Paulo Chong Ha-sang, heroico leigo coreano, nasceu em 1795 em Mahyan, o pai Agostinho e seu irmão Charles foram martirizados em 1801, ficando assim, a sua família reduzida: por ele, sua mãe e sua irmã Cecilia Elizabeth.
Na mesma ocasião, depois de serem presos e privados de todos os bem, eles foram forçados a ir viver como hóspedes na casa de um parente, perdendo contato com a comunidade cristã.
Mesmo assim, eles não se acovardaram e assim que foi possível, Paulo – com cerca de vinte anos, sua mãe e irmã, mudaram-se para Seul, onde se juntaram a comunidade cristã, dedicando-se ao serviço dos mais pobres.
Por pelo menos quinze vezes ele foi à China, na cidade de Pequim, em viagens feitas a pé, árduas e sofridas, impulsionado pelo heroísmo de uma verdadeira fé, professada apesar dos perigos graves. Em Pequim, tinha contato com outros cristãos, recebia os sacramentos e buscava sacerdotes para a Coréia.
Ele colaborou muito, trabalhando arduamente para garantir a chegada do primeiro sacerdote na Coréia – enviado pelo Bispo de Pequim. O padre Sim morreu durante a viagem, assim, aconselhado pelo Bispo de Pequim, Paulo e seu amigo Agostinho escreveram para o Papa Gregório XVI pedindo um Bispo para a Coréis. A partir desse momento, Paulo devotou o resto de sua vida para garantir a presença de um bispo e sacerdotes em solo coreano. Por seu mérito, o sacerdote Yan e depois dele a chegada dos missionários franceses: Bispo Imbert e os sacerdotes Maubant e Chastan.
Assim, foi recebido com sua mãe e irmã pelo bispo Imbert, que queria que ele se tornasse um sacerdote, mas quando a perseguição aumentou, um apóstata os traiu, levando-os para a prisão.
Paulo Chong Ha-sang foi interrogado e torturado para que abandonasse a religião estrangeira:
"É verdade que você abandonou as tradições da Coréia para praticar uma doutrina estrangeira e arrastar outras pessoas para ela?" Ele respondeu: "Se aceitarmos objetos do exterior que são úteis para nosso uso, por que eu deveria rejeitar a religião cristã, que é a verdadeira, somente porque vem de fora?”
Diante de sua grande firmeza, foi condenado à morte e decapitado no dia 22 de setembro de 1839, junto com seu querido amigo Nyon Agostinho, que também enviara ao papa um pedido para mandar um bispo para a Coréia.
Depois de alguns meses a mãe Cecilia, agora setenta e nove, foi presa e morreu de fome, enquanto a irmã Elizabeth de 43 anos foi decapitada.
O bispo e os dois padres das Missões Exteriores de Paris, também foram decapitados em 1839.
O papa João Paulo II canonizou esses mártires em 6 de maio de 1984, em um grupo total de 103 mártires em solo coreano, filhos daquela terra e missionários europeus.
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