quarta-feira, 3 de julho de 2024

03 de julho - São Raimundo Gayrard

Raimundo Gayrard nasceu em Tolouse, na França, por volta da metade do século XI. Segundo a tradição, São Raimundo foi colocado a serviço da igreja de São Saturnino, exercitando-se no ministério do canto. Não obstante seu serviço na igreja, ele permaneceu como simples leigo. Narra-se que São Raimundo contraiu um matrimônio, mas sua esposa veio a falecer logo após as núpcias. Provando uma grande tristeza, ele tomou então a decisão de não mais se casar, dedicando sua vida ao total serviço do próximo, verdadeiro salvador de seus concidadãos, ele construiu duas pontes sobre os Hers, cujas frequentes inundações eram um obstáculo à passagem de homens e mercadorias. Distribuiu seus bens entre os pobres e fundou um pequeno centro de caridade, voltado à hospedagem dos mais pobres. Sua obra mais importante foi a reconstrução da igreja de São Saturnino, pois tendo alguma competência na área da arquitetura, São Raimundo acabou assumindo a direção do canteiro de obras, dando um grande impulso à reconstrução da igreja. A um certo ponto, sua vida foi inteiramente devotada à essa construção, a ponto de pedir aos cônegos de poder ser aceito entre eles. Ao final, os cônegos não só o aceitaram, como o elegeram superior do capítulo. Infelizmente ele não pôde ver sua obra terminada, já que no dia 3 de julho de 1118, ele entregava sua alma para Deus. Após os funerais, ele foi sepultado no asilo que havia fundado. Logo, muitas notícias de milagres ocorridos junto ao seu túmulo começaram a se espalhar, de modo que grande número de peregrinos acorria a esse local em visitação devota. Em 1652, o Papa Inocêncio III reconheceu oficialmente seu culto de veneração.

ORAÇÃO DE TODOS OS DIAS - 3 DE JULHO

Oração da manhã para todos os dias
 
Senhor meu Deus, mais um dia está começando. Agradeço a vida que se renova para mim, os trabalhos que me esperam, as alegrias e também os pequenos dissabores que nunca faltam. Que tudo quanto viverei hoje sirva para me aproximar de vós e dos que estão ao meu redor. Creio em vós, Senhor. Eu vos amo e tudo espero de vossa bondade. Fazei de mim uma bênção para todos que eu encontrar. Amém. 
As reflexões seguintes supõem que você antes leu o texto evangélico indicado.
3 – Quarta-feira – Santos: Tomé, Anatólio, Leão II
Evangelho (Jo 20,24-29) “Tomé, chamado o Gêmeo, um dos doze, não estava com eles quando Jesus veio. Os outros contaram-lhe depois: – Vimos o Senhor!”
Há muito tempo, um velho padre disse-me que a falha de Tomé era não estar com os outros, na comunidade dos discípulos. Aí começavam suas dificuldades. Se quero conhecer Jesus, preciso estar com seus discípulos, ouviro testemunho de meus irmãos e irmãs que me falam sobre ele. Tanto mais que não apenas me falam dele, mas também me mostram comsua vida como é o caminho que ele nos ensinou.
Oração
Senhor Jesus, minha comunidade, a de vossos discípulos, não é perfeita; nem eu sou perfeito. Ajudai-me, então, a ser tolerante com meus irmãos, prestar atenção a sua boa vontade, aceitar seu testemunho e aprender com eles. Fortalecei nossa união na fé e no amor, na esperança e no esforço para mudar o mundo. Fazei que, apesar de nossas debilidades, mostremos a todos que sois bom e poderoso. Amém.

terça-feira, 2 de julho de 2024

REFLETINDO A PALAVRA - “Palavra Viva”

PADRE LUIZ CARLOS DE OLIVEIRA(+)
REDENTORISTA NA PAZ DO SENHOR
Infinitos sentidos
 
Orígenes, filho do mártir São Leônidas, é um dos maiores gênios do Cristianismo. Nascido em Alexandria 185, faleceu em Cesareia em 254. Era pregador leigo. Impuseram que ficasse sacerdote para pregar na Igreja. Ele era o grande homem da Sagrada Escritura e da teologia. Em sua sabedoria ele disse que “A Bíblia tem infinitos sentidos”. Não porque diz o que se quer, mas, por estar unida ao Espírito que a inspirou, sempre poderá nos iluminar mais, pois a Palavra é vida. Diz Jesus: “As palavras que vos disse são espírito e vida” (Jo 6,69). Ela é fonte que jorra sem cessar a mesma água, sempre nova e sempre viva. Esse modo de compreender a Palavra orienta-nos mais ainda em sua compreensão. Ela não é mágica, como se faz às vezes abrindo a bíblia a esmo e dizendo: ‘Olha o que Deus fala para você’. Isso se chama tentar a Deus. Pode dizer muitas coisas, pois é rica de sentidos, mas não desse modo. O primeiro sentido da Palavra é aquele que lhe deu o escritor guiado pelo Espírito Santo. É o sentido literal. Estava destinado para o momento em que a Palavra foi dita. Contudo vai além e se torna Palavra orientadora em qualquer circunstância, pois tem a Vida Daquele que a pronunciou. A Palavra se abre para nos ajudar a interpretar o momento que vivemos. Em se tratando do Antigo Testamento deverá sempre ter em referência à Palavra do Novo Testamento que completa o sentido do Antigo, superando o que é estritamente cultural e local. Ela não pode servir de suporte para falarmos o que queremos, como instrumentalizar a Palavra para provar nossas idéias. Num ensinamento devemos buscar a fundamentação da Palavra, não forçar a Palavra no que ela não diz. Ela deve ser vista no seu conjunto. Quanto mais nos aprofundamos, mais podemos entender seu sentido. É preciso ser discípulo que ouve (Is 50,4). Como tem infinitos sentidos, sempre haverá aquele que o Espírito põe em nosso coração para ser luz em caminho da salvação. 
Dinâmica da Palavra 
Quando falamos que fazemos parte das religiões do Livro, não nos colocamos como que escravos da Palavra, mas participantes de sua vitalidade. Ela exerce sobre nós um processo de transformação. Podemos fazer uma comparação com o dinamismo da Eucaristia em nós. Ao comungarmos o Corpo de Cristo acontece em nós uma transformação. Ao assimilarmos o Pão e Vinho Consagrados somos assimilados pelo Senhor que nos dá sua vida: Quem se alimenta de mim viverá por mim (Jo 6,57). É a Vida de Cristo que age em nós. Não sou eu quem vive, é Cristo que vive em mim (Gl 2,20). Do mesmo modo a Palavra não é só um conhecimento, mas uma assimilação de Vida. Ela realiza em nós a transformação em Cristo. Por isso, ouvir, ler, meditar não é só um método, como o fazemos com as ciências. É uma participação e ao mesmo tempo uma comunhão. Por isso os profetas usam os símbolos do alimento para explicar a Palavra. 
Multiplicando o Pão da Palavra 
No momento de sua Ascensão, Jesus enviou seus discípulos em missão: “Ide por todo mundo e fazei discípulos meus todas as nações (Mt 28,19). Este mandato não era somente uma ordem de serviço, era transmissão de uma modo de presença de Jesus que continua nos discípulos sua missão. Continuavam sua presença e missão. A Palavra ouvida e assimilada como alimento de Vida se faz anúncio para que outros a tomem igualmente. A força da Palavra está em transmitir vida. Não se trata só de um conhecimento intelectual, mas do acolhimento de uma Pessoa. A Palavra que se fez carne agora se encarna nas muitas situações.
ARTIGO PUBLICADO EM SETEMBRO DE 2013

EVANGELHO DO DIA 2 DE JULHO

Evangelho segundo São Mateus 8,23-27. 
Naquele tempo, Jesus subiu para o barco e os discípulos acompanharam-no. Entretanto, levantou-se no mar tão grande tormenta que as ondas cobriam o barco. Jesus dormia. Aproximaram-se os discípulos e acordaram-no, dizendo: «Salva-nos, Senhor, que estamos perdidos». Disse-lhes Jesus: «Porque temeis, homens de pouca fé?». Então levantou-Se, falou imperiosamente ao vento e ao mar e fez-se grande bonança. Os homens ficaram admirados e disseram: «Quem é este homem, que até o vento e o mar Lhe obedecem?». 
Tradução litúrgica da Bíblia 
São Charles de Foucauld 
(1858-1916) 
Eremita e missionário no Saara 
Meditação 
«Oito dias em Efrém», a tempestade acalmada 
«Porque temeis?» 
Meus filhos, seja o que for que vos aconteça, lembrai-vos de que Eu estou sempre convosco. Lembrai-vos de que, visível ou invisível, parecendo agir ou parecendo dormir e esquecer-vos, Eu velo sempre, estou em toda a parte e sou omnipotente. Nunca tenhais medo, nem preocupações: Eu estou presente, Eu velo, Eu amo-vos. Eu sou omnipotente - que mais quereis? Lembrai-vos das tempestades que acalmei com uma palavra, transformando-as numa grande calmaria. Lembrai-vos de que sustive Pedro quando caminhava sobre as águas (cf Mt 14,28ss). Estou sempre tão perto de cada homem como estou agora de vós. Tende confiança, fé, coragem; não vos preocupeis com o vosso corpo nem com a vossa alma (cf Mt 6,25), porque Eu estou presente, sou omnipotente e amo-vos. Mas que a vossa confiança não nasça da negligência, da ignorância dos perigos, nem da confiança em vós mesmos ou noutras criaturas. Os perigos que correis são iminentes: os demónios, inimigos fortes e manhosos, a vossa natureza, o mundo, fazem-vos continuamente uma oposição encarniçada. Nesta vida, as tempestades são quase contínuas e a vossa barca está sempre prestes a soçobrar. Mas Eu estou presente, e comigo ela é insubmersível. Desconfiai de tudo e sobretudo de vós mesmos, mas tende em Mim uma confiança total, capaz de expulsar toda a inquietação.

Santa. Monegundis (Festa Dia - 2 de julho)

Santa Monegundis de Chartres (+ 570)
 
Santa Monegundis era natural da cidade de Chartres, na França. Lá era casada e tinha duas filhas. Quando suas duas filhas morreram jovens, ela decidiu se tornar freira, porque temia que em sua dor e depressão ela se tornasse tão centrada em si mesma que não se importasse com Deus. Com o consentimento do marido, construiu uma cela na cidade e lá viveu na solidão, subsistindo com o mínimo de comida possível e sem móveis, exceto um tapete para dormir. A pouca luz que recebia em sua cela vinha através de uma janela muito pequena. Sua única comida consistia em pão feito de farinha de cevada e misturado com cinzas, que ela mesma cozinhava. Uma jovem ministrava a ela, trazendo sua comida todas as manhãs, mas um tanto cansada com a monotonia de sua tarefa, a menina fugiu e deixou o recluso por cinco dias sem comida. Gregório de Tours, seu biógrafo, relata que a neve caiu ao redor da cela, e Monegundis estendeu a mão de sua janela, e permitiu que os flocos de neve se juntassem e se amontoassem em sua palma, então ela desenhou em sua mão e fez uma panqueca da neve. Ao lado de sua cela havia um pequeno jardim no qual ela caminhava e onde cuidava de flores. Enquanto caminhava no jardim ao lado de sua cela, uma vizinha que colocava um pouco de trigo para secar no telhado de sua casa olhou para ela com uma curiosidade indiscreta, e imediatamente ela ficou cega. Monegundis disse desesperado: "Ai de mim! Por uma pequena ofensa feita à minha pequenez, outros tiveram a visão tirada!"

Otão de Bamberga

Otão de Bamberga 
(em alemão: Otto von Bamberg, 
em polonês/polaco: Otton z 
(*)Bambergu; 1060 ou 1061 - 
(+)30 de junho de 1139) 
foi bispo de Bamberga e um missionário que,
 como legado papal, converteu grande parte 
da Pomerânia medieval ao cristianismo. 

Vida anterior 
De acordo com escassas fontes contemporâneas, Otão nasceu em uma família nobre ( edelfrei ) que possuía propriedades no Jura da Suábia. Uma possível descendência da casa nobre da Francônia de Mistelbach ou uma relação materna com a dinastia Hohenstaufen não foi estabelecida de forma conclusiva. Como seu irmão mais velho herdou a propriedade de seu pai, Otão se preparou para uma carreira eclesiástica e foi mandado para a escola, provavelmente na Abadia de Hirsau ou em um de seus mosteiros filiais. Quando em 1082 a princesa saliana Judite da Suábia, irmã do imperador Henrique IV, se casou com o duque piasta Ladislau I Hermano, ele a seguiu como capelão na corte polonesa. Em 1091 ele entrou ao serviço de Henrique IV; ele foi nomeado chanceler do imperador em 1101 e supervisionou a construção da Catedral de Espira. 

02 de julho - Beata Dove Kang Wan-suk

Dove Kang Wan-suk nasceu de uma união ilegítima em 1761. Ela pertencia a uma das famílias nobres de Naepo, no antigo distrito de Chungcheong-do, na Coréia. Desde a infância ela era conhecida por sua sabedoria e honestidade: evitava fazer más ações ou mentir. Philip Hong Pil-ju, que será martirizado pela fé em 1801, é um dos seus enteados. Por causa de suas origens "não-oficiais", ela tem que aceitar ser uma segunda esposa para Hong Ji-yeong, um nobre da região de Deoksan. Imediatamente após o casamento, ela conhece a religião católica e começa a se interessar por ela. Obtém alguns livros católicos, medita e percebe a grandeza da mensagem cristã. Mesmo antes de começar o catecumenato, ela começa a acreditar em "Deus, mestre do céu e da terra e em sua religião. Isto dá mensagens corretas, por isso mesmo a sua doutrina deve estar correta". No curso de sua conversão, ela acredita na abstinência com paixão e prática. Seu estilo de vida leva ao respeito e admiração de muitas pessoas. Com grande risco, ela cuida dos católicos que foram presos durante a perseguição cingalesa de 1791. E por causa desse trabalho ela é preso por sua vez. Após a libertação, começa a ensinar o catecismo à sua sogra e ao seu enteado, Philip Hong, e os aproxima da Igreja. Apesar de vários esforços, ela é incapaz de converter seu marido que na verdade está maltratando-a por causa de sua fé. Após um curto período de tempo, ela é abandonada e seu marido começa a viver com uma concubina.

SANTOS PROCESSO E MARTINIANO, MÁRTIRES ROMANOS

Venerados no dia do seu nascimento para a vida eterna, ambos foram os guardiões dos apóstolos Pedro e Paulo, durante a sua prisão no cárcere Mamertino, e convertidos por eles. Mártires, por causa da sua fé cristã, foram sepultados no cemitério de Dâmaso, na segunda milha da Via Aurélia, em Roma.
Os Santos Mártires Processo e Martiniano de Roma (m. 67) foram guardas da prisão na qual São Pedro e São Paulo foram encarcerados. Ambos os guardas são comemorados nos dias 11 de abril e 2 de julho pela Igreja. 
Vida 
Processo e Martiniano eram guardas da Prisão Mamertina em Roma, cárcere para o qual a maioria dos primeiros cristãos eram enviados no tempo do Imperador Nero (54–68). Tal era a Fé daqueles cristãos que era impossível de não se ouvir falar sobre o Salvador naquele lugar, e os dois guardas em pouco tempo já tinham um profundo conhecimento sobre Jesus Cristo. Quando os santos Apóstolos Pedro e Paulo foram encarcerados naquela prisão, os dois fizeram uma fonte milagrosamente jorrar água. Vendo aquele prodígio, os dois guardas jogaram-se aos pés dos apóstolos, rogando para que fossem batizados. Naquelas mesmas águas, ambos receberam o Santo Batismo por São Pedro.

Beato Pedro de Luxemburgo

Nascido no dia 20 de julho de 1359 em Ligny-em-Barrois, na França, Pedro era filho do Conde de Ligny. Com apenas dois anos de idade se tornou órfão de pai e, aos quatro, de mãe. Sua educação ficou a cargo da tia, Joana de Chatillon. Com apenas oito anos foi enviado para Paris com a finalidade de iniciar seus estudos. Conforme os costumes da época, com apenas 9 anos de idade, Pedro foi nomeado cônego de Paris pelo antipapa Clemente VII. Esse mesmo antipapa o nomearia bispo de Metz no dia 10 de fevereiro de 1382: Pedro tinha então apenas 14 anos. No ano seguinte, foi ainda nomeado cardeal. Apesar dessas promoções feitas em virtude de laços políticos Pedro demonstrou possuir grandes virtudes cristãs: em 1385 rejeita seus títulos e busca viver uma vida de austeridade. Mesmo frequentando a corte do papa – contra sua vontade – ele demonstrou um caráter virtuoso. Do ponto de vista político, ele primava pela busca da paz e da justiça: uma doença acabou impedindo-o de realizar o projeto de visitar tanto o rei da França quanto da Inglaterra, para tentar selar um acordo de paz entre esses reinos em guerra. De fato, no dia 2 de julho de 1387, com apenas 18 anos de idade, o jovem Pedro falecia. Seu último desejo foi o de ser sepultado no cemitério de São Miguel de Avignon, o cemitério dos pobres. Imediatamente o povo começou um culto de veneração a esse jovem considerado um santo capaz de interceder a Deus grandes milagres. Sua beatificação ocorreu em 1527 e seu culto permanece vivo em Avignon, Metz, Paris, Verdun e Luxemburgo. https://pt.aleteia.org/daily-prayer/sabado-2-julho

BERNARDINO REALINO Presbítero, Santo 1520-1616

Bernardino nasceu em Capri (Itália) em 1530. Profissional do Direito, à sólida competência unia extraordinária formação humanística. De temperamento optimista, alegre, respeitador dos outros e inclinado à beneficência, entrou para o noviciado dos jesuítas em Nápoles aos 34 anos. Trabalhou depois por 10 anos naquela cidade, pregando, catequizando, dedicando-se aos doentes, aos pobres e encarcerados. Com Bernardino Realino (1530-1616) aconteceu um facto talvez único na historia dos santos: ainda em vida foi nomeado padroeiro da cidade de Lecce. Ao espalhar-se a notícia de que o padre Bernardinho estava morrendo, o prefeito da cidade reuniu a câmara e dirigiu-se ao colégio dos jesuítas. Diante do leito do morimbundo, leu um documento que tinha preparado: "Grande é nossa dor, pai amado, ao ver que nos deixais, pois nosso mais ardente desejo seria que permanecêsseis sempre connosco. Não querendo, contudo, opor-nos à vontade de Deus, que vos convida para o céu, desejamos pelo menos encomendar-vos a nós mesmos e a toda esta cidade tão amada por vós e que tanto vos tem amado e reverenciado. Assim o fareis, ó pai, pela vossa inesgotável caridade, a qual nos permite esperar que queirais ser nosso protector e patrono no paraíso, pois já por tal vos elegemos desde agora e para sempre, seguros de que aceitareis por fiéis servos e filhos..." Com esforço respondeu o padre: "Sim, senhores". De facto, o padre Bernadino tinha dedicado mais de metade da sua longa vida, e a quase totalidade de sua acção apostólica como padre, à cidade de Lecce. Desde a mais alta nobreza até os últimos esfarrapados, encarcerados e escravos turcos, não havia quem não o conhecesse como apóstolo e benfeitor da cidade. Assim, sem grandes feitos exteriores, desenvolveu-se a santidade de Bernardino Realino. Apesar de ter sido chamado tarde à vida religiosa, sua vida apresenta-se como uma grande continuidade sempre em busca da verdade e do bem. Morreu aos 86 anos. Em 1947 foi canonizado por Pio XII.

JOÃO FRANCISCO RÉGIS presbítero, santo + 1640

Francisco Régis nasceu, em 31 de Janeiro de 1597, numa pequena aldeia de Narbona, na França. Filho de um rico comerciante, foi educado num colégio dirigido por sacerdotes jesuítas desde pequeno. Nada mais S. João Francisco Régis, Jesuítanatural que entrasse para a Companhia de Jesus quando, em 1616, decidiu-se pela vida religiosa. Desejava, ardentemente, seguir o exemplo dos jesuítas missionários que evangelizavam em terras pagãs estrangeiras. Tornou-se rapidamente respeitado e admirado pela dedicação na catequização que fazia directamente ao povo, auxiliando os sacerdotes, assim como nas escolas que a Companhia de Jesus dirigia. Aos trinta e três anos, ordenou-se sacerdote, tomando o nome de João Francisco. Só então o seu contagiante trabalho disseminou-se pela cidade, por meio das obras dedicadas aos marginalizados, necessitados e doentes. Essa era a missão importantíssima que o aguardava lá mesmo, na sua terra natal: atender aos pobres e doentes e converter os pecadores. Entre os anos 1630 e 1640, duas epidemias de pestes assolaram a comunidade. Francisco Régis era incansável no atendimento aos doentes pobres e suas famílias. Nesse período, conscientizou-se de que a França precisava da sua acção apostólica e não o exterior. Assim, tornou-se um valente missionário jesuíta, e o mais frequente sacerdote visitador de cárceres e hospitais. Os registros relatam às centenas os doentes que salvou e os pagãos que converteu ao mesmo tempo.

JULIÃO MAUNOIR Sacerdote Jesuíta, Missionário na Bretanha, Beato 1606-1683

Sacerdote jesuíta, evangelizador 
da Bretanha (França), beato 
(1606-1683).
Nascido em 1606, o Beato Julião Maunoir fez os estudos em Rennes, França, e depois entrou na Companhia de Jesus em Paris, em 1625. Em Quimper, o venerável Miguel Le Nobletz impeliu-o a continuar o apostolado na Baixa Bretanha, onde a assistência religiosa estava nessa época muito descuidada. Em três dias, segundo se diz, por intercessão da Virgem Maria, aprendeu o Padre Maunoir a língua bretã e consagrou-se imediatamente ao ensino do catecismo na região. De 1634 a 1638 terminou os estudos teológicos em Bourges e, quando se propunha ir para as missões do Canadá, foi atacado por doença grave. Nesse momento, fez o voto de se consagrar às missões da Bretanha, se recuperasse a saúde. Restabelecido, começou vasta obra de restauração religiosa da gente dessa região. Durante 42 anos, perseverou nesse trabalho, pregando, catequizando e dando retiros; estes, em Quimper, reuniam uns mil padres por ano. Pelos muitos que encaminhou para a vida sacerdotal na idade madura, segundo foi escrito, o Beato merecia ser tomado como padroeiro das vocações tardias. Julião Maunoir faleceu a 28 de Janeiro de 1683 e foi beatificado por Pio XII, a 20 de Maio de 1951.

SÃO FRANCISCO DE JERÔNIMO, Presbítero Jesuíta, Missionário e Taumaturgo. Apóstolo de Nápoles.

São Francisco de Jerônimo 
nasceu em Grottaglie, Itália, 
a 17 de Dezembro de 1642 
e faleceu em Nápoles, 
11 de Maio de 1716. 
Foi um padre jesuíta conhecido como 
o "Apóstolo de Nápoles". 
 Grande pregador em Nápoles 
Tão logo entrou para a ordem, implorou aos seus superiores que fosse enviado ao Japão, onde desejava ser missionário. Eles, no entanto, lhe responderam que o Reino de Nápoles seria o seu Japão e a sua Índia, devendo ali empregar todos seus esforços evangelizadores. Preparou, para auxiliá-lo, uma confraria de artesãos que se chamou Oratório da Missão; além de outros numerosos trabalhos, seus membros todos os domingos acompanhavam São Francisco em suas pregações pelas ruas e praças de Nápoles. Saíam cantando da Igreja de “Gesù Nuovo” e, em procissão, dirigiam-se aos locais mais frequentados. Ao avistarem a procissão, os elementos de má vida abandonavam, sem cólera, o que estavam fazendo. Francisco subia, então, a um lugar mais elevado e falava ao povo. Começava descrevendo, com energia, os horríveis efeitos do pecado e os castigos que esperavam o pecador. Quando o temor estava em todos os corações, ele falava sobre a misericórdia de Deus. Depois dizia aos presentes que faria penitência por si e por eles. Ajoelhava-se ante uma cruz e, com o rosto em lágrimas, flagelava-se com uma disciplina de ferro. Não era preciso mais para o povo segui-lo, cheio de arrependimento. Grande devoto da Virgem, que frequentemente enviava-lhe os pecadores que desejava se convertessem.

Beato António Baldinucci

Antonio Baldinucci, S.J., era um padre 
e missionário jesuíta italiano, 
mais conhecido por seus métodos 
incomuns de conduzir missões. 
Vida 
Baldinucci nasceu em Florença, filho do historiador da arte e biógrafo Filippo Baldinucci. Ele frequentou a escola jesuíta de Florença e foi atraído para o sacerdócio. Inicialmente, ele considerou seguir seu irmão mais velho na Ordem Dominicana, mas ele entrou no noviciado da Companhia de Jesus em 21 de abril de 1681, e foi ordenado
sacerdote em 28 de outubro de 1695. Ele foi então enviado para estudar teologia no Colégio Romano. Ele realizou seu ensino regencial nas escolas jesuítas em Terni e Roma. Ele foi admitido ao quarto voto da Sociedade em 15 de agosto de 1698.[3] Baldinucci queria se tornar um missionário na Ásia, mas sua saúde precária o impediu de seguir esse caminho. Em vez disso, ele trabalhou na Itália central, especificamente nas cidades de Frascati e Viterbo. Ele continuaria a trabalhar nessa área pelo resto de sua vida.[1] Durante quatro meses de cada ano, ele conduziria missões. Entre 1697 e 1717 ele visitou 30 dioceses e deu uma média de 22 missões por ano. As missões eram geralmente centradas em meditações dos Exercícios Espirituais de Inácio de Loyola. A pregação de Baldinucci era simples, vívida e dramática.

EUGÉNIA JOUBERT Religiosa, Beata 1876-1904

Religiosa francesa, 
catequista nos arredores de Paris, 
beatificado em 1994, 
pelo Papa João Paulo II.
Eugénia Joubert nasceu e foi baptizada em Yssingeaux, perto do santuário de Nossa Senhor do Puy, a 11 de Fevereiro de 1876. Aos dezanove anos entrou para a vida religiosa e pronunciou os seus votos a 8 de Dezembro de 1896. A Obediência confiou-lhe as crianças e, as suas preferidas era as mais pobres, pelas quais sentia uma atracção particular. Eugénia morreu, em odor de santidade, em Liège, na Bélgica, a 2 de Julho de 1904, com apenas vinte e oito anos. O Papa João Paulo II proclamou-a Bem-aventurada no dia 20 de Novembro de 1994. A sua vida Em 20 de Novembro de 1994, o Papa João Paulo II beatificou, entre outras, uma jovem religiosa, morta em 1904, na idade de 28 anos. Nascida em Yssingeaux, a 11 de Fevereiro de 1876, Eugénia Joubert entrou muito jovem ainda no Instituto da Sagrada Família do Sagrado Coração, fundada pelo Padre Rabussier, sacerdote Jesuíta, e a Madre Maria Inácia Melin, Instituto destinado ao ensino da catequese, sobretudo aos mais pobres e mais abandonados. A irmã Eugénia foi portanto catequista de 1897 até 1901, nas próximas redondezas de Paris, primeiramente em Aubervilliers e depois em São Dinis, onde ela se ocupou igualmente das crianças dos bateleiros e dos feirantes que ali eram numerosos. Consolidou ali a sua missão pelo estudo aprofundado das verdades da fé, graças a São Tomás de Aquino e aos Padres da Igreja. Assim o desejava a Fundadora para as irmãs designadas para esta missão.

IMACULADO CORAÇÃO DE MARIA

A festa litúrgica do Coração de Maria passou por muitas vicissitudes. De acordo com a história, houve primeiramente uma devoção privada ininterrupta, que não chegou a formas públicas oficiais. Efectivamente, a primeira festa litúrgica do Coração de Maria foi celebrada a 8 de Fevereiro de 1648, na diocese de Autun (França). Em 1864, alguns bispos pedem ao Papa a consagração do mundo ao Coração de Maria, aduzindo como justificativa e motivo a realeza de Maria. O pedido decisivo partiu de Fátima e do episcopado português, após ter sido pedido por Jesus à Beata Alexandrina, em Balasar desde 1935. Importante notar igualmente que o documento enviado de Fátima para pedir ao Papa esta consagração foi redigido pelo sacerdote Jesuíta Padre Mariano Pinho, então Director espiritual da Alexandrina Maria da Costa, de Balasar. É bom saber, para que a história seja fiel aos acontecimentos, que a Beata Alexandrina de Balasar, tinha ela mesma escrito ao Santo Padre fazendo esse pedido, como consta no documento oficial da beatificação, que diz o seguinte: «No ano de 1936 [Alexandrina] pediu ao Sumo Pontífice a Consagração do mundo ao Imaculado Coração de Maria, o que fez Pio XII no dia 31 de Outubro de 1942.» Inesperadamente, a 31 de Outubro de 1942, Pio XII, na sua mensagem radiofónica em português, consagrava o mundo ao Coração de Maria.

Traslado da preciosa veste da SantíssimaTheotokos (Nossa Senhora) em Vlajerna, 02 de Julho

Na época do Imperador Leão I (457-474), dois irmãos empreenderam uma peregrinação à Terra Santa, hospedando-se na casa de uma viúva de idade já avançada, Nesta casa havia um pequeno altar improvisado e os dois irmãos tomaram conhecimento de que ali muitos milagres aconteciam, Insistiram então com a mulher para que lhes contasse como isso acontecia. A mulher, por fim, revelou que guardava num cofre um presente da Santa Mãe de Deus (Theotokos), Nossa Senhora, disse ela, no transcurso de sua existência, era assistida por duas mulheres virgens que a ajudavam, Antes da sua Dormição, a Mãe de Deus ofereceu a cada uma delas um presente como bênção. Ela, a viúva, como fazia parte da família de uma destas duas virgens, tinha recebido este presente como herança, depois de o mesmo ter atravessado gerações. Este presente (veste) da Theotokos foi, mais tarde, trasladado dentro de um cofre de ouro pelo então Patriarca Juvenal de Jerusalém à Igreja de Vlajerna, localizada no subúrbio da área nordeste de Constantinopla, construída pela Rainha Pulcheria, filha do Imperador Arcadio e esposa do imperador Markiano (451-457), A Igreja de Vlajerna sofreu um incêndio no ano 1070, tendo sido reconstruída anos mais tarde, Por descuido, um segundo incêndio atingiu a Igreja em 19 de janeiro de 1434, Após estes incidentes, foi conservada como um lugar de oração.

ORAÇÃO DE TODOS OS DIAS - 2 DE JULHO

Oração da manhã para todos os dias
 
Senhor meu Deus, mais um dia está começando. Agradeço a vida que se renova para mim, os trabalhos que me esperam, as alegrias e também os pequenos dissabores que nunca faltam. Que tudo quanto viverei hoje sirva para me aproximar de vós e dos que estão ao meu redor. Creio em vós, Senhor. Eu vos amo e tudo espero de vossa bondade. Fazei de mim uma bênção para todos que eu encontrar. Amém. 
As reflexões seguintes supõem que você antes leu o texto evangélico indicado.
2– Terça-feira – Santos: Oto de Bamberga, Monegundes, Pedro de Luxemburgo
Evangelho (Mt 8,23-27) “Quem é este homem, se até os ventos e o mar lhe obedecem?”
Logo depois de ter lembrado o que Jesus exigia dos que o queriam seguir, Mateus diz porque podemos e devemos aceitar incondicionalmente suas propostas: Jesus não é um simples homem. É alguém a quem ventos e mar obedecem. Nele podemos confiar, o que ele diz é a verdade, ele pode libertar-nos do mal e do medo. Diante de Jesus preciso fazer minha escolha: acreditar ou não, confiar nele ou procurar outro.
Oração
Senhor Jesus, eu me decido, acredito em vós, ponho em vossas mãos meu presente, meu futuro, minha eternidade. Agradeço vossa ajuda que me torna possível crer em vós e a vos confiar minha vida. De vós espero felicidade e paz. Sei que ainda enfrentarei dificuldades, poderei até cair. Dai-me forças para resistir, e humildade para voltar a vós e recomeçar.Acalmai meus temores, segurai-me firme. Amém.

segunda-feira, 1 de julho de 2024

REFLETINDO A PALAVRA - “Parábola do Pai misericordioso”

PADRE LUIZ CARLOS DE OLIVEIRA(+)
REDENTORISTA NA PAZ DO SENHOR
Um filho perdido
 
Chamamos esta narrativa de parábola do fílho pródigo. Na verdade o certo deveria ser parábola do Pai misericordioso, pois está é a imagem que Jesus usa. Ele vivia um choque com a cultura religiosa dos fariseus e mestres da lei (entendidos da religião) que O criticavam por acolher os pecadores e fazer refeição com eles (Lc 15,2). Na interpretação desta parábola dávamos atenção à situação de “pecado” do filho que saíra de casa e deixávamos de lado a reflexão que Jesus faz sobre a atitude do irmão que recusa e do pai que acolhe. Era um excelente assunto para uma pregação sobre a situação de pecado. Jesus mostra-nos o foco da parábola: vocês são como o irmão mais velho pois não acolhem os pecadores. Devem ser como o Pai que recebe de braços abertos. Jesus mostra que esta é a mentalidade do Pai do Céu que Ele encarna. Ele busca a ovelha e a moeda perdidas. Narra com detalhes a parábola do filho que abandonou a casa, tomou a herança (que só lhe caberia depois da morte do pai), desfez-se em vida do pai, acabou com sua riqueza e caiu na miséria. Foi cuidar de porcos que era o extremo da miséria para um judeu. Nem a comida deles podia comer. Era o fim. Voltou por causa fome. Não contava com o perdão do pai. O pai recebe-o e o coloca no mesmo estado de bem estar que tinha antes: não era empregado porque recebe a sandália; recebe o anel que era o sinal da aliança de filho; E recebe uma festa sinal da acolhida, como diz o pai. Estava morto e tornou a viver, perdido e foi encontrado. Esta parábola responde também a um problema da comunidade primitiva que recusava a presença de pessoas diferentes. O pai é o modelo para a comunidade: acolher o mais degradado, impuro. E festejar como o pai. O pai não se importa de se tornar impuro por tocar o filho. O filho volta à participação plena na casa do pai. A festa do Céu por um pecador que se converta tem uma justificativa: o amor misericordioso do Pai que o manifestou em Cristo. 
Um irmão sem fraternidade 
O filho mais velho é o retrato dos fariseus e doutores. Ele é expressão também dos cristãos que recusavam a presença de “diferentes”. Chega do trabalho e ouve barulho de festa. Informado, se recusa a entrar. Agride o pai acusando-o de não reconhecer seu trabalho. O pai mostra ao filho o que não percebera: vivia na comunhão com o pai e tem tudo. A atitude do filho mais velho contradiz a atitude do pai que expressa a bondade de Deus Pai através do Filho Jesus acolhendo os pecadores. Moisés se fez defensor do povo pecador diante de Deus, chamando para as promessas que fizera a Abraão. A Igreja vive muitas vezes um rigor muito grande com os fracos. Não é o mesmo rigor que tem para com os poderosos e ricos que sempre tem tudo. Parece que a lei não é para eles. 
Um caminho da fé 
Pastoral é acolher o pecador que volta e ir atrás do que está perdido. Essa é a pregação do Papa Francisco. O fragilizado tem que ter espaço na Igreja. Vivemos uma pastoral dando vitamina a quem está sadio. Vivemos o risco de cristãos sem Cristo, pois têm um Cristo feito à própria imagem e se servem da fé e não à fé. Não basta acolher o que volta, é preciso ir atrás dos perdidos. A pastoral deve ser baseada na misericórdia e não na aplicação de leis exigentes. É preciso procurar a ovelha perdida. O pai não despreza o filho mais velho: “O que é meu é teu” (31). O filho é que não percebe que vive na abundância do pai e deveria ir ao encontro do irmão. 
Leituras: Êxodo 32,7-11.13.-14; 
Salmo 50; 
1Timóteo 1,12-17;Lucas 15,1-32 
1. A parábola é do Pai misericordioso e não do filho pródigo. Jesus quis acentuar a atitude do irmão que recusa e do pai que acolhe. O filho caiu na maior desgraça. Volta por causa da fome. O pai o acolhe, o irmão recusa. Jesus diz que o Pai quer que os convertidos sejam acolhidos. Havia um problema nas comunidades com respeito aos novos convertidos. Quer que os bons sejam acolhedores. 
2. O filho mais velho é o retrato dos fariseus que discordam da atitude de Jesus. O filho mais velho se dedicava e não percebia que isso já era viver na abundância do Pai. No Antigo Testamento Moisés pede que Deus acolha o povo que pecara. A Igreja age com rigor na lei, mas não a aplica do mesmo modo aos ricos. 
3. Pastoral é ir atrás do que está perdido e acolher o que volta. Pastoral não é para dar vitamina para os sadios. Vivemos o risco de sermos cristãos sem Cristo. É preciso também ir atrás dos perdidos. Pastoral tem que ser baseada na misericórdia, não nas leis. Devem existir, mas aplicadas na misericórdia. 
De casa morando fora 
Jesus estava ensinando e os pecadores vinham escutar. Aliás, Jesus estava sempre cercado deles. Os fariseus criticavam por Se misturar com aquela gente. Jesus ensina com as três parábolas que Deus perdoa e acolhe a todos: da ovelha desgarrada, da moeda perdida e do filho pródigo. Recusar os pecadores é uma atitude errada demonstrada pelo irmão mais velho do moço arrependido. Jesus quer mostrar, com a figura do pai, que o Pai do Céu acolhe a todos. E é por isso que Ele acolhe os pecadores. Paulo se diz acolhido e perdoado. Aprendemos com estas parábolas que Deus está pronto a perdoar o arrependido. No Antigo Testamento, quando a mentalidade era outra, Deus se irrita com o povo que pecara fazendo um bezerro de ouro. Moisés interfere e diz a Deus que o perdoe e se lembre da aliança. Jesus ensina que a atitude de Deus é a atitude do Pai que acolhe o filho perdido e não do irmão que recusa. O irmão que ficara em casa não percebera que tinha tudo, mas não aprendera ser como o pai. Assim eram os fariseus. 
Homilia do 24º Domingo Comum (15.09.2013)

EVANGELHO DO DIA 1 DE JULHO

Evangelho segundo São Mateus 8,18-22. 
Naquele tempo, vendo Jesus à sua volta uma grande multidão, mandou passar para a outra margem do lago. Aproximou-se então um escriba, que Lhe disse: «Mestre, seguir-Te-ei para onde fores». Jesus respondeu-Lhe: «As raposas têm as suas tocas e as aves os seus ninhos, mas o Filho do homem não tem onde reclinar a cabeça». Disse-Lhe outro discípulo: «Senhor, deixa-me ir primeiro sepultar meu pai». Mas Jesus respondeu-Lhe: «Segue-Me e deixa que os mortos sepultem os seus mortos». 
Tradução litúrgica da Bíblia 
São João Clímaco 
(575-650) 
Monge do Monte Sinai 
«A Escada Santa», 2.º degrau 
«Deixa que os mortos sepultem os seus mortos» 
Aquele que ama verdadeiramente o Senhor, que procura verdadeiramente a posse do Reino que há de vir, que se arrepende verdadeiramente dos seus pecados, que se lembra verdadeiramente do castigo e do juízo eternos, que teme verdadeiramente o seu fim, deixará de ter amor, cuidado ou preocupação com o dinheiro, as riquezas, os pais, a glória do mundo, os amigos, os irmãos e as restantes coisas deste mundo. Pelo contrário, tendo rejeitado e odiado todo o apego e cuidado por todas estas coisas, e mais ainda pela sua própria carne, seguirá a Cristo nu, despreocupado, com pressa e olhando para o Céu, de onde espera que lhe venham todas as ajudas. É uma grande pena que, depois de termos abandonado tudo o que acabo de dizer, correspondendo ao apelo não de um homem mas do Senhor, nos preocupemos com coisas que não nos serão úteis na hora de maior necessidade, isto é, no momento da morte. É a isto que o Senhor chama olhar para trás e não ser digno do Reino dos Céus (cf Lc 9,62). O Senhor conhecia bem a nossa fragilidade dos começos e sabia que a permanência entre as gentes do mundo e a sua conversa nos levaria facilmente de volta ao mundo; por isso, quando um Lhe pede: «Senhor, deixa-me ir primeiro sepultar meu pai», responde-lhe: «Deixa que os mortos sepultem os seus mortos». Nós, que decidimos seguir o nosso caminho com ardor e prontidão, estejamos muito atentos à condenação que o Senhor faz de todos os que vivem no mundo e, embora vivos, estão mortos, quando recomendou que os que estão no mundo e estão mortos enterrem os que morreram corporalmente.

01 de julho - Santo Atilano Cruz Alvarado

Atilano Cruz Alvarado nasceu em Teocaltiche em 5 de outubro de 1901. Ele tinha ascendência indígena, e sua família professava a fé católica. Quando criança, cuidou do gado até que seus pais o levaram a Teocaltiche para aprender a ler e escrever. Em 1918, ingressou no Seminário do Conselho da mesma cidade e, dois anos depois, foi transferido para Guadalajara. Foi ordenado sacerdote em 24 de julho de 1927, quando ser sacerdote era considerado o maior crime que um mexicano poderia cometer. Com uma alegria transbordante, estendeu as mãos para que fossem consagradas sob o céu azul de uma ravina de Jalisco, onde o arcebispo e o seminarista estavam escondidos. Ele exerceu seu ministério nas piores circunstâncias sem falhar; ao contrário, recebeu o crédito por seu pedido, obediência e piedade. Foram onze meses de vida aos trancos e barrancos. No dia 29 de junho de 1928 foi chamado por seu pároco, Padre Justino Orona, para uma visita pastoral. Obediente, ele foi ao rancho de " Las Cruces ", um lugar que seria sua provação. Pouco antes de partir escreveu: “Nosso Senhor Jesus Cristo nos convida a acompanhá-lo na paixão”.

01 de julho - Beatos Tullio Maruzzo e Luis Obdulio Arroyo Navarro

Padre Tullio Maruzzo nasceu em Lapio, município de Arcugnano (Vicenza), em 23 de julho de 1929, foi batizado com o nome de Marcelo. Educado em uma família profundamente cristã, em 1939, ingressou na escola dos Frades Menores de Veneto, em Chiampo. Fez sua profissão solene em 1951. Foi ordenado sacerdote em 21 de junho de 1953. Padre Maruzzo chegou à Guatemala em janeiro de 1960, procedente da Itália. Serviu em diferentes paróquias até que foi enviado à San José, que contava com 50 aldeias. O sacerdote as visitava pelo menos três vezes por ano. Era simpático, não rechaçava ninguém e passava muitas horas ouvindo os camponeses e os conhecia pelo seu nome. Sem radicalismo, sem alarde, mas de forma pacifica, humilde e serviçal, soube realizar na sua vida e sobretudo na sua morte a figura do bom Pastor. Amigo de todos, percorria a pé ou a cavalo, a região sul de Izabal, para cumprir sua missão de coordenador das comunidades eclesiais de base. Procurou encarnar-se da realidade da Guatemala e manter-se atualizado no processo teológico pastoral da América Latina.

Beata Assunta Marchetti

“A bem-aventurada Assunta foi uma mulher muito forte e empreendedora; como jovem, nada lhe faltava para ter uma boa posição na sua comunidade local, na Itália. No entanto, motivada por sua fé em Deus e pelo amor ao próximo, ela abandonou tudo, inclusive sua pátria e as seguranças que tinha, para seguir a vocação religiosa e missionária, dedicando a vida aos migrantes, sobretudo pobres e doentes, aos órfãos e desamparados… Para eles foi “mãe” solícita, que, trabalhou muito para não lhes deixar faltar nada… Sua vida foi inteiramente orientada pela caridade de Cristo, que ardia no seu coração, e que lhe ajudava a ver em cada pessoa um filho de Deus, um irmão e uma irmã, imagem e semelhança do próprio Jesus Cristo. No poema à caridade, da 1ª Carta aos Coríntios (13,1-13), São Paulo convida a buscar o caminho melhor e a virtude mais alta na vida cristã; e esse caminho e virtude consistem em amar como Jesus Cristo amou: amor de caridade, de doação sem medida e sem interesse pessoal, ao ponto de entregar inteiramente a vida pelo próximo. Este ideal alto é proposto a todos os discípulos pelo próprio Jesus, quando ele diz: “como eu vos amei, assim amai-vos também vós uns aos outros… Ninguém tem maior amor do que aquele que entrega a vida pelos amigos” (Jo 15,13).

01 de julho - São Justino Orona Madrigal

Justino Orona Madrigal nasceu em Atoyac, (México) em 14 de abril de 1877, era de uma família extremamente pobre. Ele completou seus primeiros estudos em Zapotlán, em seguida, entrou no seminário de Guadalajara (1894). Depois de sua ordenação (1904), serviu como pároco em Poncitán, Encarnación, Jalisco e Cuquío. Apesar de viver em uma atmosfera de anticlericalismo e indiferença religiosa, ele era um padre exemplar. Fundador da Congregação Religiosa das Irmãs Clarissas do Sagrado Coração. Sua vida foi marcada pela cruz, mas ele sempre permaneceu gentil e generoso. Em uma ocasião, ele escreveu: "Aqueles que seguem o caminho da dor com fidelidade podem subir com segurança ao céu". Quando a perseguição aumentou, ele permaneceu entre seus paroquianos dizendo: "Vivo ou morro permanecerei entre os meus ". Certa noite, depois de planejar com seu vigário e companheiro de martírio, padre Atilano Cruz, sua atividade pastoral, que era exercida em meio a inúmeros perigos, os dois sacerdotes reuniram-se para descansar em uma casa de fazenda em "Las Cruces", perto de Cuquío.

São Junípero Serra

“Hoje encontramo-nos aqui, podemos estar aqui, porque houve muitos que tiveram a coragem de responder a este chamamento; muitos que acreditaram que «na doação a vida fortalece, e enfraquece no comodismo e no isolamento». Somos filhos da ousadia missionária de muitos que preferiram não se fechar «nas estruturas que nos dão uma falsa proteção, nos hábitos em que nos sentimos tranquilos, enquanto lá fora há uma multidão faminta». Somos devedores duma Tradição, duma cadeia de testemunhas que tornaram possível que a Boa Nova do Evangelho continue a ser, de geração em geração, Nova e Boa.” O Padre Junipero Serra “soube deixar a sua terra, os seus costumes, teve a coragem de abrir sendas, soube ir ao encontro de muitos aprendendo a respeitar os seus costumes e as suas características” – referiu o Papa realçando que este novo santo “aprendeu a gerar e acompanhar a vida de Deus nos rostos daqueles que encontrava, tornando-os seus irmãos. Junípero procurou defender a dignidade da comunidade nativa, protegendo-a de todos aqueles que abusaram dela; abusos que hoje continuam a encher-nos de pesar, especialmente pela dor que provocam na vida de tantas pessoas.”

SANTOS JÚLIO E ARÃO, MÁRTIRES DA BRETANHA

Parece que Júlio e Arão tenham sido assassinados, por serem cristãos, durante as perseguições de Diocleciano, em 304. Hoje, estes dois mártires são particularmente venerados em Caerleon, uma fortaleza romana, ocupada pela Segunda Legião de Augusto, de 75 a 431, na Bretanha. 
São Arão e São Júlio (ou Juliano) eram dois santos cristãos romano-britânicos que foram martirizados por volta do século III. Juntamente com Santo Albano, eles são os únicos mártires cristãos da Grã-Bretanha romana com nomes conhecidos. A maioria dos historiadores coloca o martírio em Caerleon, embora outras sugestões o tenham colocado em Chester ou Leicester. Seu dia de festa era tradicionalmente comemorado em 1º de julho, mas agora é observado junto com Albano em 20 de junho pelas Igrejas Católica Romana e Anglicana. O primeiro relato sobrevivente de Arão e Júlio vem de Gildas, um monge que escreveu no oeste da Grã-Bretanha durante o século VI. A precisão de seu relato de eventos que ocorreram três séculos antes é desconhecida. O relato de Gildas foi repetido mais tarde pelo monge anglo-saxão do século VIII, Beda. Referências a Arão e Júlio foram incluídas no trabalho de autores medievais posteriores, como Godofredo de Monmouth e Giraldus Cambrensis. Gildas deu a entender que um mártir dedicado a Arão e Júlio estava presente no século VI, e uma capela dedicada aos santos certamente existente perto de Caerleon no século IX, quando foi registrada em uma carta de terras. No início do século XII, a igreja passou para a propriedade do novo Priorado de Goldcliff, e em 1142 havia sido renomeada em dedicação a Santo Albano, bem como a Arão e Júlio, refletindo a crescente popularidade do culto da primeira. Nos séculos posteriores, as associações da capela com Júlio e Arão foram esquecidas. Na época da Reforma Inglesa do século XVI, quando a capela foi abandonada e talvez convertida em celeiro, era apenas referida como Igreja de Santo Albano. O edifício caiu em ruínas e não sobrevive mais. 

Santa Regina de Denain, Viúva e religiosa - 1º de julho

Santa Regina viveu na França no século VIII; descendia de importante família de Hainaut (região da França) e era sobrinha de Pepino o Breve. Um outro documento indica que Regina era filha ou parente do Rei Pepino, que dera a ela em dote o condado de Ostrevent. “Regina, princesa da corte da França (isto explica a coroa que ela usa), de tantas belezas quanto ao corpo, como de eminentes virtudes quanto à alma”, desposou o Conde Beato Aldeberto d’Ostrevent (1).  Uma filha do casal, Renfrida, “educada santamente por seus pais, pediu-lhes para se consagrar inteiramente a Nosso Senhor Jesus Cristo, fazendo-se religiosa”. Alguns autores mencionavam outras filhas de Regina que seguiram a irmã mais velha na vocação religiosa. Mas, uma relação moderna diz “que é possível que o nome de ‘irmãs’ possa ter sido dado a outras companheiras de Renfrida, por terem abraçado a vida religiosa com ela”.     Os pais, felizes com a resolução de sua filha, “fundaram e edificaram em 764 (754 ou 774) uma igreja e um claustro dedicados a Virgem Maria, em um local de seu condado chamado Denaing”, e também uma outra igreja para os habitantes, dedicada a São Martinho.

Beato Ignacio Falzon, Religioso Franciscano Terceiro (+1865), 1º de Julho

Ignácio nasceu em La Valleta (capital da República de Malta), em 1º de julho de 1813. Sua família tinha uma situação financeira bastante confortável – seu pai, o advogado Giuseppe Francesco, fazia parte da comissão para a redação do novo Código Civil e, mais tarde, foi nomeado Juiz de Sua Majestade. Dois de seus irmãos, Doutores em Direito, tornaram-se sacerdotes. Aos quinze anos, recebeu a primeira tonsura (a tonsura é uma cerimônia religiosa em que o bispo dá um corte no cabelo do ordinando ao conferir-lhe o primeiro grau no clero, chamado também “prima tonsura”); três anos mais tarde, recebeu as Ordens Menores, mas nunca se sentiu digno de receber a Ordenação Sacerdotal. Aos vinte anos, em 7 de setembro de 1833, obteve o Doutorado em Direito Canônico e Civil no Ateneu de Malta, porém nunca exerceu essa profissão. Estudou a língua inglesa, coisa rara naqueles tempos, mas essencial para manter contato com os soldados ingleses (eram, então, cerca de vinte mil) que chegavam a Malta para preparar a guerra da Criméia 

AARÃO Sumo Sacerdote judeu, Santo (século XIII a. J. C.)

Sacerdote hebreu, santo 
(cerca de 1250 a. C.) 
As Sagradas Escrituras exaltam 
a figura de Aarão como um dos 
homens mais ilustres.
Santo Aarão era filho de Amrão e irmão carnal de Moisés. Foi escolhido por Deus para ser o primeiro Sumo Sacerdote dos hebreus. Moisés consagrou-o e ungiu-o com o óleo santo. Constituiu uma aliança perene com ele e com os seus descendentes e enquanto durar o céu há-de
presidir o culto e exercer o sacerdócio e abençoar o povo em nome do Senhor. Segundo o livro das Crónicas, Capítulos 35-38, são filhos de Aarão: Eleazar, Finéias, Abisué, Boci, Ozi, Zaraías, Meraiot, Amarias, Aquitob, Sadoc e Aquimaas. Homem frágil e pecador, como todos, Aarão é, todavia o modelo de colaboração com Deus para a realização de seu desígnio de amor. O seu perfil já foi magistralmente traçado pela Bíblia, que por outra parte é a única fonte para a sua biografia. Além, é claro, do amplo e articulado desenvolvimento dos cinco primeiros livros da Sagrada Escritura (o Pentateuco) há dois trechos na carta aos hebreus e no livro do Eclesiástico. “Ninguém, pois, se atribua esta honra, senão o que foi chamado por Deus, como Aarão” (Hb 5,1-4). No Salmo 104,26 está: “Mas Deus lhes suscitou Moisés, seu servo, e Aarão, seu escolhido”. O livro do Eclesiástico enaltece a figura de Aarão inserindo-o nos primeiros lugares na galeria de Homens Ilustres, aos quais Jesus Ben Sirac dá importância singular. O sacerdócio de Aarão e dos seus sucessores, até ao contemporâneo Simeão, é dos mais qualificados. O Salmo 98-6 nos diz: “Entre seus sacerdotes estavam Moisés e Aarão e Samuel um dos que invocaram o seu nome: clamavam ao Senhor, que os atendia”.

OLIVER PLUNKETT Bispo, Mártir, Santo 1625-1681

Oliver Plunkett, irlandês, nasceu no ano de 1625, em Loughcrew, numa família de nobres. Ele queria ser padre, mas para realizar sua vocação estudou particularmente e na clandestinidade. Devido à perseguição religiosa empreendida contra os católicos, seus pais o enviaram para completar o seminário em Roma, onde recebeu a ordenação em 1654. A ilha irlandesa pertence à Coroa inglesa e possuía maioria católica. Mas como havia rompido com a Igreja de Roma, o exército real inglês, liderado por Cromwel, assumiu o poder para conseguir a unificação política da Inglaterra, Escócia e Irlanda. Obcecado pelo projecto, mandara até mesmo assassinar o rei Carlos I. E na Irlanda não fez por menos, todos os religiosos, sem excepção, foram mortos, além de leigos, militares e políticos; enfim, todos os que fossem católicos. Por isso o então padre Plunkett ficou em Roma exercendo o ministério como professor de teologia. Em 1669, o bispo da Irlanda, que estava exilado na Itália, morreu. Para sucedê-lo, o papa Clemente IX consagrou o padre Oliver Plunkett, que retornou para a Irlanda viajando como clandestino. Dotado de carisma, diplomacia, inteligência, serenidade e de uma fé inabalável, assumiu o seu rebanho com o intuito de reanimar-lhes a fé. Junto às autoridades ele conseguiu amenizar os rigores impostos aos católicos. Porém Titus Oates, que fora anglicano e depois conseguiu tornar-se jesuíta, ingressando num colégio espanhol, traiu a Igreja romana. Ele, para usufruir os benefícios da Coroa inglesa, apresentou uma lista de eclesiásticos e leigos afirmando que tentariam depor o rei Carlos II.

ANTÓNIO ROSMINI Sacerdote, Fundador, Beato 1797-1855

Sacerdote italiano, filósofo, 
condenado durante algum tempo, 
fundador do Instituto da Caridade 
e das Irmãs da Providência; 
reabilitado pelo Papa João Paulo II
 e beatificado em 2007.
António Rosmini nasceu em Rovereto no dia 24 de Março de 1797 e faleceu em Stresa a 1 de Julho de 1855. Dedicou a sua vida aos estudos de filosofia, política, ascética e pedagogia. Ao terminar os estudos jurídicos e teológicos na Universidade de Pádua, recebeu a Ordenação sacerdotal em 1821. Imediatamente demonstrou grande interesse e inclinação para os estudos filosóficos, encorajado neste sentido pelo Papa Pio VIII, que lhe pedira para conduzir os homens à religião através da razão, e mais de uma vez colocou-se contra enganadores e falsos movimentos de pensamento como o sensismo e o iluminismo. Fundou o Instituto da Caridade e o das Irmãs da Providência, idealizados e queridos como ambientes propícios à formação humana, cristã e religiosa de quantos tinham partilhado o mesmo espírito, adaptando-se às contingências históricas, civis e culturais do seu tempo. Na audiência de 12 de Janeiro de 1972, Paulo VI definiu-o “profeta”, que em antecipação de um século sentiu e indicou problemas da humanidade e pastorais, debatidos depois no Concílio Vaticano II. A sua obra “As cinco chagas da Santa Igreja” é considerada precursora dos temas conciliares.

PRECIOSÍSSIMO SANGUE DE JESUS

O mês de julho foi estabelecido pela Igreja como o mês dedicado ao Preciosíssimo Sangue de Jesus. A piedade cristã sempre manifestou, através dos séculos, especial devoção ao Sangue de Cristo derramado para a remissão dos pecados de todo o género humano, por ocasião da Paixão e Morte de Jesus e atravessando a história até hoje com Sua presença real no Sacramento da Eucaristia. Desde tempos muito remotos, a devoção ao Preciosíssimo Sangue de Jesus sempre esteve presente e floresceu cada vez mais em meio ao clero e aos fiéis, através de solenidades, preces públicas e Ladainha própria, com o fim de pedir a Deus perdão dos pecados, afastar os fiéis dos justos cas-tigos, implorar as bênçãos do céu sobre os frutos da terra, e prover nossas ne-cessidades espirituais e temporais. No século passado, foi São Gaspar de Búfalo admirável propagador desta insigne devoção, tendo o merecimento da aprovação da Santa Sé e por isto até hoje é conhecido como o "Apóstolo do Preciosíssimo Sangue".

ORAÇÃO DE TODOS OS DIAS - 1 DE JULHO

Oração da manhã para todos os dias
 
Senhor meu Deus, mais um dia está começando. Agradeço a vida que se renova para mim, os trabalhos que me esperam, as alegrias e também os pequenos dissabores que nunca faltam. Que tudo quanto viverei hoje sirva para me aproximar de vós e dos que estão ao meu redor. Creio em vós, Senhor. Eu vos amo e tudo espero de vossa bondade. Fazei de mim uma bênção para todos que eu encontrar. Amém. 
As reflexões seguintes supõem que você antes leu o texto evangélico indicado.
1– Segunda-feira – Santos: Teodorico, Aarão, Domiciano
Evangelho (Mt 8,18-22)“Aproximou-se então um escriba e disse-lhe: – Mestre, quero seguir-te para onde fores.”
Jesus falava para dois homens que se prontificavam a segui-lo como discípulos, em suas andanças de pregador. Mas suas palavras servem para todos que o querem ter como mestre. Sua proposta precisa ser abraçada de forma total e definitiva, à custa do abandono de tudo que for preciso abandonar. Os apegos, mesmo os mais legítimos, devem ser deixados de lado se aceitamos de fato sua proposta de vida.
Oração
Senhor Jesus, até fico com medo de vos seguir. Mas, também vejo que não posso fugir da escolha: acreditar ou não em vós, confiar ou não, comprometer-me ou não.Se espero tudo e se quero dar um sentido a minha vida, esse é o caminho. Ajudai-me, então, clareai meu coração, aumentai minha fé e meu amor para que me decida. E dai-me coragem e perseverança para continuar em frente apesar de tudo. Amém.