Paulo sabia que lhe restava pouco tempo. Pela última vez o destemido apóstolo, como verdadeiro embaixador do Céu, foi levado perante Nero para o seu último julgamento. O contraste entre ambos era marcante: em Nero viam-se as marcas do pecado e da maldade; em Paulo uma inquebrantável serenidade celestial.
Depois de ter levantado perante o imperador o estandarte de Jesus Cristo, Paulo foi levado de volta ao cárcere e dias depois condenado à morte. Finalmente, o condenado foi içado do fundo da prisão. Da prisão Mamertina, próximo do Capitólio, a pequena escolta rumou ao local da execução chamado "Tre Fontane", já fora dos muros da cidade, a seis quilômetros de Roma onde, segundo a tradição, o apóstolo foi executado. Visitamos esse sítio silencioso onde os seus lábios calaram-se para sempre. Dentro da capela que há naquele local, está um quadro de mármore esculpido em alto relevo no qual o artista procurou retratar os últimos momentos da vida desse grande apóstolo. Ali está Paulo ajoelhado, mãos amarradas para trás e a cabeça apoiada sobre um cepo. Atrás está um personagem demonstrando piedade; do outro lado estão os soldados e no centro está o carrasco, com uma das mãos segurando a cabeça do mártir e na outra a espada, na posição de executar a sentença. O santo tem os olhos como que voltados para o grande além, não demonstrando terror nem qualquer dúvida, mas esperança e certeza. Que cena comovente!
REFLEXÃO: "Sei em quem tenho crido" (2Tm 1:12). Naquele instante, "ao encontrar-se no lugar do martírio, não viu a espada do carrasco nem a terra que tão logo lhe haveria de receber o sangue; olhava, através do calmo céu azul daquele dia de verão, para o trono do Eterno" (Ellen G. White, Atos dos Apóstolos, p. 511, 512).
REFLEXÃO: "Sei em quem tenho crido" (2Tm 1:12). Naquele instante, "ao encontrar-se no lugar do martírio, não viu a espada do carrasco nem a terra que tão logo lhe haveria de receber o sangue; olhava, através do calmo céu azul daquele dia de verão, para o trono do Eterno" (Ellen G. White, Atos dos Apóstolos, p. 511, 512).
Então, a espada do carrasco desceu impiedosamente sobre a cabeça do santo e idoso apóstolo, reduzindo ao silêncio aquele cujos escritos até hoje são um testemunho eloquente da esperança que ele tinha em Cristo Jesus.
PADRE CLÓVIS DE JESUS BOVO
REDENTORISTA
VICE-POSTULADOR DA CAUSA
VENERÁVEL PADRE PELÁGIO SAUTER
REDENTORISTA
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