sábado, 14 de abril de 2018

EVANGELHO DO DIA 14 DE ABRIL

Evangelho segundo S. João 6,16-21.
Ao cair da tarde, os discípulos de Jesus desceram até junto do mar, subiram para um barco e seguiram para a outra margem, em direção a Cafarnaum. Já fazia escuro e Jesus ainda não tinha ido ter com eles. Como o vento soprava forte, o mar ia-se encrespando. Tendo eles remado duas e meia a três milhas, viram Jesus aproximar-Se do barco, caminhando sobre o mar e tiveram medo. Mas Jesus disse-lhes: «Sou Eu. Não temais». Quiseram então recebê-l’O no barco mas logo o barco chegou à terra para onde se dirigiam.
Tradução litúrgica da Bíblia 
Comentário do dia: 
São Pedro Crisólogo (c. 406-450), 
bispo de Ravena, doutor da Igreja 
Sermão 50, 1.2.3; PL 52, 339-340
«Logo o barco chegou à terra para onde se dirigiam»
Cristo sobe para um barco: mas não foi Ele quem descobriu o leito do mar depois de ter afastado as águas, para que o povo de Israel passasse a pé enxuto como num vale (Ex 14,29)? Não foi Ele quem acalmou as ondas do mar sob os pés de Pedro, de forma a que a água fosse para os seus passos um caminho sólido e seguro (Mt 14,29)? Ele sobe para o barco. Para atravessar o mar deste mundo até ao fim dos tempos, Cristo sobe para o barco da sua Igreja, para conduzir em travessia pacífica, até à pátria do céu, os que nele creem, e transformar em cidadãos do reino aqueles com quem comunga na sua humanidade. É claro que Cristo não precisa do barco, mas o barco precisa de Cristo. De facto, sem este piloto vindo do céu, o barco da Igreja, agitado pelas ondas, nunca chegaria a bom porto.

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