Evangelho segundo S. Lucas 12,13-21.
Naquele
tempo, alguém, do meio da multidão, disse a Jesus: «Mestre, diz a meu irmão que
reparta a herança comigo». Jesus respondeu-lhe: «Amigo, quem Me fez juiz ou
árbitro das vossas partilhas?». Depois disse aos presentes: «Vede bem,
guardai-vos de toda a avareza: a vida de uma pessoa não depende da abundância
dos seus bens». E disse-lhes esta parábola: «O campo dum homem rico tinha
produzido excelente colheita. Ele pensou consigo: ‘Que hei de fazer, pois
não tenho onde guardar a minha colheita? Vou fazer assim: Deitarei abaixo os
meus celeiros para construir outros maiores, onde guardarei todo o meu trigo e
os meus bens. Então poderei dizer a mim mesmo: Minha alma, tens muitos bens
em depósito para longos anos. Descansa, come, bebe, regala-te’. Mas Deus
respondeu-lhe: ‘Insensato! Esta noite terás de entregar a tua alma. O que
preparaste, para quem será?’ Assim acontece a quem acumula para si, em vez
de se tornar rico aos olhos de Deus».
Tradução litúrgica da
Bíblia
Comentário do dia:
Concílio Vaticano II
Constituição sobre a Igreja no mundo atual,
«Gaudium et spes», §§ 88-90
Os cristãos cooperem de bom grado e de todo
o coração na construção da ordem internacional, com verdadeiro respeito pelas
liberdades legítimas e na amigável fraternidade de todos; e tanto mais quanto é
verdade que a maior parte do mundo ainda sofre tantas necessidades, de maneira
que, nos pobres, o próprio Cristo como que apela em alta voz para a caridade dos
seus discípulos. Não se dê aos homens o escândalo de haver algumas nações,
geralmente de maioria cristã, na abundância, enquanto outras não têm sequer o
necessário para viver e são atormentadas pela fome, pela doença e por toda a
espécie de misérias. Pois o espírito de pobreza e de caridade é a glória e o
testemunho da Igreja de Cristo. São, por isso, de louvar e devem ser ajudados os
cristãos, sobretudo jovens, que se oferecem espontaneamente para ir em ajuda dos
outros homens e povos. [...]
É, portanto, absolutamente necessário que a
Igreja esteja presente na comunidade das nações, para fomentar e estimular a
cooperação entre os homens; tanto por meio das suas instituições públicas, como
graças à inteira e sincera colaboração de todos os cristãos. [...] Dedique-se
especial cuidado em formar neste ponto a juventude, tanto na educação religiosa
como na cívica.
Finalmente, é de desejar que os católicos, para bem
cumprirem a sua missão na comunidade internacional, procurem cooperar ativa e
positivamente, quer com os irmãos separados que com eles professam a caridade
evangélica, quer com todos os homens que anelam verdadeiramente pela paz.
Nenhum comentário:
Postar um comentário