segunda-feira, 24 de agosto de 2020

EVANGELHO DO DIA 24 DE AGOSTO

Evangelho segundo São João 1,45-51. 
Naquele tempo, Filipe encontrou Natanael e disse-lhe: «Encontrámos Aquele de quem está escrito na Lei de Moisés e nos Profetas. É Jesus de Nazaré, filho de José». Disse-lhe Natanael: «De Nazaré pode vir alguma coisa boa?» Filipe respondeu-lhe: «Vem ver». Jesus viu Natanael, que vinha ao seu encontro, e disse: «Eis um verdadeiro israelita, em quem não há fingimento». Perguntou-lhe Natanael: «De onde me conheces?» Jesus respondeu-lhe: «Antes que Filipe te chamasse, Eu vi-te quando estavas debaixo da figueira». Disse-lhe Natanael: «Mestre, Tu és o Filho de Deus, Tu és o Rei de Israel!». Jesus respondeu: «Porque te disse: "Eu vi-te debaixo da figueira", acreditas. Verás coisas maiores do que estas». E acrescentou: «Em verdade, em verdade vos digo: vereis o Céu aberto e os Anjos de Deus subindo e descendo sobre o Filho do homem». 
Tradução litúrgica da Bíblia  
Bento XVI papa de 2005 a 2013 
Audiência geral de 04/10/2006 
(© Libreria Editrice Vaticana, rev) 
Natanael-Bartolomeu reconhece
o Messias, o Filho de Deus 
O evangelista João refere-nos que, quando Jesus vê Natanael aproximar-se, exclama: «Eis um verdadeiro israelita, em quem não há fingimento». Trata-se de um elogio que recorda o texto de um salmo: «Feliz o homem a quem o Senhor não acusa de iniquidade e em cujo espírito não há engano» (Sl 32,2), mas que suscita a curiosidade de Natanael, o qual responde com admiração: «De onde me conheces?». A resposta de Jesus não é imediatamente compreensível. Ele diz: «Antes que Filipe te chamasse, Eu vi-te quando estavas debaixo da figueira». Não sabemos o que aconteceu debaixo desta figueira, mas é evidente que se tratou de um momento decisivo na vida de Natanael. Ele sente-se comovido com as palavras de Jesus, sente-se compreendido e compreende: este homem sabe tudo sobre mim, Ele sabe e conhece o caminho da vida, a este homem posso realmente confiar-me. E, por isso, responde com uma confissão de fé límpida e bela, dizendo: «Mestre, Tu és o Filho de Deus, Tu és o Rei de Israel!». Nela é dado um primeiro e importante passo no percurso de adesão a Jesus. As palavras de Natanael sublinham um aspeto duplo e complementar da identidade de Jesus: Ele é reconhecido, quer na sua relação especial com Deus Pai, do qual é o Filho Unigénito, quer na sua relação com o povo de Israel, do qual é proclamado Rei, qualificativo próprio do Messias esperado. Não devemos perder de vista nenhuma destas duas componentes; porque, se proclamarmos apenas a dimensão celeste de Jesus, corremos o risco de O transformar num ser sublime e evanescente, e se, pelo contrário, reconhecermos apenas a sua situação concreta na história, acabamos por negligenciar a dimensão divina que propriamente O qualifica.

Nenhum comentário:

Postar um comentário