segunda-feira, 1 de julho de 2024

EVANGELHO DO DIA 1 DE JULHO

Evangelho segundo São Mateus 8,18-22. 
Naquele tempo, vendo Jesus à sua volta uma grande multidão, mandou passar para a outra margem do lago. Aproximou-se então um escriba, que Lhe disse: «Mestre, seguir-Te-ei para onde fores». Jesus respondeu-Lhe: «As raposas têm as suas tocas e as aves os seus ninhos, mas o Filho do homem não tem onde reclinar a cabeça». Disse-Lhe outro discípulo: «Senhor, deixa-me ir primeiro sepultar meu pai». Mas Jesus respondeu-Lhe: «Segue-Me e deixa que os mortos sepultem os seus mortos». 
Tradução litúrgica da Bíblia 
São João Clímaco 
(575-650) 
Monge do Monte Sinai 
«A Escada Santa», 2.º degrau 
«Deixa que os mortos sepultem os seus mortos» 
Aquele que ama verdadeiramente o Senhor, que procura verdadeiramente a posse do Reino que há de vir, que se arrepende verdadeiramente dos seus pecados, que se lembra verdadeiramente do castigo e do juízo eternos, que teme verdadeiramente o seu fim, deixará de ter amor, cuidado ou preocupação com o dinheiro, as riquezas, os pais, a glória do mundo, os amigos, os irmãos e as restantes coisas deste mundo. Pelo contrário, tendo rejeitado e odiado todo o apego e cuidado por todas estas coisas, e mais ainda pela sua própria carne, seguirá a Cristo nu, despreocupado, com pressa e olhando para o Céu, de onde espera que lhe venham todas as ajudas. É uma grande pena que, depois de termos abandonado tudo o que acabo de dizer, correspondendo ao apelo não de um homem mas do Senhor, nos preocupemos com coisas que não nos serão úteis na hora de maior necessidade, isto é, no momento da morte. É a isto que o Senhor chama olhar para trás e não ser digno do Reino dos Céus (cf Lc 9,62). O Senhor conhecia bem a nossa fragilidade dos começos e sabia que a permanência entre as gentes do mundo e a sua conversa nos levaria facilmente de volta ao mundo; por isso, quando um Lhe pede: «Senhor, deixa-me ir primeiro sepultar meu pai», responde-lhe: «Deixa que os mortos sepultem os seus mortos». Nós, que decidimos seguir o nosso caminho com ardor e prontidão, estejamos muito atentos à condenação que o Senhor faz de todos os que vivem no mundo e, embora vivos, estão mortos, quando recomendou que os que estão no mundo e estão mortos enterrem os que morreram corporalmente.

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