Mês
da Bíblia! Por que? Para estimular o amor, a leitura e a vivência da Palavra de
Deus. Todos os dias são dias da Palavra, mas para que isso aconteça, lembramos
um mês em particular. Por que setembro? Porque nesse mês, no dia 30, celebramos
S. Jerônimo que amava a Escritura e foi o tradutor para o latim. DIzia:
“Desconhecer as Escrituras é desconhecer Cristo”. Diante deste estímulo a um sempre
maior amor às Santas Escrituras, vamos ouvir o Apocalipse de São João. É a
experiência que tem da Palavra: “A
voz dos céus que eu tinha ouvido tornou então a falar-me: ‘Vai, toma o livrinho
aberto da mão do Anjo que está em pé sobre o mar e sobre a terra’... Ele então me disse. ‘Toma-o e devora-o; Ele
te amargará o estômago, mas em tua boca será doce como o mel’... Quando o
engoli, porém, meu estômago se tornou amargo. Disseram-me então: ‘É necessário
que continues ainda a profetizar contra muitos povos, nações, língua e reis”’ (Ap. 10,8-11). Para João
a Palavra é como alimento. Ela é para ser devorada como com grande fome. Há
muitos modos de nos aproximarmos da Palavra de Deus. O importante é que ela
penetre nossas vidas. Sem alimento o corpo morre. Sem a Palavra morre nossa
alma. Ela não é um livro de leitura, mas a leitura do livro da Vida. É a leitura
que dá Vida. Não se passa pela Palavra sem ser alimentado. Diante da
necessidade da Palavra, na imagem do alimento, vemos como a Palavra, sendo
única, em cada um produz um fruto diferente. Como a chuva, que sendo a mesma
produz efeitos diferentes em cada ser. Cada flor, mesmo diferente, recebeu a
mesma água. Produz sabores diferentes, perfumes inigualáveis, cores
fascinantes. Assim é a Palavra que sai da boca de Deus. Precisamos da Palavra:
“Não só de pão vive o homem, mas de toda Palavra que sai da boca de Deus” (Mt 4,4;Dt 8,3).
1313. Força da Palavra
“A
Palavra de Deus é viva e eficaz” (Hb 4,12). Como a Palavra não são apenas letras, mas vida,
penetra nossa vida dando-nos vida e oferecendo os caminhos para a Vida. Ela
realiza o que anuncia, pois está unida a Quem a pronunciou. Como escreve
Isaias: “Ela é como a chuva... não torna a mim sem fruto; antes ela cumpre a
minha vontade e assegura o êxito da missão para a qual enviei” (Is 55,10-11). A eficácia exige a abertura do
coração. Se nos abrimos ela age em nós, como Jesus explica na parábola da
semente: “O que cai em terra boa são os que, tendo ouvido a Palavra com o
coração nobre e generoso, conservam-na e produzem fruto pela perseverança” (Lc 8,15). A força da
Palavra não é só o ensinamento que gera, mas sua própria condição de estar
unida a Quem a pronuncia que é Deus.
1314. Doce amargo
“Ela
será doce na boca”, diz João. A Palavra é tão bonita e gostosa. Encanta o
coração. Mas... quando chega ao estômago, é amarga, pois exige a mudança e
atinge o íntimo de nossas decisões. Viver a Palavra é colocar-se como alvo do
ódio do mal personificado em tantos inimigos que recusam Jesus. Os que
testemunham a Palavra que vivem, passam pelo que Cristo passou: “Eles venceram
pelo Sangue do Cordeiro e pela Palavra que testemunharam, desprezaram a própria
vida até à morte” (Ap
12,11). Quanto mais perseguidos, mais perseguem a vitória pela Palavra,
como dizia Jesus: “Devo receber um batismo, e como me angustio até que esteja
consumado!” (Lc 12,50).O
maior fruto da Palavra de Deus em nós é a força de comunicá-la a todos os povos.
Mesmo perseguidos, há sempre o desejo de levar adiante a Palavra: “É necessário
que continues a profetizar contra muitos povos, nações e línguas e reis” (Ap 10,11).
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