Louvamos
pelo que sois, Trindade santa; Louvamos pelo que fez e faz por nós; Louvamos
pela comunhão que nos concedeis! Dizer um Deus em Três Pessoas Divinas é
professar o dogma fundamental de nossa fé cristã. Este augusto mistério nos foi
revelado por Jesus Cristo e constitui a fonte de vida para todos os que
acolheram as palavras de Jesus. Para falar sobre a Santíssima Trindade só pode
ser quem vive esse mistério com intensidade, como vemos em tantos santos. É o
que nos falta. Impressionou-me ver um tio, que era um homem simples, clamar
pela Santíssima Trindade do profundo de sua dor no momento de se despedir de
sua filha falecida. Isso mostra que nela nos movemos e somos. O louvor a Deus é
o alimento de nossa vida. Reconhecer Deus é sabedoria espiritual e maturidade
humana, pois o ser humano só consegue ser completo quando é capaz de saber de
onde veio e para onde vai. Negar a Deus é desconhecer a si mesmo e sua dimensão
maior. Somos mais que um punhado de carne com inteligência. Deus Trindade não
nos diminui, pelo contrário, nos faz completos. Os que O negam é porque O
reconhecem como existente, do contrário não precisariam negá-Lo. O louvor não
consiste em palavras, mas na aceitação deste diálogo vital entre a criatura e o
Criador. Por isso rezamos no salmo: “Para Vós, até o silêncio é louvor” (Sl 65,1). Como
podemos perder a força desse encontro que nos toma por inteiro? Se a vida pode
ser pesada no dia a dia, temos certeza que sermos saciados por essa Presença que
preenche a eternidade na densidade de realização e completa satisfação. Ao nos
abrirmos ao diálogo em nosso dia temos o eterno que invade nosso cotidiano.
Teremos o sentido e o significado de tudo o que fizermos e buscarmos.
Abba,
Pai!
Aprendemos
de Jesus como amar o Pai, pois, unidos a Ele nós estamos em contínuo louvor e
ação de graças. Quem reza em nós é o Espírito. O mesmo Espírito que unia Jesus
ao Pai, nos une também a Ele nesse mesmo diálogo amoroso de tal modo que
Rezamos em Cristo e Cristo reza em nós. Entramos no relacionamento de Jesus
como Pai e podemos dizer com Ele Abba, que significa Papai. O relacionamento de
Jesus com o Pai era de total carinho e abertura ao amor. Essa é a oração que
nos ensina: Orar é contemplar amando. Só assim poderemos dizer: Glória ao Pai,
ao Filho e ao Espírito Santo. A liturgia de hoje nos ensina o mistério em sua
teologia e nos ensina a pedagogia do amor que responde. Depois de ouvirmos
tanto sobre o Deus vingativo e repressor que ameaça, ouvimos sobre o Deus
misericórdia que quer que todos tenham vida e a tenham em abundância. Responder ao amor é a adoração que a Trindade
espera de nós.
Um
Deus que se faz misericórdia
Todos os atos de Deus em
relação a nós são atos de amor misericordioso. A própria criação é a primeira
expressão desse amor como rezamos no salmo 32. Moisés relata a grandeza da ação
de Deus. Ele é o Deus que escolheu o povo dentre todos os povos. Salvou-o da
escravidão. Servir e amar esse Deus é garantia de felicidade e vida longa. Não
podemos imaginar um Deus diferente do Deus amor. Se seu mistério é profundo, mais
profundo é seu amor libertador. Cristo ao vir a nós para nos acolher nessa
Vida, nos garante se sofrermos com Ele, somos glorificados com Ele (Rm 8,17). Vivemos
sempre voltados para a Trindade, pois toda celebração se inicia com o sinal da
cruz, obra da Salvação realizada por Cristo em união com o Pai e o Espírito. A
cruz domina o universo.
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