A existência e o martírio de Afra são historicamente comprovados; o Martirológio Geronimiano lhes dá testemunho, pois se baseia em uma notícia tomada, ao que parece, de um calendário milanês do século V (7 de agosto, com antecipação a 5 do mesmo mês).
A vida preservada em duas versões, a primeira das quais é a mais curta e mais antiga, e a Conversio, são atribuídas ao século VII; ambas são em grande parte lendárias.
De acordo com a vida mais antiga, Afra era uma cortesã que se converteu ao Cristianismo e foi martirizada.
De acordo com a Conversio, o Bispo Narciso conquistou a cortesã Afra para o Cristianismo e a batizou junto a sua mãe, Hilária, e suas criadas.
Durante a perseguição de Diocleciano, Afra foi presa e condenada à fogueira. “Os meus pecados são demais para agora lhes juntar este (sacrificar aos deuses). O meu martírio servirá de batismo. Deus seja louvado por me dar esta graça”. Estas teriam sido as palavras de Afra ao obrigarem-na a sacrificar aos deuses.
Seu martírio ocorreu em Augsburgo, na Baviera, no ano de 304.
Nos calendários antigos de Augusta (de 1010, 1050 e 1100) Afra aparece como uma virgem. O seu corpo é venerado em Augusta, na antiquíssima Igreja dos Santos Ulrico e Afra.
Santa Hilária, mãe de Afra, havia consagrado a filha a Vênus, o que significava que a destinava à prostituição. De acordo com o Conversio Sant'Afrae, converteu-se e foi batizada por Narciso. Segundo a paixão mais recente, ela enterrou o corpo da filha, juntamente com suas servas Degna, Eumenia e Euprepia. Recusando-se a se afastar do túmulo de Afra e a renunciar ao Cristianismo, foi queimada viva.
Santa Afra é a Padroeira de Augsburgo, na região da Baviera, Alemanha,pois nasceu e morreu lá no Século IV, então dominada pelo império romano.
Afra vivia uma vida de pecado, inconsequente e era apoiada por sua mãe, chamada Hilária ( outras traduções a chamam de Hilda). Incentivada pela mãe, prestava culto à deusa Vênus. As duas viviam com três criadas cujos nomes eram: Eunômia, Digna e Eprepria. Na casa em que viviam reinava o paganismo e os costumes levianos.
Por volta do ano 304, sob o domínio do imperador Diocleciano, Roma perseguia severamente os cristãos. Por causa dessa perseguição, um bispo chamado Narciso, acompanhado de um diácono chamado Félix, hospedaram-se na casa de Afra, vindos da Espanha, fugindo dos romanos. Os dois forasteiros foram acolhidos na casa como era o costume delas. Porém, uma surpresa transformaria a vida daquelas mulheres.
Os dois forasteiros pareciam, aos olhos delas, pessoas do bem, porém, estranhas, pois não as procuraram com segundas intenções. Queriam apenas hospedagem. Então, no momento da refeição, os dois puseram-se em oração agradecendo a Deus pelo alimento e pela acolhida que tiveram. Tal oração tocou o coração das mulheres pela beleza, simplicidade e pureza de coração. Assim, elas descobriram que os dois eram cristãos.
Tocada pela graça de Deus, que chegou àquela casa pela simples presença dos dois cristãos, Afra fez uma revisão de sua vida e sentiu um profundo arrependimento em seu coração. Por isso, sem compreender direito o que acontecia consigo, ajoelhou-se aos pés do bispo Narciso e confessou a ele sua vida de pecado e imoralidades. Narciso percebeu logo que o arrependimento de Afra era verdadeiro e sincero. Por isso, deu-lhe a absolvição e o batismo, percebendo que a alma daquela jovem clamava por esta graça.
Experimentando o amor e a graça de Deus em seu coração, Afra convenceu sua mãe e as criadas a fazerem a experiência do encontro com Jesus através do arrependimento e do batismo. Elas aceitaram e experimentaram também a felicidade do amor de Deus. Narciso e Félix instruíram as mulheres o quanto foi possível na fé cristã. Depois, tiveram que prosseguir com a fuga, por causa da perseguição. Afra e as mulheres ajudaram os dois despistando os perseguidores romanos.
Após a fuga dos clérigos cristãos, Afra foi denunciada anonimamente aos romanos. Por isso, foi presa. Os romanos ofereceram a ela a liberdade, caso renegasse a fé cristã e prestasse culto aos deuses pagãos. Afra, porém, não aceitou. Pelo contrário, reafirmou sua fé em Jesus.
Então, os soldados romanos levaram-na para uma ilha chamada Lesh. Lá, ela foi despida, amarrada a um poste e, em seguida, queimada viva. E, em nenhum momento, renegou sua fé em Cristo.
Enquanto Santa Afra tem seu túmulo de pedra em Augsburg, os restos mortais de Santa Hilária foram levados em 1720 para Viena.
Algum tempo depois da morte de Afra, sua mãe e as três criadas descobriram o local onde a sepultaram e foram até lá rezar. Ali, soldados romanos flagraram as quatro mulheres e prenderam-nas. Os romanos ofereceram a elas a liberdade se elas renegassem a fé cristã. Convictas, porém, nenhuma delas renegou a Jesus. Por isso, tal como aconteceu com Afra, foram queimadas vivas. Seus restos mortais foram sepultados ao lado do túmulo de Santa Afra.
A história das cinco heroínas e mártires cristãs ficou viva na memória do povo alemão. Quando o cristianismo deixou de ser perseguido, o povo de Augsburgo passou a venerar Santa Afra como padroeira da cidade. Seu culto foi oficializado pela Igreja em 1064 e sua fesa é celebrada no dia 7 de agosto, em alguns calendários, 5
“Ó Deus, que destes a Santa Afra a graça de conhecer-vos e experimentar vossa graça tão profundamente a ponto de entregar a própria vida por causa de vós, dai também a nós a graça de conhecer-vos na mesma intensidade, para que possamos propagar o vosso amor e bondade onde quer que estejamos. Por Nosso senhor Jesus cristo, vosso Filho, na unidade do Espírito Santo, amém. Santa Afra, rogai por nós.”
Senhor, por intercessão de Santa Afra, aumentai a minha fé. Peço-Vos o dom da oração para que, permanecendo em Vós, eu nunca me desvie do Vosso Caminho e da Vossa Verdade. Amém.
Santa Afra, mártir de Cristo, rogai por nós!
Santa Afra,
rogai por todos que vivem na prostituição
"Portanto, qualquer que me confessar diante dos homens,
eu o confessarei diante de meu Pai, que está nos céus. "
São Mateus 10,32
"Pela fé Abel ofereceu a Deus maior sacrifício do que Caim, pelo qual alcançou testemunho de que era justo, dando Deus testemunho dos seus dons, e por ela, depois de morto, ainda fala."
Hebreus 11,4
Fonte: https://cruzterrasanta.com.br/historia-de-santa-afra/207/102/
Ilustrações retiradas do Google Imagens.
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http://www.santosebeatoscatolicos.com/2019/01/santa-afra-e-companheiras-martires.html
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