O
Reino de Deus é misterioso. Não que seja impossível ser conhecido, mas que
sempre podemos compreendê-lo mais porque, como ação de Deus, é misterioso. Ser
misterioso provoca a uma maior compreensão. Jesus diz que o Reino de Deus está
entre nós (Lc 17,21).
Por fim Jesus se identifica com o Reino. Aceitar Jesus é aceitar o Reino, como
está unido ao Pai: “Aquele que receber uma destas crianças por causa do meu
nome, a Mim recebe; e aquele que Me recebe, não é a Mim que recebe, mas sim
Àquele que Me enviou” (Mc
9,37). O Reino é a força silenciosa de Deus que penetra todas as
realidades. Nada de bom existe que não seja fruto do Bem Divino que gera vida.
É o princípio filosófico: Do bem só tiramos o bem; do mal podemos tirar o bem
ou o mal. Do mal podemos tirar muitas coisas boas. É próprio do bem
difundir-se. O amor atrai sempre. Tudo que há de bom no mundo não é fruto
somente de pessoas inteligentes e dedicadas, ou do acaso, mas do Reino que age.
Deus está em toda parte e penetra todas as coisas, sem ser panteísmo. Todos
somos instrumentos de sua bondade. Não há necessidade de um rótulo de uma Igreja,
mas do carimbo de Deus que é a marca de sua misericordiosa benevolência que ama
todo universo. “Nenhum passarinho cai na terra sem o consentimento do Pai” (Mt 10,29). Mesmo que
não creiamos em Deus, o que fazemos de bem é obra de suas mãos. Somos criaturas
e Ele é o Criador. Para Deus todos são iguais. O Reino está sempre em ação no
mundo.
1994.Males
que precisam de cura
Um
mundo tão bonito, gente tão bonita e boa, oportunidades maravilhosas e
resultados magníficos não podem ser oprimidos nem reprimidos. Nossa missão,
como amantes do Reino, é curar todos os males que prejudicam sua missão. Só há
um caminho para por tudo nos trilhos. E Jesus viu e declarou: “Este é o meu
mandamento: ‘Como Eu vos amei, amai-vos uns aos outros’” (Jo 13,34). Somente o
amor é capaz de construir o Reino em sua total intensidade. Só que não
acreditamos e preferimos outros caminhos. O amor tem uma ressonância universal
que atinge pessoas, céus e terras. Não é poesia. É vigor e vitalidade. Quem
acreditou no amor construiu para eternidade. Quando o ser humano se volta para
si e só pensa em si, destrói a si mesmo. Fechar-se é não florescer nem dar
frutos. Vemos o exemplo de S. Francisco: Amou todos e tudo. Por isso está vivo
na memória da humanidade. O único mal que tem que ser vencido é o egoísmo. Fora
disso, nossos males caem quando nos dedicamos aos outros. Por exemplo: depressão
é doença. Um dos remédios é sair de si e ir ao encontro dos outros, do mundo,
da natureza. Até com as plantas podemos dialogar e respondem com amor.
1995.Forças
em ação
Deus, para dar espaço ao crescimento
do Reino, criou o homem e o pôs em diálogo com o mundo, com o outro e com Ele,
Deus criador. Vendo os primeiros capítulos da bíblia. Não interessa que creia,
mas que veja o que diz: pôs o homem no jardim do Paraíso para cultivá-lo. Ele
deu o nome aos animais. De sua costela foi feita a mulher – quer dizer – para
sua intimidade, complementaridade e diálogo. O homem não existe sozinho. A
única coisa que tem que fazer é amar em tudo. É a única coisa que depende só
dele. Aqui entra a missão da Igreja cristã que é dar ao mundo o testemunho de
um amor atuante. Sem isso não é cristã, nem Igreja. Ser Igreja é ser
proclamadora e testemunha desse Reino que se instaura no amor mútuo. Quanto
perdemos com nossas inutilidades!
https://padreluizcarlos.wordpress.com/
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