sexta-feira, 21 de novembro de 2025

EVANGELHO DO DIA 21 DE NOVEMBRO

Evangelho segundo São Lucas 19,45-48. 
Naquele tempo, Jesus entrou no Templo e começou a expulsar os vendedores, dizendo-lhes: «Está escrito: "A minha casa é casa de oração" e vós fizestes dela "um covil de ladrões"». Jesus ensinava todos os dias no Templo. Os príncipes dos sacerdotes, os escribas e os chefes do povo procuravam dar-Lhe a morte, mas não encontravam o modo de o fazer, porque todo o povo ficava maravilhado quando O ouvia. 
Tradução litúrgica da Bíblia 
Jean Tauler
(1300-1361) 
Dominicano de Estrasburgo 
Sermão 46 
«Está escrito: "A minha casa é casa de oração" 
e vós fizestes dela "um covil de ladrões"» 
Nosso Senhor entrou no Templo e expulsou todos os que compravam e vendiam, dizendo: «Está escrito: "A minha casa é casa de oração" e vós fizestes dela "um covil de ladrões"». Que templo é este, que se tornou um covil de ladrões? É a alma e o corpo do homem, que são muito mais o verdadeiro templo de Deus que todos os templos alguma vez edificados (cf 1Cor 3,17; 6,19). Quando Nosso Senhor quer vir a este templo, encontra-o transformado num covil de ladrões e numa feira de mercadores. Quem é o mercador? São os que dão o que têm – o seu livre árbitro – por aquilo que não têm – as coisas deste mundo. O mundo está cheio desses mercadores! Há-os entre os padres e os leigos, entre os religiosos, os monges e as freiras. [...] Tanta gente tão cheia da sua própria vontade; tanta gente que procura em tudo o seu próprio interesse. Pelo contrário, se quisessem fazer negócio com Deus, oferecendo-Lhe a sua vontade, que feliz negócio fariam! O homem deve querer, deve seguir, deve procurar Deus em tudo o que faz; e quando tiver feito tudo – beber, dormir, comer, falar, ouvir –, deixe então completamente as imagens das coisas e esvazie o seu templo. Uma vez o templo esvaziado, uma vez expulso esse bando de vendedores, a imaginação que te estorva, poderás ser uma casa de Deus (cf Ef 2,19). Terás então a paz e a alegria do coração, e mais nada te perturbará, nada do que agora te preocupa, te deprime e te faz sofrer.

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