terça-feira, 28 de fevereiro de 2023

REFLETINDO A PALAVRA - “A generosidade”

PADRE LUIZ CARLOS DE OLIVEIRA(+)
REDENTORISTA NA PAZ DO SENHOR
Virtude de porta abertas
 
Parece que estamos raspando o fundo do tacho das virtudes que chamamos de humanas. Como o humano está tão unido ao divino, nós navegamos em dois mares ao mesmo tempo. Mais uma virtude? Que riqueza nossa natureza! Que riqueza quando as contemplamos no homem Jesus, imagem perfeita do Pai! As virtudes não são muitas, são infinitas, pois infinita é a Virtude, Deus. Hoje refletimos sobre a generosidade. É uma virtude que nos alegra o coração. Muito nos alegra ao ver a generosidade de tanta gente ao dar tudo de si para que o outro viva, como vemos no casamento, na vida de família, nas atividades sociais e também religiosas. Nada paga a alegria de um dom espiritual distribuído com simplicidade. A generosidade não tem tamanho, pois o que se mede não é o dom oferecido, mas o coração que oferece. Desde um sorriso com sinceridade até a doação da própria vida, tudo é grande e frutuoso. É uma virtude de portas abertas, pois envolve as outras virtudes. A generosidade cabe em qualquer lugar. É virtude de portas abertas porque nos impulsiona a ir longe em busca de doar para se ter mais ainda. Jesus é o modelo da generosidade. No momento em que se definiu, no Céu, para vir salvar a humanidade, fez de si uma entrega total e generosa, não deixando nada que pudesse indicar a mínima sombra de egoísmo. Foi uma vida doada: “Vim para que tenham vida e a tenham em abundância” (Jo 10,10). Foi isso que os santos e as pessoas de bem fizeram durante toda sua vida: generosos, como Paulo afirma sobre os macedônios: “Deram-se primeiramente ao Senhor, depois a nós” (2Cor 8,5), como Cristo: “Pois conheceis a graça de nosso Senhor Jesus Cristo, que, sendo rico, por amor de vós se fez pobre, embora fosse rico, para vos enriquecer com sua pobreza” (2Cor 8,9). 
Resistência enriquecida pelo amor. 
A generosidade não é somente um ato bonito que enfeita nosso dia a dia. Ela se integra como um modo de vida e penetra todos os atos e sentimentos. Fazemos o bem generoso como vida. A virtude é força que nos sustenta e estimula. É vida. Por isso podemos compreender como pessoas são capazes de perdoar grandes ofensas, ou estar em uma atividade que exige força, mesmo sofrendo perseguições. Por que não desistem? Porque a virtude está entranhada em nós. Como o vício é difícil deixar, uma virtude consistente, torna-se como que uma obrigação. Não é uma segunda natureza. É o sustentáculo de nossa natureza. Fazer o bem se torna um modo de viver. 
Ir além do pedido 
À medida que nos encontramos com Cristo, ou Cristo vem ao nosso encontro, saímos de nós mesmos para doar vida. Jesus, no sermão da montanha, comparando sua nova lei com a antiga, diz-nos de ir além: “Se alguém te obriga a andar um kilometro, vá com ele dois”... “Amai vossos inimigos” (Mt 5,41.44). Aos generosos vale aquela expressão: ‘Se precisares de alguém que te ajude, procure quem está ocupado, pois o outro não te ajudará’. Percebo no meu dia a dia que o tempo perdido com as pessoas é o tempo mais bem aproveitado e, de um modo ou de outro, ele aparece em outro lugar e sempre dá para fazer aquilo que ficou para trás. Estar com as pessoas de coração aberto é mais receber do que doar. Por isso é uma virtude de portas abertas. Dai-me, Senhor, um coração generoso.
ARTIGO REDIGIDO E PUBLICADO
EM MARÇO DE 2009

EVANGELHO DO DIA 28 DE FEVEREIRO

Evangelho segundo São Mateus 6,7-15. 
Naquele tempo, disse Jesus aos seus discípulos: «Quando orardes, não digais muitas palavras, como os pagãos, porque pensam que serão atendidos por falarem muito. Não sejais como eles, porque o vosso Pai bem sabe do que precisais, antes de vós Lho pedirdes. Orai assim: "Pai nosso, que estais nos Céus, santificado seja o vosso nome; venha a nós o vosso reino; seja feita a vossa vontade, assim na Terra como no Céu. O pão nosso de cada dia nos dai hoje; perdoai-nos as nossas ofensas, assim como nós perdoamos a quem nos tem ofendido; e não nos deixeis cair em tentação, mas livrai-nos do mal". Porque, se perdoardes aos homens as suas faltas, também o vosso Pai celeste vos perdoará. Mas, se não perdoardes aos homens, também o vosso Pai não vos perdoará as vossas faltas». 
Tradução litúrgica da Bíblia 
São João Cassiano(360-435) 
Fundador de mosteiro em Marselha 
Sobre a oração, XVIII; SC 54 
«Pai nosso, que estais nos Céus, 
santificado seja o vosso nome» 
«Pai nosso»: com estas palavras, confessamos que o Deus e Senhor do Universo é nosso Pai, reconhecendo que fomos chamados da condição de servos à condição de filhos adotivos. «Que estais nos Céus»: porque o tempo da nossa vida é um exílio, e esta Terra é uma terra estrangeira, que nos separa do nosso Pai. Caminhemos pois apressadamente, com todo o ardor dos nossos desejos, para a região onde proclamamos que reside o nosso Pai! Uma vez alcançada esta dignidade de filhos de Deus, arderemos com a ternura que se encerra no coração de todos os filhos; e, sem pensar nos nossos interesses, teremos como única paixão a glória do nosso Pai. Dir-Lhe-emos: «Santificado seja o vosso nome», afirmando assim que o nosso maior desejo e alegria é a sua glória, a imitação daquele que disse: «Quem fala por sua conta procura a sua glória pessoal; mas quem procura a glória daquele que o enviou, esse é verdadeiro e nele não há impostura» (Jo 7,18). As palavras «santificado seja o vosso nome» também podem ser entendidas no sentido em que Deus é santificado pela nossa perfeição. Assim, dizer-Lhe: «Santificado seja o vosso nome» é o mesmo que dizer-Lhe: «Pai, torna-nos de tal maneira que mereçamos conhecer e compreender a grandeza da tua santidade, ou pelo menos que esta santidade se manifeste na nossa vida espiritual!». É isto que se realiza em nós quando os homens, vendo as nossas boas obras, glorificam o nosso Pai que está nos Céus (cf Mt 5,16).

Santo Augusto Chapdelaine

Ser missionário! 
Esse era o maior desejo do jovem Augusto. 
Partindo da França para a longínqua China no século XIX, enfrentou todos os perigos para evangelizar, anunciar Jesus. Espancado inúmeras vezes não vacilou na fé, entregou-se totalmente, dando a vida por amor ao Senhor da Vida. Santo Augusto Chapdelaine nasceu em 1814 em Coutances (França). Seus pais tiveram nove filhos e trabalhavam em uma pequena fazenda da família. Augusto desde cedo se distinguiu por sua piedade e generosidade. No trabalho de campo, ele trabalhava por quatro. A morte arrebatou dois de seus irmãos. Isso minimizou os braços no trabalho e a família foi forçada a dividir a propriedade. Então Augusto pode satisfazer seu desejo de abraçar o sacerdócio. Em 1844, foi nomeado pároco e seu zelo efetuou maravilhas no meio de seus paroquianos. Em 1851 ele se sentiu chamado a missões estrangeiras e após um curto período de preparação na Casa das Missões Estrangeiras de Paris, partiu para a China. Depois de mil aventuras perigosas, ele chegou ao local em que seus superiores lhe tinham enviado, tinha 38 anos de idade. Na China a religião cristã era proibida e era perseguida em maior ou menor intensidade dependendo do Mandarim de cada província. Em dezembro de 1854, ele foi denunciado, por ciúmes, ao Mandarim (rei) da região por um homem ter se convertido. Ele foi preso e passou alguns dias de ansiedade na prisão, mas o Mandarim se mostrou bondoso e não lhe causou dano algum. Padre Chapdelaine voltou com mais impulso à sua obra apostólica, realizando muitas conversões, apesar de seu conhecimento imperfeito da língua. Mas algum tempo depois, um novo Mandarim substituiu o primeiro.

28 de fevereiro - Beato Timóteo (Stanislaw Antoni)

Precisamente hoje estamos a celebrar a vitória daqueles que, no nosso tempo, deram a vida por Cristo, deram a vida temporal para a possuir pelos séculos na sua glória. Trata-se de uma vitória particular, porque é compartilhada pelos representantes do clero e dos leigos, jovens e idosos, pessoas de várias classes e posições. Há sacerdotes diocesanos e religiosos, que morreram porque não quiseram abandonar o seu ministério, e aqueles que morreram servindo os companheiros de prisão, doentes de tifo; há pessoas que foram torturadas até à morte pela defesa dos judeus. No grupo dos Beatos existem irmãos religiosos e irmãs, que perseveraram no serviço da caridade e na oferta dos seus tormentos pelo próximo. Entre estes Beatos mártires contam-se também leigos. Hoje estes Beatos mártires são inscritos na história da santidade do Povo de Deus, peregrinante em terra polaca há mais de mil anos. Papa João Paulo II - Homilia de Beatificação – 13 de junho de 1999 Stanislaw Antoni nasceu 29 julho 1908, na aldeia de Sadlowo, na diocese de Plock, na Polônia.Sua família era muito pobre o que o levou a trabalhar desde muito jovem. Em 5 de Março de 1930 ele entrou no convento dos Frades Menores Conventuais de Niepokalanow. Em janeiro de 1931 começou o seu noviciado com o nome de Tymoteusz. Toda a vida religiosa foi realizada em Niepokalanow, trabalhando no departamento de expedição da revista "Cavaleiros da Imaculada", no entreposto de fornecimento e na enfermaria, onde se dedicou aos doentes. Em 3 de Maio de 1937 comunicou ao seu superior a sua vontade de ir em uma missão "em qualquer lugar, qualquer hora, para fazer a vontade de Deus." Irmão disciplinado e fiel à sua vocação, tinha uma grande confiança por parte de seu famoso pai espiritual Maximiliano Kolbe.

28 de fevereiro - Santas Marana e Cira

A Igreja hoje recorda a memória das santas Marana e Cira, virgens, que em Beréia, na Síria, viveram em um lugar estreito e fechado sem teto, e recebiam a comida necessária através de uma janela, mantendo sempre um absoluto silêncio. Tudo o que sabemos sobre as santas vem da "História Religiosa" de Theodoreto de Ciro, que as conheceu pessoalmente. Neste trabalho, o bispo e historiador eclesiástico nos traz exemplos do que era um vasto movimento ascético monástico na Síria, do qual nossas duas santas faziam parte. Segundo o autor, embora fossem ricas e tivessem recebido educação de acordo com sua condição, ou seja, embora estivessem preparadas para viver no mundo, as duas decidiram deixar tudo para se juntar à vida penitencial que alguns homens e mulheres da região tinham. Elas então construíram uma cela estreita, com apenas uma janela para receber a comida, e sem telhado, de modo que elas foram expostas às inclemências do sol e da chuva. Theodoreto elogia a bravura dessas mulheres no combate espiritual, notando que sua força supera a dos homens, que normalmente são considerados mais fortes. Elas usavam apenas uma túnica e dedicavam seu dia à oração. Elas passaram muitos anos nesse tipo de vida (Theodoreto as conheceu quando estavam reclusas por 42 anos). Elas recebiam a comida trazida por mulheres locais, que elas acompanhavam com seus conselhos e conversas espirituais.

Santos Romão e Lupicino - Irmãos peregrinos

Apaixonados pelos Padres do deserto,
 fundaram mosteiro baseado nas regras 
de São Pacômio, São Basílio e Cassiano 
Nascido no ano 390, o monge Romano era discípulo de um dos primeiros mosteiros do Ocidente, o de Ainay, próximo a Lion, na França. No século IV, quando nascia a vida monástica no Ocidente, com o intuito de propiciar elementos para a perfeição espiritual assim como para a evolução do progresso, ele se tornou um dos primeiro monges franceses. Romano achava as regras do mosteiro muito brandas. Então, com apenas uma Bíblia, o que para ele era o indispensável para viver, sumiu por entre os montes desertos dos arredores da cidade. Ele só foi localizado por seu irmão Lupicino, depois de alguns anos. Romano tinha se tornado um monge completamente solitário e vivia naquelas montanhas que fazem a fronteira da França com a Suíça. Aceitou o irmão como seu aluno e seguidor, apesar de possuírem temperamentos opostos. A eles se juntaram muitos outros que desejavam ser eremitas. Por isso teve de fundar dois mosteiros masculinos, um em Condat e outro em Lancome. Depois construiu um de clausura, feminino, em Beaume, no qual Romano colocou como abadessa sua irmã. Os três ficaram sob as mesmas e severas regras disciplinares, como Romano achava que seria correto para a vida das comunidades monásticas.

HILÁRIO DE ROMA Papa, Santo + 468

Papa. Foi o quadragésimo-sexto sucessor de São Pedro. 
Organizou a liturgia.
Hilário, Papa e Santo da Igreja Católica (461-468) nasceu na Sardenha, em data incerta. Em 19 de novembro de 461 foi eleito Papa, como sucessor de São Leão I, Magno (440-461). Durante o seu pontificado procurou combater a difusão da doutrina ariana, que naquela época Ricimero sustentava em Roma. Como arcediago — cargo na Igreja medieval, dignatário das sés que secundava o bispo nos ofícios junto com o chantre, um funcionário eclesiástico que dirigia o coro, e o diácono — representou o próprio papa no Concílio de Éfeso em 449 quando demonstrou uma férrea oposição ao monofisismo e onde lutou pelos direitos da Igreja. No trono de Pedro, continuou a acção política de seu antecessor e confirmou os concílios de Nicéia, Éfeso e Calcedónia, sustentando a supremacia da Igreja apostólica perante as tendências de autonomia dos bispos da Espanha e da Gália. Estabeleceu um vicariato na Espanha e ergueu vários conventos para mulheres, em Roma. Também estabeleceu que para ser sacerdote era necessário possuir uma profunda cultura e que pontífices e bispos não podiam designar seus sucessores. Segundo o Liber pontificalis, o papa interveio na organização da liturgia estacional da quaresma em 25 igrejas e doou à Basílica do Latrão uma torre de prata e uma pomba de ouro. O quadragésimo-sexto papa da Igreja Católica, morreu em 29 de fevereiro de 468, em Roma, e foi seu sucessor São Simplício (468-483). Santo Hilário escreveu que Jesus, nascido de Deus, assumiu um corpo, se fez homem, e, assim, é essencial à fé reconhecer a dupla natureza do Cristo.

OSVALDO DE YORK Bispo, Santo + 992

Monge beneditino e Bispo de York. 
Durante a Quaresma praticava 
com grande humildade o lava-pés.
Osvaldo figura entre os grandes nomes católicos da Europa ao final do primeiro milénio, tendo morrido no ano de 992. De origem dinamarquesa, era sobrinho de Odo, arcebispo da Cantuária e parente de Osyll, arcebispo de York. Para abraçar a religião escolheu a vida de monge beneditino e, por isso, ingressou no convento de Fleury-sur-Lofre, na França. Entretanto, Osvaldo foi chamado por seu tio Oskyl que, desejando fazer reformas em sua diocese, escolheu o sobrinho para encabeçá-las, por causa de seu senso de justiça e da generosidade para com os pobres. Foi nomeado bispo de Worcester e uniu-se a dois outros religiosos da mesma estirpe da região: Dunstan, arcebispo de Cantuária e Ethelwold, bispo de Winchester. Assim, Osvaldo conseguiu restabelecer a disciplina monástica que levou a diocese de seu tio a recuperar o caminho correto dentro do cristianismo. Por esta e outras obras, o Rei Eadgar o nomeou arcebispo de York, em 972. Osvaldo fundou ainda uma outra abadia de beneditinos em Worcester e desenvolveu muito o estudo científico nos mosteiros e conventos que dirigiu. Mas, ao mesmo tempo em que dava grande importância aos estudos terrenos, em nenhum momento se desprendeu das obrigações e regras espirituais, vivenciando muitos fatos sobrenaturais. Segundo a tradição, Santo Osvaldo reproduzia durante toda a Quaresma a cerimónia do lava-pés, banhando ele próprio os pés de 12 mendigos. Ele operou diversos milagres em vida.

TORCATO DE GUIMARÃES Bispo, Santo entre os séculos VII e VIII

Bispo que parece ter sido enviado 
à Península Ibérica no I ou no II século. 
O seu corpo veio de Cádis a quando da invasão muçulmana 
e foi depositado na igreja duma aldeia perto 
de Guimarães, que tomou o seu nome. 
O corpo continua incorrupto.
Torcato nasceu no seio de uma família romana do nome de “Turquatus romanus”, que nesse longínquo tempo vivia em Guimarães, que alguns séculos mais tarde viria a ser a cidade berço do reino lusitano. Diz-se que desde a sua juventude deu mostras de grandes virtudes que o levaram a exercer funções de responsabilidade. Uma delas, que viria a ser determinante na sua vida, foi aquela de Arcipreste da Sé de Toledo, já então famosa. O seu comportamento neste cargo foi motivo de admiração e de respeito da parte dos grandes príncipes da Igreja de então que o nomearam Bispo de Iria Flávia, ou Padrão, diocese situada na actual Galiza. Para conseguir exercer o papel de bispo, rezou à Virgem Maria — da qual era muito devoto — e pediu-lhe que o ajudasse a ser um bom bispo e amigo dos pobres. A firmeza e a eloquência da sua doutrina e da sua sabedoria ressaltaram no XVI Concílio de To-ledo, em 693, que o aclamou Arcebispo de Braga e pouco tempo depois do Porto e de Dume. A vida da região corria pelo melhor até que em 711 os árabes muçulmanos entrando pelo sul da península ibérica — comandados por Murça, general enviado por Tarik — começaram a conquistar aquelas terras, espalhando o culto a Alá e a Moamé em todas as regiões submetidas.

ROMÃO DE CONDAT Ermita, Abade, Santo século V

Primeiro eremita que existiu na França, 
num lugar entre a Suíça e a Borgonha, 
chamado Condat, onde foi também abade.
São Romão, que viveu no século V e foi o primeiro eremita que existiu na França. Natural de Borgonha, entrou bem cedo no célebre e mais antigo mosteiro da França, Ainay. Tendo aprendido os princípios da vida religiosa, retirou-se para a solidão, num lugar chamado Condat, entre a Suíça e Borgonha, onde mais tarde se lhe associou o irmão, Lupicino. Algum tempo viveram juntos, entregues às práticas reli-giosas, quando começaram a experimentar imper-tinentes perseguições do demónio, que procurou as-sustá-los de mil modos. Bastante incomodados com as artimanhas do inimigo, retiraram-se daquele lu-gar, em demanda de um outro. Surpreendidos pela noite, hospedaram-se na choupana de uma pobre mulher. Esta, sabendo do motivo da fuga, disse-lhes: “Fizestes mal em ter abandonado a vossa casa. Se tivésseis lutado com mais coragem e pedido sossego a Deus, teríeis vencido as insídias do demónio”. Enver-gonhados com esta advertência, voltaram ao lugar de onde tinham saído e de facto nunca mais o demónio os incomodou. A fama dos dois santos homens chamou muita gente ao lugar onde estes moravam, uns para pedir conse-lho, oração e consolo, outros, a estes em maior nú-mero, para, sob sua direcção, levar uma vida em Deus. Santo Hilário tinha conferido a Romão as or-dens do sacerdócio. Junto com seu irmão Lupicino fundou três conventos: o de Condat, hoje São Cláudio (Saint Claude), o de Laucone e de la Baume. Ao redor deste último se agrupou a cidadezinha de Saint-Romain-de-Roche. Estes conventos gozavam de grande reputação na França, devido ao bom espírito, à vida santa que lá se levava. Romão era para todos o modelo de perfeição.

ANTÓNIA DE FLORENÇA Viúva, Religiosa, Beata 1401-1472

Nasceu em Florença, na Itália, em 1401. 
Quando tinha quinze anos, casou-se 
logo em seguida teve um filho. 
Poucos anos depois seu marido faleceu. 
Decidiu então ingressar na 
Ordem das Irmãs Terciárias Regulares. 
Pio IX aprovou seu culto no dia 17 de Setembro de 1847.
Nasceu em Florença, na Itália, em 1401. Quando tinha quinze anos, casou-se e logo em seguida teve um filho. Poucos anos depois seu marido faleceu. Para garantir um futuro ao filho, casou-se novamente, mas também este segundo marido veio a falecer alguns anos depois. Como seu filho já era grande e poderia sobreviver por sua própria conta, decidiu ingressar na Ordem das Irmãs Terciárias Regulares. Mais tarde ingressou no Convento de Santo Onofre, em Florença. Por ser bastante dedicada aos afazeres diários dentro do convento e o apoio espiritual que, generosamente, dedicava a suas irmãs de fé ganhou a admiração e respeito de todas e até mesmo as suas superioras.

DANIEL BROTTIER Sacerdote espiritano, Fundador, Beato 1876-1936

Sacerdote francês, da Congregação dos 
Missionários do Espírito Santo. 
Fundou uma casa para órfãos na região parisiense.
Daniel Brottier nasceu em 7 de Setembro de 1876 em La Ferré-Saint-Cyr, uma bonita aldeia não muito longe da cidade de Chambord no departamento de Loire-et-Cher. A casa onde ele nasceu ainda está de pé. Ficava perto do castelo onde seu pai era cocheiro para a Marquês de Durfort. Daniel sempre quis ser um padre, e comecei a aprender latim antes mesmo que ele frequentou a escola. Daniel fez sua primeira comunhão em 1886 na idade de dez anos, e entrou no seminário menor de Blois no ano seguinte. Seus companheiros de escola recordou-o como um alegre, extrovertido, menino, mesmo maldoso (espiègle), mas de bom coração. Em 1896, na idade de 20, ele fez um ano de serviço militar em Blois. Após longos anos de um padre do seminário, foi ordenado em 22 de Outubro de 1899 pelo Bispo de Blois Laborde. Sua primeira nomeação foi para a Escola Livre de Pontlevoy, onde trabalhou maravi-lhas com as crianças. Mas sentia que algo estava querendo. Seu campo de acção era limitado e sua alma apostólica procurou um campo mais desafia-dor de actividade. Como Père Jacques Laval en-quanto ainda trabalham na paróquia Pinterville, ele queria ser um missionário. Sua família não estava nada satisfeito com sua decisão, mas acabou cedendo.

ORAÇÃO DE TODOS OS DIAS - 28 DE FEVEREIRO

flcastro@redemptor.com.br

Oração da manhã para todos os dias
 
Senhor meu Deus, mais um dia está começando. Agradeço a vida que se renova para mim, os trabalhos que me esperam, as alegrias e também os pequenos dissabores que nunca faltam. Que tudo quanto viverei hoje sirva para me aproximar de vós e dos que estão ao meu redor. Creio em vós, Senhor. Eu vos amo e tudo espero de vossa bondade. Fazei de mim uma bênção para todos que eu encontrar. Amém. 
As reflexões seguintes supõem que você antes leu o texto evangélico indicado.
28 ─ Terça-feira ─ S. Justo, S. Romão, S. Serapião
Evangelho (Mt 6,7-15) “Ao orardes, não useis muitas palavras, como fazem os pagãos. Eles pensam que serão ouvidos por causa das muitas palavras.”
Oração é encontro com Deus, para o adorar e louvar, para lhe agradecer e pedir. Para isso as palavras podem ajudar, mas não são necessárias, nem podem ser tantas que nos impeçam de escutar o que o Senhor tem a nos dizer. Indispensável é assumir diante dele a atitude conveniente a criaturas limitadas, pobres, pecadoras e necessitadas de ajuda. Que Jesus, pois, nos ensine a orar.
Oração
Senhor Jesus, no evangelho encontramos o “Pai Nosso”. Mesmo assim ainda preciso que me ensineis a orar, a me colocar diante da Trindade, a dialogar, mais ouvindo do que falando. Uno minha oração à vossa, e tenho certeza que serei ouvido, e serei capaz de seguir alegremente os caminhos que o Pai me indicar. Ajudai-me a orar sempre, tranquilamente e sem nenhuma pressa. Amém.

segunda-feira, 27 de fevereiro de 2023

REFLETINDO A PALAVRA - “Transfiguração, meta do cristão”

PADRE LUIZ CARLOS DE OLIVEIRA(+)
REDENTORISTA NA PAZ DO SENHOR
Fé nos transfigura
 
No segundo domingo da Quaresma, ouvimos o Evangelho da Transfiguração do Senhor. A Transfiguração está no caminho de Jesus para a Páscoa. Diante do escândalo da Cruz, a Palavra de Deus apresenta-nos o Cristo glorificado através de uma magnífica teofania, isto é manifestação de Deus. Revela-nos sua glória para dar sentido à morte de Jesus na cruz. Na Quaresma deste ano refletimos o tema da aliança. Estar em aliança com Deus é ser transfigurado. Lemos que Jesus levou seus discípulos escolhidos para uma alta montanha e se transfigurou diante deles. Suas vestes se tornaram brancas e brilhantes. Apareceram-lhe Moisés e Elias, símbolos da Lei e dos profetas, síntese da antiga aliança. Jesus condensa em si a Lei e a Profecia. Ele, em seu sangue sela a nova Aliança (Lc 22,20). Nesse momento entraram na nuvem que significa a presença de Deus. O Pai apresenta Jesus aos discípulos como seu Filho amado (Mc 9,7). Havíamos refletido da Quaresma, no primeiro domingo, a tentação de Jesus. A vitória de Jesus sobre a tentação é o caminho da glorificação. No caminho da aliança (Mc 1,12) passamos pelo sacrifício de Isaac, tipo – explicação - do sacrifício de Cristo. Como Jesus carrega a cruz, Isaac carrega a lenha nas costas. O monte é o mesmo local, o Monte Mória, lugar onde será construído o templo e se faziam os sacrifícios. Abraão, pela obediência da fé, chegou à oferta de Isaac. Deus aceita o sacrifício que fez de seu filho. Deus o poupou, providenciando-lhe um cordeiro (Gn 22,13). Jesus, o Cordeiro de Deus, não foi poupado, para sermos poupados. A fé de Abraão deu-lhe a vitória. A obediência de Jesus deu-lhe a vitória sobre o pecado e garantiu-nos a participação de sua glória: “Deus, que não poupou seu próprio Filho, mas o entregou por todos nós, como não nos daria tudo com Ele?” (Rm 8.32). A meta do cristão é a transfiguração de sua fragilidade pela fé: “Guardei minha fé, mesmo dizendo:“É demais o sofrimento em minha vida’” (Sl 115). Com Ele somos glorificados (Rm 8,17). 
Escutai o que ele diz 
A Transfiguração é uma realidade na vida dos cristãos. Todos somos transfigurados por Cristo a partir do Batismo e da presença do Espírito em nós. Somos revestidos de Cristo (Gl 5,27). Vemos agora por um espelho, mas veremos face a face (1Cr 13e,12). É preciso subir o monte que é Cristo. Estando na presença de Deus, como o fazemos pelo gesto de amor, ouviremos as palavras do Pai. Uma das poucas palavras que o Pai diz “ao vivo” é a declaração de Jesus ser Filho e que a nós compete ouví-lo. Assim ouvimos seu Batismo e em sua Transfiguração. As demais palavras, quem as diz é o Filho: digo o que ouvi de meu Pai (Jo, 8,38). Somente ouvindo sua Palavra é que poderemos viver a presença de Deus, como diz Pedro: “É bom estarmos aqui” (Mc 9,5). Poderemos entender sua Paixão e chegar à glória de sua Ressurreição. O discípulo é aquele que ouve o Filho e põe em prática suas palavras (Mt 7,24). Deste modo realiza sua parte na Aliança, como Abraão que ouviu e obedeceu na fé.
Sacrificando meu Isaac 
Deus prova a fé de Abraão pedindo o sacrifício de seu filho Isaac. A Jesus é oferecida a Cruz. Dizia: “Devo receber um batismo, e como me angustio até que esteja consumado!” (Lc 12,50). Abraão e Jesus, para receberem a aprovação de sua vida e missão, deram uma resposta de aceitação da vontade de Deus. E nós também somos instados a responder com fé, mesmo tendo que sacrificar nosso Isaac, nossos caprichos. Sem isso jamais teremos uma fé que seja de redenção. “Sem efusão de sangue não há remissão” (Hb 9,22). Na Eucaristia renovamos a aliança e somos transfigurados. 
Leituras: Gênesis 22,1-2.9ª,10-13.15-18; 
Salmo 115;
Romanos 8,31b-34; Marcos 9,2-10 
1. O Evangelho da Transfiguração liga-se à Paixão, pois tira os discípulos do escândalo da Cruz, dando-lhes a visão da futura glorificação pascal. Refletindo o tema da Aliança e Transfiguração participamos desta realidade. Refletimos no domingo passado sobre a vitória de Jesus sobre a tentação. A obediência de Jesus deu-lhe a vitória. A meta do cristão é a transfiguração de sua fragilidade pela obediência da fé. 
2. Somos transfigurados por Cristo a partir do Batismo e da presença do Espírito em nós. Somos revestidos de Cristo. Para chegar a isso somos convidados a subir o monte que é Cristo. Estando na presença de Deus pelo amor, ouviremos as palavras do Pai: Este é meu Filho amado, escutai o que Ele diz. O Filho diz a palavras que ouviu do Pai. 
3. Deus prova Abraão pedindo o sacrifício de Isaac. A Jesus é oferecida a Cruz. Abraão e Jesus deram a resposta de aceitação da vontade de Deus. Somos instados a responder com fé, mesmo tendo que sacrificar nosso Isaac, nossos caprichos. Sem isso jamais teremos uma fé que seja redenção. Na Eucaristia renovamos a aliança e somos transfigurados. 
Fácil quando é difícil. 
O segundo domingo da Quaresma narra a Transfiguração. Maravilha! Estar com Jesus assim é fácil. Logo mais à frente Ele mostra como se faz essa transfiguração sem mágica. É pelo cumprimento de sua missão que faz essa maravilha. No Antigo Testamento, para fazer a aliança com Deus, Abraão passa pelo duro sacrifício de seu querido Isaac. Por pouco! Pela fé, Abraão recebe de Deus uma descendência. Deus não poupou seu Filho Jesus, mas poupou Isaac e a todos nós. Abraão ouve a voz de Deus e obedece. A nós faz a mesma proposta: Escutai o que Ele diz. Assim seremos poupados e transfigurados ouvindo Jesus 
Homilia do 2º Domingo da Quaresma (08.03.2009)

EVANGELHO DO DIA 27 DE FEVEREIRO

Evangelho segundo São Mateus 25,31-46. 
Naquele tempo, disse Jesus aos seus discípulos: «Quando o Filho do homem vier na sua glória com todos os seus anjos, sentar-Se-á no seu trono glorioso. Todas as nações se reunirão na sua presença, e Ele separará uns dos outros, como o pastor separa as ovelhas dos cabritos; e colocará as ovelhas à sua direita e os cabritos à sua esquerda. Então, o Rei dirá aos que estiverem à sua direita: "Vinde, benditos de meu Pai; recebei como herança o Reino que vos está preparado desde a criação do mundo. Porque tive fome e destes-Me de comer; tive sede e destes-Me de beber; era peregrino e Me recolhestes; não tinha roupa e Me vestistes; estive doente e viestes visitar-Me; estava na prisão e fostes ver-Me". Então, os justos dir-Lhe-ão: "Senhor, quando é que Te vimos com fome e Te demos de comer, ou com sede e Te demos de beber? Quando é que Te vimos peregrino e Te recolhemos, ou sem roupa e Te vestimos? Quando é que Te vimos doente ou na prisão e Te fomos ver?". E o Rei responder-lhes-á: "Em verdade vos digo, quantas vezes o fizestes a um dos meus irmãos mais pequeninos, a Mim o fizestes". Dirá então aos que estiverem à sua esquerda: "Afastai-vos de Mim, malditos, para o fogo eterno, preparado para o Diabo e os seus anjos. Porque tive fome e não Me destes de comer; tive sede e não Me destes de beber; era peregrino e não Me recolhestes; estava sem roupa e não Me vestistes; estive doente e na prisão e não Me fostes visitar". Então também eles Lhe hão de perguntar: "Senhor, quando é que Te vimos com fome ou com sede, peregrino ou sem roupa, doente ou na prisão, e não Te prestámos assistência?". E Ele lhes responderá: "Em verdade vos digo, quantas vezes o deixastes de fazer a um dos meus irmãos mais pequeninos, também a Mim o deixastes de fazer". Estes irão para o suplício eterno, e os justos para a vida eterna». 
Tradução litúrgica da Bíblia 
São Charles de Foucauld (1858-1916) 
Eremita e missionário no Saara 
Sobre o Evangelho 
Tudo aquilo que fazemos ao próximo, 
é a Jesus que o fazemos! 
«Tive fome e destes-Me de comer»: nesta passagem, Nosso Senhor mostra-nos o verdadeiro motivo da esmola, o mais forte de todos, embora haja outros. Temos de dar para obedecer à ordem tantas vezes repetida por Deus; temos de obedecer para O imitar, a Ele que dá de forma tão liberal, para imitar Jesus, que deu tanto; temos de dar porque o amor de Deus nos obriga a fazer refletir nos homens, seus filhos muito amados, o amor que Lhe temos; temos de dar por bondade, apenas para praticar, para cultivar a virtude que deve ser amada por si mesma, porque é um dos atributos de Deus, uma das suas bondades divinas, uma das perfeições de Deus, e portanto o próprio Deus; mas o motivo mais forte de todos, aquele que nos estimula mais que todos os outros -- ainda que qualquer dos outros seja amplamente suficiente --, é que tudo aquilo que fazemos ao próximo, é a Jesus que o fazemos: isso nos levará a mudar, a reformar toda a nossa vida, a orientar todas as nossas ações, as nossas palavras, os nossos pensamentos. Tudo aquilo que fazemos ao próximo, é a Jesus que o fazemos!

São Vladimir, o Grande.

O Mais Ortodoxo Grão-Príncipe São Vladimir-Basílio, Igual-aos-Apóstolos e Iluminador (958–1015), foi o primeiro Grão-Príncipe de Kiev, governando as terras russas por 37 anos (978–1015). É considerado iluminador das terras russas e santo por seu papel no Batismo da Rússia. Foi pai dos Santos Bóris e Glebe. A Igreja o comemora em 15 de julho, dia de seu repouso, escolhido para a Festa de Todos os Santos de Kiev e 10 de outubro, durante a Festa de Todos os Santos da Volínia. 
Vida 
Vladimir era neto de Santa Olga, Princesa de Kiev (945–960), e filho de Esvetoslau I (945–972) e Malucha, Príncipe e Princesa de Kiev. Malucha era filha de Malco, Príncipe dos Drevlianos, cuja vida fora tirada por Santa Olga após sua tentativa de casar-se com ela assassinando seu esposo, Igor I, Príncipe de Kiev (914–945). Malucha e Dobrínia, seus dois filhos, foram adotados pela santa. Dobrínia tornou-se um valente e bravo guerreiro, dotado de uma mente para assuntos de estado. Mais tarde, ele assumiria os assuntos administrativos de defesa e de estado no grão-principado de São Vladimir. Em Constantinopla, Malucha e Santa Olga converteram-se ao cristianismo, porém isso não evitou que Malucha ignorasse sua mãe adotiva e se casasse com o guerreiro pagão Esvetoslau, filho biológico de Santa Olga. Enfurecida, a santa considerou como impróprio o casamento de seu filho biológico — herdeiro do principado — com sua filha adotiva e expulsou-a para sua terra natal.

São Besas Mártir 27 de fevereiro

Martirológio Romano:
No mesmo lugar, São Besas, mártir, que, como soldado, tentando conter aqueles que insultaram os mártires anteriores, foi denunciado ao juiz e, permanecendo firme na fé, foi decapitado. 
Dionísio de Alexandria na carta a Fábio de Antioquia, relatada por Eusébio, narrando o martírio de Juliano, um cristão de Alexandria, e seu servo Cronio ou Euno, na época de Décio, conta que um soldado chamado Besas (Bass) censurou o plebeu que insultou os mártires enquanto eles eram carregados nas costas de camelos e açoitados pelas ruas da cidade. Denunciado e preso, confessou a fé cristã e foi decapitado. Rufino, ao traduzir Eusébio, deixou de fora o nome de Besas, e é por isso que está faltando em Floro. Adônis o incluiu em seu Martirológio em 7 de dezembro, dando-lhe o nome de Agatão. Barônio então o introduziu no Martirológio Romano em 27 de fevereiro, mas não junto com Juliano e Eun, a quem ele comemora no mesmo dia com um elogio separado. Os gregos lembram Juliano e Euno de 30 de outubro, enquanto omitem Besas. No Martirológio Hieronímio Besas é, ao contrário, lembrado em 19 de março, com o nome Bassus e com a indicação genérica "na África". Na mesma data é comemorado no Martirológio Siríaco, juntamente com Serapião e com a indicação topográfica "Alexandria"; Portanto, não há dúvida de que seu dies natalis é 19 de março. No Synaxarion alexandrino em 23 de junho e 24 de agosto é celebrado um santo Besai, soldado antioquiano, mártir de Alexandria, com sua irmã Hor e mãe Diomira na época de Diocleciano. Este Besai poderia ser o nosso Besas, introduzido por hagiógrafos coptas no ciclo dos mártires antioquianos da perseguição de Diocleciano. 
Autor: Benedetto Cignitti 
Fonte: Bibliotheca Sanctorum

27 de fevereiro - Beato Mark Barkworth

Mark Barkworth nasceu em 1572 em Searby, Lincolnshire. Ele estudou por um período em Oxford, embora não haja notícias de sua permanência lá. Ele foi recebido na Igreja Católica em Douai em 1593 por um jesuíta flamengo, o padre George, e entrou no colégio local, onde os candidatos para o sacerdócio inglês estavam estudando para retornar como missionários para sua terra natal. Por causa de uma epidemia de peste, foi enviado para Roma em 1596 e de lá para o Real Colégio de Sant'Albano em Valladolid, na Espanha, onde entrou em 28 de dezembro de 1596. Dizem que, enquanto viajava, teve uma visão de São Bento de Nurcia, que profetizou que morreria mártir com o hábito beneditino. Ordenado sacerdote no Colégio antes de julho de 1599, ele voltou como missionário na Inglaterra, juntamente com o padre Thomas Garnet. Ao longo do caminho, ele ficou no mosteiro beneditino de Hyrache em Navarra, onde seu desejo de se juntar à Ordem foi realizado: ele se tornou um Oblato Beneditino, obtendo o privilégio de emitir sua profissão no momento da morte. Fugindo dos huguenotes, ele foi preso enquanto ele estava chegando a sua cidade natal e jogado na prisão de Newgate, onde permaneceu por seis meses; de lá, ele foi transferido para a prisão de Bridewell. Nesse lugar, ele escreveu um apelo a Robert Cecil, assinando-se "George Barkworth".

27 de fevereiro - Santa Ana Line

Desde a instauração do anglicanismo pelo rei Henrique VIII, em 1531, os países da Comunidade Britânica viviam dias difíceis. Os católicos eram perseguidos, os sacerdotes ou eram expatriados ou condenados à morte. Muitos retornavam clandestinamente a Inglaterra para dar assistência religiosa aos leigos e corriam o risco de serem presos e condenados. Vários mosteiros e igrejas foram queimados. Foram anos de intensa perseguição e muitos foram os mártires da Fé católica, leigos e eclesiásticos. Tal situação perdurou ainda pelo século XVII. Ana viveu nesta época. Ela nasceu no ano de 1567 em Dunmow, no Condado de Essex, segunda filha de William Heigham de Dunmow, e de Ana Alien. Ana havia se convertido ao catolicismo junto com seu irmão William. Depois de tentar sem sucesso fazê-la apostatar, o pai, um abastado e rigoroso calvinista, deserdou-a e ao irmão, e expulsou-os de casa. Pouco tempo depois, provavelmente em 1586, Ana desposou Roger Line, ele também um jovem católico convertido, deserdado pelo mesmo motivo. Mas Ana logo ficou sozinha e sem recursos, porque seu esposo e seu irmão foram presos quando assistiam à Missa, naquele tempo uma grave transgressão. Depois de pagarem uma multa, foram banidos do país. Roger foi para Flandres onde recebia uma pequena pensão do Rei da Espanha, parte da qual enviava para a esposa em Londres.

São John de Gorze Abade 27 de fevereiro

Abade em Gorze onde o seu predecessor
 o obrigou a moderar as suas penitências. 
Este Santo foi encarregado duma missão 
junto do rei muçulmano de Córdova.
Etimologia: João = o Senhor é benéfico, dom do Senhor, do hebraico 
Emblema: Pessoal Pastoral 
Ele nasceu na Lorena de fazendeiros ricos e completou seus primeiros estudos sem grande ardor em Metz e Saint-Mihiel. Quando seu pai morreu, ele teve que, ainda adolescente, cuidar da administração dos bens da família. Quando seus irmãos puderam assumir este cargo, ele foi instalado, por um cavalheiro próximo, como curador da igreja da qual ele tinha o direito de nomeação. Mais tarde, ela entrou em contato com o mosteiro feminino de São Pedro em Metz. Tendo notado que Grisa, uma jovem freira, usava um vestido de cabelo, dedicou-se à penitência e ao estudo. Com alguns companheiros, ele decidiu, em meio ao relaxamento geral, levar uma vida monástica regular.

LEANDRO DE SEVILHA Bispo, Santo + 600

Nasceu em Cartagena, na Andaluzia. 
Sendo monge, foi nomeado bispo de Sevilha. 
Amigo de São Gregório Magno.
Nasceu em Cartagena este grande Bispo da Espanha, defensor impertérito dos interesses da Igreja. Como ele, foram canonizados seus irmãos Fulgêncio e Isidoro e sua irmã Florentina. Já na mocidade gozava Leandro S. Leandro de Sevilha, Bispofama de grande sábio. Este renome ainda cresceu com a entrada para a Ordem de S. Bento, em Hispalis. Cumpridor consciencioso de todos os deveres, em pouco tempo Leandro se tornou modelo de religioso perfeito. Morto o Bispo de Sevilha, foi ele eleito sucessor do mesmo. Reinava naquele tempo Leovegildo, fautor e protector da seita ariana, e inimigo dos católicos. Foi sempre a maior diligência de São Leandro confirmar na fé os católicos e chamar os hereges ao aprisco do Bom Pastor. Grande consolação trouxe-lhe a conversão do prín-cipe real mais velho, Hermenegildo, que mais tarde, em testemunho da fé, sofreu o martírio. Os resul-tados estupendos que teve, na propaganda entre os hereges, mereceram-lhe o ódio profundo dos arianos, os quais, por diversas vezes tentaram matá-lo; se não conseguiram seu intento, foi por uma protecção divina visível. Sempre alcançaram do rei, amigo e fautor da seita, que Leandro e o irmão Fulgêncio fossem desterrados do reino. Assim tiraram ao Bispo a possibilidade de trabalhar pessoalmente na diocese.

GREGÓRIO DE NAREK Religioso, Santo ca. 951-1003

Monge
 Doutor de Igreja arménia.
São Gregório de Narez nasceu provavelmente em 951, no seio de uma família toda ela entregue ao serviço da Igreja da Arménia. Seu pai, o Bispo Khosrow escreveu diversos livros sobre teologia. Seu tio materno dirigiu durante anos o Mosteiro de Narek, situado a sul do lago de Van. Ali também Gregório irá passar a maior parte da sua vida, onde também ensinou e onde morreu, por volta de 1003. 
Foi teólogo, poeta e filósofo. 
Pelo fim da sua vida, este grande místico escreveu em língua arménia clássica um poema intitulado Livro das Lamentações, obra-prima da poesia arménia medieval. Para o fazer, o mestre tinha ido buscar a língua litúrgica e deu-lhe uma nova forma, remodelada e simplificada. Redigiu também odes a Maria, cânticos e panegíricos. A sua influência marcou os mais importantes poetas da literatura arménia e a sua obra é considerada um dos cumes da literatura universal.

GABRIEL DE N. S. DAS DORES Seminarista passionista, Santo 1838-1862

Jovem passionista em Morrovalle (Itália). 
Morreu aos vinte anos e é o padroeiro dos 
jovens seminaristas, noviços e escolásticos.
Gabriel de Nossa Senhora das Dores, a quem Leão XIII chamava o São Luís Gonzaga de nossos dias, nasceu em Assis a 1 de Março de 1838, filho de Sante Possenti di Terni e Inês Frisciotti. No mesmo dia que viu a luz do mundo, recebeu a graça do baptismo, na mesma pia, em que foi baptizado o grande patriarca S. Francisco, na Igreja de S. Rufino. O pai do Santo, já com vinte e dois anos era governador da cidade de Urbânia, cargo que sucessivamente veio a ocupar em S. Ginésio, Corinaldo, Cingoli e Assis. Como um dos magistrados dos Estados Pon-tifícios, gozava de grande estima do Papa Pio IX e Leão XIII honrava-o com sua sincera amizade. A mãe era de nobre família de Civitanova d’Ancona. Estes dois cônjuges apresentavam modelos de esposos cristãos, vivendo no santo temor de Deus, unidos no vínculo de respeito e amor fidelíssimo, que só a morte era capaz de solver. Deus abençoou esta santa união com treze filhos, dos quais Gabriel era o undécimo. Este, no baptismo recebeu nome de Francisco, em homenagem a seu avô e ao Seráfico de Assis. Dando testemunho da educação que recebiam na família, no Processo da beatificação do Servo de Deus, os seus irmãos declararam: “Nós fomos educados com o máximo cuidado, no que diz respeito à piedade e à instrução. Nossa mãe era piedosíssima e nos educou segundo as máximas da nossa santa Reli-gião”.

FRANCISCA ANA DA VIRGEM DAS DORES Religiosa, Fundadora, Beata (1781-1855)

Religiosa espanhola. 
Fundou, aos setenta anos uma nova Congregação 
dedicada à caridade e ao ensino do catecismo.
Francisca Ana, chamada habitualmente Francinaina, nasceu em Sencelles, Mallorca, Baleares, em 1º de Junho de 1781, sendo baptizada no mesmo dia; pertencia a uma família de camponeses. Desde pequena se sentia chamada a se consagrar a Deus na vida religiosa. Mas inúmeras e variadas dificuldades a impediram de fazê-lo, com muito pesar de sua parte. Cresceu como qualquer menina do povoado de então; como ajudava os pais e os três irmãos mais velhos nos trabalhos do campo e da casa, Francinaina não fez os estudos elementares. Analfabeta, aprendia o catecismo de memória; também aprendeu a costurar. Desde pequena se dedicava às devoções do Rosário, da Via Sacra, bem como à frequência na Comunhão. Pediu permissão para entrar em um convento, mas seu pai não aceitou, o que a fez se tornar terciária franciscana desde 1798, levando uma vida de religiosa em sua casa e em meio aos seus trabalhos seculares. Aos 26 anos, falecida sua mãe e também seus irmãos, Francinaina vivia junto a seu pai na casa familiar. Além de cuidar de seu pai, ela se encarregava de todas as tarefas do campo e domésticas. Em 1821, seu pai falece. Por ocasião de sua morte Francinaina tinha quarenta anos; ela reafirmou seu projecto de dedicar sua vida a Deus e aos demais.

MARIA DE JESUS DELUIL MARTINY Religiosa, Fundadora, Beata 1841-1884

Religiosa marselhesa, fundadora das 
Irmãs do Sagrado Coração de Jesus, 
para a adoração e reparação. 
Assassinada por um jardineiro, em Marselha.
Filha de um brilhante advogado e excelente católico, sua mãe era uma digna sobrinha bisneta da Venerável Ana Madalena Remuzat, a visitandina que durante a peste de 1720 havia conseguido que Marselha se consagrasse ao Coração de Jesus. Assim, a devoção ao Sagrado Coração era considerada "património familiar". Maria nasceu em Marselha a 28 de maio de 1841. Foi educada pelos pais e pelas religiosas da Visitação. Um dia as Irmãs contam suas travessuras ao Mons. de Mazenod, fundador dos Oblatos de Maria Ima-culada (canonizado em 1995), que lhes responde: "Não se inquietem, são coisas de menina; verão que um dia será a Santa Maria de Marselha". Em 1848, após vários distúrbios, o rei Luís Felipe abdica. As ruas tranquilas de Marselha, cidade cheia de recordações de São Lázaro, Santa Marta e Santa Maria Madalena, foram invadidas pelo ódio revolu-cionário. Maria tinha apenas 7 anos. Aproveitando-se da distracção momentânea dos adultos, sai de casa para ver de perto o que está acontecendo. Chega até as barricadas feitas pelos soldados. Sem medo, aproxima-se e observa tudo com interesse. Alguns soldados a ignoram, outros sorriem diante de sua inocente e viva curiosidade. Um a toma pela mão e a reconduz a casa.

MARIA CARIDADE BRADER Religiosa, Fundadora, Beata 1860-1943

Maria da Caridade do Espírito Santo
Franciscana suiça que exerceu o seu ministério 
no Equador e na Colômbia. 
Fundou a Congregação das 
Franciscanas de Maria Imaculada. 
Beatificada em 2003.
Maria Caridade Brader é também conhecida como Maria Josafá Carolina Brader, Madre Caritas, Maria Caridade do Amor do Espírito Santo. Nasceu em 14 de agosto de 1860 em Kaltbrunn, Suí-ça como Maria Josafa Carolina Brader. Filha única de José Sebastião Brader e Maria Anna Carolina Zahner. Educada em uma família piedosa, ela era conhecida como uma menina muito inteli-gente e recebeu a melhor educação que os seus pais podiam dar. Seus pais tinham grandes planos para o seu futuro, mas em vez de continuar os estudos ela sentiu um forte chamado para a vida religiosa e en-trou para o convento franciscano em Maria Jilf, Als-tatten em 1º de Outubro de 1880, tomando o nome de Maria da Caridade do Amor de Espírito Santo, e fez seus votos definitivos em 22 de Agosto de 1882. Ela foi inicialmente designada como professora. Quando foi possível para as irmãs em clausura se tornarem missionárias, irmã Caritas, como era co-nhecida, foi voluntária com outras 5 irmãs para tra-balhar em Clone, no Equador em 1888.

ORAÇÃO DE TODOS OS DIAS - 27 DE FEVEREIRO

flcastro@redemptor.com.br

Oração da manhã para todos os dias
 
Senhor meu Deus, mais um dia está começando. Agradeço a vida que se renova para mim, os trabalhos que me esperam, as alegrias e também os pequenos dissabores que nunca faltam. Que tudo quanto viverei hoje sirva para me aproximar de vós e dos que estão ao meu redor. Creio em vós, Senhor. Eu vos amo e tudo espero de vossa bondade. Fazei de mim uma bênção para todos que eu encontrar. Amém. 
As reflexões seguintes supõem que você antes leu o texto evangélico indicado.
27 ─ Segunda-feira ─ S. Leandro de Sevilha, S. Valdomiro, S. Besas
Evangelho (Mt 25,31-46) “Em verdade eu vos digo, que todas as vezes que fizestes isso a um dos menores de meus irmãos, foi a mim que o fizestes!”
Com parábolas Jesus tinha ensinado que devemos estar preparados para quando nos vier julgar. E quando fala desse julgamento, aponta apenas um critério, uma razão para sermos salvos ou condenados: o amor que tivermos demonstrado por ele. Não um amor de teoria ou de afeto, mas um amor efetivo por todos aqueles com os quais ele se identifica: os pobres, doentes, cativos...
Oração
Senhor Jesus, acho que ainda não estou pronto para me apresentar para o vosso julgamento. Tenho feito alguma coisa por meu próximo, mas é muito pouco. Ainda penso demais em mim mesmo e nos meus. Alargai meu coração, para que se abra a todos os necessitados. E não só isso. Ajudai-me a perceber as causas de tanto sofrimento, e a fazer o possível para que isso mude. Amém.

domingo, 26 de fevereiro de 2023

REFLETINDO A PALAVRA - “Perder para ganhar”

PADRE LUIZ CARLOS DE OLIVEIRA(+)
REDENTORISTA NA PAZ DO SENHOR
Jesus, o grande que se fez pequeno
 
Iniciando a Quaresma, vem-nos ao pensamento mais uma virtude que é mais um nome do amor: despojamento, esvaziamento, desapego, abaixamento. Estes são diversos nomes da mesma virtude que têm um nome comum que é kénosis. É uma palavra difícil, mas muito usada no conhecimento de Cristo. É impossível conhecer Jesus sem essa virtude. Ela é muito cara à Palavra de Deus. Vem unida à humildade. Como é uma virtude de Jesus, um modo de ser de sua vida, somos chamados a vivê-la. Esta virtude desmascara nossas falsas seguranças. O que é essa virtude de nome estranho? Temos que conhecê-la como Jesus, a viveu. É fundamental, pois é o modo de ser o do amor. É o caminho que assumiu ao vir ao mundo. Abandonou toda a aparência de divindade assumiu toda nossa fraca humanidade. É seu aniquilamento - kénosis que, para Ele significou ser em tudo semelhante a nós exceto no pecado (Hb 4,15). Esse esvaziamento, despojamento, não é uma destruição, mas a verdadeira posse de si, na qual se é capaz de deixar fora o que é secundário, como riqueza, orgulho, prazeres, até a própria vida, para possuir a Vida. Foi o que Jesus fez: deixou a divindade e assumiu a humanidade. Foi conhecido como homem e assumiu a condição de escravo (Fl 2,7). Saímos de nós mesmos para receber a totalidade da vida. Jesus é a personificação do autodespojamento pela sua forma de servo, transbordando amor divino. Não é esvaziamento que aniquila a pessoa, mas que a coloca em plena abertura ao divino. O Filho de Deus veio em nosso socorro. 
Modo de ser cristão 
A kénosis cristã é o conhecimento existencial da gratuidade. Quanto mais profundo for este conhecimento da gratuidade da nossa existência, tanto mais seremos capazes praticar o desapego, lançando-nos com toda a confiança nas mãos de Deus esvaziando-nos do que não é autenticamente humano. É realizar em nós o desprendimento de Cristo, tendo clara consciência do perigo que representa o orgulho e o apego ao nosso eu egoísta e nosso nada aniquilador. Não é esvaziamento e aniquilamento de nossa personalidade e de nosso eu existencial. É abertura total à graça de Deus que impede o orgulho. Deus, totalmente humilde, oferece toda a graça que é sua vida, para quem saiba se despojar. A Escritura diz: “Deus resiste aos soberbos e dá sua graça aos humildes” (Lc 1,53). É a experiência da vida eterna: “A vida eterna é esta: que te conheçam a ti, como o único Deus verdadeiro, e a Jesus Cristo” (Jo 17,3). É viver cheio de Deus e vazio de si. Como se diz: ‘Dar ao nosso eu o D e o S (D eu S)”. Temos que nos esvaziar até na espiritualidade: Tenho receio de espiritualidades que se enchem de si, governados pelo orgulho.
Sereis iguais a Deus. 
O paraíso se fecha quando a pessoa quer se pôr no lugar de Deus. Comer a fruta do egoísmo é matar-se, porque Deus é a vida. O egoísmo está presente até nos meios sagrados. O desapego faz-nos voltar ao esplendor original, convidando-nos à alegria à comunhão e à jubilosa partilha. Seremos livres e ricos, suficientes para cuidar dos outros, como Jesus que nos enriqueceu com sua pobreza (2Cor 9,8). Participamos de sua alegria. Paulo se esvazia, (Fl 3,7-12) por isso se sente pleno e rico. Estando vazio e cheio de Deus, não se aliena. Encontramos a nós mesmos e dentro de nós, Deus. A tentação era ser igual a Deus. A vitória é ser igual a Deus no esvaziamento para que todos tenham vida.
ARTIGO REDIGIDO E PUBLICADO
EM FEVEREIRO DE 2009

EVANGELHO DO DIA 26 DE FEVEREIRO

Evangelho segundo São Mateus 4,1-11. 
Naquele tempo, Jesus foi conduzido pelo Espírito ao deserto, a fim de ser tentado pelo Diabo. Jejuou quarenta dias e quarenta noites e, por fim, teve fome. O tentador aproximou-se e disse-lhe: «Se és Filho de Deus, diz a estas pedras que se transformem em pães». Jesus respondeu-lhe: «Está escrito: "Nem só de pão vive o homem, mas de toda a palavra que sai da boca de Deus"». Então o Diabo conduziu-O à cidade santa, levou-O ao pináculo do Templo e disse-Lhe: «Se és Filho de Deus, lança-Te daqui abaixo, pois está escrito: "Deus mandará aos seus Anjos que te recebam nas suas mãos, para que não tropeces em alguma pedra"». Respondeu-lhe Jesus: «Também está escrito: "Não tentarás o Senhor, teu Deus"». De novo o Diabo O levou consigo a um monte muito alto, mostrou-Lhe todos os reinos do mundo e a sua glória e disse-Lhe: «Tudo isto Te darei, se, prostrado, me adorares». Respondeu-lhe Jesus: «Vai-te, Satanás, porque está escrito: "Adorarás o Senhor teu Deus e só a Ele prestarás culto"». Então o Diabo deixou-O, e aproximaram-se os Anjos e serviram-no. 
Tradução litúrgica da Bíblia 
São João-Maria Vianney(1786-1859) 
Presbítero, Cura de Ars 
Sermão para o 2.º Domingo depois da Páscoa 
Conselhos para não sucumbir à tentação 
Conhecemos a história daquele padre santo que, certo dia, deparou com um cristão que vivia na apreensão de sucumbir à tentação. «Que receio é esse?», perguntou-lhe o padre. «Senhor padre», disse o homem, chorando, «receio ser tentado, sucumbir e perecer. E não terei razão para tremer, quando houve tantos milhões de anjos que sucumbiram no Céu, quando Adão e Eva foram vencidos no paraíso terreno?». «Meu amigo», respondeu-lhe o padre, «não sabe que o demónio é como um cão enorme preso pela trela, que ladra e faz muito barulho, mas só morde quem dele se aproxima muito? Tenha confiança em Deus, fuja das ocasiões de pecado, e não sucumbirá. Se Eva não tivesse ouvido o demónio, se tivesse fugido dele assim que começou a ouvi-lo falar de transgredir os mandamentos de Deus, não teria sucumbido. Quando for tentado, rejeite imediatamente a tentação e, se puder, faça o sinal da cruz com devoção, pense nos tormentos pelos quais passam os réprobos por não terem sido capazes de resistir à tentação; erga os olhos ao Céu e verá a recompensa daquele que combate; peça ajuda ao seu anjo da guarda, lance-se prontamente nos braços da Mãe de Deus, pedindo-lhe que o proteja; e vencerá os seus inimigos, que não tardarão a ficar cobertos de confusão». Se sucumbimos, meus irmãos, é porque não recorremos aos meios que Deus nos oferece para o combate. Temos sobretudo de estar bem convencidos de que, sozinhos, não deixaremos de nos perder; porém, se tivermos confiança em Deus, tudo podemos.

SÃO FAUSTINIANO, BISPO DE BOLONHA

Segundo a tradição, Faustiniano foi o segundo Bispo de Bolonha. Com suas pregações corajosas, fortaleceu e desenvolveu a Igreja, apesar das perseguições desencadeadas pelo imperador Diocleciano, no início do século IV. Exortou os cristãos a professar a sua fé, a custo de pagar com a vida.
Segundo Bispo de Bolonha. Com a sua pregação corajosa fortaleceu e fez crescer a Igreja, apesar das perseguições desencadeadas pelo imperador Diocleciano no início do século IV. Ele exorta os cristãos a professar sua fé, mesmo que isso signifique pagar pessoalmente. 
Etimologia: Faustiniano = (como Fausto) propício, favorável, do latim 
Emblema: Palma 
Martirológio Romano: Em Bolonha, São Faustiniano, bispo, que com a palavra da sua pregação fortaleceu e fez crescer a Igreja oprimida pelas perseguições. 
São Faustiniano, segundo a mais antiga lista de bispos da arquidiocese de Bolonha, ou seja, a chamada "lista renana" anterior ao século XIV, ocupa o segundo lugar; esta informação é também suportada por uma inscrição em caracteres góticos, anterior a 1494, onde se lê que s. Zama foi o primeiro bispo e s. Faustiniano o segundo. Segundo alguns estudiosos, ele deve ser identificado com o bispo 'Faustinus', mencionado por s. Atanásio bispo de Alexandria, em sua "Apologia contra Arianos", em uma lista de bispos italianos participantes do Concílio de Sardica (antigo nome de Sofia na Bulgária), em 343.

Santa Olga de Kiev e a Introdução do Cristianismo no Principado de Kiev

      O processo de cristianização dos diversos povos precisou de muito tempo para se concretizar. Assim foi com o Principado de Kiev, que nascera no século VII e era o centro de um império que ia do Mar Negro ao Báltico, chegando até o Rio Volga. Somente no século XVII, por meio do Tratado de Pereiaslav, a Ucrânia, nome atual do antigo principado, ficaria sob a influência do império russo.     A fé cristã começou a penetrar na região graças aos missionários que vinham não só de Bizâncio, mas também dos territórios vizinhos dos eslavos do Ocidente - os quais celebravam a liturgia em língua eslava, segundo o rito instaurado pelos Santos Cirilo e Metódio - e das terras do Ocidente latino.     Como atesta uma antiga Crônica, chamada Crônica de Nestor ("Povest' Vremennykh Let"), no ano de 944 já existia em Kiev uma igreja cristã dedicada ao Profeta Elias.     Foi neste ambiente propício que Olga fez-se batizar, livre e publicamente, pelo ano de 955, permanecendo depois sempre fiel às promessas batismais. As cerimônias para a sua recepção formal em Constantinopla aparecem minuciosamente descritas pelo Imperador Constantino VII (Porfirogênito, "o Nascido na Púrpura", reinou de 913-959) na sua obra De Cerimonialis. Durante o seu Batismo, Olga adotou o nome Yelena (Helena), em honra da imperatriz reinante Helena Lecapena.

ALEXANDRE DE ALEXANDRIA Bispo, Santo 250-328

Bispo que com o seu diácono Atanásio, 
denunciou os erros do arianismo que
veio a ser condenado no Concílio de Niceia.
Nasceu em 250. Foi indicado Bispo de Alexandria em 313 para suceder Santo Achillas. Alexandre é famoso pela sua oposição a heresia Ariana, a qual dizia que Jesus não era Deus de verdade, mas Alexandre de Alexandria, Bispo e Santoque o Filho era apenas uma criatura e que teria havido um tempo que o Filho não teria existido. Alexandre também é conhecido por sua doutrina apostólica e um dos seus maiores feitos foi treinar um jovem diácono de nome Athanásius que mais tar-de foi celebrado e admirado por todo mundo cristão. Alexandre foi de gentil com os arianos, mas foi determinado. Muitos o acusam, de por isto, ter com-promissado a posição da Igreja, mas muitos outros já dizem que ele foi impetuoso por causa de sua posição irredutível. Não obstante ele deve ser considerado com um campeão da dos ensinamentos da Igreja Ca-tólica e creditado com zelo pastoral. Duran-te muito tempo ele se dirigiu a Arius, tentando convence-lo de seu erro antes de excomungá-lo, em 321. A excomu-nhão foi confirmada no Sínodo de Alexandria. Sua Circular Episcopal sobre a Heresia Ariana sobreviveu ao tempo e é uma importante par-te da literatura eclesiástica daquele período. Como Bispo, Alexandre preferia os monges, nome-ando preferencialmente aqueles que viviam como eremitas no deserto, visto que ele os considerava como modelo para suas ovelhas. Ele também insistia na caridade para com os pobres na Diocese sob o seu controle, uma coisa pela qual ele ficou famoso na Diocese de Alexandria. Alexandre é tido como tendo escrito os primeiros Actos do Concilio de Niceia em 325, onde o Arianismo foi formalmente condenado. Ele faleceu na Alexandria em 328, dois anos depois que ele retornou do Concilio tendo nomeado Athanásio como seu sucessor.