segunda-feira, 30 de outubro de 2017

REFLETINDO A PALAVRA - “Uma missão de todos”

PADRE LUIZ CARLOS
DE OLIVEIRA
REDENTORISTA
1954. Continuando a missão de Jesus
             A catequese da Igreja usa muitos métodos. Um deles são os tempos temáticos. Sejam semanas, sejam dias ou meses. Estamos no mês das missões. É um tema importante, pois é o último mandamento de Jesus: “Toda autoridade sobre o céu e sobre a terra me foi entregue. Ide, portanto, fazei que todas as nações se tornem discípulos, batizando-as em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo e ensinando-as a observar tudo quanto vos ordenei. E eis que estou convocado todos os dias até a consumação dos séculos” (Mt 28,18-20). Não só manda evangelizar mas afirma que continuam sua missão. João diz: “Como o Pai me enviou também Eu vos envio”... Para isso dá o Espírito Santo para o perdão dos pecados (Jo 20,20-22). A missão é continuação da missão de Jesus, na força do Espírito, como nos diz Luca: “Jesus voltou para a Galiléia, impulsionado pelo Espírito” (Lc 4,14). O mesmo Espírito que sustentou Jesus sustenta o anunciador do Evangelho. Os destinatários são todos os habitantes da terra – todo mundo. O Batismo é a conclusão da evangelização. É a união de vida com Cristo. A evangelização é também ensinamento para viver a definição de vida por Cristo. Jesus está com todo aquele que evangeliza. Cada um tem a missão e a presença de Cristo que é a finalidade da missão. Anunciar o Evangelho é o maior benefício que podemos fazer para a humanidade. É dada a vida e o modo de viver. É um bem para todos. O mundo seria muito melhor se acreditasse nas palavras de Jesus.
 1955. Uma missão pessoal
            Quando dizemos missão e evangelização temos a ideia de uma estrutura na qual estão os entendidos, os capacitados e os preparados. Com isso temos a sensação que ela é para poucos. É o que o católico pensa. Mas cada um é evangelizador a seu modo. Viver a fé já é evangelização: “Pelos frutos conhecereis a árvore” (Mt 12,33). A vida de fé, por menor que seja, já é um anúncio. Deus dá a cada um dons especiais. Ninguém é deixado de lado nas riquezas de Deus. O dom pessoal é um modo de evangelizar. Vivendo o próprio dom na fé transmitimos a vida de Deus a nosso modo. Tantas vezes a Igreja oficial não pode chegar a tantos ambientes. Pelos seus fiéis ela chegou e evangelizou. Sabemos que, em muitos países, a fé entrou através dos leigos que creram. Depois veio a estrutura eclesial com sacerdotes e bispos. Em alguns países, a primeira evangelização foi reprimida. Os missionários foram expulsos. Os fiéis, por longuíssimos anos permaneceram fiéis e mantiveram a vida da Igreja. Muita gente só será atingida pelo evangelho se for levado pessoalmente por fiéis. Essa é a vocação fundamental do leigo: ser fermento na massa, ser luz na escuridão, ser calor no frio gélido de mundo sem Deus. Jesus convida cada cristão a ser luz do mundo, sal da terra e palavra viva de Deus.
1956. Juntos é o melhor
            Quando dizemos que a evangelização é obra de cada um, Jesus acrescenta que juntos dá mais resultado, pois se somam os dons e a disposição. Jesus ensina que, se nada funcionasse, que estejam unidos: Rogo também “por aqueles que, por meio de sua palavra, crerão em Mim: a fim de que todos sejam um, como tu, Pai, estás em Mim e Eu em Ti;que eles estejam em Nós para que o mundo creia que Tu Me enviaste” (Jo 17,20-21). A união de vida se faz também união de ação. A força da evangelização será maior quanto maior for a união de todos em vista do mesmo fim: Jesus conhecido e amado. Mesmo os grupos diferentes são chamados à união de todos. No dia em que a Igreja for um corpo coeso no amor, o mundo será melhor. Onde dois ou três estiverem reunidos em meu nome, estarei no meio deles.

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