A Bíblia é bem taxativa quando diz: “Vaidade das vaidades, tudo é vaidade”. As pessoas às vezes confundem a vaidade com o capricho em se produzir ou ter alguma coisa bonita.
Produzir-se é uma necessidade da boa apresentação de cada pessoa educada.
E quem não gosta de apresentar sua mãe bonita, elegante ou um pai bem alinhado? O esmero em se cuidar melhora até o nosso psíquico. Uma pessoa idosa tem que cuidar de seu visual. Todos temos direito ao conforto, não temos o direito ao luxo e ao supérfluo. Em nada se justificam os exageros das mansões, carros sofisticados, festas nababescas.
Mas a vaidade parece ter raiz funda na necessidade de se mostrar, parecer melhor do que os outros, necessidade de auto- promoção, necessidade de cobrir o vazio das pessoas. Já foi o tempo em que bajulávamos pessoas por causa do nome, das posses e fortunas, posições e encargos sociais. Estamos aprendendo a ver as pessoas no seu conteúdo próprio e não pela embalagem.
A vida ensina e é a melhor escola. Vamos dar tempo ao tempo e manter os olhos abertos para assistirmos o desmanche de famílias inteiras que a vaidade enterrou na baixaria e na lama social.
E até na religião a vaidade tem seu lugarzinho bem disfarçado. Olhe a pretensão vaidosa de quem quer ganhar o céu e fica somando méritos, ramalhetes espirituais para arrogar a si o direito de ser salvo. Quantos chegam até nós e arrotam o azedo das doações que fizeram: “Eu ergui essa igreja”. E quantas desfilam em nossa comunidades nas celebrações recolhendo elogios. O que dizer daqueles que as rezas não começam se eles não chegarem?
Se Jesus voltar, certamente vai pegar de novo o chicote e agora mais uma boa vassoura e vai limpar a comunidade dessas pragas semelhantes aos fariseus, que gostavam de ser vistos rezando e elogiados pelas esmolas que distribuíam em praças públicas e pelas orações grandiosas e ostensivas que faziam no Templo. Raças de víboras modernas.
Como a pessoa torna-se mesquinha a ponto de usar as coisas de Deus, serviços que fazem nas comunidades para se promoverem. Jesus diria de novo. “Cuidado com o fermento dessa gente”.
Pe. Hélio Libardi, C.Ss.R.
EDITORA SANTUÁRIO
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