Evangelho segundo S. Marcos 16,9-15.
Jesus
ressuscitou na manhã do primeiro dia da semana e apareceu primeiro a Maria de
Magdala, da qual tinha expulsado sete demónios. Ela foi anunciá-lo aos que
tinham sido seus companheiros, que viviam em luto e em pranto. Mas eles,
ouvindo dizer que Jesus estava vivo e fora visto por ela, não acreditaram. Depois disto, Jesus apareceu com um aspecto diferente a dois deles que iam a
caminho do campo. Eles voltaram para trás a fim de o anunciar aos restantes.
E também não acreditaram neles. Apareceu, finalmente, aos próprios Onze
quando estavam à mesa, e censurou-lhes a incredulidade e a dureza de coração em
não acreditarem naqueles que o tinham visto ressuscitado. e disse-lhes: «Ide
pelo mundo inteiro, proclamai o Evangelho a toda a criatura.
Da
Bíblia Sagrada - Edição dos Franciscanos Capuchinhos - www.capuchinhos.org
Comentário do dia:
Papa Francisco
Exortação
apostólica «Evangelii Gaudium/A alegria do evangelho» §§19-23 (trad. © copyright
Libreria Editrice Vaticana, rev)
«Ide pelo mundo inteiro, proclamai o Evangelho a toda a
criatura.»
A evangelização obedece ao mandato
missionário de Jesus: «Ide, pois, fazei discípulos de todos os povos,
baptizando-os em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo, ensinando-os a
cumprir tudo quanto vos tenho mandado» (Mt 28,19-20). […] O Ressuscitado envia
os seus a pregar o Evangelho em todos os tempos e lugares, para que a fé nele se
estenda a todos os cantos da terra.
Na Palavra de Deus, aparece
constantemente este dinamismo de «saída», que Deus quer provocar nos crentes.
Abraão aceitou a chamada para partir rumo a uma nova terra (cf Gn 12,1-3).
Moisés ouviu a chamada de Deus: «Vai; Eu te envio» (Ex 3,10), e fez sair o povo
para a terra prometida (cf Ex 3,17). A Jeremias disse: «Irás aonde Eu te enviar»
(Jr 1, 7). […] Todos somos chamados a esta nova «saída» missionária. Cada
cristão e cada comunidade há-de discernir qual é o caminho que o Senhor lhe
pede, mas todos somos convidados a aceitar esta chamada: a sair da própria
comodidade e a ter a coragem de alcançar todas as periferias que precisam da luz
do Evangelho.
A alegria do Evangelho, que enche a vida da comunidade dos
discípulos, é uma alegria missionária. Experimentam-na os setenta e dois
discípulos, que voltam da missão cheios de alegria (cf Lc 10,17). Vive-a Jesus,
que exulta de alegria no Espírito Santo […]. Esta alegria é um sinal de que o
Evangelho foi anunciado e está a frutificar. Mas contém sempre a dinâmica do
êxodo e do dom, de sair de si mesmo, de caminhar e de semear sempre de novo,
sempre mais além. O Senhor diz: «Vamos para outra parte, para as aldeias
vizinhas, a fim de pregar aí, pois foi para isso que Eu vim» (Mc 1,38). […] Fiel
ao modelo do Mestre, é vital que hoje a Igreja saia para anunciar o Evangelho a
todos, em todos os lugares, em todas as ocasiões, sem demora, sem repugnâncias e
sem medo.
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