Evangelho
segundo S. Mateus 16,13-19.
Naquele tempo, Jesus foi para os lados de Cesareia de
Filipe e perguntou aos seus discípulos: «Quem dizem os homens que é o Filho do
homem?». Eles responderam: «Uns dizem que é João Baptista, outros que é Elias, outros
que é Jeremias ou algum dos profetas». Jesus perguntou: «E vós, quem dizeis que Eu sou?». Então, Simão Pedro tomou a palavra e disse: «Tu és o Messias, o Filho de Deus
vivo». Jesus respondeu-lhe: «Feliz de ti, Simão, filho de Jonas, porque não foram a
carne e o sangue que to revelaram, mas sim meu Pai que está nos Céus. Também Eu te digo: Tu és Pedro; sobre esta pedra edificarei a minha Igreja, e
as portas do Inferno não prevalecerão contra ela. Dar-te-ei as chaves do reino dos Céus: tudo o que ligares na terra será ligado
nos Céus, e tudo o que desligares na terra será desligado nos Céus».
Tradução litúrgica da Bíblia
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Tradução litúrgica da Bíblia
Comentário do dia:
Concílio Vaticano II
Constituição Dogmática sobre a Igreja, «Lumen Gentium», § 22
«Tu és Pedro; sobre esta
Pedra edificarei a minha Igreja»
Assim como, por instituição do Senhor, S.
Pedro e os restantes apóstolos formam um colégio apostólico, assim de igual
modo estão unidos entre si o Romano Pontífice, sucessor de Pedro, e os bispos,
sucessores dos apóstolos. A natureza colegial da ordem episcopal, claramente
comprovada pelos concílios ecuménicos celebrados no decurso dos séculos,
manifesta-se já na disciplina primitiva, segundo a qual os bispos de todo o
orbe comunicavam entre si e com o bispo de Roma no vínculo da unidade, da
caridade e da paz; e também na reunião de concílios, nos quais se decidiram em
comum coisas importantes, depois de ponderada a decisão pelo parecer de muitos.
O mesmo é claramente demonstrado pelos concílios ecuménicos celebrados no
decurso dos séculos; e o uso já muito antigo de chamar vários bispos a
participarem na elevação do novo eleito ao ministério do sumo sacerdócio
insinua-o já também. É, pois, em virtude da sagração episcopal e pela comunhão
hierárquica com a cabeça e os membros do colégio que alguém é constituído
membro do corpo episcopal. Porém, o colégio ou corpo episcopal não tem autoridade a não ser em união com o
Romano Pontífice, sucessor de Pedro, entendido como sua cabeça, permanecendo
inteiro o poder do seu primado sobre todos, quer pastores quer fiéis. Pois o
Romano Pontífice, em virtude do seu cargo de vigário de Cristo e pastor de toda
a Igreja, tem nela pleno, supremo e universal poder, que pode sempre exercer
livremente. A ordem dos bispos, que sucede ao colégio dos apóstolos no
magistério e no governo pastoral, e, mais ainda, na qual o corpo apostólico se
continua perpetuamente, é também, juntamente com o Romano Pontífice, sua
cabeça, e nunca sem a cabeça sujeito do supremo e pleno poder sobre toda a
Igreja, poder este que não se pode exercer senão com o consentimento do Romano
Pontífice. Só a Simão colocou o Senhor como pedra e clavário da Igreja (cf Mt
16,18-19), e o constituiu pastor de todo o seu rebanho (cf Jo 21,15 ss.); mas é
sabido que o encargo de ligar e desligar conferido a Pedro (Mt 16,19) foi
também atribuído ao colégio dos apóstolos unido à sua cabeça (Mt 18,18;
28,16-20). Este colégio, enquanto composto por muitos, exprime a variedade e
universalidade do povo de Deus e, enquanto reunido sob uma só cabeça, revela a
unidade do redil de Cristo.http://www.evangelhoquotidiano.org
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