quarta-feira, 11 de setembro de 2024

EVANGELHO DO DIA 11 DE SETEMBRO

Evangelho segundo São Lucas 6,20-26
Naquele tempo, Jesus, erguendo os olhos para os discípulos, disse: «Bem-aventurados vós, os pobres, porque é vosso o Reino de Deus. Bem-aventurados vós, que agora tendes fome, porque sereis saciados. Bem-aventurados vós, que agora chorais, porque haveis de rir. Bem-aventurados sereis quando os homens vos odiarem, quando vos rejeitarem e insultarem e proscreverem o vosso nome como infame por causa do Filho do homem. Alegrai-vos e exultai nesse dia, porque é grande no Céu a vossa recompensa. Era assim que os seus antepassados tratavam os profetas. Mas ai de vós, os ricos, porque já recebestes a vossa consolação. Ai de vós, que agora estais saciados, porque haveis de ter fome. Ai de vós, que rides agora, porque haveis de entristecer-vos e chorar. Ai de vós quando todos os homens vos elogiarem. Era assim que os seus antepassados tratavam os falsos profetas». 
Tradução litúrgica da Bíblia 
São Leão Magno (461) 
Papa, doutor da Igreja 
Sermão 95; PL 54, 461 
«Bem-aventurados vós, os pobres» 
«Felizes os pobres de espírito porque é deles o reino dos céus» (Mt 5,3). 
Poderíamos perguntar-nos a que pobres quereria a Verdade referir-se se, ao dizer «Felizes os pobres», não tivesse acrescentado nada sobre o tipo de pobres de que falava. Pensar-se-ia então que, para merecer o Reino dos Céus, bastaria a indigência de que muitos sofrem devido a dura e penosa necessidade. Mas ao dizer: «Felizes os pobres de espírito», o Senhor mostra que o Reino dos Céus deve ser dado aos que são recomendados mais pela humildade da alma, do que pela penúria dos recursos. No entanto, não podemos duvidar de que os pobres adquirem mais facilmente do que os ricos o bem que é esta humildade, pois a doçura é uma amiga da sua indigência, ao passo que o orgulho é o companheiro da opulência dos ricos. Mas também se encontra entre muitos ricos esta disposição de alma que os leva a não se servirem da sua abundância para se encherem de orgulho, mas para praticarem a bondade, e que encaram como grande lucro o que gastam para aliviar a miséria e a infelicidade dos outros. A todos os tipos e classes de homens é dada a oportunidade de participarem nesta virtude, porque podem ser simultaneamente iguais em intenção e desiguais em fortuna; e pouco importam as diferenças entre os recursos terrenos que encontramos entre os homens que são iguais em bens espirituais. Feliz esta pobreza que não está agrilhoada pelo amor das riquezas materiais! Ela não deseja aumentar a sua fortuna neste mundo, antes aspira a tornar-se rica dos bens dos Céus.

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