Nenhum documento contemporâneo desta Santa permite verificar a autenticidade dos episódios biográficos que foram primeiramente recolhidos por Usuardo, retomados posteriormente por Fulcan de Meaux no século XI, e citados finalmente por Tillemont. Celina, uma donzela de nobre origem, vivia na cidade de Meaux, onde Santa Genoveva se deteve algum tempo durante uma de suas viagens fora de Paris. Admirada com as virtudes de Santa Genoveva, Celina lhe pede para tomar o hábito das virgens. Santa Genoveva a incentiva e a jovem tomou o hábito. Seu noivo, furioso, se opunha a este projeto e quando soube que a jovem já havia se consagrado a Deus, promete recorrer a violência para raptá-la. Genoveva e Celina se refugiam na igreja, onde o batistério se fechou milagrosamente sobre elas. Assim Celina pode guardar a virgindade por toda sua vida e se dedicar às boas obras. Santa Genoveva também curou uma de suas servas que há dois anos não caminhava. Ignora-se a data da morte de Santa Celina, mas pode-se deduzir, pelo seu encontro com Santa Genoveva, que esta tenha ocorrido entre 465 e 480. Ela foi sepultada perto de Meaux. Um priorado beneditino construído sobre o seu túmulo existiu até a Revolução Francesa, quando suas relíquias foram levadas para a Catedral de Meaux e foram escondidas no cemitério. Estas relíquias ainda estão na Catedral de Meaux e seu culto ficou restrito à diocese de Meaux. É possível que ela tenha sido venerada em outros locais (Troyes), mas ela é confundida com Santa Celina, mãe de São Remígio, venerada no mesmo dia, se bem que uma era virgem e a outra viúva. Etimologia: Celina = diminutivo de Célia, do latim Caelia: “celeste, celestial”.
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