terça-feira, 18 de novembro de 2025

EVANGELHO DO DIA 18 DE NOVEMBRO

Evangelho segundo São Lucas 19,1-10. 
Naquele tempo, Jesus entrou em Jericó e começou a atravessar a cidade. Vivia ali um homem rico chamado Zaqueu, que era chefe de publicanos. Procurava ver quem era Jesus, mas, devido à multidão, não podia vê-lo, porque era de pequena estatura. Então correu mais à frente e subiu a um sicómoro, para ver Jesus, que havia de passar por ali. Quando Jesus chegou ao local, olhou para cima e disse-lhe: «Zaqueu, desce depressa, que Eu hoje devo ficar em tua casa». Ele desceu rapidamente e recebeu Jesus com alegria. Ao verem isto, todos murmuravam, dizendo: «Foi hospedar-Se em casa dum pecador». Entretanto, Zaqueu apresentou-se ao Senhor, dizendo: «Senhor, vou dar aos pobres metade dos meus bens e, se causei qualquer prejuízo a alguém, restituirei quatro vezes mais». Disse-lhe Jesus: «Hoje entrou a salvação nesta casa, porque Zaqueu também é filho de Abraão. Com efeito, o Filho do homem veio procurar e salvar o que estava perdido».
Tradução litúrgica da Bíblia 
São Gregório Magno 
(540-604) 
Papa, doutor da Igreja 
Moral sobre Jacob, Livro XI, SC 212 
«Hoje entrou a salvação nesta casa» 
«Se retiver as águas, tudo secará; 
se as soltar, elas submergirão a terra» (Jb 12,15).
A terra representa o pecador, sobre quem foi proferido este julgamento: «Tu és pó e em pó te hás de tornar» (Gn 3,19). É por isso que a terra permanece imóvel quando o pecador se recusa a obedecer aos mandamentos do Senhor, quando, orgulhoso, ergue a cabeça e fecha os olhos da alma à luz da Verdade. Mas está escrito: «Ele pára e faz tremer a terra» (Ha 3,6); porque, quando a verdade se fixa num coração, a imobilidade da alma é abalada; mas, quando a graça do Espírito Santo, por um dom do alto, se derrama nela com a palavra do pregador, eis que a terra é revolvida, porque a alma endurecida no pecado perde a teimosia da sua imobilidade, transformada a ponto de se submeter, chorando, aos mandamentos do Senhor, tanto quanto ontem, na sua soberba, erguia a cabeça diante dele. Basta ver a terra de um coração humano banhada pelas águas da graça: suporta sem desagrado os ultrajes que ontem se empenhava em infligir, distribui os seus bens, mortifica a sua carne pela abstinência, ela que ontem, saciada de carne, se deixava levar pelos encantos mortais das torpezas; ama até mesmo aqueles que a amavam. Assim, quando o dom divino se derrama na alma de um homem e ela passa a agir de maneira contrária ao que costumava fazer, a terra inverte-se: é rejeitada para baixo aquela que ontem se projetava para cima, e eleva-se para cima a face que ontem se afundava nas profundezas.

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