Evangelho segundo São Lucas 8,16-18.
Naquele tempo, disse Jesus à multidão: «Ninguém acende uma lâmpada para a cobrir com uma vasilha ou a colocar debaixo da cama, mas coloca-a num candelabro, para que os que entram vejam a luz.
Não há nada oculto que não se torne manifesto, nem secreto que não seja conhecido à luz do dia.
Portanto, tende cuidado com a maneira como ouvis. Pois àquele que tem, dar-se-á; mas àquele que não tem, até o que julga ter lhe será tirado».
Tradução litúrgica da Bíblia
Bispo(407)
Homilias sobre o Evangelho de Mateus
A lâmpada no candelabro
O Senhor chama aos seus discípulos «luz do mundo» (Mt 5,4) porque, iluminados por Ele, que é a luz eterna e verdadeira (Jo 1,9), eles próprios se tornam uma luz no meio das trevas. Uma vez que é o «Sol da justiça» (Mal 3,20), o Senhor pode chamar aos seus discípulos «luz do mundo»: é por meio deles que irradia sobre o mundo inteiro a luz da sua própria ciência. Iluminados por eles, também nós passámos das trevas à luz, como diz o Apóstolo: «Outrora éreis trevas, mas agora sois luz no Senhor; vivei como filhos da luz» (Ef 3,8); e, noutro passo: «Não sois filhos da noite nem das trevas, mas sois filhos da luz e filhos do dia» (1Tess 5,5). Com razão diz também São João na sua primeira epístola: «Deus é luz» (1,5); e «quem permanece em Deus está na luz» (1,7). Portanto, uma vez que temos a felicidade de estar libertos das trevas do erro, devemos andar sempre na luz, como filhos da luz que somos. Por isso diz o Apóstolo: «Vós brilhais entre eles como estrelas no mundo, ostentando a palavra da vida» (Fil 2,15).
Aquela lâmpada resplandecente que foi acendida para nossa salvação deve brilhar sempre em nós. Por isso, é nosso dever não ocultar esta lâmpada da lei e da fé, mas colocá-la sempre no candelabro da Igreja para salvação de todos, a fim de nós próprios gozarmos da luz da sua verdade, e de com ela serem iluminados todos os crentes.
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