Pensamos hoje, em particular, naquele que a Igreja proclama Beato: o Bispo de Maribor Anton Martin Slomsek, primeiro filho desta Nação eslovena a ser elevado à glória dos altares.
No novo Beato refulgem, antes de tudo, os valores da santidade cristã. Ao seguir as pegadas de Cristo, ele fez-se bom Samaritano do povo esloveno. Atento às exigências da formação do clero e dos fiéis, com zelo apostólico que ainda hoje serve de exemplo para nós, não cessou de evangelizar animando as missões populares, suscitando numerosas confrarias, pregando exercícios espirituais e difundindo cânticos populares e escritos religiosos. Ele foi, no sentido mais genuíno da expressão, um pastor católico, ao qual os Superiores eclesiásticos confiaram importantes tarefas pastorais, também noutras regiões do Estado de então.
Fiel e dócil à Igreja, Slomsek demonstrou-se profundamente aberto ao ecumenismo e foi um dos primeiros na Europa central a empenhar-se pela unidade dos cristãos.
Papa João Paulo II – Homilia de beatificação –
19 de setembro de 1999
Anton Martin Slomsek nasceu em Slom, numa família de camponeses da Estíria, no dia 26 de novembro de 1800. Tendo recebido a Ordenação sacerdotal a 8 de setembro de 1824, trabalhou como capelão em Bizeljsko e em Nova Cerkev. Depois transferiu-se para Klagenfurt (Áustria) onde, durante nove anos, foi diretor espiritual no Seminário em que estudara.
Em outubro de 1838 nomearam-no pároco em Vuzenica; em 1844 exerceu o ministério sacerdotal como pároco, recebendo também o título de cónego, da Catedral de Santo André no vale de Labot e, em seguida, foi nomeado pároco-abade em Celje. Após alguns meses de ministério nessa cidade, ao ser nomeado Bispo, escolheu como lema do seu episcopado as palavras «Ad maiorem Dei gloriam animarumque salutem»; recebeu a Sagração episcopal a 5 de julho de 1846. Até setembro de 1859 residiu em Santo André em Lavantal (na Áustria hodierna), quando transferiu a sede episcopal para Maribor, na Eslovénia.
Anton Slomšek é considerado um grande pedagogo e catequista; foi também escritor e poeta. Como educador do povo despertou-lhe a consciência cristã, para enfrentar os perigos e as falsas doutrinas da época (jansenismo e liberalismo), e trabalhou em prol do ecumenismo segundo o espírito dos Santos Cirilo e Metódio, apóstolos dos eslavos.
Promoveu a formação permanente do clero e foi zeloso pastor das almas, cuidando da santificação das famílias e da educação cristã da juventude. Vivia aquilo que aos outros ensinava. A sua incansável atividade pastoral é ainda hoje recordada como exemplo típico de homem de Deus.
Faleceu a 24 de setembro de 1862 e o seu corpo foi sepultado na catedral de Maribor.
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