Segundo a lenda, Marcial, bispo de Limoges, converteu e batizou Valéria e sua mãe, Susana. Susana morreu pouco depois, deixando uma grande fortuna para Marcial. Valéria, agora cristã, legou parte da sua herança aos pobres e consagrou a sua virgindade a Deus.
Esteban, seu noivo, voltou da guerra, e Valéria, continua a tradição, imploraram-lhe que esquecesse seus amores, confessando como ela havia se prometido a outro e mais poderoso Senhor. Mas o amante ciumento não o deixou terminar as explicações: sacou a espada e cortou-lhe a cabeça.
E então, enquanto a sua alma voava para o céu, o corpo de Valéria ergueu-se, levantou a cabeça e foi deitá-la aos pés de Marcial. O noivo, que viu isso, ajoelhou-se chorando aos pés do bispo, pedindo perdão, cumpriu uma amarga penitência e finalmente recebeu o batismo.
Tanto para a lenda. Sabemos que existem em Limoges os restos mortais de um mártir venerado antes do ano Mil.
Daniel Otávio Vergara
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