Evangelho segundo S. Lucas 24,35-48.
Naquele
tempo, os discípulos de Emaús contaram o que lhes tinha acontecido pelo caminho
e como Jesus se lhes dera a conhecer, ao partir o pão. Enquanto isto diziam,
Jesus apresentou-se no meio deles e disse-lhes: «A paz esteja convosco!» Dominados pelo espanto e cheios de temor, julgavam ver um espírito. Disse-lhes, então: «Porque estais perturbados e porque surgem tais dúvidas
nos vossos corações?
Vede as minhas mãos e os meus pés: sou Eu mesmo.
Tocai-me e olhai que um espírito não tem carne nem ossos, como verificais que Eu
tenho.» Dizendo isto, mostrou-lhes as mãos e os pés. E como, na sua
alegria, não queriam acreditar de assombrados que estavam, Ele perguntou-lhes:
«Tendes aí alguma coisa que se coma?» Deram-lhe um bocado de peixe assado; e, tomando-o, comeu diante deles. Depois, disse-lhes: «Estas foram as
palavras que vos disse, quando ainda estava convosco: que era necessário que se
cumprisse tudo quanto a meu respeito está escrito em Moisés, nos Profetas e nos
Salmos.» Abriu-lhes então o entendimento para compreenderem as Escrituras e disse-lhes: «Assim está escrito que o Messias havia de sofrer e
ressuscitar dentre os mortos, ao terceiro dia; que havia de ser anunciada,
em seu nome, a conversão para o perdão dos pecados a todos os povos, começando
por Jerusalém. Vós sois as testemunhas destas coisas.
Da
Bíblia Sagrada - Edição dos Franciscanos Capuchinhos - www.capuchinhos.org
Comentário do dia:
São Narsés Snorhali (1102-1173),
patriarca arménio
Jesus, Filho Unigénito do Pai, §§ 771-774; SC 203
«Apresentou-Se no meio deles»
Na noite da ressurreição,
No
domingo, primeiro dia da semana,
Apareceste aos Onze,
Estando as
portas fechadas, de noite.
E o primeiro sopro
Que havíamos
perdido no Paraíso
De novo lho concedeste,
E, por eles, à nossa
natureza humana (Jo 20,22).
Em minh’alma mantenho as portas do
espírito
Fechadas à tua palavra,
E habito sem luz, nas trevas,
Como na morada da escuridão.
Não deixes, jamais,
Que
o Maligno coabite sob o meu tecto sem luz.
Abre porém a câmara nupcial
do meu coração;
Faz nela brilhar a tua luz refulgente.
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