Em Cesareia da Capadócia, hoje Kayseri, na Turquia, os santos Basílio e Emélia ou Emília, que foram os pais dos santos bispos Basílio Magno, Gregório de Nissa, e de Pedro de Sebaste e Santa Macrina, virgem. Estes santos esposos, no tempo do imperador Galério Maximiano, foram desterrados e habitaram nas solidões do Ponto e, terminada a perseguição, morreram em paz, deixando aos filhos a herança das suas virtudes.
(† 349 e 372)
Sabe-se que Emília de Cesaréia era cristã fervorosa desde a infância e que seu pai foi mártir, vítima do império romano. Tal filiação cristalizou em Emília a força da fé e a fidelidade a Nosso Senhor Jesus Cristo. Era de família nobre. Nascida em Cesaréia, cidade marítima e portuária de Israel, ela foi para a Costa do Mar Negro com a família. Ali conheceu seu futuro marido, um cristão chamado Basílio, nascido no Ponto, uma província romana da Ásia Menor, que havia mudado para a Costa do Mar Negro junto com sua família, fugindo da perseguição anticristã promovida por Galério, imperador romano. Mais tarde, Basílio, também santo, passou a ser chamado de “São Basílio, o velho”.
Santa Emília e São Basílio tiveram nove filhos. Dos filhos do casal, destaca-se São Basílio Magno, Confessor e Doutor da Igreja, recebeu o título de Pai dos monges do Oriente, assim como São Bento é considerado o Patriarca dos monges do Ocidente. São Basílio Magno também conviveu com outro santo, São Gregório Nazianzeno. Reúne em sua pessoa um grande homem da Igreja e teólogo, fundador do monacato oriental e perfeito humanista.
Santa Macrina, a jovem, que recebeu esse nome porque o herdou de sua avó, Santa Macrina, a anciã. Era a filha mais velha e, junto da mãe, formaram um convento onde viveram uma vida modesta, de oração e ajudando os pobres. Ela teve importante papel da educação dos irmãos, o que é descrito por eles em seus escritos.
São Gregório de Nissa pode ser comparado a Tomás de Aquino por enfrentar os problemas em sintonia com a fé e a razão.
São Pedro de Sebaste era o mais jovem dos irmãos e foi muito instruído pela sua irmã. Morou junto com o irmão, Basílio, no mosteiro masculino fundado por sua mãe e ali viveu dividido entre os estudos, na ajuda aos necessitados e na oração.
Quanto a Santa Teosebia, há uma incerteza na informação: algumas fontes contam que Teosebia era esposa de Gregório de Nissa, sendo assim, como nora é contada também como filha de Santa Emília. Outras fontes dizem que Teosebia era filha legítima de Emília e irmã de Gregório. Sabe-se de um outro filho de Santa Emília chamado Naucrácio, o Eremita.
A Santa deu a seus filhos uma educação muito completa, da teologia à compaixão, do monasticismo ao serviço, à escrita bíblica e, acima de tudo, os ensinou a amarem a Deus acima de todas as coisas.
Depois que seus filhos se tornaram adultos, Santa Emília distribuiu todos os seus bens entre os filhos e passou a viver uma vida monástica. Ela só guardava o que precisava para si mesma. Mais tarde, fundou um convento junto com Santa Macrina e São Pedro de Sebaste. Neste mosteiro Santa Emília veio a falecer e ali também foi sepultada no ano de 372. Por ocasião da morte de Santa Emília, seus dois filhos santos: São Basílio Magno e São Gregório de Nissa disseram: “Graças mil vezes, meu Deus, por nos terdes dado por mãe uma santa!”
Legado
A Igreja está cheia de exemplos e modelos de santas famílias constituídas por uma santa mãe. Inspirados nos exemplos de seus pais, os filhos trilharam o caminho da santidade.
Santa Emília é mais conhecida e venerada nas igrejas orientais da Rússia e da Grécia, mas sua importância para a Igreja primitiva foi grande.
A vida de Santa Emília é um testemunho maravilhoso de família cristã. A família que ela fundou, junto com seu marido São Basílio, foi, sem dúvida, uma das famílias mais influentes no cristianismo em todos os tempos. Seus filhos foram todos missionários evangelizadores, pastores que iluminaram a vida da Igreja por seu testemunho e ensinamentos.
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