quinta-feira, 27 de janeiro de 2022

RELIGIÃO TAMBÉM SE APRENDE - COMPORTAMENTO -02 - PADRE LIBÁRDI

PADRE HÉLIO DE PESSATO LIBÁRDI(+)
REDENTORISTA
Como reagir diante da antipatia ou da simpatia?
 
Pensar em um mundo ideal é voltar ao sossego descrito no livro do Gênesis (Gn 1 e 2), como uma situação de paz, harmonia e comunhão de todos e com tudo. Na verdade é uma projeção para o futuro essa descrição, mas que deve ir acontecendo já agora, embora não alcance ainda a plenitude. No mundo onde vivemos hoje, encontramos pessoas com sentimentos ruins e com indicações claras de que são maldosas, mas quem somos nós para julgar. As aparências enganam. No entanto, sempre nos surpreendemos com as manifestações dos instintos, que, por mais que sejam trabalhados, independem do nosso querer. Assim são nossas reações face às cores, paisagens, situações, momentos da vida e pessoas que encontramos. Não há duas reações iguais, porque as pessoas são diferentes. Uma reação incontrolada é o caso da simpatia e antipatia. Sentimentos instintivos de aversão ou de aceitação de alguém ou coisas. Se são instintivas, não são resultados de um ato da vontade, de uma decisão benévola ou maldosa. Há pessoas com as quais não nos damos bem e junto das quais também não nos sentimos bem e tranquilos, ainda que não nos tenham feito nada de mal e às vezes nem sequer as tenhamos conhecido. E há aquelas com as quais nos damos bem e nos sentimos seguros perto delas. Aqui está bem caracterizado o ter simpatia ou antipatia por alguém. Não negamos que haja pessoas antipáticas por maldade. São pessoas más que até premeditam o que vão fazer de mal. São pecadoras? É mais fácil dizer que são pessoas doentes ou mal-educadas. O primeira ponto que nos tranquiliza é saber que não pecamos por ter esses sentimentos de antipatia. Segundo ponto, por não ser pecado não significa que não tenhamos de trabalhar nossos sentimentos, tentando corrigir essa situação por meio de uma terapia pessoal. Terceiro ponto, a antipatia não nos dá o direito de maltratar as pessoas. Podemos reduzir os encontros e até evitá-los, mas precisamos tratar bem essas pessoas por mais ou menos culpadas que sejam. Um passo à frente é conseguir amar e dar maior atenção a essas pessoas, pois é a isso que o Evangelho pretende chegar. Quem possui a Deus facilmente encontra o caminho do amor e vive qualquer situação com serenidade. 
Pe. Hélio Libardi, C.Ss.R. 
EDITORA SANTUÁRIO

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