sexta-feira, 25 de maio de 2018

EVANGELHO DO DIA 25 DE MAIO

Evangelho segundo S. Marcos 10,1-12.
Naquele tempo, Jesus pôs-Se a caminho e foi para o território da Judeia, além do Jordão. Voltou a reunir-se uma grande multidão junto de Jesus e Ele, segundo o seu costume, começou de novo a ensiná-la.Aproximaram-se então de Jesus uns fariseus, que, para O porem à prova, Lhe perguntaram: «Pode um homem repudiar a sua mulher?».Jesus disse-lhes: «Que vos ordenou Moisés?».Eles responderam: «Moisés permitiu que se passasse um certificado de divórcio para se repudiar a mulher».Jesus disse-lhes: «Foi por causa da dureza do vosso coração que ele vos deixou essa lei.Mas, no princípio da criação, "Deus fê-los homem e mulher.Por isso, o homem deixará pai e mãe para se unir à sua esposa,e os dois serão uma só carne". Deste modo, já não são dois, mas uma só carne. Portanto, não separe o homem o que Deus uniu».Em casa, os discípulos interrogaram-n’O de novo sobre este assunto. Jesus disse-lhes então: «Quem repudiar a sua mulher e casar com outra, comete adultério contra a primeira.E se a mulher repudiar o seu marido e casar com outro, comete adultério».
Tradução litúrgica da Bíblia 
Comentário do dia: 
São João Paulo II (1920-2005), papa 
Audiência geral de 02/04/1980 
(trad. Copyright © Libreria Editrice Vaticana)
«No principio da criação, "Deus fê-los homem e mulher"»
Pelo facto de o Verbo de Deus Se ter feito carne, o corpo entrou, eu diria, pela porta principal na teologia. […] A encarnação – e a redenção que dela provém – tornou-se também a fonte definitiva da sacramentalidade do matrimónio. […] Muitos homens e muitos cristãos procuram no matrimónio o cumprimento da sua vocação. Muitos querem encontrar nele o caminho da salvação e da santidade. Para eles, é particularmente importante a resposta dada por Cristo aos fariseus, zeladores do Antigo Testamento. […] Com efeito, como é indispensável, no caminho desta vocação, a profunda consciência do significado do corpo, na sua masculinidade e feminilidade! Como é necessária uma consciência precisa do significado esponsal do corpo, do seu significado gerador – dado que tudo isto, que forma o conteúdo da vida dos esposos, deve encontrar constantemente a sua dimensão plena e pessoal na convivência, no comportamento e nos sentimentos! E isto ainda mais no contexto de uma civilização que permanece sob a pressão de um modo de pensar e de julgar materialista e utilitário. […] Como é significativo que Cristo, na resposta a todas estas perguntas, ordene ao homem que retorne, de certo modo, ao início da sua história teológica! Ele ordena-lhe que se coloque no limite entre a inocência-felicidade original e a herança da primeira queda. Porventura não quererá dizer-lhe, deste modo, que o caminho por onde conduz o homem, varão e mulher, no sacramento do matrimónio, isto é, o caminho da «redenção do corpo», deve consistir em recuperar esta dignidade em que se realiza, simultaneamente, o verdadeiro significado do corpo humano, o seu significado pessoal e «de comunhão»? 

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