Na cidade italiana de Lucca descansa o corpo ainda incorrupto de Santa Zita (1212-1272), padroeira das funcionárias domésticas. Diz a história que, desde menina, foi entregue à nobre família dos Fatinelli, onde trabalhou durante cinqüenta anos. A princípio foi tratada com pouco caso, devido à sua origem camponesa. Mas sua afabilidade acabou conquistando todos.
Conta-se que, numa noite fria de Natal, ela ia saindo para a “missa do galo” sem nenhum agasalho, quando o patrão chamou-lhe a atenção:
- Sem nenhum agasalho, não! Leve o meu manto. Mas não dê para ninguém, como já tem feito. Traga-o de volta.
Embrulhou-se no agasalho e foi. No pórtico da igreja viu um pobre tremendo de frio. Deixá-lo assim, cortava-lhe o coração. Voltar ao castelo sem o manto, seria o mesmo que ouvir um berreiro daqueles. Façamos assim, disse:
- Eu lhe empresto este manto, mas só até o fim da missa. Pois nem é meu.
Terminada a missa, procurou o pobre na porta da igreja. Tinha desaparecido. Voltou sem o agasalho, preparada para o xingatório. Nisso alguém bate à porta:
- Favor entregar este manto ao senhor Fatinelli.
- Quem era?
Nunca se ficou sabendo. Seria o próprio Jesus que ela vestiu?
PADRE CLÓVIS DE JESUS BOVO CSsR
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