terça-feira, 21 de janeiro de 2014

REFLETINDO A PALAVRA - “Vocação Religiosa”

PADRE LUIZ CARLOS DE OLIVEIRA CSsR
Homens e mulheres que amaram
No ano vocacional, contemplamos a vocação religiosa. Homens e mulheres deixaram a família, os bens e se colocaram em uma família religiosa com uma finalidade muito precisa: seguir Jesus como todos os cristãos, com a diferença que querem viver como Ele vivia. Jesus não quer que todos a vivamos do jeito que escolheu para viver: casto, pobre e obediente. Sem se casar, sem ter bens pessoais e sujeito à vontade de um outro em uma comunidade. Com este tipo de vida lembramos a todas as pessoas que a vida não termina aqui e que há valores superiores. Bom seria se nós vivêssemos melhor nossa escolha para que o sinal que somos fosse mais claro e mais significativo. Mas o sinal, o exemplo claro é Jesus que procuramos continuar presente neste mundo.
Cristo era casto.
Jesus escolheu um modo de viver. Não foi casado. Por quê? A família não é fundamental? Fez-se solteiro para dedicar-se totalmente ao povo de Deus e se entregar ao Pai até à morte e morte de Cruz. Desta maneira pode deixar um caminho para quem quer se dedicar totalmente ao Reino de Deus e aos necessitados deste Reino. Ser casto é ser amor para todos. Não nega o matrimônio, mas o ressalta mostrando que seu verdadeiro valor encontra-se na entrega um ao outro por amor e para sempre. O religioso continua o amor de Jesus para com todos. Esta castidade liberta-o e mostra o verdadeiro valor da sexualidade que se localiza no amor de entrega e acolhimento da pessoa do outro.
Cristo era pobre.
Jesus mesmo afirma que os pássaros do céu têm seus ninhos, as raposas têm suas tocas, mas o filho do homem não tem onde repousar a cabeça (Lc 9,58). Ele viveu do trabalho manual e das ajudas daquelas mulheres que o sustentavam com seus haveres (Lc 8,3). Sua pobreza chega ao extremo de necessitar de um túmulo emprestado para ser sepultado. Sua pobreza maior foi viver afeto aos mais abandonados mesmo tendo amigos ricos que Ele freqüentava e amava. Mas esteve comprometido com quem estava fora da sociedade (crianças, prostitutas e mal vistos...) Desimpediu-se dos bens para ficar livre a fim de se dedicar à vida de pregador anunciando o Reino. O consagrado pelo voto de pobreza mostra que o valor supremo não são os bens e que, vivendo sem bens se tem um a vida feliz. Assim se dá o testemunho do valor da vida que necessita liberdade.
Cristo era obediente.
Jesus vivia para fazer a vontade do seu Pai. Sua preocupação era agradar o Pai e assim foi até sua morte. Sua frase predileta era: “Não se faça o que eu quero, mas sim o que tu queres” (Mt 26,39). Sentia-s responsável por todos, porque este era o desejo de seu Pai.  O religioso quando entra para uma congregação promete obediência, isto é, não vive para o que quer, mas coloca sua vontade junto com as dos companheiros e juntos buscam a vontade de Deus que é o cuidado de todos, sobretudo dos pequeninos. A obediência é o abraço do Pai que chega a todos os seus queridos.  Pobreza, castidade e obediência são um presente para o mundo. Quanto melhores somos, tanto bem fazemos a mais.
http://padreluizcarlos.wordpress.com

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