PADRE LUIZ CARLOS DE OLIVEIRA REDENTORISTA 52 ANOS CONSAGRADO 45 ANOS SACERDOTE |
Iniciamos o Tempo Comum do Ano Litúrgico.
Neste tempo não celebramos nenhuma festa que seja memória de um acontecimento da vida do Senhor, mas celebramos o Mistério de Cristo na sua globalidade. Neste tempo damos importância particular ao domingo como dia do Senhor, e sobretudo ao cotidiano da vida, celebrado como presença do Senhor. Usamos a cor verde significando que vivemos voltados para a realização do Mistério Pascal de Cristo em nós e em nossas pequenas coisas do dia a dia, na expectativa da vida eterna. Nada de nossa vida está fora da luz que emana do Mistério de Cristo. Sua Paixão e Morte estão presentes em nosso caminhar sofrido. Sua Ressurreição está presente em nossa esperança e em nossa capacidade de compreender a vida a partir da Palavra de Deus.
No segundo domingo dos anos A, B e C, lemos o evangelho de João. É a apresentação de Jesus aos discípulos, como o faz hoje João Batista. Nós nos colocamos junto com os discípulos para o seguimento de Jesus na caminhada deste ano. A apresentação que João Batista faz é muito clara: “Ele é o Cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo”. Ele está cheio do Espírito Santo. Ele é o Filho de Deus. João dá a ficha daquele que é a salvação que vai chegar até os confins do mundo. Esta salvação se faz de um por um que se achega dEle e o acolhe.
É interessante que Cristo Jesus é chamado de Cordeiro de Deus. É uma expressão bonita e rica, pois traz em si um ensinamento profundo sobre Jesus. Entre as figuras do Antigo Testamento que são profecias sobre Jesus, está a figura do cordeiro. Por exemplo: Abraão oferece um cordeiro no lugar de seu filho Isaac (Gn 22.13). No templo são oferecidos dois cordeiros por dia (Ex 29,39). Jeremias, faz uma das mais belas profecias usando a imagem do cordeiro: “Mas eu, como um cordeiro manso que é levado ao matadouro” (Jr 11,19; Is 53.7). Deste modo, percebemos que o cordeiro expressa as atitudes de Cristo como redentor. Ele é sacrificado silenciosamente por nossos pecados. No tempo antigo o sangue dos cordeirinhos sacrificados afastava os maus espíritos, como diziam, e protegiam os rebanhos. Assim Jesus com seu sangue afasta de nós o mal e os dá nova vida.
O cordeiro pascal é o símbolo maior, pois ele é sacrificado e seu sangue afasta o anjo destruidor. Agora Cristo é verdadeiro cordeiro pascal (1 Cor 5,7). O Cordeiro sacrificado na Cruz é a luz das nações (Is 496). O livro do Apocalipse mostra que ele é digno de toda honra. Ele estará no trono com Deus seu Pai (Ap 22,3).
(Leituras:Isaias49,3.5-9;1Cor1,3-5;João1,29-34)
Homilia do 2º Domingo Comum (18.01.2002)
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