A única fonte biográfica sobre esta santa é a Epístola 77 de São Jerônimo, escrita no verão do ano 400 da era Cristã.
Da nobre família dos Fabi, Fabíola muito jovem casou-se com um homem cruel de quem se divorciou para casar-se novamente, fato que escandalizou a Igreja.
No Sábado Santo de um ano impreciso, Fabiola se apresentou, vestida com tecido se saco, na Basílica de São João de Latrão, pedindo para ser recebida na Igreja. Diante do clero e dos fieis fez publicamente penitência, e o papa Sirício (384-399) admitiu-a de novo à comunhão.
Retirou-se para a vida privada, dedicou-se ao cuidado dos pobres e fundou em Óstia, junto a Roma, um grande hospital para os doentes abandonados, onde eles eram tratados gratuitamente. Foi a primeira fundação do gênero na Europa. Esta fundação é “uma das datas mais altas da história da civilização ocidental”, segundo o historiador Camille Julian.
Em 394 ela foi para a Palestina convidada por São Jeronimo e lá se dedicou ao estudo das Sagradas Escrituras. São Jerônimo ficou muito impressionado com a sua forte personalidade, inteligência e virtude, e escreveu sua biografia. No ano seguinte, receando uma invasão dos Hunos, ela retornou a Roma, onde viveu na pobreza, morrendo no ano 400. Toda a cidade participou de seu funeral cantando o Aleluia.
Em 397, São Jeronimo enviara a ela uma dissertação sobre as vestes sacerdotais e a ela também destinou, em 400, o Liber exegeticus XLII mansionibus Israelitarum in deserto. Por outro lado, ela também tinha admirado ao máximo a carta escrita por Jerônimo ao monge Heliodoro, por volta de 376, em que ele elogiava a solidão. Na carta a Oceano assim São Jeronimo resume as virtudes de Fabiola: "Laudem Christianorum, miraculum gentilium, luctum pauperum, solatium monachorum".
O nome de Fabiola aparece nos martirológios somente a partir do século XV ao século XVIII no dia 27 de dezembro. Entretanto, não foi incluída por Baronio no Martirológio Romano. Ela deve a sua grande notoriedade ao famoso livro do Cardeal Wisemann, intitulado Fabiola, ou a Igreja das Catacumbas (Londres 1855) que apresenta uma Fabiola “espectadora simpática da última perseguição" em vez de uma matrona penitente do século. IV.
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