Em meados do século III, na época do imperador Décio [201-251], teve início as perseguições, torturas e assassinatos de cristãos, dentre os quais estavam os sete jovens de Éfeso: Maximiliano, Eksacustodianus (Constantino), Iamblichus, Martiniano, João, Dionísio e Antonino, que se negaram a abjurar sua fé em Cristo. Depois de venderem todos as suas propriedades e repartir o dinheiro com os pobres, deixaram a cidade e se esconderam em cavernas até que cessassem as perseguições. Entretanto, as mãos de Décio rondavam continuamente a caverna. Sentindo a proximidade do perigo, os jovens suplicaram durante toda a noite a Deus para levasse seus espíritos antes de caírem nas mãos de Décio. E Deus atendeu as suas súplicas concedendo que dormissem pela manhã e não mais despertassem. 194 anos depois, na época do imperador Teodósio II [408 a 450 – também cognominado por «Moço» por ter iniciado o seu reinado com apenas 7 anos], uma seita em Éfeso declarou que não havia ressurreição dos mortos.
Naqueles dias um jovem foi ao mercado de Éfeso comprar um pão com algumas moedas dos anos de Décio, o que causou espanto a todos. Perguntaram-lhe onde havia obtido aquelas moedas. O jovem os conduziu então à caverna onde ainda encontraram vivos os outros seus companheiros. Compreenderam então que se tratava de um milagre pelo qual Deus dava a prova da ressurreição. «Tenho a mesma esperança em Deus, como também eles esperam, de que há de haver a ressurreição dos justos e dos pecadores» (At 24,15).
Tradução e publicação neste site
com permissão de
Trad.: pe. André
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