ele foi bem sucedido na conversão dos habitantes de Limoges, onde foi sempre venerado. A imaginação popular, criadora de lendas, logo transformou São Marçal em um apóstolo do século I.
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MARTÍRIO DOS PRIMEIROS CRISTÃOS DE ROMA

Na primeira perseguição contra a Igreja, desencadeada pelo imperador Nero, depois do incêndio da cidade de Roma no ano 64, muitos cristãos foram martirizados com atrozes tormentos. Este facto é testemunhado pelo escritor pagão Tácito (Annales 15,44) e por São Clemente, bispo de Roma, papa, na sua Carta ao Coríntios (cap.5-6), do ano 96: “Deixemos de lado os exemplos dos antigos e falemos dos nossos atletas mais recentes. Apresentemos os generosos de nosso tempo. Vítimas do fanatismo e da inveja, sofreram perseguição e lutaram até à morte. Tenhamos diante dos olhos os bons apóstolos. Por causa de um fanatismo iníquo, Pedro teve de suportar duros tormentos, não uma ou duas vezes, mas muitas; e depois de sofrer o martírio, passou para o lugar que merecia na glória. 
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30 de Junho - São Theobaldo

São Theobaldo era filho do Conde Arnaldo de Champagne e educado para ser um soldado, mas na idade de 18 anos, depois de estudar as vidas dos santos sentiu um grande desejo de seguir a vida religiosa e viver uma vida ascética. Ele deixou os militares, e com a permissão de seu pai entrou para a Abadia de São Remy em Rheims. Ele e outro nobre de nome Walter se tornaram eremitas em Suxy, Ardenha. Em 1135 eles mudaram para a Floresta de Pettingen em Luxemburgo onde trabalharam como pedreiros e no campo durante o dia e a noite passavam em orações.
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ORAÇÃO DE TODOS OS DIAS - 30 DE JUNHO

Pe. Flávio Cavalca de Castro, redentorista
Oração da manhã para todos os dias 
Senhor meu Deus, mais um dia está começando. Agradeço a vida que se renova para mim, os trabalhos que me esperam, as alegrias e também os pequenos dissabores que nunca faltam. Que tudo quanto viverei hoje sirva para me aproximar de vós e dos que estão ao meu redor.
Creio em vós, Senhor. Eu vos amo e tudo espero de vossa bondade.
Fazei de mim uma bênção para todos que eu encontrar. Amém.
As reflexões seguintes supõem que você antes leu o texto evangélico indicado.
30 – Sábado – Santos Protomártires da Igreja de Roma
Evangelho (Mt 8,5-17) “Um oficial romano aproximou-se suplicando: Senhor, meu empregado está de cama, sofrendo terrivelmente com uma paralisia.”
Aquele homem era um pagão, mas aproximou-se de Jesus com muita fé, e vinha pedir a cura de um empregado. Era homem de fé e de bom coração. Por isso o Senhor o apresenta como modelo para nós, da confiança e da perseverança com que o devemos seguir. Não importa se erramos no passado; o que devemos é e procurá-lo agora pedindo salvação. E ele dirá: “Vai! E seja feito como tu creste”.
Oração
Senhor Jesus, creio em vosso poder e em vossa bondade. Venho a vós, consciente de minha pobre fraqueza. Preciso desesperadamente de vós, que me cureis e façais viver mais unido a vós. Eu vos peço também por todos que sofrem, ou enfrentam dificuldades. Atendei seus pedidos, dai-lhes confiança e a felicidade de vos amar. Olhai por todos nós, como olhastes para aquele servo. Amém.

sexta-feira, 29 de junho de 2018

A METADE DO PRATO

PADRE CLÓVIS DE JESUS BOVO
REDENTORISTA
VICE-POSTULADOR DA CAUSA
VENERÁVEL PADRE PELÁGIO SAUTER
REDENTORISTA
O missionário está falando sobre caridade e a justiça: 
-O que sobra no meu guarda roupa, não é meu, mas do pobre. O que sobra na minha plantação não é meu, mas do pobre. O que sobra no meu prato, não é meu, mas do pobre. É assim que vocês fazem? 
Nisto alguém levanta a mão e pede uma palavra: 
-Eu não daria somente a sobra, mas a metade do meu prato. 
Quem é justo, dá o que sobra. Quem é caridoso, dá até do que faz falta. Se alguém tiver duas túnicas, reparta com quem não tem. Se alguém tiver o que comer, faça o mesmo (Lc 3,11).
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A ULTIMA JORNADA DE PAULO

Paulo sabia que lhe restava pouco tempo. Pela última vez o destemido apóstolo, como verdadeiro embaixador do Céu, foi levado perante Nero para o seu último julgamento. O contraste entre ambos era marcante: em Nero viam-se as marcas do pecado e da maldade; em Paulo uma inquebrantável serenidade celestial. Depois de ter levantado perante o imperador o estandarte de Jesus Cristo, Paulo foi levado de volta ao cárcere e dias depois condenado à morte. Finalmente, o condenado foi içado do fundo da prisão. Da prisão Mamertina, próximo do Capitólio, a pequena escolta rumou ao local da execução chamado "Tre Fontane", já fora dos muros da cidade, a seis quilômetros de Roma onde, segundo a tradição, o apóstolo foi executado. Visitamos esse sítio silencioso onde os seus lábios calaram-se para sempre. Dentro da capela que há naquele local, está um quadro de mármore esculpido em alto relevo no qual o artista procurou retratar os últimos momentos da vida desse grande apóstolo. Ali está Paulo ajoelhado, mãos amarradas para trás e a cabeça apoiada sobre um cepo. Atrás está um personagem demonstrando piedade; do outro lado estão os soldados e no centro está o carrasco, com uma das mãos segurando a cabeça do mártir e na outra a espada, na posição de executar a sentença. O santo tem os olhos como que voltados para o grande além, não demonstrando terror nem qualquer dúvida, mas esperança e certeza. Que cena comovente!
REFLEXÃO: "Sei em quem tenho crido" (2Tm 1:12). Naquele instante, "ao encontrar-se no lugar do martírio, não viu a espada do carrasco nem a terra que tão logo lhe haveria de receber o sangue; olhava, através do calmo céu azul daquele dia de verão, para o trono do Eterno" (Ellen G. White, Atos dos Apóstolos, p. 511, 512). 

Então, a espada do carrasco desceu impiedosamente sobre a cabeça do santo e idoso apóstolo, reduzindo ao silêncio aquele cujos escritos até hoje são um testemunho eloquente da esperança que ele tinha em Cristo Jesus.
PADRE CLÓVIS DE JESUS BOVO
REDENTORISTA
VICE-POSTULADOR DA CAUSA
VENERÁVEL PADRE PELÁGIO SAUTER
REDENTORISTA
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REFLETINDO A PALAVRA - “O Senhor esteve comigo”

PADRE LUIZ CARLOS
DE OLIVEIRA-REDENTORISTA
50 ANOS CONSAGRADO
Declarar-se pelo Senhor
Terminado o Tempo Pascal voltamos ao Tempo Comum. Temos duas fases deste Tempo: Após o Natal até à Quaresma e depois da Páscoa até ao Advento. É o equilíbrio da celebração do Mistério de Cristo que tem momentos fortes e momentos menos festivos. Nesse tempo não se celebra um aspecto particular da vida de Cristo, mas nos introduz em todo seu mistério através da leitura do Evangelho. Nesse 12º domingo Jesus ensina que Ele próprio passou pela a perseguição do justo, fruto do pecado do mundo e tem confiança no Pai. Torna-se, por seu sofrimento, causa de Salvação abundante, muito maior que o mal provocado por Adão como escreve Paulo aos Romanos: “A transgressão de um só levou a multidão humana à morte, mas foi de modo bem superior que a graça de Deus, ou seja, o dom gratuito concedido através de um só homem, Jesus Cristo, se derramou em abundância sobre todos” (Rm 5,15). Devemos ter absoluta certeza que a graça de Deus em Cristo para a salvação de todos é maior, mais poderosa e mais eficiente que a força do mal. Não se trata de força ou de luta entre bem e mal, mas do dom da Graça benevolente de Cristo que é oferecida a todos. Quem acolhe Cristo e sua Palavra, é acolhido por Cristo que o garante junto do Pai. Quem conhece Cristo participa de sua missão de anúncio. Quem O conhece, proclama sobre os telhados. Declarar-se pelo Senhor não é uma opção a mais, mas a opção que penetra nossas escolhas, mesmo que elas nos custem a rejeição dos inimigos da cruz (Fl 3,18). É a opção fundamental. Sem ela a fé não se desenvolve.
Onda de pecado
O mistério do Mal nos cerca. Os mistérios não são ocultos ou inacessíveis, e sim, abertos a uma compreensão sempre maior como o mistério da Trindade Santa. Aprendemos para viver melhor e, vivendo melhor, aprendemos mais. Mesmo tendo a Graça em nós, temos a tentação. Estamos envolvidos desde o início da humanidade em uma onda de mal que chamamos pecado original. Original não porque esteja na origem, mas porque é origem de todos os males. Paulo diz: “O pecado entrou no mundo por um só homem” (Rm 5,12). Como aconteceu, não sabemos. Sabemos que penetra onde lhe abrimos a porta. Temos a tendência ao mal que domina e tem força quando lhe damos espaço. O mal é opção pessoal. Deus não disputa com o mal, com risco de perder. Não há um dualismo de bem e mal que lutam para dominar. Como o mal é uma escolha, rejeita Deus e o que é de Deus. Aqui entendemos essa permanente rejeição e perseguição a Cristo e aos seus seguidores. É fruto do maligno. A onda do pecado original cresce com os pecados pessoais. À medida que vencemos o mal optando pelo bem, as realidades se transformam e vivemos o Reino de Deus e sua justiça.
Não tenhais medo.
Temos a missão de anunciar o que ouvimos ao pé do ouvido. Isso pode custar caro, como nos narra o Profeta Jeremias. Os profetas são sempre perseguidos e até mortos. Uma coisa não podemos esquecer, como rezamos no salmo 68: “Por vossa causa é que sofri tantos insultos”. E o profeta diz: “Eu ouvi as injúrias de tantos homens e os vi espalhando medo ao meu redor” (Jr 20,10). Jesus alerta ao que ter medo: “Não tenhais medo dos que matam o corpo mas não podem matar a alma. Pelo contrário, temei aquele que pode destruir a alma e o corpo no Inferno” (Mt 10,28). O que nos conforta é que o Senhor não nos abandona. Jeremias diz: “O Senhor está ao meu lado, como forte guerreiro” (Jr 20,11).

EVANGELHO DO DIA 29 DE JUNHO

Evangelho segundo S. Mateus 16,13-19. 
Naquele tempo, Jesus foi para os lados de Cesareia de Filipe e perguntou aos seus discípulos: «Quem dizem os homens que é o Filho do homem?». Eles responderam: «Uns dizem que é João Batista, outros que é Elias, outros que é Jeremias ou algum dos profetas». Jesus perguntou: «E vós, quem dizeis que Eu sou?». Então, Simão Pedro tomou a palavra e disse: «Tu és o Messias, o Filho de Deus vivo». Jesus respondeu-lhe: «Feliz de ti, Simão, filho de Jonas, porque não foram a carne e o sangue que to revelaram, mas sim meu Pai que está nos Céus. Também Eu te digo: Tu és Pedro; sobre esta pedra edificarei a minha Igreja, e as portas do Inferno não prevalecerão contra ela. Dar-te-ei as chaves do reino dos Céus: tudo o que ligares na Terra será ligado nos Céus, e tudo o que desligares na Terra será desligado nos Céus».
Tradução litúrgica da Bíblia 
Beato Paulo VI (1897-1978) papa de 1963 a 1978 
Exortação «Sobre a alegria cristã» (1975) 
«Sobre esta pedra edificarei a minha Igreja» 
Neste Ano Santo, convidamo-vos a realizar, fisicamente ou em espírito e intenção, uma peregrinação a Roma, ao coração da Igreja Católica. Mas, é demasiado evidente, Roma não constitui o termo da nossa peregrinação no tempo. Nenhuma cidade santa da Terra constitui esse termo; ele está escondido para além do mundo, no coração do mistério de Deus ainda invisível aos nossos olhos. [...] Assim é com Roma, cidade em que os santos apóstolos Pedro e Paulo deram, com o sangue, o seu último testemunho. A vocação de Roma tem origem apostólica; o ministério que nos cabe exercer aqui é um serviço para benefício de toda a Igreja e mesmo de toda a humanidade. Mas é um serviço insubstituível, porque agradou à sabedoria de Deus colocar a Roma de Pedro e de Paulo no caminho que, podemos dizê-lo, conduz à Cidade eterna, uma vez que Ele escolheu confiar as chaves do Reino dos Céus a Pedro, que unifica em si o colégio de todos os bispos. O que permanece aqui, em Roma, não como efeito da vontade do homem mas por uma benevolência livre e misericordiosa do Pai, do Filho e do Espírito, é a «solidez de Pedro», tal como a definiu o Papa São Leão Magno: «Pedro não cessa de presidir a partir da sua Sé; ele mantém uma participação eterna em Cristo, o Sumo-Sacerdote. Tendo recebido do alicerce que é Cristo (1Cor 3,11) a estabilidade própria da pedra, ele mesmo, tendo-se tornado Pedro (Mt 16,16), a transmite aos seus herdeiros».

29 DE JUNHO - PEDRO E PAULO: COLUNAS DA IGREJA

Pedro foi o primeiro a acreditar, o primeiro a amar, o primeiro dos apóstolos a ver Jesus ressuscitado; o primeiro a confirmar a Fé com um milagre; o primeiro a converter os judeus; o primeiro a receber os pagãos na Igreja, e o primeiro em tudo”. É o primeiro Papa, aliás nomeado pelo próprio Cristo. 
Paulo não conheceu Jesus em vida. De ferrenho perseguidor da Igreja nascente, passou a ser um apóstolo apaixonado por essa mesma Igreja. Fez pelos menos três viagens missionárias, percorrendo quase todo o mundo conhecido naquele tempo: Ásia Menor, Creta, Macedônia, Grécia etc. Por onde passava, ia fundando comunidades. Depois enviava cartas por onde andou, confirmando o que ensinou e mantendo ligação. Catorze delas estão na Bíblia. Terá escrito muito mais. 
Paulo foi o teólogo teórico. 
Pedro, o teólogo prático. 
Obs.: A Liturgia celebra oficialmente no próximo domingo estes dois grandes apóstolos.
PADRE CLÓVIS DE JESUS BOVO CSsR
Vice-Postulador da Causa
Venerável Padre Pelágio CSsR
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29 de junho: Stas. Maria Du Tianshi e Madalena Du Fengju, Mártires

Dujiadun (Shenxian), China + 29/06/1900
Martirológio Romano: No território de Dujiadun, próximo de Shenxian, as santas mártires Maria Du Tianshi e Madalena Du Fengju, sua filha, que na mesma perseguição foram tiradas do local em que se haviam escondido, morrendo por causa de sua fé em Cristo, a segunda lançada ainda viva no túmulo. Por muitos séculos, até nos dias atuais, os cristãos chineses têm sido vítimas de perseguições violentas que atingiram um ápice no ano de 1900, com a assim chamada “revolta dos Boxers”.
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Santa Ema de Gurk

A vida de Ema de Gurk teve de ser rastreada pela História com o raciocínio de um pesquisador, contando com poucos traços seguros e interpretando as mais diversas e seculares tradições austríacas. Os registros afirmam que seus pais eram nobres cristãos e que ela nasceu em 980, na cidade de Karnten, Áustria. Levava o título de Condessa de Friesach-Zeltschach desde seu nascimento e foi apresentada à corte imperial de Bamberg por Santa Cunegunda. Ema contraiu núpcias com o Conde Guilherme de Sanngau, que pertencia a mais rica nobreza do Ducado da Carintia, uma belíssima região das montanhas austríacas, com quem teve dois filhos: Hartwig e Guilherme.
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RAIMUNDO LULO Franciscano, Mártir, Bem-aventurado ca. 1235-ca. 1315

Raimundo Lulo nasceu por volta de 1235 em Palma de Maiorca, nas ilhas Baleares. Nascido no seio de uma família abastada, Raimundo consagrou toda a sua fortuna ― quando seus pais faleceram ― à evangelização. Efectivamente, inflamado do zelo das almas, entrou na Ordem Franciscana Secular, tratou da fundação de um colégio onde vieram estudar os futuros missionários, os quais ali aprendiam as línguas árabe e hebraica, visto que estes numerosos “estudantes” eram destinados à propagação da fé cristã nos países muçulmanos e em Israel.
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PAULO DE TARSO Apóstolo, Mártir, Santo Século I

A celebração dos 2000 anos do nascimento do grande apóstolo [São Paulo] dá-nos a ocasião para conhecermos mais em profundidade a sua vida e o admirável testemunho de Cristo e do Evangelho que nos deixou. São Paulo é um grande sinal da ternura de Deus não apenas para o seu tempo e para toda a história cristã, mas também para a nossa geração. Nele se revela como Deus pode mudar uma pessoa de fanático intolerante contra Cristo em apóstolo e testemunha apaixonado do mesmo Cristo que antes combatia.
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PEDRO DE ROMA Apóstolo, Papa, Mártir, Santo Século I

I. SIMÃO PEDRO, como a maior parte dos seguidores de Jesus, era natural de Betsaida, cidade da Galiléia, às margens do lago de Genesaré. Era pescador, como o resto da família. Conheceu Jesus por intermédio deseu irmão André, que pouco tempo antes, talvez naquele mesmo dia, tinha passado uma tarde inteira em companhia de Cristo, juntamente com João. André não guardou para si o tesouro que tinha encontrado, “mas, cheio de alegria, correu a contar ao seu irmão o bem que tinha recebido”[1].
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Solenidade de São Pedro e S. Paulo (ofício próprio)

A liturgia da Solenidade dos apóstolos S. Pedro e S. Paulo convida-nos a reflectir sobre estas duas figuras e a considerar o seu exemplo de fidelidade a Jesus Cristo e de testemunho do projecto libertador de Deus. O Evangelho convida os discípulos a aderirem a Jesus e a acolherem-no como "o Messias, Filho de Deus". Dessa adesão, nasce a Igreja - a comunidade dos discípulos de Jesus, convocada e organizada à volta de Pedro. A missão da Igreja é dar testemunho da proposta de salvação que Jesus veio trazer. À Igreja e a Pedro é confiado o poder das chaves - isto é, de interpretar as palavras de Jesus, de adaptar os ensinamentos de Jesus aos desafios do mundo e de acolher na comunidade todos aqueles que aderem à proposta de salvação que Jesus oferece.
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ORAÇÃO DE TODOS OS DIAS - 29 DE JUNHO

Pe. Flávio Cavalca de Castro, redentorista
Oração da manhã para todos os dias 
Senhor meu Deus, mais um dia está começando. Agradeço a vida que se renova para mim, os trabalhos que me esperam, as alegrias e também os pequenos dissabores que nunca faltam. Que tudo quanto viverei hoje sirva para me aproximar de vós e dos que estão ao meu redor.
Creio em vós, Senhor. Eu vos amo e tudo espero de vossa bondade.
Fazei de mim uma bênção para todos que eu encontrar. Amém.
As reflexões seguintes supõem que você antes leu o texto evangélico indicado.
29 – Sexta-feira –  São Pedro e São Paulo
Evangelho (Mt 8,1-4)Eis que um leproso se aproximou e se ajoelhou diante dele, dizendo: – Senhor, se queres, tu tens o poder de me purificar”.
Aquele doente não podia, por lei, aproximar-se das pessoas. Mas aproximou-se de Jesus e prestou-lhe homenagem: ajoelhou-se diante dele. Sua confiança no Mestre era total: se queres, podes curar-me. Quem nos dera ter essa confiança plena quando oramos. Não que Deus faça o que pedimos, mas que sempre fará o que for melhor para nós. Ele nos ama muito mais que qualquer pai ou mãe.
Oração
Senhor Jesus, eu também me ajoelho diante de vós. Sois meu Senhor e meu Deus. Podeis curar-me de meus males, do corpo e da alma. Venho, pois, a vós implorando salvação. Purificai meu coração, curai as muitas chagas que o pecado deixou em mim; cuidai de mim e livrai-me do perigo. Confio em vosso poder misericordioso, e sei que sempre fareis o que for melhor para mim. Amém.

quinta-feira, 28 de junho de 2018

O REI SEDENTÁRIO

PADRE CLÓVIS DE JESUS
BOVO-REDENTORISTA
VICE-POSTULADOR DA CAUSA
VENERÁVEL PADRE PELÁGIO
REDENTORISTA
Havia na antiguidade um rei muito bom, mas doente e desanimado. Não saía da cama ou da poltrona. Não era capaz de fazer uma caminhada, já porque a barriga crescera demais. Os remédios que tomava, pouco ou nada adiantavam . O pobre do rei, apesar de cercado de todo o conforto, ia de mal a pior.Certo dia passou por lá um curandeiro afamado. Embora constrangido, resolveu chamá-lo para que o curasse de suas mil-e-uma doenças. Após um exame meticuloso, passou-lhe a seguinte receita:
- Tome este saquinho. É mágico. Todos os dias pela manhã vá para o pátio do castelo e fique jogando para o ar este saquinho como se fosse uma peteca. Isso durante uma boa meia hora. Não deve abri-lo, pois contém areia mágica. Faça o possível para não deixá-lo cair no chão. Depois tome um bom banho e descanse. Garanto que, no prazo de um mês Vossa Majestade estará curado.
O rei seguiu à risca as instruções do sábio. Sarou de todas as doenças, e até perdeu a barriga. Como recompensa, deu àquele sábio curandeiro uma bolsa cheia de moedas de ouro. 
Palavra de vida: “Vinte minutos diários de ginástica atrasam a velhice por vinte anos”.
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REFLETINDO A PALAVRA - “Sangue da Redenção”

PADRE LUIZ CARLOS DE OLIVEIRA
REDENTORISTA-50 ANOS CONSAGRADO
2059. Seguindo Jesus
            Ser mártir foi sempre um desejo de quem se entrega de fato a Jesus Cristo. Mas na hora a coisa é diferente. Para dar a vida é preciso uma vida doada. Ninguém fica mártir se não tem grande santidade. É de se lamentar que não prestigiamos nossos santos, perdendo assim, um estímulo de uma vida cristã em santidade. São diversos os mártires redentoristas em processo de canonização e beatificação: Temos os onze beatos mártires: quatro ucranianos, um eslovaco, seis espanhóis de Cuenca. E vinte e dois servos de Deus: três irmãos espanhóis de Valência; doze espanhóis de Madri; dois poloneses; um jovem ucraniano (Fr. Mariano Galan); um irmão vietnamita (Marcel Van). Nós, redentoristas, temos o compromisso de deixar cotejar o sangue da redenção. Há muitos martírios sem sangue que continuam a redenção da humanidade. Lembramos aqui tantos confrades que deram a vida a Cristo na Congregação. E confrades de grande santidade que dão a vida nos mais diversos ministérios da Congregação. Não se vive na Congregação se não se tem uma vida de grande santidade. Senão, não conseguimos ser fiéis nem perseverar. Dia 28 de junho celebramos os mártires ucranianos, Nicolau e companheiros. Estamos diante de um martírio recente. Eles deram a vida por Cristo, por sua Igreja Grego Católica, dissolvida por Stalin e por sua pátria invadida pelos inimigos da humanidade. Em 10 de setembro de 1939 a Igreja católica foi dissolvida e os bispos, os padres, os religiosos e os leigos cristãos foram levados para a prisão e em campos de concentração na Sibéria. Passaram por longos interrogatórios, acusados de espiões do Vaticano. Recusaram-se a se unir aos cristãos ortodoxos e não abriram a boca sobre a Igreja do silêncio.
2060. A Redenção na dor
            No dia 28 de junho celebramos os quatro mártires ucranianos: Nicolau Charneskyj (bispo), Basílio Velychkoviskyj e Bispo Zenão Kovalik Ivã Ziatek. Há ainda o Beato eslovaco Domingos Metódio Trchka, cuja festa é dia 25 de agosto. O primeiro martírio é soletrar seus nomes. Mas é possível. Nicolau (1884-1959) entrou para a Congregação com 34 anos, já sacerdote e doutor. Foi missionário e depois nomeado bispo. Preso em pelos comunistas em 1945, em campos de concentração. Teve seiscentas horas de interrogatórios. Libertado para morrer, se recuperou e guiava os cristãos ocultos no regime comunista. Beato Basílio (1903-1973) também entrou adulto para a Congregação. Preso em 1945, condenado ao fuzilamento, ficou dez anos na prisão. Foi nomeado bispo clandestinamente. Preso por três anos. Depois de solto foi para o Canadá onde morreu em consequência de um veneno que lhe aplicaram. Beato Zenão (1903-1941), grande pregador. Foi preso e morreu crucificado na parede da prisão. Beato Ivã (1899-1952), foi professor de teologia. Entrou na Congregação aos 35 anos. Morreu porque foi surrado na prisão.
2061. Alegria dos santos
              Celebrar os mártires é reconhecer neles o Cristo Redentor que continua completando o que falta à Igreja que é seu corpo. São os filhos da redenção que fazem o caminho do Redentor. É importante ter consciência de sua importância para a compreensão do carisma da Copiosa Redenção que vivenciaram até o sangue. Na prisão, continuaram sua missão fortalecendo os prisioneiros, mantendo a fé e a resistência diante dos sofrimentos. Sejam um estímulo para uma maior coragem nas dificuldades da vida religiosa. Sem sangue não há redenção. Possam eles nos ajudar a viver com mais força nossa entrega a Cristo. Conheçamos suas vidas e os façamos conhecidos dos fiéis. 
https://padreluizcarlos.wordpress.com/

EVANGELHO DO DIA 28 DE JUNHO


Evangelho segundo S. Mateus 7,21-29. 
Naquele tempo, disse Jesus aos seus discípulos: «Nem todo aquele que Me diz "Senhor, Senhor" entrará no reino dos Céus, mas só aquele que faz a vontade de meu Pai que está nos Céus. Muitos Me dirão no dia do Juízo: "Senhor, não foi em teu nome que profetizámos e em teu nome que expulsámos demónios e em teu nome que fizemos tantos milagres?". Então lhes direi bem alto: "Nunca vos conheci. Apartai-vos de Mim, vós que praticais a iniquidade". Todo aquele que ouve as minhas palavras e as põe em prática é como o homem prudente que edificou a sua casa sobre a rocha. Caiu a chuva, vieram as torrentes e sopraram os ventos contra aquela casa; mas ela não caiu, porque estava fundada sobre a rocha. Mas todo aquele que ouve as minhas palavras e não as põe em prática é como o homem insensato que edificou a sua casa sobre a areia. Caiu a chuva, vieram as torrentes e sopraram os ventos contra aquela casa; ela desmoronou-se e foi grande a sua ruína». Quando Jesus acabou de falar, a multidão estava admirada com a sua doutrina, porque a ensinava como quem tem autoridade e não como os escribas. 
Tradução litúrgica da Bíblia 
Santa Teresa de Ávila (1515-1582) 
carmelita descalça, doutora da Igreja 
«Castelo interior», quartas moradas, 
capítulo 3, 3-5, Ed. Carmelo, Paço d'Arcos, 2000, rev. 
Ouvir dentro do castelo, construir sobre a rocha 
Para buscar a Deus no interior da alma (onde melhor O encontramos, e com mais proveito para nós que nas criaturas, como disse Santo Agostinho, que aí O achou, depois de O ter procurado em muitas partes), é grande a ajuda quando Deus faz essa mercê. E não penseis que isto é adquirido pelo entendimento, procurando pensar que temos dentro de nós a Deus, nem pela imaginação, imaginando-O dentro de nós. Bom é isto, e excelente maneira de meditação, porque se funda sobre esta verdade: o estar Deus dentro de nós mesmos; mas não é isto, que cada um pode fazer (com o favor do Senhor, bem se entende). O que digo é de maneira diferente, e algumas vezes, antes que se comece a pensar em Deus, já esta gente está no castelo, que não sei por onde [entrou]. [...] Isto não está no nosso querer, senão quando Deus nos quer fazer essa mercê. Tenho para mim que, quando Sua Majestade a faz, é a pessoas que já vão dando de mão às coisas deste mundo [...] pelo desejo, pois chama-os particularmente para que estejam atentos às coisas interiores; e creio que, se queremos dar lugar a Sua Majestade, Ele não dará só isto a quem já começou a chamar para mais. Louve-O muito quem reconhecer isto em si, porque é muitíssimo justo que se entenda a mercê, e a ação de graças que se dá por ela fará com que a alma se disponha para outras maiores. E é também disposição para poder escutar a Deus [...] procurar não discorrer, mas estar atentos a ver o que o Senhor opera na alma. [...] Nesta obra de espírito, quem menos pensa e quer fazer é que faz mais. O que devemos fazer é pedir como pobres necessitados diante dum rico imperador e logo baixar os olhos e esperar com humildade. Quando por seus secretos caminhos parece que entendemos que nos ouve, então é bom calar, pois nos deixou estar junto d'Ele.

28 DE JUNHO: INJUSTIÇADO E MAL COMPREENDIDO E QUATRO BEATOS UCRANIANOS, REDENTORISTAS

Sempre houve pessoas e até santos que não foram compreendidos pelos seus contemporâneos. Beato Eimerardo foi um desses. É um dos santos mais originais e esquisitos. Nasceu em Baden, na Alemanha no século X. Ordenou-se padre e começou a fazer romarias a pé. Depois foi ser monge, mas não quis usar o hábito da Ordem religiosa. O abade mandou dar-lhe uma surra e depois o mandou embora. Abandonado e sem apoio, retirou-se para a capela de uma aldeia a fim de viver como eremita. Um dia a capela amanheceu arrombada. Acusaram-no de cumplicidade e expulsaram-no da aldeia. Quando foi pedir um lugar na diocese, o bispo não o aceitou, horrorizado com o que se falava de suas esquisitices. Sua fama era de um homem estrambótico, teimoso e irrequieto.O povo o apelidou de “santo doido”.P. Eimerardo suportava as humilhações, calúnias e caçoadas sem se queixar. Achou finalmente um cantinho numa região abandonada, onde o deixaram em paz. Lá ele viveu até o ano 1019 como eremita, pregando para o povo e repartindo com os pobres seu último pedaço de pão. Conforme se conta, o bispo teria ido até ele para pedir desculpas pelos maus tratos e calúnias de que foi vítima. 
Oração: Senhor, Tu és minha única esperança. Mesmo quando cansado, que eu procure sempre tua Face. Melhor ainda, que eu nunca fuja da tua Face. Amém! 
QUATRO BEATOS UCRANIANOS, REDENTORISTAS
Deram a vida pela Fé. Beatificados pelo papa João Paulo II: 
Beato Nicolau Charnetskyi (1884-1959): Em 1945 foi preso e torturado nos campos de concentração da Sibéria por ser considerado “agente do Vaticano”. Era bispo. 
Beato Ivan Ziatyk (1899-1952): Preso, condenado a trabalhos forçados na Sibéria, onde foi constantemente torturado. 
Beato Vasyl Velychkovskyi (1903-1973): Dedicou-se durante mais de vinte anos às missões entre opovo simples. Condenado ao fuzilamento, teve a pena comutada em prisão na Sibéria. Nomeado bispo, foi ordenado escondidamente num quarto de hotel. Sofrendo gravemente do coração, foi libertado. Mudou-se para o Canadá, onde faleceu. 
Beato Zenão Kovalyk (1903-1941): Confessor assíduo e pregador famoso, foi preso pelos comunistas em 1940. Morreu crucificado no corredor da prisão.
PADRE CLÓVIS DE JESUS BOVO CSsR
Vice-Postulador da Causa
Venerável Padre Pelágio CSsR
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28 DE JUNHO – CONHECEU OS DISCÍPULOS DE JESUS

Santo Irineu (130-202?) foi discípulo de São Policarpo, e este foi de S. João Evangelista. Assim testemunhou mais tarde: “...Posso dizer onde o bem-aventurado Policarpo se assentava para ensinar, como entrava e saía, quais eram sua conduta de vida e seu porte físico, que conversas mantinha com o povo, qual foi seu relacionamento com João e outros que viram o Senhor...”Irineu viveu na Ásia Menor durante o século II. Lutou para preservar a paz e a unidade da Igreja. Como simples presbítero, foi mandado a Roma a fim de ser o mediador perante o papa Eleutério (175-189) numa controvérsia relacionada com a heresia do Montanismo. Mas enquanto estava em Roma, rebentou na Gália (França atual) uma cruel perseguição contra os cristãos. Chegando a Lyon, o povo o aclamou bispo. Pastoreou vigilante o seu rebanho durante 25 anos, defendendo-o contra as heresias nascentes. Como bispo de Lyon, serviu novamente de mediador entre os bispos orientais e o papa Vítor (189-199) na questão sobre a Páscoa. Foi bem sucedido nessas mediações, graças ao seu jeito ponderado e calmo. Escreveu importantes obras e morreu mártir por volta de 202. Suas obras se conservam até hoje. Além de teólogo, foi um grande pacificador. 
Oração: Senhor, vosso bispo Santo Irineu lutou eficazmente em favor da verdadeira doutrina e da paz na Igreja. Dai-nos o mesmo zelo ardente e a mesma fé inabalável na luta pela união e a concórdia.
PADRE CLÓVIS DE JESUS BOVO CSsR
Vice-Postulador da Causa-Venerável Padre Pelágio CSsR
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Santa Vicência Gerosa, Virgem e Co-fundadora - 28 de junho

 Santa Vicência nasceu em 29 de outubro de 1784 em Lovere, Itália, e foi batizada com o nome de Catarina; começou a estudar nas Beneditinas de Gandino, em Val Seriana, mas a saúde frágil a impediu de continuar e teve que voltar para Lovere. Este foi, em sua vida, o primeiro de muitos projetos que as circunstâncias revolviam continuamente.
     Reservada e tímida, durante um período viveu contente atrás do balcão do pequeno comércio da família. Ela jamais havia pensado em tornar-se uma ‘fundadora’. O seu horizonte era Lovere, cidade do norte da Itália sujeita à República de Veneza. A empresa comercial que a família geria garantia aos Gerosa uma vida abastada. Mas, sob o ciclone napoleônico os negócios entram em crise, enquanto Lovere passava do domínio veneziano ao francês na República Cisalpina.
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MARIA PIA MASTENA Religiosa, Fundadora, Beata (1881-1951)

Maria Pia Mastena nasceu em Bovolone, na província de Verona, Itália, a 7 de Dezembro de 1881. Dos pais da beata as testemunhas falam como de óptimos cristãos e muito fervorosos na prática religiosa e no exercício da caridade. Dos quatro irmãos, o último, Tarcísio, entrou na Ordem dos Frades Capuchinhos e morreu também ele com fama de santidade. A futura beata, em 19 de Março de 1891, recebeu com grande fervor a primeira comunhão, por ocasião da qual emitiu privadamente o voto de castidade. A 29 de Agosto recebeu o sacramento da Confirmação. Durante a adolescência foi assídua às funções religiosas e às actividades da paróquia, particularmente como catequista.
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VICÊNCIA GEROSA Religiosa, Fundadora, Santa 1784-1847

Catarina Gerosa nasceu em 29 de outubro de 1784, em Lovere, no norte da Itália. Reservada e tímida, viveu um período da sua infância atrás do balcão do pequeno comércio da família. De saúde muito débil, não podia estudar. Modesta e caridosa, vivia uma espiritualidade simples, desenvolvida na missa, que frequentava todos os dias. Os anos seguintes à invasão napoleónica da Itália mudaram sua vida. A crise económica levou à morte primeiro seu pai, depois sua irmã Francisca e, por último, em 1814, também sua mãe. Apesar da tragédia pessoal, com ânimo e fé inabalável, Gerosa aceitou tudo com resignação.
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LEÃO II Papa, Santo + 683

O papa Leão II era filho de um médico chamado Paulo e nasceu na Sicília. Os outros poucos dados que temos sobre ele foram extraídos do seu curto período à frente do governo da Igreja de Roma, quase onze meses. Em 681, ele já estava em Roma, onde exercia a função de esmoler-mor da Igreja. Era um homem extremamente culto, eloquente, professor de ciências, profundo conhecedor de literatura eclesiástica. Além de falar fluentemente o grego e o latim, era especialista em canto e salmodia.
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IRINEU DE LYON Bispo, Mártir, Santo + 166

Santo Irineu era discípulo de São Policarpo, bispo de Esmirna, e quase contemporâneo dos apóstolos. Era sacerdote de Lyon, quando o santo bispo Potino ali foi martirizado pela metade do segundo século, com um grande número de fiéis. Esses mártires, consultados pelos cristãos da Ásia Menor, se haviam cabalmente pronunciado contra a heresia dos montanistas. Mas como não ignorassem que todas as Igrejas do mundo estão obrigadas a concordar com a Igreja Romana, escreveram ao Papa Eleutério que ocupava, então, o lugar de príncipe dos Apóstolos.
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