Evangelho segundo São Lucas 2,1-14.
Naqueles dias, saiu um decreto de César Augusto, para ser recenseada toda a Terra.
Este primeiro recenseamento efetuou-se quando Quirino era governador da Síria.
Todos se foram recensear, cada um à sua cidade.
José subiu também da Galileia, da cidade de Nazaré, à Judeia, à cidade de David, chamada Belém, por ser da casa e da descendência de David,
a fim de se recensear com Maria, sua esposa, que estava para ser mãe.
Enquanto ali se encontravam, chegou o dia de ela dar à luz
e teve o seu Filho primogénito. Envolveu-O em panos e deitou-O numa manjedoura, porque não havia lugar para eles na hospedaria.
Havia naquela região uns pastores que viviam nos campos e guardavam de noite os rebanhos.
O Anjo do Senhor aproximou-se deles, e a glória do Senhor cercou-os de luz; e eles tiveram grande medo.
Disse-lhes o Anjo: «Não temais, porque vos anuncio uma grande alegria para todo o povo:
nasceu-vos hoje, na cidade de David, um Salvador, que é Cristo Senhor.
Isto vos servirá de sinal: encontrareis um Menino recém-nascido, envolto em panos e deitado numa manjedoura».
Imediatamente juntou-se ao Anjo uma multidão do exército celeste, que louvava a Deus, dizendo:
«Glória a Deus nas alturas e paz na Terra aos homens por Ele amados».
Tradução litúrgica da Bíblia
Monge cisterciense, bispo
Homilia mariana IV,SC72
A luz brilhou nas trevas
Quando Maria deu à luz, os Céus rejubilaram e a Terra exultou de alegria; o próprio inferno foi abalado e encheu-se de pavor. Na sua alegria, os Céus produziram uma estrela de enorme brilho e o glorioso exército dos anjos entoou este hino de louvor: «Glória a Deus nas alturas e paz na Terra aos homens por Ele amados». Na sua alegria, a Terra convocou os pastores que glorificaram o Menino e os magos que O adoraram, oferecendo-Lhe presentes: ouro, incenso e mirra. A noite difundiu a luz pelas trevas, substituindo a obscuridade por uma luz esplendorosa. Esta noite gerou a luz antes de o sol se erguer, luz que, pelo seu brilho extraordinário, eclipsa o esplendor do sol. É sobre esta noite que o salmista afirma: «A noite será luz à minha volta»; e a seguir, dirigindo-se ao Senhor: «Para Ti, as trevas não serão obscuras e a noite será luminosa como o dia. Para Ti, as trevas serão como a luz» (Sl 139,11-12). Recebendo o Emanuel recém-nascido, Maria contempla uma luz incomparavelmente mais bela que o sol, sente um fogo que as águas não podem extinguir. Ela recebeu, no invólucro do corpo que tinha dado à luz, o esplendor que ilumina todas as coisas, e mereceu ter em seus braços o Verbo que sustenta o Universo.
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