segunda-feira, 31 de maio de 2021

O BUQUÊ DO PASTOR

PADRE CLÓVIS DE JESUS BOVO
REDENTORISTA
VICE-POSTULADOR DA CAUSA
VENERÁVEL PADRE PELÁGIO SAUTER
MISSIONÁRIO REDENTORISTA
Em tempos passados, sob clara manhã de maio, uma criança pediu um buquê de flores a um senhor idoso que estava cuidando das roseiras do seu jardim. Trajava sobre-casaca e tinha nas mãos, uma tesoura de podar. 
- "Lógico! - respondeu o velho homem. - Tu terás o teu buquê. Mas o que farás com ele?" 
O menino respondeu: 
- "É para a Virgem Santíssima." 
Ouvindo da criança que o buquê destinava-se à Virgem Maria, o ancião sorriu, misteriosamente, e continuou: 
- "Tu terás as flores que desejas!" 
E com a tesoura de podar pôs-se a cortar as rosas mais belas. E para embelezar o buquê, mais ainda, juntou-lhe galhos de belas silindras, carregadas de flores brancas que exalavam suave aroma. A criança recebeu o buquê solicitado e agradeceu, não com os lábios, mas com os olhos. Os olhos do ancião responderam aos da criança e um sorriso, mais misterioso que o primeiro, iluminou o seu rosto. Era o antigo pastor da aldeia que, aposentado do ministério, levava a sua vidinha simples, em casa, em pleno campo. 
Lição: Que exemplo comovente de ecumenismo!

REFLETINDO A PALAVRA - “Se eu não tiver a caridade”.

PADRE LUIZ CARLOS DE OLIVEIRA
MISSIONÁRIO REDENTORISTA
53 ANOS CONSAGRADO
45 ANOS SACERDOTE
Hoje se realizou a Escritura
 
“Hoje se realizou a Escritura que acabais de ouvir” (Lucas 4,21). Estas palavras de Jesus na sinagoga de Nazaré não são somente uma afirmação sobre sua pessoa e missão, mas têm uma referência também à vida de cada cristão no dia a dia. Cada dia é uma oportunidade de se realizar seu projeto. Podemos dizer também que fazendo o que Jesus fazia, realiza-se a promessa de Deus e se atua a salvação. Tudo o que aconteceu com Jesus, de certo modo acontece conosco. O mesmo aconteceu também a Jeremias que se reveste da qualidade de profeta. Podemos perguntar onde e como se realiza para nós esta palavra que tem força de tornar-se realização da Escritura. 
A caridade é tudo. 
Usamos a palavra caridade para traduzir a palavra amor. Estas duas palavras perderam muito de sua força expressiva. Pensamos que caridade refere-se a uma atitude de ajuda ao próximo. Mas, em sua significação primeira, caridade identifica-se com o dinamismo do Reino e a força transformante de Deus em nós. Caridade identifica-se com Deus, pois “Deus é amor”, diz São João (1ª Jo 4,8). Para Paulo esta proclamação de Jesus, “hoje se realizou esta Escritura”, se dá no amor que há em nós. Podemos fazer tudo, mas, se em nós não há amor, de nada vale, mesmo que eu me entregasse às chamas, mas se não tivesse amor, de nada me adiantaria (1 Cor 13,3). Paulo nos diz que o único que vale é o amor e que, tendo amor, tudo tem valor. Por isso, a palavra libertadora de Jesus, através do amor, torna-se realidade em nossa vida. Torna-se presença de Deus. 
Amor tem um jeito de ser. 
Paulo, na primeira carta aos Coríntios, explica-nos a caridade. Mostra que para realizar esta Escritura, o amor-caridade tem que penetrar nosso íntimo. Devemos examinar nosso conceito de fé que se faz através do amor. É interessante que o amor pode resolver todos os problemas, até o intricado problema da morte, pois Jesus deu a vida por amor. Podemos, então, entender porque não há maior amor do que dar a vida pelos irmãos (Jo.15,13). O amor é a maior realização de tudo o que Jesus ensinou e fez por nós, inclusive doando sua vida. Realizar o amor será realizar seu projeto e ter certeza de que a Escritura está se realizando, pois Ele veio para libertar, salvar e comunicar a alegria plena do Reino novo que se realiza no amor. Amando, estamos dizendo: “hoje se realiza a Escritura”. “Seremos como o profeta, escolhidos desde o seio materno e seremos o muro de bronze contra todos” (Jr 1,18). O Cristianismo que, por uns tempos se preocupou mais com as devoções, os ritos, as teorias espirituais, agora aprofunda novamente o sentido da fé que se realiza através da caridade. Esta caridade não é patrimônio só dos cristãos, pois onde há um pingo de amor, ali está o Reino de Deus e ali está o verdadeiro seguidor de Jesus. Isso é forte, pois poderemos ter surpresas de encontrar no Céu gente que condenados, mas se salvaram pelo amor. Nossa preocupação maior não será só batizar, mas ensinar a todos a amar e servir o próximo. Maria quando ficou grávida, não acendeu velas, ficou lendo livros, mas levantou-se e foi apressadamente para a casa de Isabel, para servir (Lc. 1,39) 
(Leituras: Jeremias 1,4-5.17-19; 
1 Cor 12,31-13,13; Lucas 4,21-30)
Homilia do 4º Domingo do Tempo Comum
Em fevereiro de 2004

EVANGELHO DO DIA 31 DE MAIO

Evangelho segundo São Lucas 1,39-56. Naqueles dias, Maria pôs-se a caminho e dirigiu-se apressadamente para a montanha, em direção a uma cidade de Judá. Entrou em casa de Zacarias e saudou Isabel. Quando Isabel ouviu a saudação de Maria, o menino exultou-lhe no seio. Isabel ficou cheia do Espírito Santo e exclamou em alta voz: «Bendita és tu entre as mulheres e bendito é o fruto do teu ventre. Donde me é dado que venha ter comigo a Mãe do meu Senhor? Na verdade, logo que chegou aos meus ouvidos a voz da tua saudação, o menino exultou de alegria no meu seio. Bem-aventurada aquela que acreditou no cumprimento de tudo quanto lhe foi dito da parte do Senhor». Maria disse então: 
«A minha alma glorifica o Senhor
e o meu espírito se alegra em Deus, meu Salvador,
porque pôs os olhos na humildade da sua serva,
de hoje em diante me chamarão bem-aventurada
todas as gerações.
O Todo-poderoso fez em mim maravilhas,
Santo é o seu nome.
A sua misericórdia se estende de geração em geração
sobre aqueles que O temem.
Manifestou o poder do seu braço e dispersou os soberbos.
Derrubou os poderosos de seus tronos e exaltou os humildes.
Aos famintos encheu de bens
e aos ricos despediu de mãos vazias.
Acolheu a Israel, seu servo,
lembrado da sua misericórdia,
como tinha prometido a nossos pais,
a Abraão e à sua descendência para sempre.
Maria ficou junto de Isabel cerca de três meses e depois regressou a sua casa. 
Tradução litúrgica da Bíblia 
Beato Charles de Foucauld(1858-1916)
Eremita e missionário no Saara 
Considerações sobre as festas do ano 
«Maria pôs-se a caminho 
e dirigiu-se apressadamente» 
Maria, minha Mãe, a festa de hoje é uma festa vossa e uma festa de Jesus; pois, tal como a festa da Purificação, que é sobretudo a Apresentação de Jesus, também a festa da Visitação é uma das vossas festas mais belas, mas é, acima de tudo, uma festa de Nosso Senhor, pois é Ele que age em vós e através de vós. A Visitação é «o amor de Cristo que nos urge» (2Cor 5,14), é Jesus que, mal entrou em vós, teve sede de fazer outros santos e felizes. Pela Anunciação, Ele manifestou-Se e deu-Se a vós, santificando-vos maravilhosamente; mas não Lhe bastou: no seu amor pelos homens, quis de imediato manifestar-Se e dar-Se, através de vós, a outros, quis santificar outros e por isso fez que O transportásseis a casa de São João Batista. O que a Virgem santa vai fazer na Visitação não é uma visita a sua prima para se consolarem e se edificarem mutuamente pela narrativa das maravilhas que Deus fez nelas; menos ainda é uma visita de caridade material para a ajudar nos últimos meses da gravidez e no parto. É muito mais do que isso: ela vai santificar São João, vai anunciar-lhe a Boa Nova, não através de palavras suas, mas levando-lhe o silêncio de Jesus. O mesmo fazem as religiosas e os religiosos que se entregam à contemplação nos países de missão. Ó minha Mãe, fazei com que sejamos fiéis à nossa missão, a esta bela missão que recebemos: que levemos fielmente a essas pobres almas, que estão mergulhadas «nas sombras da morte» (Lc 1,79), o divino Jesus.

Santo Hermías, 31 de Maio

Santo Hermías foi um soldado da reserva. Era um dos mais valentes soldados da sua tropa e nunca recuou diante do inimigo, mesmo nas derrotas. Quando teve início a perseguição aos cristãos, nos tempos do rei Marco Antonio, Ermías foi também conduzido à prisão, Então, o governador Sebastiano ordenou a Ermías que fizesse um sacrifício aos ídolos. Esta ordem surpreendeu o santo que, sorrindo, disse: “Seria pouco inteligente e até estranho, governador, deixar a luz e adorar a obscuridade, abandonar a verdade e abraçar-me com a mentira; perder a vida e me deixar cair na morte. Então, o governador ordenou que ele fosse lançado no fogo. No meio das chamas, milagrosamente, o santo permaneceu incólume, sem nenhum sinal de queimadura. Santo Hermías morreu, mais tarde, decapitado.

Santa Petronila, Mártir (Século I), 31 de Maio

O prenome Petronila é um diminutivo do prenome Pedro ou Petrus. Ela era descendente de Titus Flavius Petro, avô do imperador romano Vespasiano. Como muitos dos santos dos primeiros tempos da Igreja, não se conhece praticamente muita coisa da vida de Petronila. As únicas informações seguras que há são o nome que ela trazia e o fato de ser uma mártir: estas duas indicações figuram num afresco do Século IV encontrado na basílica subterrânea das catacumbas de Roma. Este afresco, um dos mais antigos da cristandade, encontra-se atrás da abside da basílica que o Papa Sirício (cujo papado durou de 384 a 399) mandou construir, entre 390 e 395, na Via Adreatina, conhecida como Via Domitilla. Neste afresco figura a inscrição PETRONELLA MART. O sarcófago que conservava os restos da santa foi transferido para a basílica pontifical pelo Papa Paulo I, em 757 e se encontra, desde então, na Basílica de São Pedro. De acordo com a tradição, Santa Petronila seria filha espiritual de São Pedro Apóstolo, pois teria sido batizada por ele. Chegou mesmo a ser dito, na *Legenda Áurea, que Petronila seria filha biológica de São Pedro. Todavia, o mais provável é que tudo não passe apenas de uma coincidência entre os dois prenomes.

Santa Camila Batista da Varano

Virgem religiosa da Segunda Ordem (1458-1524). Gregório XVI aprovou seu culto no dia 7 de abril e foi canonizada por Bento XVI no dia 17 de outubro de 2010. Nasceu em Camerino a 9 de abril de 1458. Filha de Júlio César Varani, típica figura de um homem do renascimento, duque de Camerino, e de uma certa dama, Francisca de Mestro Giacomo de Malignis, antes das núpcias de seu pai com Giovana Malatesta, de Rímini (conhecida como beata Giovana ou Jane Malatesta). Bem cedo Camila é levada ao Palácio dos Varani, família ilustre que desde a metade do século XIII dominava a cidade e o ducado de Camerino. É reconhecida como filha de Júlio César, e como tal, amada de modo particular. Também Giovana acolhe-a com maternal afeto: o relacionamento que as duas mantêm é uma das realidades mais belas da infância e da juventude de Camila. Entre os 8 e 9 anos foi imensamente atraída por uma pregação do franciscano Dominico de Leonessa (observante) sobre a Paixão de Jesus.

CAMILA BATISTA DA VARANO Religiosa, Mística e Santa 1458-1524

O príncipe Júlio César de Varano, senhor do ducado de Camerino, era um fidalgo guerreiro e alegre, muito generoso com o povo e sedutor com as damas. Tinha cinco filhos antes de se casar, aos vinte anos, com Joana, filha do duque de Rimini, que completara doze anos de idade. Tiveram três filhos. Criou todos juntos no seu palácio de Camerino, sem distinção entre os legítimos e os naturais. Camila era sua filha primogénita, fruto de uma aventura amorosa com uma nobre dama da corte. Nasceu em 9 de abril de 1458. Cresceu bela, inteligente, caridosa e piedosa. Tinha uma personalidade sedutora e divertida, apreciava dançar e cantar. Tinha herdado o temperamento do pai, motivo de orgulho para ele, que a amava muito. Ainda criança, depois de ouvir uma pregação sobre a Paixão de Jesus Cristo, fez um voto particular: derramar pelo menos uma lágrima todas as sextas-feiras, recordando todos os sofrimentos do Senhor. Porém tinha dificuldade para conciliar o voto à vida divertida que levava, quando não conseguia vertê-la sentia-se mal toda a semana. Mas esse exercício constante, a leitura sobre mística e o estudo da religião, amadureceram a espiritualidade de Camila, que durante as orações das sextas-feiras ficava tão comovida que chorava muito. Aos dezoito anos, já sentia o chamado para a vida religiosa, mas continuava atraída pela vida e os divertimentos da corte.

FÉLIX DE NICÓSIA Frade capuchinho, Santo (1715-1888)

Nasceu do matrimónio de Filipe Amoroso e Carmela Pirro, em Nicósia (Itália), a 5 de Novembro de 1715. A família era pobre mas muito religiosa. A proximidade do convento dos Capuchinhos deu-lhe a possibilidade de frequentar aquela comunidade, conhecer os religiosos e admirar o seu estilo de vida. Ao frequentar o convento sentia-se cada vez mais fortemente atraído por aquela vida: alegria na austeridade, liberdade na pobreza, penitência, oração, caridade e espírito missionário. Quando completou vinte anos pediu ao Superior do Convento de Nicósia para interceder junto do Padre Provincial de Messina a fim de que pudesse ser acolhido na Ordem como leigo porque, dado que era analfabeto, não podia ser admitido como clérigo, mas sobretudo porque aquele estado mais condizia à sua índole humilde e simples. Recebeu resposta negativa não só então mas também às repetidas solicitações nos oito anos sucessivos. Contudo o seu desejo nunca diminuiu. Em 1743, ao saber que o Padre Provincial de Messina estava em Nicósia para uma visita, pediu para lhe expor o seu desejo. Finalmente o Provincial acolheu-o na Ordem, enviando-o ao Convento de Mistretta para o ano de noviciado. No dia 10 de Outubro de 1744 emitiu a profissão. Foi devoto de Jesus Crucificado e teve um culto particular pela Eucaristia. Concluiu a sua vida terrena no dia 31 de Maio de 1787. Foi beatificado pelo Papa Leão XIII a 12 de Fevereiro de 1888. Canonizado em 2005.

31 DE MAIO – MARIA VISITA SUA PRIMA ISABEL

O último dia de maio, todo ele consagrado a Maria, é encerrado com uma festa Mariana: a visita de Maria à sua prima Isabel. Qual foi o motivo dessa visita? Mencionemos alguns: 
Oferecer seus préstimos à futura mãe de João Batista, pois toda gestante precisa de um acompanhamento caridoso. 
Levar a notícia do próximo nascimento de Jesus e João, conforme lhes foi anunciado pelo Anjo. Portanto, uma visita missionária.
Comentar os últimos acontecimentos no Templo com Zacarias, as expectativas e os preparativos para o nascimento de João e de Jesus, seu noivado com José, e tantos detalhes que somente as mulheres sabem descobrir e ampliar. 
Enfim, desabafar-se mutuamente em diálogos descontraídos, também com os vizinhos e vizinhas. 
Lição: Aprendamos com Maria a fazer visitas de caridade, de reconciliação e de paz.
PADRE CLÓVIS DE JESUS BOVO CSsR
Vice-Postulador da Causa
Venerável Padre Pelágio Sauter CSsR

Visitação da Bem-aventurada Virgem Maria - 31 de maio

     Na Festa da Visitação de Nossa Senhora, o segundo mistério gozoso do Rosário, também a Festa do 'Magnificat', se estende e expande a alegria messiânica da salvação. Maria, Arca da Nova Aliança, é recebida por Isabel como a Mãe do Senhor. A Visitação é o encontro entre a jovem mãe, Maria, a serva do Senhor, e o antigo símbolo de Israel expectante, Isabel. A solicitude amorosa de Maria, com a sua viagem apressada, expressa o ato de caridade. João, que pulou no ventre de sua mãe, já começa sua missão precursora. O calendário litúrgico leva em conta a narrativa do Evangelho que coloca a visitação dentro dos três meses da Anunciação e o nascimento de João Batista. (M. Rom.)
CONTINUA EM MAIS INFORMAÇÕES

ORAÇÃO DE TODOS OS DIAS - 31 DE MAIO

Oração da manhã para todos os dias 
Senhor meu Deus, mais um dia está começando. Agradeço a vida que se renova para mim, os trabalhos que me esperam, as alegrias e também os pequenos dissabores que nunca faltam. Que tudo quanto viverei hoje sirva para me aproximar de vós e dos que estão ao meu redor. Creio em vós, Senhor. Eu vos amo e tudo espero de vossa bondade. Fazei de mim uma bênção para todos que eu encontrar. Amém. 
As reflexões seguintes supõem que você antes leu o texto evangélico indicado.
31 – Segunda-feira – Santos: Câncio, Petronila de Roma, Pascásio
Evangelho (Lc 1,39-56) Maria disse: – “Minha alma engrandece o Senhor, e meu espírito se alegra em Deus, meu Salvador...”
Maria reconhecia os favores recebidos de Deus, o amor especial e imenso que lhe mostrava ao fazê-la mãe de seu Filho. E alegrava-se com isso, era feliz, muito feliz. Bendizia e louvava o Senhor com sua alegria e felicidade. Preciso aprender a viver e a orar assim, no reconhecimento, na alegria e na felicidade por tudo que o Senhor tem feito em mim, pela vida e por todas as suas possibilidades.
Oração
Senhor meu Deus, olhando para Maria, a mãe de Jesus, quero aprender a vos bendizer por tanta bondade com que me tratais. O tempo todo cuidais de mim, e me ajudais nesse caminho por onde me levais. Sou muito feliz, e posso dizer que sou privilegiado. Aumentai minha alegria, e não permitais que o pessimismo e a tristeza me oprimam. Assim poderei ajudar meus irmãos e irmãs  a viver. Amém.

domingo, 30 de maio de 2021

UM SIMPLES SABONETE

PADRE CLÓVIS DE JESUS BOVO CSsR
VICE-POSTULADOR DA CAUSA 
VENERÁVEL PADRE PELÁGIO SAUTER
MISSIONÁRIO REDENTORISTA
Um menino, de aparência pobre, entra na loja, escolhe um sabonete comum e pede que o embrulhe para presente: 
- É para minha mãe, disse todo satisfeito pondo em cima do balcão um monte de moedinhas..
O dono da loja sentiu compaixão do menino. Um sabonete comum para dar de presente? Pensou em “melhorar” o embrulho, colocando mais alguma coisa, mas poderia ofendê-lo. Lembrou-se da sua mãe falecida. O menino notou a tristeza estampada no rosto do homem e perguntou o porquê. 
- Lembrei-me da minha mãe falecida. Nunca tive pude dar-lhe um presente.
- Nem um sabonete? Perguntou inocentemente o menino. 
O homem se calou. Embrulhou o sabonete para presente e lh’o entregou, sem dizer mais nada.
Apenas ficou pensando na lição que recebeu de uma criança:
Não é o valor do presente que importa, mas o gesto de amor que o envolve. 
Lição: Uma palavra de carinho vale muito mais que um presente.

Homilia da Santíssima Trindade 30.05.21

PADRE LUIZ CARLOS DE OLIVEIRA
MISSIONÁRIO REDENTORISTA
53 ANOS CONSAGRADO
45 ANOS SACERDOTE
“Trindade Santa”
 Trindade Santa ensina 
A Trindade nos foi revelada por Jesus. No Antigo Testamento havia ação conjunta do Pai, Filho e Espírito Santo, mas não o conhecimento. Por isso, os que seguem o A. Testamento sem admitir o Novo Testamento como continuação da revelação, não são cristãos. Jesus acaba por ser um profeta, ou um grande, mas não como Filho de Deus, revelador e salvador. Um com o Pai e o Espírito. Ele mesmo disse: “São estas as palavras que vos falei, estando ainda convosco, que importava que se cumprisse tudo o que de Mim estava escrito na Lei de Moisés, nos Profetas e nos Salmos!” (Lc 24,44). O Espírito Santo continua a missão de Jesus: “O Espírito me glorificará, porque receberá do que é meu e vos anunciará” (Jo, 16,14). A Igreja não cuidou de anunciar a missão do Espírito. Vivemos o tempo do Espírito, que na Trindade tem a missão de santificação. Da Santíssima Trindade aprendemos a viver a vida cristã e a vida na Igreja, pois em Deus temos a vida, o movimento e o ser (At 17,28). Ela é o espelho e a vida da Igreja. Tudo o que realizamos, iniciamos com o sinal da cruz: “Em nome do Pai e do Filho e do Espírito Santo”. O mistério da salvação, do qual participamos, está em perfeita comunhão com a Trindade. Participamos da missão do Filho na evangelização, com todo o poder que lhe foi dado (Mt 28,18). Amar a Trindade não é uma devoção, mas uma vida e missão. Para a Trindade não temos devoção, mas acolhimento e compromisso.
Comunhão que acolhe 
 Aprendemos dessa nossa Família o modo de viver concretamente em nossa comunidade, pois Jesus nos quis comunidade. A união da Trindade se faz no mútuo acolhimento. O Pai ama o Filho (Jo 5,20). Em seu amor ao Pai nos dá o Espírito (Jo 15,26). Aquele que realiza o pleno amor entre o Pai e o Filho nos é dado para viver. O Espírito vem nos acolher porque com Ele se iniciou a vida da comunidade cristã, no dia de Pentecostes. A vivência da comunidade não é primeiramente social, é profundamente trinitária. Não nos acolhemos porque é bom, mas acolhemos porque vivemos a vida da Trindade. O que nos une não são gestos de boa vontade, mas gestos do Pai que acolhe o Filho no acolhimento do Espírito. Vivemos esse gesto para renovar o mundo. Aí sim, o social nos ajuda. Comunhão é para acolher. Quando comungamos, nós o fazemos para gerar comunhão com Deus e os irmãos. Comungar não é para gerar um momento espiritual, mas para deixar a Trindade Santa de continuar em nós, para o mundo, sua presença. Jesus veio para abrir para nós a comunhão com a vida de Deus. A Igreja não é, em primeiro lugar, uma instituição, mas a comunhão, Corpo de Cristo. 
Anunciando a vida 
Sair de si significa ter vida, como o ramo cresce, o rio se alarga, o sol se levanta. Como as águas que nascem do trono de Deus significando o Espírito Santo, participamos da vida da Trindade na missão do Filho que se encarnou para anunciar as maravilhas que conhecemos de sua Páscoa. Ele estourou os gonzos da morte para que a Vida reinasse para sempre entre nós. Anunciamos fortemente que o Pai nos amou e enviou seu Filho que nos dá o Espírito Santo para que a vida de Deus em nós se torne missão. Quem encontrou Jesus O leva aos outros. Sem isso não passamos de idólatras, adorando ficções e fantasias que nos levam ao egoísmo. Vivamos a liberdade que, no Espírito nos conduz ao Pai.
Leituras: Deuteronômio 4,32-34.39-40; Salmo 32; 
 Romanos 8,14-17; Mateus 28,16-20. 
1. Amar a Trindade não é uma devoção, mas uma vida e uma missão. 
2. Não nos acolhemos porque é bom, mas acolhemos porque vivemos a vida da Trindade. 
3. Vivemos a liberdade que, no Espírito nos conduz ao Pai. 
Quando três é um. 
Quem não se dá bem com matemática, não tenha receio de estar errado ao dizer que o Pai, o Filho e o Espírito são Um, sem que cada um seja parte, mas que viva na união com as outras duas Pessoas. Refletimos sobre essa nossa Família, aquela da qual fazemos parte, não por escolha nossa, mas por uma deferência do Pai, do Filho e do Espírito. Jesus sempre reflete o que Ele é: família, não como a nossa. A nossa que tem que ser como a Dele, sem diminuir a outro ou esgotá-lo, Se fazem Um. Cada um tem uma missão que é comum ao Outro. Esse é o modelo para a Igreja. Seremos inteiramente Igreja quando somos uns para os outros.

EVANGELHO DO DIA - 30 DE MAIO

Evangelho segundo São Mateus 28,16-20. 
Naquele tempo, os onze discípulos partiram para a Galileia, em direção ao monte que Jesus lhes indicara. Quando O viram, adoraram-no; mas alguns ainda duvidaram. Jesus aproximou-Se e disse-lhes: «Todo o poder Me foi dado no Céu e na Terra. Ide e ensinai todas as nações, batizando-as em nome do Pai e do Filho e do Espírito Santo, ensinando-as a cumprir tudo o que vos mandei. Eu estou sempre convosco até ao fim dos tempos».
Tradução litúrgica da Bíblia 
Santo Ireneu de Lyon(130-208) 
Bispo, teólogo, mártir 
Demonstração da pregação apostólica,6-8 
«Batizai-os em nome do Pai, do Filho 
e do Espírito Santo» 
Eis a regra da nossa fé, eis o fundamento do nosso edifício, eis aquilo que dá firmeza ao nosso comportamento. Em primeiro lugar: Deus Pai, incriado, ilimitado, invisível, Deus uno, criador do universo; este é o primeiro artigo da nossa fé. Segundo artigo: o Verbo de Deus, Filho de Deus, Jesus Cristo, Nosso Senhor, que foi revelado aos profetas segundo o género das suas profecias e segundo os desígnios do Pai, por meio de quem todas as coisas foram feitas; na plenitude dos tempos, para recapitular todas as coisas, dignou-Se encarnar, aparecendo entre os homens, visível, palpável, para destruir a morte, fazer surgir a vida e operar a reconciliação entre Deus e o homem. Terceiro artigo: o Espírito Santo, por quem os profetas profetizaram, os nossos pais conheceram as coisas de Deus e os justos foram conduzidos para a via da justiça; no final dos tempos, foi enviado aos homens de uma maneira nova, a fim de os renovar em toda a face da Terra, para Deus. É por isto que o batismo do nosso novo nascimento é colocado sob o signo destes três artigos. Deus Pai concede-no-lo, com vista ao nosso novo nascimento em seu Filho, pelo Espírito Santo. Porque aqueles que trazem em si o Espírito Santo são conduzidos ao Verbo, que é o Filho, o Filho condu-los ao Pai, e o Pai concede-lhes a imortalidade. Sem o Espírito, é impossível ver o Verbo de Deus, e sem o Filho ninguém pode aproximar-se do Pai. Porque o conhecimento do Pai é o Filho; o conhecimento do Filho faz-se pelo Espírito Santo; e o Filho concede o Espírito segundo a complacência do Pai.

SANTA DINFNA(DIMPNA ou DYMPHNA)

Há vários santos padroeiros de pacientes com depressão: Santa Filomena, Santa Margarida de Cortona, Arcanjo Rafael e São Luís Martin, pai de Santa Teresa de Lisieux. Mas a primazia cabe a Santa Dinfna, que viveu no século VII. Segundo uma lenda, que remonta ao século XIII, Dinfna era filha de um rei pagão irlandês, que, ao perder sua esposa, que era cristã, queria substituí-la por sua filha. Dinfna tinha 14 anos quando sua mãe morreu e foi batizada secretamente. Para se afastar de seu pai, aconselhada pelo Padre Gerebernus, seu confessor, decidiu fugir, por via marítima, encontrando refúgio na floresta de Geel, território da atual Bélgica. Ainda de acordo com a lenda, seu pai conseguiu alcançar os fugitivos e, diante de uma enésima rejeição de sua filha, mandou decapitar primeiro Gerebernus e depois também Dinfna. 

SANTA PETRONILA

Conforme a Passio dos Santos Nereu e Aquileu, Santa Petronila seria filha do Apóstolo Pedro. As fontes não concordam entre si, mas, certamente, teria sofrido o martírio no século IV e enterrada no cemitério de Domitila. 
Seus restos mortais foram trasladados para São Pedro, em 757.

Santo Isaac de Constantinopla , 30 de Maio

Durante a perseguição aos cristãos pelo imperador ariano Valente, um eremitão, chamado Isaac, sentiu-se movido por Deus a abandonar a sua solidão e ir repreender o imperador. Assim, dirigindo-se à Constantinopla, advertiu várias vezes ao imperador Valente de que, se não cessase a perseguição aos cristãos, e se não devolvesse a eles as igrejas tomadas e dadas aos hereges, uma grande catástrofe lhe esperava, assim como, um fim terrível. Valente fez pouco caso das pregações do eremita, e o mandou prender . A profecia se cumpriu pouco tempo depois, com Valente deposto e, mais tarde, morto na batalha de Andrinópolis. Teodósio, sucessor de Valente, devolveu a liberdade a Santo Isaac, por quem sempre professou grande veneração. O servo de Deus Isaac voltou a viver retirado em solidão, atraindo para junto de si um grande número de discípulos. Estes, recusando-se a abandoná-lo, apesar das insitentes ordens do santo, acabaram por obrigá-lo a fundar um monastério que, segundo se afirma, foi o primeiro de Constantinopla. O Santo eremita Isaac participou do I Concílio de Constantinopla, o segundo dos concílios ecumênicos, morrendo com idade já bem avançada.

Beata Matilde do Sagrado Coração Tellez Robles, Religiosa, Fundadora (+1902), 30 de Maio

Matilde Téliez Robles nasceu em Robledillo de la Vera (Cáceres - Espanha) no dia 30 de maio de 1841, um dia de plenitude primaveril inundado pela luz da solenidade litúrgica de Pentecostes. Ela recebeu as águas do batismo na igreja paroquial no dia seguinte do seu nascimento. Era a segunda dos quatro filhos de Félix Téliez Gómez e de sua esposa Basiléa Robles Ruiz. No mês de novembro de 1841, seu pai, devido a sua profissão de escrivão, se estabeleceu com a sua família em Béjar (Salamanca). Nesta cidade de Béjar, importante pela sua indústria têxtil, a pequena Matilde vai crescendo; recebe uma formação cultural de base, própria da sua classe social média, e uma boa formação religiosa, iniciada no ambiente profundamente cristão do seu lar. Guiada por sua mãe, já desde pequenina começa a amar intensamente o Senhor e a exercitar-se na prática da oração e nas virtudes, com uma meiga devoção a Nossa Senhora e uma grande misericórdia pelos necessitados e os pecadores. Ainda muito jovem, quando tudo na vida lhe sorria, Matilde faz a sua opção radical e definitiva por Cristo. Decidiu-se consagrar toda a sua existência a Ele, trabalhando com empenho constante e generoso em busca de corações que o amem. Sua mãe compreende e apóia sempre a aspiração da filha, mas seu pai lhe deseja um futuro diferente. Obriga-a a engajar-se na vida da sociedade, limita o tempo que Matilde transcorre na igreja, desejando vê-la realizada na vida matrimonial.

SANTA JOANA D’ARC Guerreira do Altíssimo

Recebendo de Deus a missão de libertar a França do jugo dos ingleses, a admirável donzela de Orleans enfrentou o martírio para o cumprimento dessa sublime missão.O Reino Cristianíssimo da França, aquela que era chamada a Filha Primogénita da Igreja, em 1429 estava prestes a desaparecer. Justamente castigada por Deus com quase cem anos de guerras contra os ingleses, como consequência do pecado de revolta contra o Papado, cometido no início do século XIV por seu Rei Filipe IV, o Belo, e pela elite da nação. Seu território estava reduzido a menos da metade e os ingleses cercavam a cidade de Orléans, última barreira que lhes impedia a conquista do resto do país. O herdeiro do trono, o delfim Carlos, duvidava da legitimidade de seus direitos, e seus capitães e soldados estavam desmoralizados. É significativo o seguinte relato dessa lamentável situação: "O Analista de Saint Denis, começando a narração do ano de 1419, escrevia: 'Era de se temer, segundo a opinião das pessoas sábias, que a França, essa mãe tão doce, sucumbisse sob o peso de angústias intoleráveis, se o Todo Poderoso não se dignasse atender do alto dos Céus as suas queixas. Assim apelou-se para as armas espirituais: cada semana faziam-se procissões gerais, cantavam-se piedosas ladainhas e celebravam-se Missas solenes. Em sua terrível decadência, sentindo-se incapaz de salvar-se a si mesmo, o Delfim guardava sua fé no Deus de Clóvis, de Carlos Magno e de São Luís, a sua confiança na Santíssima Virgem" [1].

FERNANDO III Rei de Castela e Leão, Santo 1198-1252

Fernando nasceu na vila de Valparaíso, em Zamora, Espanha, no dia 1o de agosto de 1198. Era filho do famoso Afonso IX de Leão, que reinou no século XII. Um rei que brilhou pelo poder, mas cujo filho o suplantou pela glória e pela fé. A mãe era Barenguela de Castela, que o educou dentro dos preceitos cristãos de amor incondicional a Deus e obediência total aos mandamentos da Igreja. Assim ele cresceu, respeitando o ser humano e preparando-se para defender sua terra e seu Deus. Assumiu com dezoito anos o trono de Castela, quando já pertencia à Ordem Terceira Franciscana. Casou-se com Beatriz da Suábia, filha do rei da Alemanha, uma das princesas mais virtuosas de sua época, em 1219. Viúvo, em 1235, contraiu segundo matrimónio com Maria de Ponthieu, bisneta do rei Luís VIII, da França. Ao todo teve treze filhos, o filho mais velho foi seu sucessor e passou para a história como rei Afonso X, o Sábio, e sua filha Eleonor, do segundo casamento, foi esposa do rei Eduardo I da Inglaterra. Essas uniões serviram para estabilizar a casa real de Leão e Castela com a realeza germânica, francesa e inglesa. Condizente com sua fé, evitou os embates, inclusive os diplomáticos, e aplacou revoltas só com sua presença e palavra, preferindo ceder em alguns pontos a recorrer à guerra.

JOSÉ MARELLO Bispo, Santo 1844-1895

José Marello nasceu em 26 de Dezembro de 1844, em Turim, Itália. Seus pais, Vincenzo e Ana Maria, eram da cidade de São Martino Alfieri. Quando sua mãe morreu, ele tinha quatro anos de idade e um irmão chamado Vitório. Seu pai, então, deixou seu comércio em Turim e retornou para sua cidade natal, onde os filhos receberiam melhor educação e carinho, com a ajuda dos avós. Aos onze anos, com o estudo básico concluído, quis estudar no seminário de Asti. O pai não aprovou, mas consentiu. José o frequentou até o final da adolescência, quando sofreu uma séria crise de identidade e decidiu abandonar tudo para estudar matemática em Turim. Mas, em 1863, foi contaminado pelo tifo, ficando entre a vida e a morte. Quase desenganado, certo dia acordou pensando ter sonhado com Nossa Senhora da Consolação, que lhe dizia para retornar ao seminário. Depois disso, sarou e voltou aos estudos no seminário de Asti, do qual saiu em 1868, ordenado sacerdote e nomeado secretário do bispo daquela diocese. José e o bispo participaram do Concílio Vaticano I, entre 1869 e 1870. Posteriormente, acompanhou o bispo por toda a arquidiocese astiniana. Com uma rotina incansável, ele atendia todos os problemas da paróquia, da comunidade e das famílias.

Beata Maria Celina da Apresentação (Joana Germana Castang) (1878-1897), clarissa aos dezoito anos e morta pouco depois em Talence (França). É chamada a “Santa dos perfumes” ou a “Santa de Bordéus”. Beatificada em 2007.

      Maria Celina da Apresentação da Bem-aventurada Virgem Maria (no século Jeanne Germaine Castang) nasceu em Nojals, aldeia de Dordoña (França), em 24 de maio de 1878. Seus pais, Germano Castang e Maria Lafage, eram humildes camponeses porém testemunhas exemplares do Evangelho; tiveram doze filhos dos quais Jeanne era a quinta. Foi batizada no mesmo dia de seu nascimento e colocada sob a proteção de Nossa Senhora.     Quando tinha 4 anos de idade caiu nas águas geladas de um riacho quando jogava com seus irmãos. O acidente lhe causou poliomielite, o que a privou do uso da perna esquerda. Apesar disso, a menina não se fechou em si mesma, ao contrário, colaborava nos afazeres domésticos. Frequentou a escola de sua aldeia, dirigida pelas Irmãs de São José de Aubenas, e se destacou por sua inteligência e jovialidade. Também se dedicou às atividades paroquiais.

NOSSA SENHORA DA VISITAÇÃO

Maio é o mês dedicado à particular devoção de Nossa Senhora. A Igreja o encerra com a Festa da Visitação da Virgem Maria à santa prima Isabel, que simboliza o cumprimento dos tempos. Antes ocorria em 02 de Julho, data do regresso de Maria, uma semana depois do nascimento e do rito da imposição do nome de São João Batista.A referência mais antiga da invocação de Nossa Senhora da Visitação pertence a Ordem franciscana, que assim a festejavam desde 1263, na Itália. Em 1441, o Papa Urbano VI instituiu esta festa, pois a Igreja do Ocidente necessitava da intercessão de Maria, para recuperar a paz e união do clero dividido pelo grande cisma.A Bíblia narra que Maria viajou para a casa da família de Zacarias logo após a anunciação do Anjo, que lhe dissera "vossa prima Isabel, também conceberá um filho em sua idade avançada. E este é agora o sexto mês dela, que foi dita estéril; nada é impossível para Deus". (Lc 1, 26, 37). Já concebida pelo Espírito Santo, a puríssima Virgem foi levar sua ajuda e apoio à parenta genitora do precursor do Messias Salvador.
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Santa Emília, Filha de mártir, esposa de um santo, mãe de bispos e santos – 30 de maio

Em Cesareia da Capadócia, hoje Kayseri, na Turquia, os santos Basílio e Emélia ou Emília, que foram os pais dos santos bispos Basílio Magno, Gregório de Nissa, e de Pedro de Sebaste e Santa Macrina, virgem. Estes santos esposos, no tempo do imperador Galério Maximiano, foram desterrados e habitaram nas solidões do Ponto e, terminada a perseguição, morreram em paz, deixando aos filhos a herança das suas virtudes. († 349 e 372) Sabe-se que Emília de Cesaréia era cristã fervorosa desde a infância e que seu pai foi mártir, vítima do império romano. Tal filiação cristalizou em Emília a força da fé e a fidelidade a Nosso Senhor Jesus Cristo. Era de família nobre. Nascida em Cesaréia, cidade marítima e portuária de Israel, ela foi para a Costa do Mar Negro com a família. Ali conheceu seu futuro marido, um cristão chamado Basílio, nascido no Ponto, uma província romana da Ásia Menor, que havia mudado para a Costa do Mar Negro junto com sua família, fugindo da perseguição anticristã promovida por Galério, imperador romano.

ORAÇÃO DE TODOS OS DIAS - 30 DE MAIO

Oração da manhã para todos os dias 
Senhor meu Deus, mais um dia está começando. Agradeço a vida que se renova para mim, os trabalhos que me esperam, as alegrias e também os pequenos dissabores que nunca faltam. Que tudo quanto viverei hoje sirva para me aproximar de vós e dos que estão ao meu redor. Creio em vós, Senhor. Eu vos amo e tudo espero de vossa bondade. Fazei de mim uma bênção para todos que eu encontrar. Amém. 
As reflexões seguintes supõem que você antes leu o texto evangélico indicado.
30 – Domingo – SANTÍSSIMA TRINDADESanta Joana d’Arc
Evangelho (Mt 28,16-20) “Os onze discípulos voltaram à Galileia, à montanha que Jesus lhes tinha indicado.”
Depois da ressurreição de Jesus, os discípulos passaram muitos dias sem saber o que fazer. Jesus já não estava com eles do mesmo jeito de antes, mas continuava a se deixar ver de vez em quando. Como se os estivesse acostumando a um novo tipo de vida, em que a fé deverá ser total, sem que nada pudessem ver nem tocar como antes. Era preciso que eles amadurecessem em sua fé. Porque, de então em diante, deveriam anunciar um Jesus Salvador que ninguém pode ver. Começava um tempo novo, eles deviam anunciar um jeito novo de viver, de nos relacionar com Deus e com os irmãos. Um jeito novo de viver, possível porque Jesus continua presente entre nós, como fonte e centro de nossa vida, a nos arrastar sempre para o bem e a verdade.
Oração
Senhor Jesus, sou levado apenas pela fé. Não vos posso ver, nem tocar; não vejo, nem faço milagres. Mas creio em vós, porque me atraís com a força de vosso amor. Tão forte é a atração que exerceis sobre mim, que eu tenho toda a certeza de que preciso. Sois o meu caminho, porque me fazeis avançar. Sois a minha verdade, porque atendeis a todos os meus anseios. Sois a minha luz, porque me ajudais a compreender um pouco a vida. Pelo Batismo fui mergulhado na vida da Trindade. Que eu viva intensamente essa vida, e assim possa ser para todos demonstração prática da vossa presença e do vosso poder. Não permitais, Senhor, que eu jamais vos abandone, porque é certo que vós nunca me abandonareis. Amém.

sábado, 29 de maio de 2021

CÚMULO DA GROSSERIA

PADRE CLÓVIS DE JESUS BOVO CSsR
VICE-POSTULADOR DA CAUSA 
VENERÁVEL PADRE PELÁGIO SAUTER
MISSIONÁRIO REDENTORISTA
Aconteceu numa pequena cidade de Goiás.
Uma vaca invadiu a plantação de um fazendeiro.
Este enraivado, em vez de conversar amigavelmente, matou e descarnou a rês. Depois foi comunicar ao dono.
Este pediu desculpas e disse: 
- Por que não me chamaram? Eu teria providenciado logo a retirada de sua plantação. Desculpem. Aproveitem a carne, mas me separem o couro da vaca. Da vaca eu só quero o couro. 
O vizinho teve ainda o desplante e a mesquinhez de responder assim: 
- O couro custa tanto... 
Lição: Não sejamos tão mesquinhos com os outros e muito menos com Deus, cobrando dele até o que não fizemos.

REFLETINDO A PALAVRA - “A fé traída”.

ESPECIALMENTE NESTE DIA SEGUE A FOTO DO AUTOR PADRE LUIZ CARLOS DE OLIVEIRA, REDENTORISTA E AO SEU LADO O PADRE JOSÉ OSCAR BRANDÃO, REDENTORISTA-DIRETOR E FORMADOR NO SEMINÁRIO SANTO AFONSO, QUE NOS DEIXOU NO DIA DE ONTEM. DESCANSE EM PAZ POR DIREITO CARO PADRE BRANDÃO
Riscos da acomodação cristã.
 
Estamos felizes com nossa fé, tanto católicos como evangélicos que temos no evangelho a fonte de inspiração. As igrejas estão cheias e os “negócios” vão bem. A consciência está apaziguada. Belo! Mas tristemente belo. Temos uma fé que nos satisfaz, dá-nos um ar de “santos” pelas longas rezas que fazemos, jejuns, devoções, freqüências à Igreja, cultos maravilhosos etc... Estamos deitados em berço esplêndido, de boa realização humana, espiritual e psicológica. É bom. Graças a Deus. O que é a satisfação humana e o que é a satisfação cristã? Quando podemos nos sentir cristãmente realizados? A maior tentação do “diabo” é a acomodação, pois com ela pode-se cometer um bom pecado de ver o irmão sofredor, com fome, sede, prisioneiro de tantos males e doente e não fazer nada nem se preocupar. É como diz S. Tiago: “Se vemos o irmão necessitado e alguém lhe disser: ide em paz, aquecei-vos e saciai-vos e não lhes der o necessário para sua manutenção, que proveito haverá nisso?” (Tg 2,15-16). Traímos a fé em Jesus. Basta perguntar a alguns “piedosos”, o que fez pelos necessitados, que veremos a desculpa esfarrapada. Digo isso porque também passo por este problema. Alguns fazem uma feroz cata aos adeptos e não fazem absolutamente nada nem por seus fiéis. Nossos dízimos melhoram, mas a pobreza aumenta sempre mais. 
O sonho de Jesus. 
Quando Jesus vai a sua cidade, conforme seu costume, vai à sinagoga. Era um homem que participava e era um bom leitor e comentarista da Palavra, pois lhe deram o livro para ler e explicar. Abre o livro do profeta Isaias e proclama, a partir da Palavra de Deus, seu programa de vida e sua missão: “O Senhor está sobre mim, porque me ungiu para evangelizar os pobres, enviou-me para proclamar a remissão aos presos e aos cegos a recuperação da vista, para restituir a liberdade aos oprimidos e para proclamar um ano de graça do Senhor” (Lc 4,16-24 – Is 61, 1-2). Este programa que quis para si, queria para seus seguidores, seus discípulos, nós. O sonho de Jesus não era fora do alcance nem era uma utopia. Este sonho Ele o realiza com suas palavras, suas atitudes e com sua própria vida e morte. Seu sonho despertou outros corações. Mas foi causador de forte reação. 
Não falsifiquemos o Evangelho. 
Há 5 evangelhos, dizia um pastor argentino: os quatro conhecidos e o 5º. Este é aquele que nós sublinhamos e escolhemos para nós, feito de frases selecionadas. Às vêzes nem são frases do Evangelho. Pregamos doutrinas, criamos estruturas, cerimônias e tradições que podem chegar a ser contra o evangélico. É preciso comparar nosso projeto de vida com o de Jesus. Nós nos satisfazemos com uma doutrina de frases decoradas ou citações do evangelho que são ótimas, sobretudo porque não nos comprometem. Na realidade estamos traindo a maneira de Jesus compreender sua vida e missão. Há muito que se renovar em nossas igrejas.
ARTIGO REDIGIDO E PUBLICADO
EM JANEIRO DE 2004

EVANGELHO DO DIA 29 DE MAIO

Evangelho segundo São Marcos 11,27-33. 
Naquele tempo, Jesus e os discípulos foram de novo a Jerusalém. Quando Ele andava no templo, aproximaram-se os príncipes dos sacerdotes, os escribas e os anciãos, que Lhe perguntaram: «Com que autoridade fazes isto? Quem Te deu autoridade para o fazeres?» Jesus respondeu: «Vou fazer-vos só uma pergunta. Respondei-Me e Eu vos direi com que autoridade faço isto. O batismo de João era do Céu ou dos homens? Respondei-Me». Eles começaram a discorrer, dizendo entre si: «Se dissermos: "É do Céu", Ele dirá: "Então porque não acreditastes nele?" Vamos dizer-Lhe que é dos homens?». Mas eles temiam a multidão, pois todos pensavam que João era realmente um profeta. Então responderam: «Não sabemos». Disse-lhes Jesus: «Também Eu não vos digo com que autoridade faço isto». 
Tradução litúrgica da Bíblia 
Santo Atanásio(295-373) 
Bispo de Alexandria, doutor da Igreja 
Discurso contra os Arianos,2,78-79 
«Quem Te deu autoridade para o fazeres?» 
A sabedoria pessoal de Deus, o seu único Filho, criou e realizou todas as coisas. Com efeito, diz o salmo: «Tudo fizeste com sabedoria» (103,24). Tal como o nosso discurso humano é imagem desta Palavra que é o Filho de Deus (cf Jo 1,1), assim também a nossa sabedoria é imagem deste Verbo que é a Sabedoria em pessoa. Porque temos nela a capacidade de conhecer e de pensar, somos capazes de receber a Sabedoria criadora, por meio da qual podemos conhecer o Pai: «Aquele que tem o Filho tem também o Pai» (1Jo 2,23), e ainda: «Quem Me recebe, recebe Aquele que Me enviou» (Mt 10,40). «Já que o mundo, com a sua sabedoria, não reconheceu a Deus na Sabedoria divina, aprouve a Deus salvar os crentes pela loucura da pregação» (1Cor 1,21). Ora, Deus já não quer, como nos tempos antigos, ser conhecido por meio de imagens e sombras da Sabedoria, mas quis que a verdadeira Sabedoria em pessoa adotasse carne, Se tornasse homem e sofresse a morte de cruz, para que, no futuro, todos os crentes possam ser salvos pela fé nesta Sabedoria encarnada. É ela, portanto, a Sabedoria de Deus. Anteriormente, era conhecida pela sua imagem nas coisas criadas, dando assim a conhecer o Pai; mas depois, tornou-Se carne, como diz São João (1,14), esta Sabedoria que é o Verbo. E, após ter «destruído a morte» (1Cor 15,26) e salvado a humanidade, manifestou-Se a Si mesma de forma mais clara e, por Si, manifestou o Pai; razão pela qual pôde dizer: «Que Te conheçam a Ti, o único Deus verdadeiro, e Aquele que enviaste, Jesus Cristo» (Jo 17,3). Toda a Terra ficou cheia do seu conhecimento, porque só há um conhecimento: o do Pai por meio do Filho, e o do Filho a partir do Pai. O Pai põe a sua alegria nele, e o Filho regozija-Se com a mesma alegria no Pai, como está dito: «Eu era o seu encanto todos os dias, e brincava o tempo todo na sua presença» (Prov 8,30).

São Félix de Nicósia RELIGIOSO, +1787

Nasceu em Nicosia, Sicília, no ano de 1715, de uma família pobre, mas animada de profunda fé e temor a Deus, unidos a uma grande laboriosidade. O pai começava o dia participando da missa e o encerrava com uma visita ao SS. Sacramento. A mãe, quando dava um pedaço de pão aos filhos, convidava-os a deixar um pouco para os pobres, educando-os desse modo, no amor aos mais necessitados. Félix com a idade de 20 anos pediu para ser admitido no convento dos frades Capuchinhos. Obteve resposta negativa. Mas não desistiu: rezou, implorou, pediu novamente até que, depois de sete anos de provas, em 1743, é admitido na Ordem dos Frades Menores Capuchinhos. Frei Félix não precisou de uma transformação no noviciado: pobreza, penitência, humildade, obediência, união com Deus na oração e no trabalho, toda uma vida animada e iluminada no amor de Deus e ao próximo, ele procurou viver também na vida religiosa, numa atmosfera franciscana. Passou quarenta e três anos de vida religiose e gostava de se chamar “o jumentinho do convento”.

SÃO PAULO VI, PAPA

João Batista Montini nasceu em Concesio, uma cidadezinha nas proximidades de Brescia, em 26 de setembro de 1897, no seio de uma família católica, muito comprometida com a política e a sociedade. No outono de 1916, entrou para o seminário em Brescia e, quatro anos depois, recebeu a ordenação sacerdotal na catedral. Foi enviado a Roma para continuar a estudar filosofia, na Pontifícia Universidade Gregoriana, e Ciências Humanas na universidade estadual. Formou-se em Direito Canônico, em 1922, e em Direito Civil, em 1924. 
Ofícios no Vaticano 
Em 1923, Montini recebeu seu primeiro encargo pela Secretaria de Estado do Vaticano, que o designa à Nunciatura Apostólica de Varsóvia. No ano seguinte, foi nomeado Minutador. Naquele período, participou, de perto, das atividades de estudantes universitários católicos, organizadas pela FUCI, da qual foi assistente eclesiástico nacional, de 1925 a 1933. João Batista Montini foi um estreito colaborador do Cardeal Eugênio Pacelli, ao lado do qual permaneceu sempre, até quando foi eleito Papa, em 1939, com o nome de Pio XII. Foi Montini que preparou o esboço do inútil extremo apelo pela paz, que o Papa Pacelli lançou, através do rádio, em 24 de agosto de 1939, às vésperas do grande conflito mundial: “Com a paz, nada se perde! Com a guerra, pode-se perder tudo!"

Santa Teodósia, Virgem e Mártir, 29 de maio

Teodósia pertencia a uma nobre família e perdeu seus pais quando era ainda muito jovem. Mais tarde, recebeu o véu no monastério constantinopolitano da Ressurreição do Senhor. A Santa viveu na época dos imperadores iconoclastas Leão, o Isáurico, e Constantino Coprônimo. Ante uma ordem imperial para que um ícone de Cristo, muito venerado, fosse destruído, Teodósia, liderando um grupo de mulheres, derrubou a escada onde estava o oficial que cumpria a ordem de lançar abaixo e destruir o ícone. As mulheres se dirigiram então ao palácio do pseudopatriarca Anastásio, apedrejando-o e obrigando o usurpador a se pôr em fuga. As autoridades castigaram duramente todas as mulheres que integraram o grupo mas, principalmente Teodósia, sua líder. Esta, por sua vêz, foi submetida a cruéis procedimentos de tortura pelos carrascos na prisão. Muito ferida, Teodósia veio a morrer mais tarde em consequência destes ferimentos.

Nossa Senhora, Rainha dos Apóstolos, 29 de Maio

A invocação a Maria como Rainha dos Apóstolos não é recente, pois já existia nas Ladainhas Loretanas, instituídas por São Gregório Magno no século VII, atualizadas posteriormente. É também bastante conhecido nos meios artísticos um mosaico bizantino do século XII, na igreja do Torcello (Itália), no qual a Mãe de Deus aparece de pé com o Menino Jesus ao colo, rodeada pelos doze apóstolos. Através da história, a Santíssima Virgem tem-se manifestado sempre como Mãe, Mestra e Rainha dos Apóstolos, atendendo solícita às súplicas de todos aqueles que de qualquer maneira trabalham para o anúncio da mensagem do Evangelho e a expansão do Reino de Deus. São Vicente Pallotti o fundador da Sociedade do Apostolado Católico, colocou a sua obra missionária sob a tutela da Rainha dos Apóstolos, a fim de que os seus filhos, unidos em sincera e profunda devoção a Maria, com Ela e por Ela alcançassem as luzes e graças do Espírito Santo para tornarem-se destemidos propagadores do Reino de Cristo. Também o Padre Tiago Alberione, fundador da "Família Paulina" (família formada de cinco congregações e três institutos), quis colocar as congregações sob a proteção de São Paulo Apóstolo e sob o olhar de Nossa Senhora Rainha dos Apóstolos. 

São Maximino, bispo († 349).

O Dia de São Maximino é celebrado anualmente em 29 de maio. Também conhecido como São Maximino de Tréves, este santo é tido com Bispo da Igreja é um dos principais combatentes, ao lado de Santo Atanásio, do Arianismo que confundiu muitos cristões durante o século IV. Existe uma história popular que caracteriza bem a luta de Maximino contra o imperador ariano de Constantinopla, Constâncio. Na lenda, Maximino caminhava pela floresta e foi atacado por um urso que, impiedosamente, devorou o jumento que o bispo usava para se locomover. Após a cena trágica, de modo firme e inabalável, Maximino teria obrigado o urso a carregar todos os fardos que eram transportados pelo animal que tinha acabado de ser devorado. Maximino nasceu na França e desde cedo sentiu o chamado sacerdotal. Mesmo sendo constantemente ameaçado, o bispo não conseguiu ser morto pelos arianos. Viveu até 349 e deixou como legado uma importante lição para os cristãos: sejamos cooperadores da verdade.

MARIA ÚRSULA LEDOCHOWSKA Religiosa, Fundadora, Santa 1865-1939

"Soubesse só amar! Arder, consumar-se no amor"-assim escreveu Júlia Ledóchowska antes dos votos religiosos aos 24 anos de idade. No dia da sua Profissão, mudou o nome para Maria Úrsula de Jesus, que tomou aquelas palavras como orientação para toda a sua vida. Na sua família houve vários homens de Estado, militares, eclesiásticos e pessoas consagradas, comprometidas na história da Europa e da Igreja. Outros dos seus irmãos escolheram a vida consagrada e Maria Teresa foi beatificada em 1975; tinha fundado o Sodalício de São Pedro Claver e o seu irmão Vladimiro, foi Superior-Geral dos Jesuítas. Nos vinte e cinco anos de vida no convento, em Cracóvia, Maria Úrsula atraiu as atenções com o seu amor ao Senhor, pelo talento educativo e sensibilidade perante as necessidades dos jovens, nas difíceis condições sociais, políticas e morais daquele tempo. Quando as senhoras foram autorizadas a frequentar a Universidade, conseguiu organizar o primeiro pensionato na Polónia, onde as estudantes podiam encontrar um lugar seguro para a vida e para o estudo, além de uma sólida formação religiosa. Mostrou a mesma sensibilidade ao andar, com a bênção de Pio X, em trabalho no coração da Rússia, hostil à Igreja.

Beato José Gérard, sacerdote (1831-1914).

Missionário Oblato de Maria Imaculada. 
O “Apóstolo do Lesoto”. 
 Memória: 29 de maio 
O Padre José Gerard nasceu perto de Nancy, na França, no povoado de “Bouxiéres-aux-Chénes”, no dia 12 de março de 1831. Passou sua infância no sítio da família e com a ajuda do pároco pode começar seus estudos para o sacerdócio. Durante os anos que esteve no seminário de Nancy, ficou impressionado pelas narrações dos trabalhos missionários e, em 1851, se uniu aos Missionários Oblatos de Maria Imaculada. Foi ordenado diácono pelo fundador, Santo Eugênio de Mazenod, quem o enviou para a missão de Natal na África do Sul, quando tinha 22 anos de idade. Em maio de 1853, o diácono José Gerard chegou a seu território missionário e nunca mais retornou à França. No dia 18 de fevereiro de 1854, foi ordenado presbítero em Pietermaritzburg, África do Sul, e começou sua missão com o povo Zulú. Apesar de seus esforços, seu ministério entre os zulus não teve um fruto imediato e, com um grande sentimento de decepção, se dirigiu em 1862 ao reino de Lesoto para anunciar o Evangelho ao povo Basoto. Pe. Gerard trabalhou e rezou durante mais de dois anos antes de conseguir seu primeiro catecúmeno basoto. Inclusive depois disto, o progresso foi muito lento.