Santo Eustáquio (ou Eustácio) é um lendário mártir e santo cristão, que teria vivido no final do Século I e início do Século II da nossa Era.
Antes da sua conversão ao Cristianismo, Eustáquio era um general romano de nome Plácido (latim:PLACIDVS) a serviço do imperador Trajano. Enquanto caçava nas proximidades de Roma, Plácido teve uma visão de Jesus entre os anjos. Ato contínuo, converteu-se, fez-se batizar a si e à sua família, e mudou o seu nome para o grego Eustachion (com o significado de «boa fortuna»).
Uma série de calamidades abateram-se sobre o recém-convertido e a sua família, para testar a sua fé: foi roubado, teve a esposa raptada pelo capitão do navio onde seguia e, por fim, ao atravessar um rio, os seus dois filhos foram levados, um por um lobo, outro por um leão. Tal como Jó, Eustáquio lamentou-se, mas não vacilou nem perdeu a fé.
Acabaria por recuperar o seu prestígio, cargos, e reunir a família; porém, quando demonstrou a sua nova fé ao recusar-se a fazer um sacrifício pagão, o imperador Adriano condenou Eustáquio, a esposa e os filhos à morte, ordenando que fossem cozinhados vivos dentro de uma estátua em forma de boi ou touro, no ano de 118.
A história tornou-se popular graças à Legenda Áurea de Jacopo de Voragine (c. 1260) e Eustáquio tornou-se santo patrono dos caçadores, sendo também invocado em tempos de adversidade; foi incluído entre os catorze santos auxiliares.
Tal como muitos outros santos, há poucas provas da existência de Eustáquio; alguns elementos da sua história estão, de resto, presentes nas vidas de outros santos (como Santo Huberto).
Era festejado pela Igreja Católica no dia 20 de Setembro, mas a Igreja deixou de observar esta data desde que, em 1969, o Papa Paulo VI removeu do calendário litúrgico inúmeros santos que careciam de documentação histórica conveniente.
A ilha de Sint Eustatius, nas Antilhas Holandesas, foi assim chamada em sua honra.
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