Dizem que o Pó é o rio mais comprido e mais curto da Itália. Da nascente até a foz mede 652 km, mas quanto ao nome tem só duas letras. Ele tem duas cheias e duas baixas durante o ano, mas tem sempre um aspecto imponente com seus 1500 metros cúbicos de água por segundo. Estas notícias têm um significado no perfil de são Segundo de Asti. Um dos episódios característicos de sua vida é precisamente a travessia do rio Pó a cavalo. São Segundo é muito popular no norte da Itália, padroeiro de Asti e Ventimiglia.
Grande parte das notícias são lendárias e antigas. Na metade do século IX fala-se de uma igreja em sua honra. A lenda narra que Segundo era jovem de família nobre. Admirava o heroísmo de tantos mártires cristãos e visitava-os nos cárceres de Asti. São Calógero de Bréscia teve oportunidade de falar-lhe demoradamente a respeito da mensagem cristã. Algum tempo depois, Segundo, que era amigo de Saprício, prefeito da cidade, foi com ele a Tortona. Ali encontrava-se em andamento o processo de Marciano (uma tradição o considera primeiro bispo de Tortona, depois martirizado sob Adriano, no início do século II).
O testemunho de são Marciano fez são Segundo dar um passo decisivo à conversão que se completaria por ocasião de uma viagem a Milão. Lá encontrou os santos Faustino e Jovita no cárcere. Diz a lenda que um anjo de Deus o levou até a prisão e recebeu lá mesmo o batismo. A água teria vindo de uma nuvem e logo após veio uma pomba trazer-lhes a comunhão. Faustino deu as sagradas espécies a Segundo para as levar ao prisioneiro são Marciano. Saprício descobriu a conversão do amigo e procurou por todos os meios fazê-lo abjurar. Não o conseguindo, fê-lo torturar e por fim mandou-o à decapitação que foi executada em 30 de março de 119 (?).
Extraído do livro:
Um santo para cada dia, de Mario Sgarbossa e Luigi Giovannini.
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