Evangelho segundo São Marcos 8,27-33.
Naquele tempo, Jesus partiu com os seus discípulos para as povoações de Cesareia de Filipe. No caminho, fez-lhes esta pergunta: «Quem dizem os homens que Eu sou?».
Eles responderam: «Uns dizem João Batista; outros, Elias; e outros, um dos profetas».
Jesus então perguntou-lhes: «E vós, quem dizeis que Eu sou?». Pedro tomou a palavra e respondeu: «Tu és o Messias».
Ordenou-lhes então severamente que não falassem dele a ninguém.
Depois, começou a ensinar-lhes que o Filho do homem tinha de sofrer muito, de ser rejeitado pelos anciãos, pelos sumos sacerdotes e pelos escribas; de ser morto e ressuscitar três dias depois.
E Jesus dizia-lhes claramente estas coisas. Então, Pedro tomou-O à parte e começou a contestá-lo.
Mas Jesus, voltando-Se e olhando para os discípulos, repreendeu Pedro, dizendo: «Vai-te, Satanás, porque não compreendes as coisas de Deus, mas só as dos homens».
Tradução litúrgica da Bíblia
Papa de 1963 a 1978
Homilia em Manila,29/11/70
«E vós, quem dizeis vós que Eu sou?»
Tenho de proclamar o seu nome: Jesus é «o Cristo, o Filho de Deus vivo» (Mt 16,16). Ele nos revelou o Deus invisível, Ele, que é o «Primogénito de toda a criação«, no qual «todas as coisas têm a sua subsistência» (Col 1, 15.17). Ele é o Senhor da humanidade e o seu Redentor, que nasceu, morreu e ressuscitou por nós.
Ele é o centro da história do mundo; conhece-nos e ama-nos; é o companheiro e o amigo da nossa vida, o «homem das dores» (Is 53,3) e da esperança; é aquele que há de vir, que será o nosso juiz e também – assim confiamos – a nossa vida plena e a nossa beatitude.
Por mais que diga, sempre me resta muito a dizer sobre Ele; Ele é a luz, Ele é a verdade; mais ainda, é «o Caminho, a Verdade e a Vida» (Jo 14,6). É o pão e a fonte de água viva, que nos sacia a fome e a sede. É nosso pastor, nosso chefe, nosso modelo, nosso conforto e nosso irmão. Como nós, e mais do que nós, foi pequeno, pobre, humilde, trabalhador, oprimido, sofredor.
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