quarta-feira, 28 de fevereiro de 2018

LIMPEZA ACIMA DE TUDO

PADRE CLÓVIS DE JESUS BOVO
REDENTORISTA
VICE-POSTULADOR DA CAUSA
VENERÁVEL PADRE PELÁGIO SAUTER
REDENTORISTA
Padre Inácio de Loyola, fundador dos Jesuítas (1491-1556), não tolerava desleixo e falta de higiene em seus confrades. Dizia e repetia:
-A pobreza sempre me agradou; a sujeira, nunca! 
Certa vez encontrou a cela de um noviço na mais completa desordem e bagunça. Como repreensão, mandou colocar toda a sua roupa num saco e percorrer os corredores do convento com aquele trambolho nas costas.E mais: a cada pessoa que encontrava no caminho, o jovem desleixado devia confessar bem forte:
-"Assim é meu quarto: um saco de gatos, bem socado, cheio de bugigangas".
Todos se divertiram e todos aproveitaram a lição.
Padre Inácio acompanhava com solicitude os trabalhos missionários de seus padres, espalhados em diversos países. Interessava-se pela sua saúde. Queria saber como estavam vivendo no meio de outras culturas e de outros costumes. Queria saber dos seus problemas, do regime alimentar, dos cuidados com a saúde, etc. Entre outras preocupações, uma delas era esta:
-Eu quero saber quantas pulgas os maltratam durante a noite... 
Foi soldado e oficial do exército espanhol. Ferido numa batalha, precisou internar-se. Durante a convalescença no hospital, resolveu mudar o rumo da sua vida. Sua festa: 31 de julho.
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SANTO INÁCIO DE LOYOLA

REFLETINDO A PALAVRA - “Abrindo o Livro santo?”

PADRE LUIZ CARLOS
DE OLIVEIRA
REDENTORISTA
50 ANOS CONSAGRADO
1315.Um gesto que dá vida
O início do ministério de Jesus se dá com este belo gesto de abrir o Livro Santo na sinagoga de Nazaré: “Levantou-se para ler. Foi-lhe entregue o livro do profeta Isaias: abrindo-o encontrou o lugar onde está escrito: ‘O Espírito do Senhor está sobre mim’”. É um gesto normal em uma sinagoga, mas nesse momento é especial. O Messias prometido inicia sua missão anunciando o desígnio de Deus para seu povo. Revelou o que iria fazer para acontecer a grande redenção que Deus prometera. O livro aberto é uma missão conferida e proclamada. Por isso a Igreja preza muito a leitura solene na comunidade. E Jesus completa: “Hoje se realizou essa Escritura que acabaste de ouvir” (Lc 4,16-22). Abrir o Livro é proclamar a presença do Deus que age no hoje. Age através de seu Filho para a evangelização dos pobres e a transformação do mundo. Há uns tempos havia o conceito que a Bíblia precisava ser lida na realidade. Aí veio uma condenação deste tipo de leitura e que se chamava atenção para a leitura tradicional: um lugar sossegado, um ambiente favorável com técnicas ótimas. Muito bom, mas não sei se preenche a finalidade da Palavra que foi anunciada para salvação de todos os males. Vamos entender esta missão da Palavra quando entendemos que a “Palavra se fez carne e habitou entre nós” (Jo 1,14). Habitou em nossa fragilidade e em nossos sofrimentos. Podemos e devemos ler na tradição, mas não podemos deixar de ler como nos foi transmitido pela revelação da Palavra de Deus. Vamos entender mais a Palavra quando o Livro for aberto para dar vida às situações de morte física ou espiritual. Assim ela foi escrita e conservada. O movimento encarnado da Igreja começou com a leitura do livro do Êxodo. Só compreenderemos a Palavra se a lermos e ouvirmos na história. A tendência em buscar só o espiritualizante é muito frágil, como o é, se nos fixamos só no material ou social. O gesto de abrir o Livro é um símbolo de deixar a Palavra encarnar-se na realidade em que vivemos, pois ali é que ela será caminho: “Vossa Palavra é luz no meu caminho” (Sl 119,105). Assim teremos a Vida.
1316. Em vez de ler, ouvir.
A Palavra foi feita para ser ouvida. No momento atual da sociedade priorizamos a visão. Mas, conhecemos a Palavra: “Quero ouvir o que o Senhor vai falar” (Sl 84,8). Ver enriquece a inteligência. Ouvir leva ao coração onde decidimos. Temos pouca memória da Palavra porque pouco ouvimos ou ouvimos mal. Ela não penetra a vida. Temos dificuldade de conservar o silêncio interior. Por isso a Palavra não penetra nossas vidas nem nos move à conversão. Não adianta gritar a Palavra, falar sobre ela. É preciso que ela fale. Quantos se converteram ao ouvir a Palavra. Um grande desafio das comunidades é provocar que se ouça. Deste modo podemos estabelecer o diálogo com Deus e entrar na contemplação de seu mistério de Cristo. Ele quem fala quando se leem as Sagradas Escrituras (SC 7). Quando a Palavra chega de fato ao coração, o Espírito nos conduz à conversão e à consequente mudança do mundo. Se a Palavra não nos joga na realidade é porque não foi ouvida.
1317. Lendo a própria vida
Nossa vida é como nós mesmos. Somente nos vemos nos espelho dos outros. A Palavra, comunicação de Deus, nos coloca diante Dele. Nele podemos nos conhecer. Deste modo na Palavra podemos ler nossa própria vida e compreender nossa realidade. Ela é o espelho no qual vemos nossa face desfigurada pelo mal e renovada pelo Espírito. Ela revela o homem ao homem (João Paulo II em R.H). Por ela sabemos quem somos, de onde viemos e para onde vamos. Maravilhosa Palavra que nos estimula a sermos mais humanos.

EVANGELHO DO DIA 28 DE FEVEREIRO

Evangelho segundo S. Mateus 20,17-28.
Naquele tempo, enquanto Jesus subia para Jerusalém, chamou à parte os Doze e durante o caminho disse-lhes:«Vamos subir a Jerusalém e o Filho do homem vai ser entregue aos príncipes dos sacerdotes e aos escribas, que O condenarão à morte e O entregarão aos gentios, para ser por eles escarnecido, açoitado e crucificado. Mas ao terceiro dia Ele ressuscitará». Então a mãe dos filhos de Zebedeu aproximou-se de Jesus com os filhos e prostrou-se para Lhe fazer um pedido. Jesus perguntou-lhe: «Que queres?». Ela disse-Lhe: «Ordena que estes meus dois filhos se sentem no teu reino um à tua direita e outro à tua esquerda». Jesus respondeu: «Não sabeis o que estais a pedir. Podeis beber o cálice que Eu hei-de beber?». Eles disseram: «Podemos». Então Jesus declarou-lhes: «Bebereis do meu cálice. Mas sentar-se à minha direita e à minha esquerda não pertence a Mim concedê-lo; é para aqueles a quem meu Pai o designou». Os outros dez, que tinham escutado, indignaram-se com os dois irmãos. Mas Jesus chamou-os e disse-lhes: «Sabeis que os chefes das nações exercem domínio sobre elas e os grandes fazem sentir sobre elas o seu poder. Não deve ser assim entre vós. Quem entre vós quiser tornar-se grande seja vosso servo e quem entre vós quiser ser o primeiro seja vosso escravo. Será como o filho do homem, que não veio para ser servido, mas para servir e dar a vida pela redenção dos homens».
Tradução litúrgica da Bíblia 
Comentário do dia: 
Santo Agostinho (354-430), bispo de Hipona 
(norte de África),doutor da Igreja 
Confissões, XIII, 9
«Vamos subir a Jerusalém»
Dá-Te a mim, meu Deus, dá-Te sempre a mim. [...] Descansamos no dom do teu Espírito; aí Te gozamos, aí está o nosso bem e o nosso repouso. Aí, o amor educa-nos, e o teu Espírito, que é bom, exalta a nossa baixeza, arrancando-a às portas da morte (Sl 9,14). Na vontade boa, encontramos a paz. Um corpo, pelo seu peso, tende para o seu lugar próprio; o peso não significa necessariamente ir para baixo, mas para o lugar próprio de cada coisa. O fogo tende para cima, a pedra para baixo [...], cada coisa para o seu lugar próprio; o óleo sobe para cima da água, a água desce para baixo do óleo. Se uma coisa não está no seu lugar, não está em repouso; mas, quando encontra o seu lugar, fica em repouso. O meu peso é o meu amor: é ele que me leva, para onde quer que me leve. O teu dom inflama-nos e leva-nos para cima; ele abrasa-nos e nós vamos. [...] O teu fogo, o teu fogo bom, faz-nos arder e nós vamos, subimos para a paz da Jerusalém celeste – porque encontrei a minha alegria quando me disseram: «Vamos para a casa do Senhor!» (Sl 121,1) É para aí que a vontade boa nos conduz, porque esse é o nosso lugar, aí, onde nada mais desejaremos do que permanecer assim para toda a eternidade.

28 DE FEVEREIRO – CAPELÃO MILITAR E APÓSTOLO

Daniel Brottier (1876-1936) nasceu na França, ingressou na Congregação do Espírito Santo (Espiritanos) e trabalhou na África durante sete anos. Ficou doente e precisou voltar. Durante a 1ª Guerra Mundial alistou-se voluntariamente como capelão militar. Transportou os feridos, assistiu os moribundos, desafiou os perigos e ganhou várias medalhas. Fundou a “União Nacional dos ex-combatentes” que chegou a congregar dois milhões de associados. Dirigiu durante vários anos uma obra de assistência à juventude abandonada, chegando a ter 1400 inscritos. Nessa obra eles aprendiam de tudo, desde a formação moral até o artesanato. Foi muito dinâmico. “Parecia ter duas almas” disse uma testemunha que trabalhou com ele. Mas soube unir a ação com a contemplação. Antes de se lançar ao trabalho, enchia-se de Deus na oração.
PADRE CLÓVIS DE JESUS BOVO CSsR
Vice-Postulador da Causa
Venerável Padre Pelágio CSsR
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SANTA MARIANA

Santa Mariana é Heroína Nacional do Equador, padroeira de Quito, protetora dos órfãos e dos doentes. A Santa nasceu no dia 31 de outubro do ano 1618, na cidade em Quito. Hoje, Quito é a capital do Equador. Na época, porém, pertencia ao Vice-Reino do Peru. Mariana foi a oitava filha de Jerônimo de Paredes y Flores, Capitão espanhol, nascido em Toledo, e de Mariana de Granobles de Xamarillo. Sua mãe era descendente dos conquistadores espanhóis, católica convicta e mulher virtuosa. Órfã Com apenas quatro anos, Santa Mariana ficou órfã de pai. Pouco tempo depois, ela perdeu também sua mãe, que ficara muito entristecida pela morte do marido. Antes de morrer, a mãe de Mariana confiou-a a guarda de sua irmã mais velha. Esta já era casada com um capitão chamado Cosme de Casso, com o qual já tinha três filhas, com idades próximas às de Mariana. O casal deu aos filhos e a Mariana uma educação humana e religiosa. Mariana sobressaiu-se logo pela inteligência nos estudos e na música, com uma bela voz. Mas cantava somente cânticos religiosos. E desde cedo manifestou grande piedade, espírito de sacrifício e oração. Com sete anos, salvou suas sobrinhas da morte, tirando-as de um lugar onde, logo em seguida, uma parede caiu.
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Santa Cira (Cyra)

Martirológio Romano: Comemoração das santas virgens Marana e Cira, que em Berea, na Síria, viviam num lugar estreito e cercado, expostas aos elementos, sem sequer um modesto abrigo, observando o silêncio e recebendo por uma janela os alimentos de que necessitavam. As santas faleceram por volta do ano 450. Etimologia: Marão, Marana = aportuguesamento de Maron, Marum, do sobrenome do fundador do rito católico maronita (Líbano e Síria) São Marão. Cira(o) = do grego Kyros, derivado de Kyrios: "o poderoso, o senhor". Nosso Senhor Jesus Cristo viveu com seus discípulos uma forma de vida comunitária que inaugurou um ascetismo cristão diferente daquele das tradições dos rabinos de seu tempo, ou mesmo dos profetas do Antigo Testamento. A expressão "vita apostolica" na literatura monástica primitiva significou primeiramente esta vida dos Apóstolos com Jesus, que fazia exigências àqueles que desejavam segui-Lo. Depois da morte de Jesus, alguns cristãos desejaram adotar como modo permanente de vida os apelos de Jesus para o celibato, a renúncia total, a pobreza, etc..
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DANIEL BROTTIER Sacerdote espiritano, Fundador, Beato 1876-1936

Daniel Brottier nasceu em 7 de Setembro de 1876 em La Ferré-Saint-Cyr, uma bonita aldeia não muito longe da cidade de Chambord no departamento de Loire-et-Cher. A casa onde ele nasceu ainda está de pé. Ficava perto do castelo onde seu pai era cocheiro para a Marquês de Durfort. Daniel sempre quis ser um padre, e comecei a aprender latim antes mesmo que ele frequentou a escola. Daniel fez sua primeira comunhão em 1886 na idade de dez anos, e entrou no seminário menor de Blois no ano seguinte. Seus companheiros de escola recordou-o como um alegre, extrovertido, menino, mesmo maldoso (espiègle), mas de bom coração. Em 1896, na idade de 20, ele fez um ano de serviço militar em Blois. Após longos anos de um padre do seminário, foi ordenado em 22 de Outubro de 1899 pelo Bispo de Blois Laborde. Sua primeira nomeação foi para a Escola Livre de Pontlevoy, onde trabalhou maravilhas com as crianças. Mas sentia que algo estava querendo. Seu campo de acção era limitado e sua alma apostólica procurou um campo mais desafia-dor de actividade.
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ROMÃO DE CONDAT Ermita, Abade, Santo século V

São Romão, que viveu no século V e foi o primeiro eremita que existiu na França. Natural de Borgonha, entrou bem cedo no célebre e mais antigo mosteiro da França, Ainay. Tendo aprendido os princípios da vida religiosa, retirou-se para a solidão, num lugar chamado Condat, entre a Suíça e Borgonha, onde mais tarde se lhe associou o irmão, Lupicino. Algum tempo viveram juntos, entregues às práticas religiosas, quando começaram a experimentar impertinentes perseguições do demónio, que procurou assustá-los de mil modos. Bastante incomodados com as artimanhas do inimigo, retiraram-se daquele lugar, em demanda de um outro. Surpreendidos pela noite, hospedaram-se na choupana de uma pobre mulher. Esta, sabendo do motivo da fuga, disse-lhes: “Fizestes mal em ter abandonado a vossa casa. Se tivésseis lutado com mais coragem e pedido sossego a Deus, teríeis vencido as insídias do demónio”.
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TORCATO DE GUIMARÃES Bispo, Santo entre os séculos VII e VIII

Torcato nasceu no seio de uma família romana do nome de “Turquatus romanus”, que nesse longínquo tempo vivia em Guimarães, que alguns séculos mais tarde viria a ser a cidade berço do reino lusitano. Diz-se que desde a sua juventude deu mostras de grandes virtudes que o levaram a exercer funções de responsabilidade. Uma delas, que viria a ser deter-minante na sua vida, foi aquela de Arcipreste da Sé de Toledo, já então famosa. O seu comportamento neste cargo foi motivo de admiração e de respeito da parte dos grandes príncipes da Igreja de então que o nomearam Bispo de Iria Flávia, ou Padrão, diocese situada na actual Galiza. Para conseguir exercer o papel de bispo, rezou à Virgem Maria — da qual era muito devoto — e pediu-lhe que o ajudasse a ser um bom bispo e amigo dos pobres. A firmeza e a eloquência da sua doutrina e da sua sabedoria ressaltaram no XVI Concílio de Toledo, em 693, que o aclamou Arcebispo de Braga e pouco tempo depois do Porto e de Dume.
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29 de fevereiro – LAVAVA OS PÉS DOS POBRES, A EXEMPLO DE JESUS

Osvaldo (+992) era da alta nobreza. Ocupou cargos importantes na Igreja da Inglaterra, mas não perdeu a simplicidade e o desapego. Lutou pela reforma dos costumes, inclusive dentro da Igreja. É claro que encontrou resistência. Fundou mosteiros para, com gente nova, reavivar a disciplina e o respeito religioso. Favoreceu muito a ciência. Defendeu a cultura. Protegeu e apoiou os pesquisadores e estudiosos. Introduziu uma Liturgia mais à altura do povo. Distinguiu-se principalmente no carinho pelos pobres. Durante a Quaresma costumava lavar diariamente os pés de doze pobres. Morreu ao recitar o “Glória ao Pai”, quando estava terminando uma cerimônia do lava-pés. - Nos anos não bissextos, sua festa é celebrada dia 28 de fevereiro. 
Outros santos: Antônia de Florença (viúva, fundadora, bem-aventurada), Hilario, Macário, Hedwiges da Polônia.
PADRE CLÓVIS DE JESUS BOVO CSsR
Vice-Postulador da Causa 
Venerável Padre Pelágio CSsR
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ANTÓNIA DE FLORENÇA Viúva, Religiosa, Beata 1401-1472

Nasceu em Florença, na Itália, em 1401. Quando tinha quinze anos, casou-se e logo em seguida teve um filho. Poucos anos depois seu marido faleceu. Para garantir um futuro ao filho, casou-se novamente, mas também este segundo marido veio a falecer alguns anos depois. Como seu filho já era grande e poderia sobreviver por sua própria conta, decidiu ingressar na Ordem das Irmãs Terciárias Regulares. Mais tarde ingressou no Convento de Santo Onofre, em Florença. Por ser bastante dedicada aos afazeres diários dentro do convento e o apoio espiritual que, generosamente, dedicava a suas irmãs de fé ganhou a admiração e respeito de todas e até mesmo as suas superioras. Algum tempo depois foi enviada para Foligno para pregar e transmitir sua dedicação a Deus. Depois seguiu para Áquila, mais precisamente para o Convento de Santa Isabel. Neste Convento teve como orientador espiritual São João de Capristano, quem, junto com São Bernardino de Sena, promovia a chamada “observância”. Antónia sentia a urgência de uma regra mais austera, de uma pobreza mais rígida, de uma abnegação mais perfeita. Com a aprovação de Nicolau V, e a bênção de São João Capistrano, vigário Geral, em 1447 retirou-se com outras doze irmãs para o Mosteiro Corpo do Senhor, lá onde elas pretendiam viver em pobreza absoluta e observar com muito rigor a regra de Santa Clara. Foi a superiora pelo resto de sua vida, sempre observando e respeitando as regras de Santa Clara. Faleceu aos 71 anos de idade, em 1472. A cidade de Áquila venera-a como santa desde a sua morte. 

OSVALDO DE YORK Bispo, Santo + 992

Osvaldo figura entre os grandes nomes católicos da Europa ao final do primeiro milénio, tendo morrido no ano de 992. De origem dinamarquesa, era sobrinho de Odo, arcebispo da Cantuária e parente de Osyll, arcebispo de York. Para abraçar a religião escolheu a vida de monge beneditino e, por isso, ingressou no convento de Fleury-sur-Lofre, na França. Entretanto, Osvaldo foi chamado por seu tio Oskyl que, desejando fazer reformas em sua diocese, escolheu o sobrinho para encabeçá-las, por causa de seu senso de justiça e da generosidade para com os pobres. Foi nomeado bispo de Worcester e uniu-se a dois outros religiosos da mesma estirpe da região: Dunstan, arcebispo de Cantuária e Ethelwold, bispo de Winchester.
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HILÁRIO DE ROMA Papa, Santo + 468

Hilário, Papa e Santo da Igreja Católica (461-468) nasceu na Sardenha, em data incerta. Em 19 de novembro de 461 foi eleito Papa, como sucessor de São Leão I, Magno (440-461). Durante o seu pontificado procurou combater a difusão da doutrina ariana, que naquela época Ricimero sustentava em Roma. Como arcediago — cargo na Igreja medieval, dignatário das Sés que secundava o bispo nos ofícios junto com o chantre, um funcionário eclesiástico que dirigia o coro, e o diácono — representou o próprio papa no Concílio de Éfeso em 449 quando demonstrou uma férrea oposição ao monofisismo e onde lutou pelos direitos da Igreja. No trono de Pedro, continuou a acção política de seu antecessor e confirmou os concílios de Nicéia, Éfeso e Calcedónia, sustentando a supremacia da Igreja apostólica perante as tendências de autonomia dos bispos da Espanha e da Gália. Estabeleceu um vicariato na Espanha e ergueu vários conventos para mulheres, em Roma. Também estabeleceu que para ser sacerdote era necessário possuir uma profunda cultura e que pontífices e bispos não podiam designar seus sucessores. Segundo o Liber pontificalis, o papa interveio na organização da liturgia estacional da quaresma em 25 igrejas e doou à Basílica do Latrão uma torre de prata e uma pomba de ouro. O quadragésimo-sexto papa da Igreja Católica, morreu em 29 de fevereiro de 468, em Roma, e foi seu sucessor São Simplício (468-483). Santo Hilário escreveu que Jesus, nascido de Deus, assumiu um corpo, se fez homem, e, assim, é essencial à fé reconhecer a dupla natureza do Cristo.

ORAÇÃO DE TODOS OS DIAS - 28 DE FEVEREIRO

Pe. Flávio Cavalca de Castro,
redentorista
Oração da manhã para todos os dias 
Senhor meu Deus, mais um dia está começando. Agradeço a vida que se renova para mim, os trabalhos que me esperam, as alegrias e também os pequenos dissabores que nunca faltam. Que tudo quanto viverei hoje sirva para me aproximar de vós e dos que estão ao meu redor.Creio em vós, Senhor. Eu vos amo e tudo espero de vossa bondade.
Fazei de mim uma bênção para todos que eu encontrar. Amém. 
As reflexões seguintes supõem que você antes leu o texto evangélico indicado.
28 – Quarta-feira – Santos: Justo, Romão, Serapião 
Evangelho (Mt 20,17-28) “Vós sabeis que os chefes das nações têm poder sobre elas e os grandes as oprimem. Entre vós não deverá ser assim.” 
Jesus é realista e sabe que sedução do poder é tentação sempre presente nos impérios, mas igrejas, nas empresas, nas famílias. Em toda parte, o que deveria ser disponibilidade a serviço de todos facilmente se torna dominação e aproveitamento. Todos temos de estar atentos, por menor que seja nossa parcela de autoridade. Facilmente o poder, o orgulho e a vaidade tola nos sobem à cabeça. 
Oração
Senhor Jesus, para me ensinar, apelastes para vosso exemplo: “o Filho do homem veio, não para ser servido, mas para servir”. Diante disso, tenho de pedir perdão e muita ajuda para mudar meu modo de proceder. Preciso deixar qualquer procura de poder, e colocar-me realmente a serviço dos que confiastes a meus cuidados. Que sempre e em tudo eu procure apenas seu bem. Amém.

terça-feira, 27 de fevereiro de 2018

HUMOR NO MOMENTO DA MORTE

PADRE CLÓVIS DE JESUS BOVO
REDENTORISTA
VICE-POSTULADOR DA CAUSA
VENERÁVEL PADRE PELÁGIO SAUTER
REDENTORISTA
A Inglaterra tem dois santos que se assemelham muito, tanto nas atitudes firmes em defesa da Fé, como no temperamento alegre. Ambos foram chanceleres do rei Henrique VIII e enfrentaram seus desmandos. Ambos defenderam a justiça e morreram mártires. Ambos souberam conservar o bom humor nos momentos mais dolorosos. Ambos foram decapitados no mesmo mês e ano, com apenas quinze dias de diferença.Chamavam-se João Fischer e Tomás Moro (+1535). Já falamos deles há poucos dias. Destaquemos apenas sua veia humorística nos dois fatos seguintes: 
Quero sossego:
João Fischer estava preso na torre de Londres. Fora condenado a morrer enforcado e a ser esquartejado após a morte. Na madrugada do dia da execução vieram comunicar-lhe a sentença. Ele ouviu atento e respondeu calmamente:
-Obrigado. Mas, a que hora deve ser cumprida a sentença?
-Hoje às 9 horas da manhã.
-Que horas temos agora?
-São 5 horas da manhã. 
-Está bem. Nesse caso tenham a bondade de deixar-me em paz. Quero dormir um pouco, pois esta noite quase não dormi por causa dos ratos e insetos.
Repousou cerca de duas horas e preparou-se espiritualmente para o momento fatal. 
Quem de nós conseguiria dormir numa circunstância dessas?... Livrai-nos, Senhor!
Tomás More devia ser enforcado e esquartejado. Também a ele deram a "graça" de ser degolado. Quando ouviu a comutação da sentença, disse, bem humorado e muito irônico: 
-Que Deus livre meus amigos de tal "graça".
No momento da execução, tirou a barba de lado (que era comprida e bem cuidada) e falou para o carrasco:
-Cuidado com minha barba. Ela não cometeu crime algum!
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REFLETINDO A PALAVRA - “A liberdade que salva”

PADRE LUIZ CARLOS
DE OLIVEIRA
REDENTORISTA
50 ANOS CONSAGRADO
Desapegar-se – não odiar
Quando se fala de religião, fé, moral e espiritualidade, dá-se a impressão de proibição, com um solene não. Embora pareça bloqueio, é libertação do que nos oprime para a escolha de algo que liberta. Quando ouvimos Não matar, entendemos libertar para dar vida e ter vida. Jesus, ao mostrar as exigências de seu seguimento, quer tudo ou nada. Tem que pensar antes de assumir o seguimento, como explica através das parábolas do rei que vai para a guerra e tem que avaliar seu poder de força e o construtor da torre analisar suas condições para a construção. E completa com a explicação: “Do mesmo modo, portanto, qualquer um de vós, se não renunciar a tudo o que possui, não pode ser meu discípulo” (Lc 14,33). Não dá para seguir Jesus pela metade, colocando reservas a seu ensinamento. Isso é um péssimo contributo para a evangelização, apresentando um Jesus retalhado e um evangelho espedaçado. O desapego não significa ódio à família nem a si mesmo nem aos bens. A cultura do tempo de Jesus falava por opostos. Trata-se de dar preferência, de acordo com a o pensamento hebraico. Que Jesus e sua Palavra sejam o ponto de partida da vida e o sentido de tudo que fazemos. É isto que dá vida. Vimos na história do jovem rico que a exigência de Jesus não lhe agradou. Jesus gostou dele. O moço era uma pessoa boa (Mt 19,17). A solução está em colocar família, bens e a própria vida no seguimento de Jesus. Nossa fé perde a força de testemunho quando a vivemos por pedaços. Apresenta a cruz como o modo de segui-lo: “Quem não carrega sua cruz e não caminha atrás de mim, não pode ser meus discípulos” (Lc 14,27). Carregar a cruz significa caminhar com o mesmo amor de serviço com o qual Ele nos deu a redenção.
O corpo pesa sobre a alma
               Vivemos a condição humana marcada pela fragilidade espiritual fruto do pecado original e dos pecados que acrescentamos à maré de males que há no mundo. Ensinados pela Sabedoria podemos conhecer o desígnio de Deus. Ela nos ensina que, se temos dificuldades de conhecer o que há na terra, como investigar os céus? (Sb 9,16). O autor reconhece que o corpo corruptível torna pesada a alma e a tenda de argila oprime a mente que pensa (Sb 9,15). O salmo 89 reflete esta fragilidade do ser humano comparando-o à erva e ao sono da manhã. Tudo passa e tudo é frágil. Mas já podemos conhecer o desígnio de Deus, pois nos foi dada a Sabedoria do Espírito Santo. O homem é frágil, mas tem a consistência do Espírito que age nele. E o Sábio conclui que nossos caminhos se tornam retos e aprendemos a agradar a Deus. É o que pudemos ver na carta de Paulo a Filemon. Nela mostra que a fé penetra as decisões humanas. A fé pode orientar nossa vida em todos seus segmentos. Mesmo que pese sobre nós a fragilidade, podemos ter a força da fé.
A fé destrói barreiras
          Rezamos no salmo: “Ensinai-nos a contar nossos dias dai ao nosso coração sabedoria” (Sl 89). E rezamos na oração da missa: “Concedei aos que creem em Cristo a verdadeira liberdade e a herança eterna”. Depois de fazermos a mudança de vida nós o escolhemos. A fé em Jesus destrói as barreiras e os pesos que sofremos por conta da natureza humana frágil e pecadora. Depois de termos escolhido Jesus, temos mais condições de acertar do que riscos de errar. Os erros que cometemos não atingem a substância de nossa alma no seu relacionamento com Deus. Em cada missa recebemos o Corpo do Senhor que é purificação e sustento. Somos ensinados por Deus.
https://padreluizcarlos.wordpress.com/

EVANGELHO DO DIA 27 DE FEVEREIRO

Evangelho segundo S. Mateus 23,1-12.
Naquele tempo, Jesus falou à multidão e aos discípulos, dizendo: «Na cadeira de Moisés sentaram-se os escribas e os fariseus. Fazei e observai tudo quanto vos disserem, mas não imiteis as suas obras, porque eles dizem e não fazem. Atam fardos pesados e põem-nos aos ombros dos homens, mas eles nem com o dedo os querem mover. Tudo o que fazem é para serem vistos pelos homens: alargam os filactérios e ampliam as borlas; gostam do primeiro lugar nos banquetes e dos primeiros assentos nas sinagogas, das saudações nas praças públicas e que os tratem por ‘Mestres’. Vós, porém, não vos deixeis tratar por ‘Mestres’, porque um só é o vosso Mestre e vós sois todos irmãos. Na terra não chameis a ninguém vosso ‘Pai’, porque um só é o vosso pai, o Pai celeste. Nem vos deixeis tratar por ‘Doutores’, porque um só é o vosso doutor, o Messias. Aquele que for o maior entre vós será o vosso servo. Quem se exalta será humilhado e quem se humilha será exaltado».
Tradução litúrgica da Bíblia 
Comentário do dia: 
Isaac o Sírio (século VII), monge perto de Mossul 
Discursos ascéticos, I série, n.º 49
«Quem se humilha será exaltado»
A providência de Deus, que dá a cada um o que mais lhe convém, tudo dispôs para nos conduzir à humildade. De facto, se te orgulhas com as graças da providência, esta abandona-te e voltas a cair. [...] Recorda, pois, que não é por ti, nem pela tua virtude, que resistes às más tendências, mas que que é a graça que te sustenta, para que não temas. [...] Geme, chora, recorda os teus pecados no tempo da prova, a fim de seres libertado do orgulho e de adquirires a humildade. Mas não desesperes. Pede humildemente a Deus que te perdoe os teus pecados. A humildade, também nas obras, apaga muitos pecados. Pelo contrário, sem ela, as obras de nada servem, chegando mesmo a atrair males sobre nós. Obtém pois, pela humildade, o perdão das tuas injustiças. A humildade está para a virtude como o sal para os alimentos; a humildade destrói a força dos muitos pecados. [...] Se a possuirmos, fará de nós filhos de Deus, conduzindo-nos a Deus mesmo sem o socorro das boas obras. É por isso que, sem ela, todas as obras são vãs, como vãs são todas as virtudes e todas as dores.

27 DE FEVEREIRO - GOSTAVA DE FESTAS, ATÉ QUE UM DIA..

O jovem Gabriel (1838-1862), órfão de mãe aos quatro anos, foi educado no amor à oração e ao estudo. Mas gostava de vestir-se bem, de ler romances, de dançar e festar. Era a atração da juventude feminina por causa de sua bela aparência física. Contudo, não deixava de ser um rapaz caridoso, estimado por todos. Numa palavra, um bom companheiro. Sentiu-se chamado para o convento, mas faltava o “empurrão” de Deus, o golpe final da Graça. Este veio quando perdeu sua irmã de quem tanto gostava. Aos 18 anos, desiludido das vaidades, entrou numa procissão onde iam levando a imagem de Nossa Senhora. Pareceu-lhe ouvir uma voz serena, a voz da virgem Maria, dizendo que aquele mundo não era para ele. Ingressou na Congregação dos Padres Passionistas. Mudou de nome. De Francisco que era, pois nasceu em Assis terra de São Francisco, passou a chamar-se Gabriel de Nossa Senhora das Dores. Sempre teve saúde fraca. Morreu tuberculoso antes de se ordenar padre, com com apenas 24 anos.
- Que ele proteja nossa juventude. Amém
PADRE CLÓVIS DE JESUS BOVO CSsR
Vice-Postulador da Causa
Venerável Padre Pelágio CSsR
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São Nicéforo Mártir (século III)

Nicéforo era um cidadão de Antioquia, atual Síria, nascido no ano 260. Discípulo e irmão de fé do sacerdote Sabrício, tornaram-se amigos muito unidos e viveram nos tempos dos imperadores Eutiquiano e Caio. Não se sabe exatamente o porquê, mas Nicéforo cometeu algum mal com relação a Sabrício que nunca mais o desculpou. Pediu perdão muitas vezes, diga-se inclusive que ainda existem os registros desses seus pedidos. Mas, Sabrício nunca o concedeu, contrariando a própria religião cristã, da qual era sacerdote. Ele levou até o fim esta falta de solidariedade, apesar de Nicéforo ter chegado a se ajoelhar para implorar sua absolvição. Um dia, Sabrício foi denunciado e processado por ser católico e compareceu ao tribunal. Em princípio parecia disposto a qualquer martírio, cheio de coragem e determinação. Assumiu ser sacerdote cristão, recusou-se a sacrificar aos deuses pagãos e resistiu às mais bárbaras torturas. Mas, ao ser condenado à morte e receber a ordem de se ajoelhar para ter a cabeça cortada, aceitou render homenagens aos deuses pagãos em troca de liberdade.
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MARIA CARIDADE BRADER Religiosa, Fundadora, Beata 1860-1943

Maria Caridade Brader é também conhecida como Maria Josafá Carolina Brader, Madre Caritas, Maria Caridade do Amor do Espírito Santo. Nasceu em 14 de agosto de 1860 em Kaltbrunn, Suíça como Maria Josafa Carolina Brader. Filha única de José Sebastião Brader e Maria Anna Carolina Zahner. Educada em uma família piedosa, ela era conhecida como uma menina muito inteligente e recebeu a melhor educação que os seus pais podiam dar. Seus pais tinham grandes planos para o seu futuro, mas em vez de continuar os estudos ela sentiu um forte chamado para a vida religiosa e entrou para o convento franciscano em Maria Jilf, Als-tatten em 1º de Outubro de 1880, tomando o nome de Maria da Caridade do Amor de Espírito Santo, e fez seus votos definitivos em 22 de Agosto de 1882. Ela foi inicialmente designada como professora. Quando foi possível para as irmãs em clausura se tornarem missionárias, irmã Caritas, como era conhecida, foi voluntária com outras 5 irmãs para trabalhar em Clone, no Equador em 1888. Ela trabalhou durante 6 anos como professora e catequista das crianças.
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MARIA DE JESUS DELUIL MARTINY Religiosa, Fundadora, Beata 1841-1884

Filha de um brilhante advogado e excelente católico, sua mãe era uma digna sobrinha bisneta da Venerável Ana Madalena Remuzat, a visitandina que durante a peste de 1720 havia conseguido que Marselha se consagrasse ao Coração de Jesus. Assim, a devoção ao Sagrado Coração era considerada "património familiar". Maria nasceu em Marselha a 28 de maio de 1841. Foi educada pelos pais e pelas religiosas da Visitação. Um dia as Irmãs contam suas travessuras ao Mons. de Mazenod, fundador dos Oblatos de Maria Imaculada (canonizado em 1995), que lhes responde: "Não se inquietem, são coisas de menina; verão que um dia será a Santa Maria de Marselha". Em 1848, após vários distúrbios, o rei Luís Felipe abdica. As ruas tranquilas de Marselha, cidade cheia de recordações de São Lázaro, Santa Marta e Santa Maria Madalena, foram invadidas pelo ódio revolucionário. Maria tinha apenas 7 anos. Aproveitando-se da distracção momentânea dos adultos, sai de casa para ver de perto o que está acontecendo. Chega até as barricadas feitas pelos soldados.
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Santa Anne Line, mártir inglesa – 27 de fevereiro

Desde a instauração do anglicanismo pelo rei Henrique VIII, em 1531, os países da Comunidade Britânica viviam dias difíceis. Os católicos eram perseguidos, os sacerdotes ou eram expatriados ou condenados à morte. Muitos retornavam clandestinamente a Inglaterra para dar assistência religiosa aos leigos e corriam o risco de serem presos e condenados. Vários mosteiros e igrejas foram queimados. Foram anos de intensa perseguição e muitos foram os mártires da Fé católica, leigos e eclesiásticos. Tal situação perdurou ainda pelo século XVII.
     Ana viveu nesta época. Ela nasceu no ano de 1567 em Dunmow, no Condado de Essex, segunda filha de William Heigham de Dunmow, e de Anne Alien. Ana havia se convertido ao catolicismo junto com seu irmão William. Depois de tentar sem sucesso fazê-la apostatar, o pai, um abastado e rigoroso calvinista, deserdou-a e ao irmão, e expulsou-os de casa.
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GABRIEL DE N. S. DAS DORES Seminarista passionista, Santo 1838-1862

Gabriel de Nossa Senhora das Dores, a quem Leão XIII chamava o São Luís Gonzaga de nossos dias, nasceu em Assis a 1 de Março de 1838, filho de Sante Possenti di Terni e Inês Frisciotti. No mesmo dia que viu a luz do mundo, recebeu a graça do baptismo, na mesma pia, em que foi baptizado o grande patriarca S. Francisco, na Igreja de S. Rufino. O pai do Santo, já com vinte e dois anos era governador da cidade de Urbânia, cargo que sucessivamente veio a ocupar em S. Ginésio, Corinaldo, Cingoli e Assis. Como um dos magistrados dos Estados Pontifícios, gozava de grande estima do Papa Pio IX e Leão XIII honrava-o com sua sincera amizade. A mãe era de nobre família de Civitanova d’Ancona. Estes dois cônjuges apresentavam modelos de esposos cristãos, vivendo no santo temor de Deus, unidos no vínculo de respeito e amor fidelíssimo, que só a morte era capaz de solver. Deus abençoou esta santa união com treze filhos, dos quais Gabriel era o undécimo. Este, no baptismo recebeu nome de Francisco, em homenagem a seu avô e ao Seráfico de Assis.
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GREGÓRIO DE NAREK Religioso, Santo ca. 951-1003

S. Gregório de Narek nasceu provavelmente em 951, no seio de uma família toda ela entregue ao serviço da Igreja da Arménia. Seu pai, o Bispo Khosrow escreveu diversos livros sobre teologia. Seu tio materno dirigiu durante anos o Mosteiro de Narek, situado a sul do lago de Van. Ali também Gregório irá passar a maior parte da sua vida, onde também ensinou e onde morreu, por volta de 1003. Foi teólogo, poeta e filósofo. Pelo fim da sua vida, este grande místico escreveu em língua arménia clássica um poema intitulado Livro das Lamentações, obra-prima da poesia arménia medieval. Para o fazer, o mestre tinha ido buscar a língua litúrgica e deu-lhe uma nova forma, remodelada e simplificada. Redigiu também odes a Maria, cânticos e panegíricos. A sua influência marcou os mais importantes poetas da literatura arménia e a sua obra é considerada um dos cumes da literatura universal.

LEANDRO DE SEVILHA Bispo, Santo + 600

Nasceu em Cartagena este grande Bispo da Espanha, defensor impertérito dos interesses da Igreja. Como ele, foram canonizados seus irmãos Fulgêncio e Isidoro e sua irmã Florentina. Já na mocidade gozava Leandro S. Leandro de Sevilha, Bispofama de grande sábio. Este renome ainda cresceu com a entrada para a Ordem de S. Bento, em Hispalis. Cumpridor consciencioso de todos os deveres, em pouco tempo Leandro se tornou modelo de religioso perfeito. Morto o Bispo de Sevilha, foi ele eleito sucessor do mesmo. Reinava naquele tempo Leovegildo, fautor e protector da seita ariana, e inimigo dos católicos. Foi sempre a maior diligência de S. Leandro confirmar na fé os católicos e chamar os hereges ao aprisco do Bom Pastor. Grande consolação trouxe-lhe a conversão do príncipe real mais velho, Hermenegildo, que mais tarde, em testemunho da fé, sofreu o martírio.
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ORAÇÃO DE TODOS OS DIAS - 27 DE FEVEREIRO

Pe. Flávio Cavalca de Castro,
redentorista
Oração da manhã para todos os dias 
Senhor meu Deus, mais um dia está começando. Agradeço a vida que se renova para mim, os trabalhos que me esperam, as alegrias e também os pequenos dissabores que nunca faltam. Que tudo quanto viverei hoje sirva para me aproximar de vós e dos que estão ao meu redor.Creio em vós, Senhor. Eu vos amo e tudo espero de vossa bondade.
Fazei de mim uma bênção para todos que eu encontrar. Amém. 
As reflexões seguintes supõem que você antes leu o texto evangélico indicado.
27 – Terça-feira – Santos: Leandro de Sevilha, Valdomiro 
Evangelho (Mt 23,1-12) Quanto a vós, nunca vos deixeis chamar de Mestre, pois um só é vosso Mestre e todos vós sois irmãos.” 
Já na comunidade de Mateus havia alguns que se deixavam levar pela vaidade e pela vontade de poder. Gostavam de títulos como pai, mestre guia. Era preciso que se lembrassem que temos um só pai, um só mestre, um só guia. Somos todos iguais, entre nós não há senhores nem deve haver, mas apenas pessoas dispostas a trabalhar para servir, ajudar e relembrar a mensagem de Jesus. 
Oração
Senhor Jesus, hoje vos quero pedir por todos que têm responsabilidades em nossa comunidade. Olhai pelo papa, pelos bispos, presbíteros, diáconos e ministros, e pelos leigos que se dispõe a nós servir. Dai-lhes muito amor, fazei-os sábios e prudentes, humildes e desapegados de bens e honras. E que nós, unidos na fé e na caridade, saibamos cooperar com eles para ser vosso povo. Amém.

segunda-feira, 26 de fevereiro de 2018

OUTRA SAÍDA GENIAL

PADRE CLÓVIS DE JESUS BOVO
REDENTORISTA
VICE-POSTULADOR DA CAUSA
VENERÁVEL PADRE PELÁGIO SAUTER
REDENTORISTA
Junto à abadia de Santo Albino, na França, havia um manicômio zelado e mantido pelos monges "Irmãos de São João".O monge Maurício era o cozinheiro. Sempre havia internos do hospício ajudando na cozinha. Desempenhavam suas pequenas tarefas sem molestar a ninguém. Todos sabem, porém, que os doentes mentais são imprevisíveis.Certo dia um deles disse aos companheiros:
-Nesta casa só se toma sopa magra. Vamos pegar o Irmão cozinheiro e jogá-lo no caldeirão? Assim teremos uma sopa bem mais gorda.
Foram rápidos na decisão. Já iam passando das palavras aos fatos, quando o Irmão se defendeu dizendo:
-Vocês tiveram ótima idéia. Mas escutem meu palpite. A sopa sairia mais gostosa se eu ficasse sem roupa. Esperem só um momento, enquanto vou ali tirar o hábito.
A esperteza do Irmão surtiu efeito. Os loucos concordaram. O Irmão safou-se o mais depressa possível e foi se esconder na igreja da abadia.São e salvo, respirando desafogado, aproveitou para agradecer a Deus o ter escapado da morte certa.
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REFLETINDO A PALAVRA - “Espiritualidade da Quaresma”

PADRE LUIZ CARLOS DE OLIVEIRA
REDENTORISTA-50 ANOS CONSAGRADO
2008. Tempo de comunidade
            A Quaresma tomou cores diferentes no correr dos séculos. Cada tempo deu sua contribuição. Logicamente podemos dar também a nossa. Por exemplo: A Igreja do Brasil instituiu a Campanha da Fraternidade e com as reflexões em grupos de rua e de setores. É um modo diferente de viver a Quaresma, com uma temática que leva a pensar e a resolver problemas que vivemos. Ela surge a partir da preparação do Batismo que se realizava na noite de Páscoa.  Os catecúmenos que seriam batizados faziam o jejum no Sábado Santo. Esse jejum passou a ser acompanhado pelos fiéis da comunidade. Ele se estendeu para Sexta-Feira Santa, depois para a semana toda e por fim aos 40 dias. A Quaresma nasce a partir da celebração da Vigília Pascal que era o momento da solene celebração do Batismo. Primeiro ela tem  um caráter comunitário. Vive-se a preparação da Páscoa em comunidade. Todos estão voltados para o importante que é o Mistério Pascal de Cristo, que salvou a todos em sua Morte e Ressurreição. O Batismo é o sacramento inicial para vida em Cristo e na comunidade. Por ele recebemos a redenção e a vida nova. Entramos na comunidade dos filhos de Deus, irmãos de Jesus e irmãos uns dos outros. Por isso, a espiritualidade quaresmal deve levar a vivenciar esses aspectos: Vida em Cristo, Filho de Deus e vida com os irmãos. Todas as celebrações se voltam para a temática da Páscoa que acontece em cada um. A renovação das promessas do Batismo é expressão do desejo de aprofundar o dom que recebemos. O que se faz na Quaresma pode ser bom, mas não sem o Batismo.
2009. Tempo de conversão
            A chamada que percorre toda a Quaresma é a conversão. Para haver uma opção por Cristo no Batismo e na vida cotidiana, é preciso ouvir as palavras de Jesus: “O tempo se completou e o Reino de Deus está próximo. Convertei-vos e crede no Evangelho” (Mc 1,15). Havia muitas tradições que eram vividas na Quaresma, como as penitências, o jejum, as longas orações. Tudo bom. Essas tradições caíram e não se procurou a renovação a partir da conversão. Quando ouvimos o mandamento só a Deus adorarás, nós nos esquecemos da multidão de deuses falsos que nos cercam e aos quais prestamos cultos idolátricos. Só se fala que se adoram imagens. Mas não se busca derrubar os altares dos deuses falsos da ganância do ter, da riqueza e dos bens materiais; não se destrói o altar do deus da vaidade, do orgulho e da prepotência. Desses as igrejas estão cheias; não se queimam os altares dos deuses do prazer que consomem nossas melhores energias. Vejamos que um dos evangelhos lidos nesses tempos é a purificação que Jesus faz no templo de Jerusalém e nos ensina a fazer em nossas vidas e em nossos templos. Não adianta fazer tantas penitências se não fazemos a verdadeira que é a conversão.
2010. Tempo de alegria
            A salvação se aproxima! Deus vem ao nosso encontro. Quando falamos de fim dos tempos, a impressão que é o momento do medo. Pelo contrário. É o momento da alegria, pois Ele vem nos buscar para estar com Ele. A Páscoa é momento da alegria. Na celebração há o momento de se cantar solenemente o Aleluia. É o grito de libertação que Cristo nos mereceu. Certamente que a Quaresma nos chama a puxar os fios da dissipação. É momento de reflexão, não de tristeza. Vamos nos concentrar no essencial que é o Mistério Pascal de Cristo que vivemos. Seriedade não quer dizer cara fechada. É espaço da verdade que nos sustenta e por isso nos deixa livres para acolher o Senhor. A Páscoa nos atrai e nos estimula a uma vida sempre renovada.
https://padreluizcarlos.wordpress.com/

EVANGELHO DO DIA 26 DE FEVEREIRO

Evangelho segundo S. Lucas 6,36-38.
Naquele tempo, disse Jesus aos seus discípulos: «Sede misericordiosos, como o vosso Pai é misericordioso. Não julgueis e não sereis julgados. Não condeneis e não sereis condenados. Perdoai e sereis perdoados. Dai e dar-se-vos-á: deitar-vos-ão no regaço uma boa medida, calcada, sacudida, a transbordar. A medida que usardes com os outros será usada também convosco».
Tradução litúrgica da Bíblia 
Comentário do dia: 
Santa Teresa de Calcutá (1910-1997), fundadora das Irmãs Missionárias da Caridade 
«Não há amor maior»
«Sede misericordiosos como o vosso Pai é misericordioso»
Sinto que a Paixão de Cristo está incessantemente a acontecer de novo por toda a parte. Estamos dispostos a participar nesta Paixão? Estamos dispostos a partilhar os sofrimentos dos outros, não apenas onde a pobreza reina, mas em qualquer parte do mundo? Parece-me que a grande miséria e o sofrimento são mais difíceis de resolver no Ocidente. Quando encontro uma pessoa esfomeada na rua, oferecendo-lhe uma tigela de arroz ou uma fatia de pão, posso apaziguar-lhe a fome. Mas aquele que foi pisado, que não se sente desejado, amado, que vive com medo, que se sente rejeitado pela sociedade, esse experimenta uma forma de pobreza bem mais profunda e dolorosa. E é muito mais difícil encontrar remédio para ela. As pessoas têm fome de Deus. As pessoas estão ávidas de amor. Temos consciência disso? Sabemos disso? Vemos isso? Temos olhos para ver? Muitas vezes, o nosso olhar vagueia sem se fixar. Como se andássemos a pairar neste mundo. Temos de abrir os olhos e ver.

26 DE FEVEREIRO – SEUS PREFERIDOS ERAM OS DESVALIDOS

São Porfírio (353-420) nasceu na Grécia, mas tinha sangue de cigano. Viveu cinco anos no Egito como ermitão penitente. Passou outros cinco anos na Palestina, recolhido numa gruta perto do rio Jordão. Ficou doente, provavelmente em conseqüência das muitas privações, e foi tratar-se em Jerusalém. Lá ficou conhecendo um rapaz de nome Marcos que tornou-se o seu discípulo e amigo. Mais tarde o enviou a Tessalônica, sua terra natal, para vender os bens que ainda possuía naquela cidade e trazer o dinheiro que seria distribuído entre os pobres. Depois de trabalhar 40 anos num curtume, foi ordenado sacerdote e chegou a ser nomeado bispo de Gaza. Porfírio exerceu grande influência religiosa e política. O que mais lhe valeu, foi sua generosidade com os desvalidos e desprezados da sociedade.
PADRE CLÓVIS DE JESUS BOVO CSsR
Vice-Postulador da Causa
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PIEDADE DA CRUZ ORTIZ REAL Religiosa, Fundadora, Beata (1842-1916)

Nasceu em Bocairente, Valência (Espanha), no dia 12 de Novembro de 1842, sendo baptizada no dia seguinte com o nome de Tomasa. Recebeu a Primeira Comunhão aos dez anos, sacramento que despertou nela o desejo de pertencer do Senhor e viver para Ele. Completou a sua formação humana e espiritual no Colégio de Loreto, pedindo sucessivamente para ingressar no noviciado desse Instituto, mas seu pai, considerando a situação política da época e a pouca idade da menina, obrigou-a a voltar para a casa. Esta etapa da sua vida em Bocairente foi caracterizada por três aspectos: o espírito de piedade e de oração, a sua dedicação a fazer o bem às crianças pobres, aos idosos e aos doentes e o empenho em dar uma resposta àquilo que sentira no seu íntimo no dia da Primeira Comunhão. Tomasa, então, pensou que podia realizar o sonho da sua vida: consagrar-se ao Senhor num convento de Carmelitas de clausura em Valência.
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PAULA MONTAL Religiosa, Fundadora, Santa 1799-1889

Na vila de Arenys de Mar, perto de Barcelona, Espanha, nasceu Paula Montal Fornés em 11 de Outubro de 1799, que no mesmo dia recebeu o baptismo. Paula passou a infância e a juventude em sua cidade natal, trabalhando desde os 10 anos de idade, quando seu pai morreu. O seu lazer era a vida espiritual da sua paróquia, onde se destacou por sua devoção à Virgem Maria. Paula Montal, durante este período, constatou, por sua própria experiência, que as possibilidades de acesso à instrução e educação para as mulheres eram quase nenhuma. Um dia quando estava em profunda oração, se sentiu iluminada por Deus para desenvolver este dever. Decidiu deixar sua cidade natal para fundar um colégio inteiramente dedicado à formação e educação feminina. Paula Montal se transferiu para a cidade de Figueras, junto com mais três amigas de espiritualidade Mariana, e iniciou sua obra. Em 1829, ela abriu a primeira escola para meninas, com amplos programas educativos, que superavam o sistema pedagógico dos meninos.
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PORFÍRIO DE GAZA Bispo, Santo + 421

São Porfírio, o vigoroso destruidor da idolatria, nasceu em Tessalónica, na Macedónia. Instruído nas ciências, tendo a idade de 25 anos, retirou-se para a solidão de Scete, onde passou cinco anos numa gruta, nas proximidades do Jordão. A insalubridade do lugar causou-lhe grande mal à saúde, e doente chegou a Jerusalém, onde teve a notícia da morte dos pais. Em sua companhia achava-se um jovem de nome Marco. A este incumbiu de receber a herança e distribuir o dinheiro entre os pobres, o que se fez. Porfírio, não tendo reservado nada para si, viveu sempre pobre.  Na visita diária aos Santos Lugares teve uma vez um desmaio que se transformou em visão. Apareceu-lhe Nosso Senhor na Cruz e com ele o Bom Ladrão. Jesus Cristo deu a este um sinal de ajudar Porfírio a levantar-se do chão. O Bom Ladrão estendeu-lhe a mão e disse: “Agradece a teu Salvador tua cura”. No mesmo momento Jesus Cristo desceu da Cruz e entregou-lhe a mesma, com a recomendação de guardá-la bem. Quando o Santo voltou a si, notou que estava perfeitamente curado.
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