Veio ao mundo em Dalías (Almería) no dia 22 de julho de 1864. Dele disse o seu avô materno: "Eu morrerei, mas quem viver verá que este menino será um homem importante e que valerá muito para Deus".
Freqüentou a escola da freguesia natal e manifestava o gosto de ler as vidas dos santos. Um tio seu, Cônego, mandou-o estudar num Instituto de Bacharelado, mas descobrindo nele sinais de vocação sacerdotal, enviou-o para o Seminário diocesano de Almería.
No Seminário de São Cecílio de Granada havia de terminar os estudos de filosofia, teologia e direito canônico. Foi ordenado no Seminário diocesano da Imaculada Conceição e de São Dâmaso, de Madrid, no dia 24 de setembro de 1887, tendo sido incardinado nesta diocese. Na Capela da Virgem do Bom Conselho, na Catedral de Santo Isidro, celebrou a sua primeira Missa em 8 de outubro seguinte. Em Toledo, obteve a Licenciatura em Teologia, em 1888, e Direito Canônico, em 1897. Pela manhã, entrava na igreja para rezar, dedicava-se à catequese das crianças e a todos impressionava pela sua austeridade, pobreza e caridade para com os pobres.
Enquanto desenvolvia várias atividades de caráter diocesano, não deixava de atender as pessoas no confessionário, catequese, "escolas dominicais", ao mesmo tempo que se dedicava a acompanhar diversos grupos em necessidade espiritual.
Peregrinou a Roma e à Terra Santa, deixando-se impressionar de modo especial pelos túmulos de Pedro e Paulo, pelo Santo Sepulcro e pelo Calvário.
Admirando de modo particular a Companhia de Jesus e chamando-se a si mesmo "Jesuíta por afeição", entrou no noviciado da Companhia em Granada e fez os primeiros votos em 12 de outubro de 1908; trabalhou depois em Sevilha, onde desenvolveu grande atividade apostólica. Depois de três anos em Manresa (Barcelona), voltou a Madrid onde, em 2 de fevereiro de 1917, emitiu os votos perpétuos.
Madrid foi o seu novo campo de apostolado, sendo procurado por muita gente, que atraía pelas suas pregações, porque vivia o que pregava. O seu lema era: "Fazer o que Deus quer e querer o que Deus faz". Organizou e orientou diversas missões populares em Madrid. Quis fundar um instituto, "Os Discípulos de São João", mas foi impedido de fazê-lo, aceitando a proibição com estas palavras: "Não procuro outra coisa além do cumprimento da santíssima vontade de Deus".
Gozava de dotes místicos e de graças espirituais sobrenaturais, da profecia e da visão. Armavam-lhe ciladas para o apanharem em situações difíceis, mas acabava por impressionar a todos, mesmo os que o queriam ver envolvido em escândalos e inquietações. Foi formador de muitos cristãos que sofreram o martírio no tempo da perseguição religiosa.
Pressentiu a sua morte e despediu-se dos seus amigos. Debilitado na sua saúde pelo imenso trabalho realizado, foi transferido para Aranjuez, para aí repousar. Mas tudo estava para terminar e José María exclamou: "Senhor, se queres levar-me agora, estou preparado". Faleceu em 2 de maio de 1929. Em Madrid, todos diziam: "Morreu um santo". Por isso, milhares de pessoas acorreram ao seu funeral; os seus restos mortais foram trasladados para a casa Professa de Madrid, em 1953.
Nenhum comentário:
Postar um comentário