Temos poucas informações sobre Eusébia, ou Xênia, e sua “vita” contém elementos legendários.
Ela nasceu em Roma no século V; cristã convicta, era filha única do famoso senador de Roma, Eusébio. Muito jovem decidiu permanecer virgem e para evitar o casamento que lhe seria imposto, partiu para a Alexandria junto com duas escravas.
Passou sua vida em Milasa, antiga região sul-oriental da Ásia Menor, habitada pela população de estirpe asiática, colônia grega, especialmente na costa onde floresceram cidades como Mileto, Halicarnasso, Magnesia, Cnido.
Convenceu suas acompanhantes a chamá-la de Xênia, que em grego significa "peregrina," para que fosse mais difícil encontrá-la. Quando se encontrou com o abade do convento do apóstolo Santo André, que estava na cidade de Mileto (na Cária *) ela pediu que ele a levasse, junto com suas acompanhantes, para a cidade de Milasa.
Ali ela comprou um terreno e construiu uma Igreja consagrada a Santo Estevão e organizou um mosteiro feminino. Um milagre feito por ela confirmou a sua santidade entre a população.
Ali ela comprou um terreno e construiu uma Igreja consagrada a Santo Estevão e organizou um mosteiro feminino. Um milagre feito por ela confirmou a sua santidade entre a população.
Maiores informações são dadas na “Bibliotheca Hagiographica Graeca”, 3 vols. editada em 3a edição em Bruxelas, 1957, em língua grega ou francesa.
Faleceu na segunda metade do século V. Durante seu falecimento ocorreram milagrosos sinais.
A sua festa é celebrada em 24 de janeiro. Os dois nomes, Eusébia e Xênia, são de origem grega. Eusébia significa ‘piedosa, religiosa’ do grego Eysèbios, e é pouco usado no feminino; enquanto que Xênia, que significa “peregrina”, é bastante usado nos países do Oriente cristão e nos países de religião greco-ortodoxa.
Fuente: www.santiebeati.it/; oremosjuntos.com
(*) Cária era o nome de uma região no Oeste da antiga Ásia Menor (Anatólia) que se estendia ao longo da costa da Jônia, de Mícale (Mykale) para o sul até a Lícia e para o leste até a Frígia. Os gregos jônios e dórios colonizaram a porção ocidental da Cária e se juntaram à população nativa para formar estados de matiz grega na região. Os epônimos, habitantes nativos da região, eram conhecidos como "cários" e Heródoto os descreve como sendo de ascendência minoica.
O Reino da Cária emergiu como um reino neo-hitita por volta do século XI a.C. A costa era parte da hexápole dórica ("seis cidades") depois que eles chegaram no final da Guerra de Troia na última e mais meridional das ondas migratórias gregas para a costa Anatólia ocupando as antigas povoações micênicas como Cnido e Halicarnasso (moderna Bodrum), onde nasceu Heródoto, o famoso historiador grego, no século V a.C.
Porém, a colonização grega atingiu apenas a costa enquanto que o interior permaneceu sob controle cário e organizado em numerosas vilas e federações locais. A Ilíada relata que, na época da Guerra de Troia, a cidade de Mileto ainda estava sob controle cário e era aliada dos troianos.
Lemprière lembra que "como a Cária provavelmente era abundante em figueiras, uma espécie em particular recebeu o nome de 'Carica' e a expressão 'In Care periculum facere' foi utilizada proverbialmente para situações onde se corre perigo em busca de uma coisa de pouco valor". A região da Cária continua a ser uma importante região produtora de figos até hoje, respondendo por quase toda a produção da Turquia, que é o maior produtor mundial de figos.
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