Humberto van Lieshout |
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Foi condecorado "Cavaleiro da Coroa" pelo Rei Alberto da Bélgica, pelo seu trabalho junto aos refugiados belgas. Em 1925, finalmente, viu completar-se seu ideal vindo ao Brasil como missionário, com mais dois companheiros. O então bispo de Uberaba, Dom Antônio de Almeida Lustosa, convidou sua congregação para vir para a sua diocese. Foi assim fundada a primeira casa da Congregação dos Sagrados Corações no Brasil em Água Suja, MG, onde assumiram o Santuário de Nossa Senhora da Abadia. Em 1926 tornou-se vigário de três paróquias, com muitas capelas anexas. Seus paroquianos eram pessoas simples, sem instrução religiosa. No começo custou-lhe ganhar a simpatia daquele povo desconfiado. Visitava os doentes nas choupanas, distribuía roupas e alimentos aos necessitados, acudia aos problemas familiares. Era pai, amigo, advogado e piedoso pastor das almas. Reabriu a escola rural, moralizou as festas da Padroeira, pregou missões populares em todas as três paróquias. Iniciou a construção do novo Santuário, tão conhecido hoje por todo o povo do Triângulo Mineiro. Conquistou assim todo a região, e ganhou fama de santo e milagreiro. Quando foi transferido para Poá, SP, o povo não permitiu a sua saída. Somente dois meses depois, quando as coisas acalmaram, ele pode assumir essa nova paróquia recém criada. Poá fazia parte da zona suburbana da capital de São Paulo e a maioria da sua população trabalhava nas fábricas e indústrias de São Miguel e São Paulo. Sendo vigário da Paróquia Nossa Senhora de Lourdes, atendia várias outras paróquias vizinhas com seus dois padres coadjutores. Iniciou seu apostolado e as pregações em toda a região. Após uma viagem à Holanda e a Lourdes, na França, de onde trouxe não só muitos donativos mas também muita água da fonte milagrosa, erigiu ao lado da igreja uma imitação da gruta de Lourdes. Suas pregações e bênçãos logo criaram fama e projetaram o seu nome pelo estado e até Brasil afora...Passou a ser conhecido como o "Vigário de Poá". A notícia das curas do ‘santo’ Pe. Eustáquio fizeram afluir muita gente à sua procura. Milhares de pessoas se apinhavam nas ruas da pequena cidade de Poá, que não comportava tanto movimento de gente. A todos o bom padre procurava sempre atender ou dar sua bênção. Em maio de 1941 a situação tornou-se insustentável e Pe. Eustáquio teve que ser transferido. Por onde passava as multidões acorriam e assim não conseguia mais descansar. Após algumas transferências, foi empossado como vigário da Paróquia de São Domingos em Belo Horizonte, MG, em 7 de abril de 1942. Por ordem dos superiores, somente no confessionário podia atender os não-paroquianos, em número reduzido, em horários fixos. Assim podia conduzir o seu apostolado na paróquia como um vigário normalmente faria. A pedido do bispo realizou inúmeras atividades em outras paróquias da capital mineira, como retiros, conferências e confissões; o mesmo aconteceu em outras cidades do interior. Era incansável no trabalho pastoral, e assim consumiu sua robustez física. De repente a notícia alarmante: Pe. Eustáquio adoecera gravemente, picado por um carrapato perigoso, em suas andanças pelas vilas abandonadas de sua paróquia. Contraíra tifo exenquemático, mal para o qual não havia tratamento adequado naquele tempo. Diversas vezes havia predito sua morte próxima. Em julho de 1942, quando atendera uma senhora acamada havia anos e que pedia a Deus de ir para o céu, disse: "A senhora viverá, ainda, por muitos anos. Sou eu quem vou morrer no ano que vem". Sofreu terrivelmente, mas aguardou a morte com calma e alegria. Dia 30 de agosto de 1943 sua bela alma descansou definitivamente na paz de Deus. Dia 31 foi decretado luto oficial no município de Belo Horizonte, e toda a cidade acorreu para o último adeus. Durante cinco anos seu túmulo foi constantemente visitado por gente de todo o Brasil e em 1949 foi feita a exumação e trasladação para a sepultura definitiva na Igreja dos Sagrados Corações, cuja construção ele mesmo iniciara em 13 de maio de 1943. Foi beatificado por Bento XVI em 2006.
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O TESTEMUNHO DE UM SERVO DE DEUS!
Beato Pe.Eustáquio curou o Servo de Deus Pe.Vitor Coelho de Almeida de tuberculose, quando se tratava em Campos de Jordão...."Atingido gravemente pela tuberculose durante a grande missão na cidade de Ribeirão Preto, SP, em agosto de 1940, retirou-se em janeiro de 1941 para o Sanatório da Divina Providência, em Campos do Jordão, SP. Ali, sujeitou-se com resignação ao penoso tratamento da tuberculose, onde aprendeu com o Cristo Sofredor, o mistério da dor e da solidão. Esteve muito mal durante quatro anos (1941 a 1944), chegando a perder um dos pulmões. Ele atribuiu sua cura à oração do servo de Deus, Padre Eustáquio, que o visitou em 1944. No Sanatório ele transformou o ambiente, despertando nos doentes o amor à vida e muita confiança em Jesus Cristo e Nossa Senhora." A12.com ...
Pe.Vitor no sanatório em Campos do Jordão!
Aos 42 anos, depois de viver os últimos dez anos dedicado às Santas Missões e ter se tornado um pregador popular, Padre Vítor Coelho de Almeida ficou doente. Acabou passando os quatro anos seguintes tratando uma forte tuberculose na cidade de Campos do Jordão (SP). Ali viveu o sofrimento, mas também um encontro milagroso.
Anos depois, já livre da doença, ele se lembrou desse momento em um artigo no Jornal Santuário: “Há sete anos, um doente subia triste as encostas daqueles montes, fugindo da morte que o seguia como sombra”. A tuberculose deixou Padre Vítor com apenas um pulmão.
Durante os anos de tratamento, Padre Vítor teve um encontro com um padre conhecido como “Vigário de Poá”, que naquela época tinha fama de milagreiro. O encontro que ocorreu em 1943 foi registrado pelo padre João Gomes, C.Ss.R, durante uma entrevista em 28 de outubro de 1982. Segue o relato do próprio Padre Vítor:
“Quando eu estava internado em Campos do Jordão, Padre Eustáquio foi ao sanatório para dar uma bênção. A primeira pessoa que ele encontrou ao descer do carro no Sanatório Divina Providência fui eu. Disse a ele: ‘Não faço questão de sarar, mas se for para o bem, quero sarar’. Padre Eustáquio pôs o dedo no meu peito, justamente no lugar de um buraco de oito centímetros no pulmão. Então eu lhe pedi três coisas: perdão dos pecados, boa morte e, se sobrar, a minha cura. Disse ele: ‘São José lhe concede duas graças. O senhor vai ser um homem robusto e ainda vai trabalhar muito’".
Essa foi a primeira conversa entre Padre Vítor e Padre Eustáquio, mas aconteceram outras duas. "Meu segundo encontro com Padre Eustáquio foi no Sanatório Nossa Senhora Auxiliadora, durante o almoço. Eu me dirigi a ele e perguntei: ‘Olha as minhas duas graças’. Ele respondeu: ‘Eu te disse que São José lhe dá duas graças. O senhor ainda vai trabalhar muito’. ‘E minha operação? Cortaram-me cinco costelas...’, perguntei de novo. ‘Obedeça aos médicos. De qualquer jeito o senhor vai ser robusto’, disse ele.
No terceiro encontro, era a despedida. Repeti meu pedido. Ele se zangou e me deu um 'pito'.‘Estou vendo que o senhor tem pouca confiança em Deus. O senhor vai trabalhar, vai trabalhar muito!’”.
O “Vigário de Poá” morreu no ano seguinte, e em 2006, foi beatificado depois de ter um milagre reconhecido pela Igreja. Padre Vítor teve sua causa de beatificação aberta em 1998, e aguarda parecer do Vaticano sobre um milagre ocorrido em Ribeirão Preto.
Padre Vítor passou seus anos de enfermidade, prestando assistência espiritual aos doentes do sanatório. Com a imagem de Nossa Senhora Aparecida, que sempre o acompanhou durante a vida, visitava todos os quartos com mensagens de alegria, paz e esperança.
Segundo padre Júlio Brustoloni, C.Ss.R., Padre Vítor atribuiu sua cura a um milagre alcançado pelo Padre Eustáquio.
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