segunda-feira, 3 de janeiro de 2022

SÃO CIRÍACO ELIAS CHAVARA, Presbítero e Fundador.

Ciríaco Elias Chavara nasceu em 10 de fevereiro de 1805. Filho de Pais piedosos, foi levado à igreja Sírio-Malabar, em Kainakary (Índia), tendo sido batizado no oitavo dia após seu nascimento, conforme o costume local. Entre os cinco e dez anos de idade, frequentou a escola do vilarejo (Kalari), onde foi educado e submetido aos estudos das línguas e diferentes dialetos, bem como às ciências elementares. Seu orientador era um professor hindu, de nome Asan. Inspirado pelo desejo ardente de tornar-se um sacerdote, ingressou nos primeiros estudos sob a orientação do pároco da igreja de São José. No ano de 1818, quando tinha 13 anos de idade, o menino Ciríaco ingressou no seminário de Pallipuran, e teve como reitor Tomás Palackal. Sua ordenação sacerdotal deu-se em 29 de novembro de 1829, quando tinha 24 anos de idade, tendo celebrado sua primeira missa na igreja de Chennankari. Logo após sua ordenação, foi-lhe, primeiramente, destinado o ministério pastoral. Entretanto, assim que pôde, retornou ao seminário de origem para pregar e também assumiu as funções de substituir o reitor Tomás Palackal, quando de sua ausência. Desta forma, juntou-se a Tomás Palackal e Tomás Porukara, que estavam planejando a formação de uma congregação religiosa. Em 1830 recebeu a missão de ir para Mannanam, a fim de construir a primeira casa da congregação, cuja pedra fundamental foi lançada no dia 11 de maio de 1831. Com a morte de ambos os idealizadores da congregação, Ciríaco assumiu com empenho resoluto a liderança para o seu estabelecimento. No dia 8 de dezembro de 1855, festa da Imaculada Conceição, fez a profissão religiosa junto com outros dez companheiros. Estava assim, consolidada, a Ordem Carmelita de Maria Imaculada. Permaneceu como prior-geral de todos os monastérios da Congregação no período compreendido entre 1856 até sua morte, em 1871. Combateu heroicamente a igreja de Kerala de um grande cisma que atingiu a Igreja local no ano de 1861. Com a supressão das sedes de Cranganor e Cochin, por decisão do Papa Gregório XVI muitos anos antes (1838), todos os católicos malabares passaram a ser subordinados da Sede de Verapoli. Durante este período, cismáticos que defendiam a manutenção de ritos indianos/orientais nas cerimônias da Igreja, tiveram de suportar contrariados às ordens de uma autoridade de rito latino e acabaram tentando estabelecer um prelado próprio por intercessão do patriarca caldeu José Audo VI. Este lhe mandou, em 1861, um bispo caldeu de nome Tomás Rokos que, sem autoridade eclesiástica reconhecida por Roma, tentou inutilmente impor liderança e autoridade sob a comunidade católica local. Pela resistência que encontrou, principalmente pela atuação brilhante de Ciríaco , que manteve e difundiu fidelidade a Roma, a autoridade de Tomás Rokos não foi reconhecida, tendo de retornar para seu local de origem. Em decorrência dos fatos, Ciríaco Elias Chavara foi nomeado como Vigário-Geral da Igreja Sírio-Malabar pelo Arcebispo de Verapolly. Por isto, desde aquele tempo até hoje, é reconhecido pela comunidade católica e pelos mais altos dignitários da Igreja como defensor da Igreja de Cristo, pela sua incansável e árdua luta pelo respeito e fidelidade a Roma, especialmente sua histórica liderança, rápida e eficaz no combate à infiltração cismática de Tomás Rokos. O cisma, embora não tenha prevalecido, deixou rastros de malignas divisões, que persistem até hoje na região. Isto porque, três anos após a morte do Beato Ciríaco (1874), um bispo, de nome Mar Elias Mellus, recusando-se a obedecer às ordens de Roma, formou uma comunidade independente, denominados “melusinos”, cujos seguidores totalizam cerca de cinco mil nos dias de hoje. Se a igreja católica possui base em grande parte daquelas comunidades, deve-se isto ao no grande Beato. Não fosse seu empenho e o apoio de católicos iluminados por Deus, certamente o catolicismo estaria hoje extinto na região. Após contrair doença de curta duração, porém, extremamente dolorosa, Ciríaco Elias Chavara entregou santamente sua alma a Deus, como mencionamos, no ano de 1871, na cidade de Koonammavu, próximo de Kochi, preservado em sua inocência batismal. Será canonizado em dezembro de 2014 pelo Santo Padre o Papa Francisco. Espiritualidade inicialmente sacerdotal (aqui falamos de seu profundo amor ao Sagrado) e depois monacal.Sua espiritualidade O padre Chavara encarna a espiritualidade da Índia, que é um povo com uma grande cultura e uma rica espiritualidade. A espiritualidade está ali viva, e contagia a quantos sabem penetra-la e encarnar-se nela. A espiritualidade do beato Ciríaco Elias é profundamente carmelitana: Vida de oração e intimidade divina. Terna e filial devoção por Maria Santíssima, principalmente através das invocações “Imaculada” e “Virgem do Carmo”. O beato Ciríaco foi, sobretudo, um homem de constante oração, de caridade fervente, concreta, que o mantiveram em estreita união com o Senhor, em meio de tantas atividades religiosas e sociais. A espiritualidade do beato Chavara evoca “múltiplas iniciativas apostólicas”, sobretudo na linha da unidade cristã frente ao cisma e à heresia, como cultor do rito católico Siro-Malabárico.
Sua mensagem 
Que ardamos de zelo pelas almas. 
Que enriqueçamos a vida de nossa comunidade. 
Que o espírito “eliano” guie nossas almas. 
Que lutemos (e rezemos) pela união das igrejas… 
Oração 
Deus, nosso Pai, suscitastes o beato Ciríaco Elias Chavara, vosso presbítero, para consolidar a unidade da Igreja, concedei-nos, por sua intercessão, que, iluminados pelo Espírito Santo, possamos discernir sabiamente os sinais dos tempos e difundir, por palavras e obras, o anúncio do Evangelho entre os homens. Por nosso Senhor Jesus Cristo na unidade do Espírito Santo. Amém.

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