sábado, 22 de fevereiro de 2014

REFLETINDO A PALAVRA - “Oração pelos mortos”.

PADRE LUIZ CARLOS
DE OLIVEIRA CSsR
Rezar pelos mortos é obra de caridade.
Por que é obra de caridade? A oração coloca-nos em contato com Deus. Assim nos santifica, purifica e abre para nós os tesouros de Deus. Pela fé cristãs conhecemos uma purificação após a morte. Esta purificação que chamamos de Purgatório, se faz pela amorosa presença de Deus que dá os méritos da redenção. Por nossa oração pessoal pelos mortos, por causa do Corpo de Cristo, do qual também os mortos fazem parte, estamos como que abrindo para eles estes méritos redentores de Cristo. Transmitimo-lhes nossa saúde espiritual. Isso seria a purificação dos pecados e culpas que restaram da vida terrestre. Por isso é uma grande caridade. O mesmo se diga das boas obras. Lemos no dia de Finados que Judas Macabeu faz uma coleta para mandar celebrar sacrifícios pelos mortos na batalha. A Igreja sempre rezou pelos mortos, não se preocupando muito com explicar, pois era coisa natural.
Intenções de missa.
Nossa oração pelos mortos deve evitar a superstição. Não há dia marcado. Alguns se preocupam com o 7º dia. A liturgia não diz mais missa de 7º nem ou 30º dias, mas somente missa pelos falecidos. Não é preciso ser o dia exato para “agradar” o falecido. Qual era a razão do 3º, 7º e 30º dia? Trata-se de uma concepção que havia de que eram os prazos da decomposição dos corpos. No 3º dia as vísceras se corrompem, no 7º o cérebro e no 30º o coração. Assim se queria acompanhar aquele momento do falecido. Há também mais uma concepção desajustada a respeito dos mortos: as tais almas penadas, rondando a cata de reza para que tenham sossego. Não há almas mais abandonadas nem esquecidas, pois todas as orações que são feitas na Igreja servem para todos os vivos e mortos. Não só os que estão na lista são beneficiados. Podemos ver que na oração dos mortos rezamos por todos, mesmo que haja há um nome especial, pois rezamos “por todos os que morreram marcados com o sinal da fé” (entram aqui as pessoas de todas as religiões ou sem). Como fariam as almas dos pobres e desconhecidos? Mas todos recebem a oração da Igreja e o sangue redentor de Cristo.
Missas marcadas

Devemos ver um elemento importante nas missas marcadas e o pagamento da intenção: Estão ligados à manutenção da Igreja e do serviço do celebrante, uma vez que a oferta do dízimo não funciona a contento. Dizendo o nome, queremos fazer memória particular, pois as pessoas adoloradas, ouvindo o nome, estão crendo na sua ressurreição e que o falecido vive em Deus. É necessário que a Igreja, os padres de modo particular, saiba dar o consolo aos que sofrem e respeitar os sentimentos da família. Vemos muitos casos dolorosos de falta de bom senso dos padres que machucam os sentimentos do povo, o que leva muitos a se afastarem. As famílias não fiquem só na tradição de uma missa de 7ºdia, mas lembrem-se de unir-se ao seu falecido pela oração mais freqüente. A oração pelos mortos é o que mais lhes serve e é o melhor meio de unir-se a eles. Vale mais que supostas mensagens ou conversas em centros. 

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