terça-feira, 20 de fevereiro de 2018

EVANGELHO DO DIA 20 DE FEVEREIRO

Evangelho segundo S. Mateus 6,7-15.
Naquele tempo, disse Jesus aos seus discípulos: «Quando orardes, não digais muitas palavras, como os pagãos, porque pensam que serão atendidos por falarem muito. Não sejais como eles, porque o vosso Pai bem sabe do que precisais, antes de vós Lho pedirdes. Orai assim: ‘Pai nosso, que estais nos Céus, santificado seja o vosso nome; venha a nós o vosso reino; seja feita a vossa vontade assim na terra como no Céu. O pão nosso de cada dia nos dai hoje; perdoai-nos as nossas ofensas, assim como nós perdoamos a quem nos tem ofendido; e não nos deixeis cair em tentação, mas livrai-nos do mal’. Porque se perdoardes aos homens as suas faltas, também o vosso Pai celeste vos perdoará. Mas se não perdoardes aos homens, também o vosso Pai não vos perdoará as vossas faltas».
Tradução litúrgica da Bíblia 
Comentário do dia: 
São Boaventura (1221-1274), franciscano, doutor da Igreja 
Comentário ao Evangelho de Lucas, cap. 7
Invocar o nome do Pai
Jesus disse aos seus apóstolos: «Orai assim: "Pai"». Ou seja, começai por invocar o Pai; e fazei-o não apenas com a voz, mas com o coração, não vá Ele dizer-vos como em Isaías: «Este povo aproxima-se de Mim só com palavras e honra-Me só com os lábios, pois o seu coração está longe de Mim» (29,13). Não digais apenas com o coração, mas também com a boca, porque a oração vocal é recebida por Deus, como diz o salmo: «Agradecerei bem alto ao Senhor e louvá-lo-ei no meio da multidão» (108,30). Porque esta oração permite despertar a memória, excitar a sonolência, inflamar o desejo, dispor para a obediência, exprimir alegria e dar o exemplo. Invoquemos, pois, o nome do Pai. Com efeito, Ele é Pai em razão da condição da sua natureza, como diz a Carta aos Efésios: «do qual recebe o nome toda a família, nos Céus e na Terra» (3,15). Daí que afirme também em Malaquias: «Por­ven­tura, não temos todos nós um único Pai?» (2,10) Ele é Pai, ainda, por dar a graça, como se diz na Carta aos Romanos: «Recebestes um Espírito que faz de vós filhos adoptivos. É por Ele que clamamos: "Abbá, ó Pai!"» (8,15); e na Carta aos Gálatas: «porque sois filhos, Deus enviou aos nossos corações o Espírito do seu Filho, que clama: "Abbá! Pai!"» (4,6). E é igualmente Pai em razão da realização da sua glória, como afirma Jeremias: «Chamar-Me-ás "meu Pai", e não te afastarás de Mim» (3,19). Assim pois, uma vez que, no nome do Pai, Deus é visto como fundador da natureza, dador da graça e produtor da glória, por isso mesmo é-nos dado compreender que Ele é o único a quem devemos rezar. Mateus e Lucas concordam na invocação do nome de Pai, a fim de que, neste nome, o homem seja conduzido à reverência e à confiança, as duas asas sem as quais a oração não tem eficácia.
http://www.evangelhoquotidiano.org

Nenhum comentário:

Postar um comentário