A Palavra de Deus é
Jesus, o Verbo Divino que se fez Carne. Ao dizer que se fez Carne, dizemos que
assumiu em Si toda a Humanidade; Ao dizer que Ele é a Palavra Divina, dizemos
que é a palavra definitiva. Em Jesus a Revelação foi total, tanto que o Novo
Testamento se fecha com João que é a última testemunha qualificada de Jesus. Ele
é o Primeiro e o Último (Ap 1,17).
Está com o Pai no início da criação (Jo 1,3) até entregar o Reino a Deus seu Pai (1Cor
15,24). Somente Jesus é o revelador
absoluto do Pai. Somente Ele é o Caminho que conduz ao Pai. Todos os demais caminhos
são preciosos junto de Deus porque estão unidos a Cristo, mesmo inconscientemente.
“Quem não está a meu favor, está contra mim, e quem não ajunta comigo espalha”
(Mt 12,30). A centralidade de Cristo em nossa fé é fundamental. E não temos que
esperar nenhuma outra Revelação. O Papa anota as palavras ditas pelos bispos no
Sínodo: “De fato, a “característica fundamental do cristianismo manifesta-se
no acontecimento que é Jesus Cristo, ápice da Revelação, cumprimento das
promessas de Deus e mediador do encontro entre o homem e Deus. Ele, “que nos
deu a conhecer Deus” (Jo 1,18), é a Palavra única e definitiva confiada à humanidade”.
Respeitamos as outras maneiras de crer e reconhecemos nelas o que Deus realiza pelo
bem, pelo amor e pela justiça.
1176.
Aprendendo sempre
É isso que nos ensina o Concílio
Vaticano II. Temos muito a ensinar. Mas devemos aprender muito, e podemos acolher
tantas coisas das culturas para o anúncio do evangelho e para a organização da
vida da Igreja. Quem sabe aprender os bons caminhos, este é de fato sábio. Ouvi
de um conferencista, especializado na ciência das religiões, que acolhemos o
que há de bom e podemos dizer: “Em seu jardim há ainda flores que não
desabrocharam”. Ou como diz a Igreja: “Sementes do Verbo adormecidas” (AG 11). Nossa missão é levá-las a se abrirem em seu total
esplendor e perfume. A insistência do anúncio é grande e temos o exemplo de
Paulo e dos apóstolos e de tantos fiéis no correr dos séculos. Não compete só
aos padres, bispos ou ao Papa. Em muitos países a fé foi anunciada e a vida de
igreja implantada por leigos, como por exemplo, a Coreia.
1177. Discernindo pela Palavra
Ao falar de Revelação, sabemos que
pessoas dizem ter revelações. Os bispos recomendam que “se
ajudassem os fiéis a bem distinguir a Palavra de Deus das revelações privadas”, cujo “papel não é “completar” a Revelação definitiva de
Cristo, mas ajudar a vivê-la mais plenamente, numa determinada época histórica.
O valor das revelações
privadas é essencialmente diverso da única Revelação pública: esta exige a
nossa fé; de fato nela, por meio de palavras humanas e da mediação da
comunidade viva da Igreja, fala-nos o próprio Deus. O critério da
verdade de uma revelação privada é a sua orientação para o próprio Cristo. Não
podemos desprezar as revelações particulares. Elas não trazem novidades para a
fé. São boas para reavivar a fé em Jesus e renovar a vida pela conversão. O Critério
para saber de seu valor é analisar se correspondem ao que ensina o Evangelho.
“Compete
à Igreja, a aprovação de uma revelação privada. Ela indica
essencialmente que a respectiva mensagem não contém nada que contradiga a fé e
os bons costumes; é lícito torná-la pública, e os
fiéis são autorizados a prestar-lhe de forma prudente a sua adesão” (VD 14). A obediência será
sempre um bom critério para a autenticidade da revelação.
https://padreluizcarlos.wordpress.com/
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