sábado, 25 de outubro de 2014

EVANGELHO DO DIA 25 DE OUTUBRO

Evangelho segundo S. Lucas 13,1-9.
Naquele tempo, vieram contar a Jesus, que Pilatos mandara derramar o sangue de certos galileus, misturado com o dos sacrifícios que eles ofereciam. Respondeu-lhes: «Julgais que esses galileus eram mais pecadores que todos os outros galileus, por terem assim sofrido? Não, Eu vo-lo digo; mas, se não vos converterdes, perecereis todos igualmente. E aqueles dezoito sobre os quais caiu a torre de Siloé, matando-os, eram mais culpados que todos os outros habitantes de Jerusalém? Não, Eu vo-lo digo; mas, se não vos converterdes, perecereis todos da mesma forma.» Disse-lhes, também, a seguinte parábola: «Um homem tinha uma figueira plantada na sua vinha e foi lá procurar frutos, mas não os encontrou. Disse ao encarregado da vinha: 'Há três anos que venho procurar fruto nesta figueira e não o encontro. Corta-a; para que está ela a ocupar a terra?' Mas ele respondeu: 'Senhor, deixa-a mais este ano, para que eu possa escavar a terra em volta e deitar-lhe estrume. Se der frutos na próxima estação, ficará; senão, poderás cortá-la.'» 
Da Bíblia Sagrada - Edição dos Franciscanos Capuchinhos - www.capuchinhos.org
Comentário do dia: 
Juliana de Norwich (1342-depois de 1416), mística inglesa 
Revelações do amor divino, cap. 39 
Converter-se e não perecer

O pecado é o chicote mais fustigante que pode tocar uma alma eleita. Ele quebra todos, homens e mulheres, rebaixando-os de tal modo aos seus próprios olhos que se convencem de que apenas merecem ir para o inferno até ao momento em que, tocados pelo Espírito Santo, são arrebatados pelo arrependimento e vêem a sua amargura transformar-se em esperança na misericórdia divina. Então as suas feridas começam a sarar e a sua alma a viver, voltando-se para a vida da santa Igreja. O Espírito Santo condu-los à confissão, onde confessam voluntariamente os seus pecados com toda a nudez e franqueza, com uma grande tristeza e a vergonha de terem maculado a bela imagem de Deus. Recebem a penitência por cada um dos pecados da parte do confessor, tal como foi estabelecido na santa Igreja pelo ensinamento do Espírito Santo. E esta humildade agrada muito a Deus. […] 
Nosso Senhor zela por nós com muito cuidado, mesmo quando cremos estar quase abandonados e rejeitados devido aos nossos pecados, e reconhecendo que o merecemos. A humildade que assim adquirimos eleva-nos bem alto aos olhos de Deus. A graça divina faz nascer um tão grande arrependimento, compaixão e verdadeira sede de Deus, que o pecador, subitamente livre do pecado e da tristeza, é guindado até à beatitude, ao mesmo nível que os grandes santos.

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